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A RESPONSABILIDADE CIVIL DO CORRETOR DE IMÓVEIS

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A responsabilidade do corretor de imóveis ficou mais ampla devido a mudança do artigo 723 do Código Civil em 19 de maio de 2010. O próprio artigo diz “o corretor é obrigado a executar a mediação com diligência e prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento do negócio. Parágrafo único: Sob pena de responder por perdas e danos, o corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da segurança ou do risco do negócio, das alterações de valores e de outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência”. A mudança foi feita para que ficasse claro que o corretor não pode omitir nenhuma informação, pois antes da mudança, dependendo da interpretação, poderia-se dizer que o o corretor só informaria algo se o cliente questionasse, fazendo assim com que o profissional em questão não corresse o risco de responder por danos, pois conforme consta no Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078 de 11 de setembro de 1990, artigo 14: "O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos".
Das obrigações do corretor de imóveis:
O mesmo deve apresentar sempre a carteira do CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis);
Apresentar um contrato de prestação de serviços por escrito, constando no mesmo as responsabilidades dele no negócio;
O corretor só poderá receber sinal de compra caso esteja autorizado pela empresa e por meio de procuração do comprador;
O negócio jamais deve ser feito via contrato de gaveta ou procuração simples. Se existir procuração, a mesma deve ter claúsula de prazo máximo para efetivação do negócio e também dever de prestação de contas;
O corretor deve pesquisar e apresentar toda e qualquer certidão referente à transação, incluindo as que tratam de dívidas (de condomínio ou concessionárias de serviços públicos), parcelas de financiamento em aberto perante a construtora ou banco, taxas de mobiliário de áres comuns e de entrega do imóvel, além de dívidas de IPTU e ações judiciais contra o vendedor;
O pagamento da corretagem pode ser dividido entre o comprador e o vendeor, desde que isto conste no contrato de maneira expressa, caso contrário o pagamento é dever da parte que encarregou o corretor de procurar o negócio determinado;
O contratante deve estipular um prazo determinado se existir cláusula de exclusividade no contrato de corretagem;
O corretor que tiver exclusividade não terá direito à comissão se provada a sua inércia ou ociosidade, conforme o artigo 726 do Código Civil;
Deve constar em cláusula no contrato que o pagamento da corretagem só se efetuará com a escritura pública devidamente registrada;
O consumidor deve declarar no contrato de compra e venda o valor da corretagem e deve exigir nota fiscal se for imobiliária ou um RPA (recibo de pagamento a autônomo em caso de corretor pessoa física. Caso o corretor se negue a dar o recibo ou nota fiscal, o consumidor pode recusar o pagamento ou até mesmo registrar um boletim de ocorrência na delegacia por sonegação fiscal;
Quem dá garantia a contrato é somente um advogado.
Nomes: 
Direito Civil III – A Responsabilidade do Corretor de Imóveis

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