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AUDITORIA E CONTROLADORIA EXERCÍCIOS EXERCICIOS REFERENTE A AULA 3 Vejamos algumas questões... 01. (ESAF/Analista Técnico: Controle e Fiscalização – SUSEP/2010) Assinale a opção correta para o texto abaixo. Controle Interno é definido como: (A) a fixação do controle da sinistralidade dentro do limite do prêmio. (B) o processo de repasse dos riscos, tanto em cosseguro (ou co-seguro) quanto em resseguro. (C) a fixação do controle na aceitação e precificação de cada contratação. (D) um processo desenvolvido para garantir à alta administração que os objetivos da empresa sejam atingidos. (E) um processo de certificação pela ISO 2000 ou outro padrão. Resolução: Essa questão, pertencente ao último concurso da Susep, tentou confundir o candidato misturando atividades de controle interno específicas do setor de seguros com a definição de Controle Interno. Ora, realmente “fixação do controle da sinistralidade dentro do limite do prêmio”, “processo de repasse dos riscos” etc. podem ser encarados como exemplos de atividades de controle. No entanto, não podem ser consideradas a definição de controle interno. Como vimos, controle interno é um processo voltado para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade, conforme está explícito no item D. 02. (ESAF/Auditor-Fiscal da Previdência Social – AFPS/2002) Os controles internos podem ser classificados em: (A) contábeis e jurídicos. (B) patrimoniais e econômicos. (C) financeiros e econômicos. (D) empresariais e externos. (E) administrativos e contábeis. Resolução: Para responder essa questão, é preciso saber que os controles internos podem ter como objetivo proteger os ativos e produzir dados contábeis confiáveis (controles contábeis) ou ajudar a administração na condução dos negócios (controles administrativos). O único item que traz essa classificação é a letra E. 03. (Cesgranrio/TCE-RO – Contador/2007) As normas de auditoria estabelecem que o auditor externo, em seu trabalho de campo, deve avaliar o sistema de controle interno da empresa. São exemplos de controles internos contábeis avaliados pelo auditor externo: (A) auditoria interna e análise de lucratividade dos produtos. (B) controle físico sobre ativos e auditoria interna. (C) controle físico sobre ativos e controle de qualidade. (D) segregação de funções e controle de qualidade. (E) segregação de funções e treinamento de pessoal. Resolução: Sabemos que os controles internos contábeis são aqueles destinados à proteção dos ativos e à produção de dados contábeis adequados (ex.: sistemas de conferência, aprovação e autorização; segregação de funções; controle físico sobre ativos; e auditoria interna). Vamos analisar cada um dos itens: Item A: errado. - auditoria interna (contábil) - análise de lucratividade dos produtos (administrativo) Item B: certo. - controle físico sobre ativos (contábil) - auditoria interna (contábil) Item C: errado. - controle físico sobre ativos (contábil) - controle de qualidade (administrativo) Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 10 Item D: errado. - segregação de funções (contábil) - controle de qualidade (administrativo) Item E: errado. - segregação de funções (contábil) - treinamento de pessoal (administrativo) 04. (ESAF/SEFAZ-RN – AFTE/2005) A relação custo versus benefício para a avaliação e determinação dos controles internos deve considerar que o custo dos controles internos de uma entidade: (A) deve ser superior aos benefícios por ele gerados. (B) não deve ser inferior aos benefícios por ele gerados. (C) não deve ser igual ou inferior aos benefícios por ele gerados. (D) deve ser superior ou igual aos benefícios por ele gerados. (E) não deve ser superior aos benefícios por ele gerados. Resolução: E essa, fácil? Lembre-se do que falamos sobre custo x benefício dos controles internos. Se a manutenção do controle interno for mais cara do que o benefício por ele gerado, é melhor não ter controle interno. Portanto, o gabarito é a letra E. Atenção! A relação (custo X benefício) deve considerar que o custo dos controles internos de uma entidade não deve ser superior aos benefícios por ele gerados. Isso é muito cobrado em provas, portanto, não esqueça disso. 05. (ESAF – SEFAZ/CE– AFRE– 2006) A empresa CompraVia Ltda. determinou que a partir do mês de dezembro as funções de pagamento das compras efetuadas passarão a ser feitas pelo departamento de compras, extinguindo-se o setor de Contas a Pagar. Esse procedimento afeta a eficácia da medida de controle interno denominada (A) confirmação. (B) segregação. (C) evidenciação. (D) repartição. (E) atribuição. Resolução: Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 11 Segundo o enunciado a empresa está adotando a medida temerária de concentrar as compras e o pagamento dessas compras no mesmo departamento, ora, isso é um prato cheio para o conluio e a fraude. Para evitar isso, essas funções devem ser sempre segregadas, ou seja, feitas em departamentos / por pessoas diferentes. Gabarito, letra B. 06. (CESPE/Analista de Controle Externo – TCU/2008) Segundo o COSO, as pequenas empresas enfrentam desafios importantes para manter um controle interno a custos razoáveis. Nesses casos, entretanto, não obstante a limitação do número de empregados ou servidores, não há comprometimento da segregação de funções, não havendo necessidade de obtenção de recursos adicionais para assegurar a adequada segregação de funções. Resolução: Ainda não falamos sobre COSO, mas já podemos responder essa questão, não é mesmo? Vimos que, diferente do que afirma a questão, as entidades de pequeno porte têm dificuldades em estabelecer mecanismos de segregação de funções. Ora, isso não é muito difícil de entender, acontece pelo simples fato de não haver indivíduos suficientes para que as funções sejam totalmente segregadas. Vamos imaginar uma situação bem extrema: você tem uma barraquinha de cachorro quente e delega toda a gestão do negócio para seu irmão. Logicamente ele será o responsável por tudo: fazer o orçamento, receber a matéria prima, controlar o estoque, liberar o dinheiro para pagar fornecedores, receber o dinheiro da venda, e por aí vai... Assim, você terá que pensar em mecanismos adicionais para superar o problema da ausência de segregação de funções. Temos então que a assertiva está errada. Vamos ver como as bancas cobram esses conceitos... 07. (ESAF/Analista Técnico: Controle e Fiscalização – SUSEP/2010) Assinale a opção que completa de forma correta a frase. Os 5 (cinco) elementos que formam o controle interno são: (A) risco de mercado, risco de crédito, risco legal, risco de subscrição e risco operacional. (B) auto-seguro, seguro, cosseguro (ou co-seguro), resseguro e a retrocessão. (C) ambiente de controle, avaliação e gerenciamento do risco, atividade de controle, informação e comunicação. (D) prêmio de risco, prêmio estatístico, prêmio puro, prêmio líquido e prêmio bruto. (E) proposta, apólice, endosso, questionário de risco (perfil) e certificado. Resolução: Essa questão perguntou simplesmente o nome dos cinco elementos de controle interno presentes na metodologia COSO I. Vimos que esses 5 componentes são: 1. Ambiente de Controle 2. Avaliação de Riscos 3. Informação e Comunicação 4. Atividades de Controle 5. Monitoramento dos Controles Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 17 O item “mais próximo” da resposta correta é a letra C, apesar de omitir o componente monitoramento. Na verdade essa questão deveria ser anulada, pois pede 5 componentes e só traz4. No entanto, a Esaf manteve o gabarito. 08. (Cesgranrio/BNDES – Ciências Contábeis/2009) O relatório do Comitê de Organizações Patrocinadoras identifica os cinco componentes do controle interno: ambiente de controle; avaliação de risco; atividade de controle; informação e comunicação; monitoração. Dentre eles, aquele que identifica as políticas e procedimentos que permitem assegurar que as diretrizes da administração estão sendo seguidas é o(a) (A) ambiente de controle. (B) avaliação de risco. (C) atividade de controle. (D) informação e comunicação. (E) monitoração. Resolução: O enunciado da questão pergunta qual é o componente que identifica as políticas e procedimentos (=atividades ou procedimentos de controle) que permitem assegurar que as diretrizes da administração estão sendo seguidas. A resposta correta é, portanto, atividades de controle. Logo, a resposta é o item C. 09. (ESAF/Analista Técnico: Controle e Fiscalização – SUSEP/2006) - O auditor externo, para elaborar e consubstanciar seu relatório circunstanciado sobre os processos de informação e comunicação, deve avaliar se os processos (A) transmitem aos funcionários da direção todas as normas da empresa, de forma escrita. (B) estão todos documentados e disponíveis aos funcionários administrativos e da gerência, permitindo a interação entre as diversas atividades de seus funcionários com funcionários de outras áreas. (C) permitem que todos os funcionários entendam suas responsabilidades na estrutura de controles internos, bem como a interação de suas atividades com as atividades de outros funcionários. (D) elaborados, permitem que a maioria dos funcionários possua o entendimento dos processos da empresa e que suas responsabilidades estejam determinadas por escrito, ainda que os mesmos não tenham sido informados. (E) possibilitam que todos os funcionários tenham acesso às normas da empresa, podendo executar qualquer função nos processos e nas atividades da empresa, sem restrição. Resolução: Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 18 Essa questão trata do componente “informação e comunicação”... vamos, assim, analisar item a item e entender quais estão relacionados a este componente: (A) transmitem aos funcionários da direção todas as normas da empresa, de forma escrita. Não se trata apenas de comunicar aos funcionários da direção, mas a todos os colaboradores da empresa. (B) estão todos documentados e disponíveis aos funcionários administrativos e da gerência, permitindo a interação entre as diversas atividades de seus funcionários com funcionários de outras áreas. Mais uma, a informação e comunicação não é exclusiva para os funcionários administrativos e da gerência, mas aos funcionários de todas as áreas da organização. (C) permitem que todos os funcionários entendam suas responsabilidades na estrutura de controles internos, bem como a interação de suas atividades com as atividades de outros funcionários. Perfeito. É exatamente isso, é um processo que permite que todos os envolvidos na consecução dos objetivos da empresa entendam suas responsabilidades. (D) elaborados, permitem que a maioria dos funcionários possua o entendimento dos processos da empresa e que suas responsabilidades estejam determinadas por escrito, ainda que os mesmos não tenham sido informados. Errada. Não é a maioria dos funcionários, mas todos eles. Além disso, os funcionários têm que ser informados de suas responsabilidades, independente de que estas estejam por escrito. (E) possibilitam que todos os funcionários tenham acesso às normas da empresa, podendo executar qualquer função nos processos e nas atividades da empresa, sem restrição. Está correto afirmar que esse processo permite que todos os funcionários tenham acesso às normas da empresa, no entanto, está errado afirmar que todos os funcionários podendo executar qualquer função nos processos e nas atividades da empresa, sem restrição. Temos então, que a resposta correta é o item C. Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 19 Vejamos como os conceitos de risco de auditoria podem ser cobrados em prova. 10. (ESAF/ATM – Sefin Natal/2008) – ADAPTADA - O auditor externo, ao efetuar os exames de auditoria na Empresa Relevante S.A., emitiu opinião não modificada. No ano seguinte à auditoria, a empresa faliu e foi constatado que existiam erros que tornavam as demonstrações, que haviam sido objeto da auditoria, significativamente incorretas. Esse fato representa, para o auditor, um risco (A) de controle. (B) do negócio do cliente. (C) contábil. (D) sistêmico. (E) de auditoria. Resolução: Depois do que vimos, essa questão ficou bem fácil não. A razão de ela estar aqui é para que lembre que a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis que contenham distorções relevantes denomina-se risco de auditoria. Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 23 O enunciado afirmou que o auditor emitiu uma opinião não modificada (opinou que estava tudo OK), quando existiam erros significativos. Ou seja, opinou de forma inadequada sobre demonstrações significativamente incorretas. Temos então que a resposta é a letra E. 11. (FGV/Auditor da Receita Estadual – SEA AP/2010) De acordo com as normas vigentes de auditoria, emanadas pelo CFC - Conselho Federal de Contabilidade, os riscos de distorção relevante podem existir nos seguintes níveis: (A) nível específico da demonstração contábil e nível geral da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações. (B) nível relevante da demonstração contábil e nível geral afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações. (C) nível substantivo da demonstração contábil e nível de aderência da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações. (D) nível de aderência da demonstração contábil e nível específico da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações. (E) nível geral da demonstração contábil e nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações. Resolução: Vimos que os riscos de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria, ou seja, são aqueles que independem da ação do auditor. Ademais, vimos que podem existir em dois níveis: • no nível geral da demonstração contábil; e • no nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações. Logo, a resposta é o item E. 12. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2009) O auditor externo, ao verificar os passivos contingenciais da empresa auditada, realizando os procedimentos necessários para avaliação dessa área, não constatou a existência de dois processos trabalhistas. Os processos não foram provisionados pela empresa, mas tinham possível probabilidade de ocorrência de perda. Esse evento representa um risco de (A) controle. (B) contabilidade. (C) negócio. Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 24 (D) detecção. (E) processo. Resolução: Essa questão foi do último concurso para fiscal do ICMS-SP e, como pode ver, trouxe uma questão de risco de auditoria. Caro concurseiro, uma questão como essa é certa na sua prova! Portanto, não podemos nos confundir. Vejamos como resolvê-la... Para responder qual é o tipo de risco em questão, temos que identificar qual é a causa geradora desse risco. Há três possibilidades: 1. decorre dos procedimentos realizados pelo auditor = risco de detecção 2. decorre da ausênciaou inadequação de controles = risco inerente 3. decorre de falhas do controle existente = risco de controle Nesse caso, o auditor não constatou (detectou) a existência de dois passivos trabalhistas. Em outras palavras, trata-se do risco de o auditor, ao aplicar seus procedimentos, cometer um erro. Logo, a resposta é o item D. 13. (ESAF/Fiscal de Rendas– ISS RJ/2010) Assinale a opção falsa a respeito dos assuntos que, se bem equacionados, ajudam o auditor a reduzir o risco de detecção em uma auditoria. (A) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado. (B) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados. (C) Aplicação do ceticismo profi ssional. (D) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria. (E) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações. Resolução: Para resolver essa recente questão da ESAF, basta termos em mente que o risco de detecção é aquele que decorre da possibilidade de os procedimentos executados pelo auditor falharem. Olhando os itens acima, é fácil perceber que o único item que contribui para o aumento deste tipo de risco é a letra “E”, pois diminuir o escopo do trabalho e reduzir o número de transações analisadas aumenta a possibilidade de o auditor não detectar distorções relevantes. 14. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2007) Avalie as afirmativas a seguir: Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 25 I. Risco de auditoria é o risco de que o auditor possa inadvertidamente não modificar adequadamente seu parecer sobre demonstrações contábeis que contêm erros ou classificações indevidas materiais. II. Risco inerente é o risco de que um erro ou classificação indevida materiais que possam constar de uma afirmação não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos da entidade. III. Risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou classificação indevida materiais, supondo que não haja controles. IV. Risco de detecção é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida relevantes que existam em uma afirmação. Assinale: (A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (B) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. Resolução: Ante tudo o que já foi discutido, vamos analisar cada um dos itens. Item I: correto. Risco de auditoria é o risco de o auditor emitir uma opinião inadequada sobre demonstrações contábeis inadequadas, ou seja, que contenham distorções relevantes (erros ou classificações indevidas materiais). Item II: errado. Essa é a definição de risco de controle. Item III: errado. Essa é a definição de risco inerente. Item IV: correto. Risco de detecção é o risco de o auditor não detectar uma distorção relevante nas demonstrações. Logo, a resposta é o item B. Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 26 Vejamos algumas questões sobre esse assunto: 15. (ESAF/ATM/Natal/2008) A responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros na empresa é: (A) da administração. (B) da auditoria interna. (C) do comitê de gestão corporativa. (D) do Conselho Fiscal. (E) da auditoria externa. Comentários: Vimos que a responsabilidade primária pela prevenção e detecção de fraudes é da entidade. Ressalte-se que essa responsabilidade não foi alterada com as novas normas, segundo a NBC TA 240, a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. Gabarito da questão: Letra ‘A’. 16. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é: (A) da administração. (B) da auditoria interna. (C) do conselho de administração. (D) da auditoria externa. (E) do comitê de auditoria. Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 31 Comentários: Essa questão, recentemente aplicada na prova para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, é idêntica a analisada no item anterior. Esse é só um, dos inúmeros exemplos que mostram a importância da resolução de provas passadas, são pontos certos e preciosos para a aprovação. Segundo a novíssima NBC TA 240, como já vimos diversas vezes, a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. Gabarito da questão: Letra ‘A’. 17. (FGV/Fiscal de Rendas – Sefaz RJ/2010) Analise as afirmativas a seguir: I. A prevenção e detecção da fraude é de responsabilidade da governança da entidade e da sua administração. II. Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele pode estabelecer juridicamente se realmente ocorreu fraude. III. O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Assinale: (A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (D) se somente a afirmativa III estiver correta. (E) se somente a afirmativa II estiver correta. Comentários: Esses itens foram tirados da NBC TA 240. Vamos inicialmente analisar os itens II e III. II. Errado, a norma fala que apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele NÃO estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude. Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 32 III. Correto, essa é a atribuição do auditor, obter segurança razoável de que não há distorções relevantes nas demonstrações. Agora, diferente do que afirma a FGV, entendemos que o item I não está correto, pois a prevenção e a detecção de fraude são de responsabilidade dos RESPONSÁVEIS pela governança da entidade e da sua administração. Não podemos confundir GOVERNANÇA como RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA9. O primeiro se refere, de acordo com o IBGC, a um SISTEMA pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. Já o segundo, de acordo com a NBC TA 260 (Resolução CFC nº 1.209/09), se refere às PESSOAS ou ORGANIZAÇÕES com responsabilidade pela supervisão geral da direção estratégica da entidade e das obrigações relacionadas à responsabilidade da entidade. Enfim, não é possível responsabilizar um sistema, mas as pessoas ou organizações responsáveis por esse sistema. Por esse motivo, consideramos que o item I está incorreto, e o gabarito deveria ter sido alterado de ‘A’ para a letra ‘D’, o que não ocorreu. 18. (ESAF/APOFP – Sefaz SP/2009) Por ser um ato não-intencional na elaboração de registros e demonstrações contábeis, é correto afirmar que se trata de um erro: (A) a alteração de documentos visando modificar os registros de ativos, passivos e resultados. (B) a apropriação indébita de ativos. (C) a supressão ou omissão de transações nos registros contábeis. (D) o registro de transações sem comprovação. (E) a aplicação incorreta das normas contábeis. Comentários: Essa questão trata das definições de erro e fraude, vimos que o ato nãointencional caracteriza o erro; o intencional, a fraude. 9 Responsáveis pela governança são as pessoas com responsabilidade de supervisionar a direção estratégica da entidade e,consequentemente, de supervisionar as atividades da Administração (isso inclui a supervisão geral do relatório financeiro). Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 33 Portanto, a alteração de documentos visando modificar os registros; a apropriação indébita; a supressão ou omissão de transações e o registro de transações são exemplos de atos intencionais que visam um objetivo específico. Por sua vez a aplicação incorreta, quando não proposital, das normas contábeis é considerada um erro. Gabarito, letra ‘E’. 19. (ESAF/ATM – Sefin Natal/2008) O auditor, ao efetuar a avaliação e os testes nas contas dos itens componentes do imobilizado e de suas respectivas depreciações, constatou os seguintes fatos: I. Contrato efetuado entre a empresa e um de seus sócios transferindo uma máquina entregue como integralização de capital no valor de R$ 1.000.000,00. Ao efetuar a comparação com o valor de mercado na data da transferência, constatou-se que a máquina estava valorizada por R$ 800.000,00. II. Unidade Fabril operando em dois turnos, efetuando a depreciação de suas máquinas pela taxa relativa a um turno. III. Os Juros e a variação cambial de uma máquina em processo de construção e importação, a ser usada no processo produtivo, contabilizado em despesas financeiras e de juros, respectivamente. Assim, pode-se afirmar que as assertivas I, II e III correspondem a: (A) erro, fraude, erro. (B) fraude, erro, fato normal. (C) erro, erro, erro. (D) fato normal, fraude, fraude. (E) fraude, erro, erro. Comentários: A distinção entre fraude e erro reside na intencionalidade ou não do ato que os originou. Nem sempre essa distinção é fácil. Fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação / adulteração; já, erro, refere-se a ato nãointencional na elaboração dos registros e demonstrações contábeis. Vamos resolver essa questão por eliminação. Analisando os três itens, verificamos que nenhum deles refere-se a um ato normal, todos têm alguma impropriedade. Portanto, as assertivas “b” e “d” estão erradas. Agora para resolver a questão basta identificar em qual item, I ou II, houve fraude, já que nas assertivas restantes, o item III aparece em todas como erro, então, não precisamos nos preocupar mais com ele, certo? Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 34 Esse tipo de resolução, por eliminação, nos parece mais produtiva nas questões desse tipo, pois poupamos tempo. Vamos analisar o item I: ora, um dos sócios integralizou uma máquina que custava R$ 800.000,00 por R$ 1.000.000,00, embolsando R$ 200.000,00 as custas dos demais. O que parece isso? FRAUDE. Pronto, matamos a questão, o gabarito é a letra “E”: FRAUDE, ERRO, ERRO. Mas, como aqui é treino, vamos analisar os itens II e III: Item II – é um caso típico de ERRO, pois foi lançado erroneamente, para menor, o valor da depreciação, ou seja, foram lançadas menos despesas no período. Item III – outro caso típico de ERRO, houve uma confusão nos lançamentos contábeis, os valores foram lançadas em contas erradas distorcendo seus saldos, mas não o resultado global. 20. (FGV/Fiscal de Rendas – Sefaz RJ/2008) – ADAPTADA – O Conselho Federal de Contabilidade – CFC conceitua fraude e erro da seguinte forma: I. fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis; e II. erro refere-se a ato não-intencional na elaboração de registros e demonstrações contábeis, que resulte em incorreções deles. Considerando a regulamentação do assunto pelo CFC, em especial a Resolução 1.207/09, é possível afirmar que: (A) a responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros é do auditor independente, uma vez que é contratado para garantir que os dados constantes nas demonstrações reflitam a real situação econômicofinanceira da entidade auditada. (B) não tem o auditor independente a obrigação de comunicá-los à entidade da auditada, desde que relevantes. (C) a auditoria de demonstrações contábeis tem como objetivo a descoberta de fraudes. (D) o auditor independente deverá considerar a possibilidade de ocorrência, inclusive na fase do planejamento dos trabalhos. (E) como a auditoria de demonstrações contábeis não objetiva a descoberta de fraudes, o auditor não deve considerar a possibilidade de sua ocorrência, sequer no planejamento. Comentários: Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 35 Item (A): a responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros é do auditor independente, uma vez que é contratado para garantir que os dados constantes nas demonstrações reflitam a real situação econômico-financeira da entidade auditada. Errado. A responsabilidade primária pela prevenção e detecção de erros e fraudes é dos responsáveis pela governança e da administração. Item (B): não tem o auditor independente a obrigação de comunicá-los à entidade da auditada, desde que relevantes. Errado. Vimos que o auditor independente deve comunicar as fraudes encontradas à administração, mesmo que irrelevantes. Além disso, deve também considerar as hipóteses (vide quadro acima) de comunicação aos responsáveis pela governança e a terceiros. Item (C): a auditoria de demonstrações contábeis tem como objetivo a descoberta de fraudes. Errado. Já falamos bastante sobre isso... O objetivo do auditor independente não é encontrar fraudes e/ou erros, mas emitir uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. Item (D): o auditor independente deverá considerar a possibilidade de ocorrência, inclusive na fase do planejamento dos trabalhos. Certo. O auditor independente deve planejar e executar o seu trabalho, considerando a possibilidade de existência de erros e/ou fraudes. Item (E): como a auditoria de demonstrações contábeis não objetiva a descoberta de fraudes, o auditor não deve considerar a possibilidade de sua ocorrência, sequer no planejamento. Errado. Vimos que o auditor é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Temos então que a resposta correta é o item ‘D’. Bom... por hoje é só.... A gente se vê na próxima aula. Um grande abraço, Davi e Fernando Auditoria para CVM - Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 36
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