Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Alterações hemodinam̂icas Prof Mirna Ludwig e Matias Frizzo Alterações hemodinâmicas Orientações para a dinâmica da aula do dia 17 Alterações hemodinâmicas Responder as 25 questões distribuídas nos slides. Todas devem ser respondidas individualmente antes da aula (de preferência). O material de consulta pode ser: os próprios slides e os livros da lista de referências bibliográficas do plano de ensino. As respostas poderão ser concluídas em aula, em grupo. Cada grupo apresentará e entregará uma versão escrita das questões que lhe couberem (será feito por sorteio). 1. Edema 2. Congestão e Hiperemia 3. Hemorragia 4. Choque 5. Trombose 6. Embolia 7. Infarto 8. Isquemia Acúmulo de quantidades anormais de líquido nos espaços teciduais intercelulares ou cavidades corporais. Anasarca: edema intenso, acentuada tumefação dos tecidos subcutâneos. 1- EDEMA Hidrotórax, hidropericárdio e hidroperitôneo: coleções edematosas nas cavidades serosas do corpo. Hidroperitônio (ascite) hidropericárdio Hidrotórax Evolução após tratamento da causa http://www.scielo.org.pe/scielo.php?pid=S1018-130X2007000200008&script=sci_arttext P1: Distinguir edema intersticial de condições como hidrotórax, hidroperitônio e hidropericárdio Causas primárias do edema ↑ Pressão hidrostática intravascular. ↓ Pressão coloidosmótica do plasma. Comprometimento do fluxo da linfa. P2:Explique como cada uma destas causas pode produzir o edema Desenvolvimento do edema: aumento de forças que tendem a deslocar líquidos do compartimento intravascular para o interstício Causas primárias Exemplos clínicos Edema localizado Edema generalizado ↑Pressão hidrostática Obstrução venosa: trombose ou compressão externa (ex., tumores) Insuficiência cardíaca congestiva ↓Pressão coloidosmótica do plasma - hipoalbuminemia Nenhum •Perda excessiva de albumina (doença renal) •Redução da síntese de albumina (hepatopatia difusa) Obstrução linfática Obstrução neoplásica ou inflamatória Filariose (elefantíase) Nenhum Retenção de sódio Nenhum Doença renal com retenção de sal P3: A falta de proteína no plasma causa edema? Explique. Generalizado ou local? P4: O excesso de sódio pode causar edema? Explique. P5: A elefantíase e a obstrução neoplásica podem causar edema? Explique 2- CONGESTÃO e HIPEREMIA CONGESTÃO Cianose/hipóxia HIPEREMIA eritema Aumenta o INfluxo Diminui o Efluxo NORMAL P6: O que é congestão e explique a cianose nesta condição. P7: O que é hiperemia e explique o eritema nesta condição. P8: Diferencia hiperemia ativa de hiperemia reativa. CONGESTÃO Congestão passiva: resulta da diminuição do efluxo venoso . Ex.: doença venosa obstrutiva ou insuficiência cardíaca A congestão passiva crônica dos pulmões ocorre por insuficiência cardíaca esquerda. Hiperemia ativa: decorre do aumento do influxo arterial Ex.: durante o exercício físico e locais de inflamação. HIPEREMIA Hiperemia reativa: aumento da quantidade de sangue em uma região quando sua circulação é restabelecida após um período de oclusão. HIPEREMIA 3- HEMORRAGIA Perda de sangue para o exterior, para o interstício ou para cavidades do organismo. 3- HEMORRAGIA Indica ruptura de um vaso sanguíneo. Perda pequena e mais lenta – para em poucos minutos Maior gravidade Perda pulsátil Sangue vermelho vivo Sangue vermelho escuro Perda contínua e com pouca pressão P9: Saber caracterizar o tipo de hemorragia – tipo de vaso, e compreender porque a arterial é de maior gravidade Observações importantes em relação a hemorragia: Volume da perda sanguínea Velocidade da perda Local da hemorragia- interna e externa P10: Quais são as observações importantes na caracterização da hemorragia 3- HEMORRAGIA Hematoma: quando o sangue fica preso nos tecidos do corpo. Equimose: hematoma subcutâneo. Ex.: contusão comum. PROGRESSÃO DA COLORAÇÃO Hematoma e Equimose Hematoma é uma coleção de sangue, que ocorre em geral em decorrência de um sangramento ativo, na maioria das vezes no pós-operatório imediato e causa na maioria das vezes um abaulamento no local. Equimose é o sangramento que ocorre e penetra nos tecidos, ficando uma mancha roxa no local, pode ser em decorrência de uma pancada ou de uma cirurgia. Não há a necessidade se realizar a drenagem ou qualquer outro procedimento. Ele desaparece sozinho ao longo dos dias. 3- HEMORRAGIA IHemotórax, hemopericárdio, hemoperitônio ou hemartrose: quando o sangue se acumula em uma das cavidades do corpo; Hemotórax Hemoartrose/derrame de joelho HEMORRAGIA Púrpura: hemorragias subcutâneas maiores do que petéquias; Petéquias: pequenas hemorragias na pele, mucosas ou superfícies serosas; P11: Distinguir os diferentes tipos de pequenas hemorragias internas 4- CHOQUE Distúrbio progressivo que, se não corrigido, pode levar à morte. Pode ser precipitado por: • hemorragia profusa, • traumatismo ou queimaduras graves, • extenso infarto do miocárdio, • embolia pulmonar maciça ou • septicemia bacteriana não controlada CHOQUE Hipoperfusão tecidual, nem sempre absoluta. Pacientes chocados: PA sistólica < 90 mmHg ou 30 % abaixo da PA basal associada a evidências de: 9 má perfusão tissular periférica; 9alteração do estado mental; 9oligúria; 9acidose metabólica (HCO3- < 20 Meq, pH < 7,3); 9hiperlactatemia 9alterações isquêmicas ao ECG P12: Conhecer as características clínicas do paciente chocado Classificado do ponto de vista fisiopatológico em: quantitativo: 9cardiogênico 9hipovolêmico 9obstrutivo. qualitativo ou distributivo: 9tóxico, 9 séptico, 9 anafilático, 9 neurogênico. P13: Conhecer a classificação do choque, do ponto de vista fisiopatológico. • Choque cardiogênico: disfunção sistólica, diastólica, ou ambas→ ↓do DC →choque. • Choque hipovolêmico ou hemorrágico: diminuição da pré-carga, depressão miocárdica, ↓ DC e da pressão arterial média (PAM): distribuição do fluxo sanguíneo com disfunção de múltiplos órgãos e sistemas (DMOS). • Choque obstrutivo: diminuição do enchimento diastólico → ↓enchimento do ventrículo esquerdo → ↓ do débito cardíaco (DC) → choque. Choque distributivo: há aumento do leito vascular pela vasodilatação promovendo diminuição da resistência vascular sistêmica (RVS), depressão miocárdica → ↓PAM → choque e disfunção de múltiplos órgãos e sistemas. P13: Conhecer principal característica de cada tipo de choque, ou seja, relacionar o nome do choque com a principal característica Tipos de choque, com exemplos de condições ou doenças que podem causar cada tipo P14: Conhecer exemplos de condições que podem causar cada tipo de choque. Tipos de choque, com exemplos de condições ou doenças que podem causar cada tipo CHOQUE Exceto se a agressão for maciça e rapidamente letal, o choque tende a evoluir por três estágios: I- Fase não-progressiva inicial: são ativados mecanismos compensatórios e é preservada a perfusão de órgãos vitais; II- Estágio progressivo: caracterizado por hipoperfusão tecidual e início de desequilíbrio circulatório e metabólico; III- Estágio irreversível :estabelecido após lesão celular e tecidual tão intensa que a sobrevivência não é possível P15: Conhecer os estágios do choque e suas principais características • reflexo barorreceptores; • liberação de catecolaminas; • ativação do eixo RAA; • liberação do ADH e • estimulação simpática generalizadataquicardia, vasoconstrição periférica e conservação de líquidos pelo rim P16: Conhecer os mecanismo de compensação ativados por hipovolemia entender o efeito de cada um. Exemplo: Por que a vasoconstrição é um mecanismo de compensação? 5- TROMBOSE Formação de massa coagulada de sangue no sistema cardiovascular não interrompido Trombo rompimento Êmbolo Tro mb oe mb oli sm o P17: Saber o que é trombo, o que é êmbolo e o que é tromboembolismo. TROMBOEMBOLISMO Coágulo fibrina hemácia TROMBOGÊNESE INJÚRIA ENDOTELIAL HIPER COAGULABILIDADE FLUXO SANGÚÍNEO ANORMAL TROMBOSE P18: Conhecer os fatores que predispõem a ocorrência de trombose. Saber o que é trombose INJÚRIA/LESÃO ENDOTELIAL: aterosclerose, hipercolesterolemia, trauma, toxinas bacterianas, endotoxinas, hipertensão, produtos absorvidos da fumaça de cigarros. Rompimento da parede Macrófago Depósito de colesterol Hemácias Células espumosas Depósito de Gordura HIPERCOAGULABILIDADE DO SANGUE: causa menos comum, caracterizada por alteração do mecanismo de coagulação: 9 Pode estar associado a uma ausência hereditária dos anticoagulantes endógenos antitrombina III, proteína C ou proteína S 9 Pode aparecer na adolescência ou vida adulta; 9 Pode aparecer no final da gravidez e no câncer disseminado (secreção de fatores trombogênicos ou pró-coagulantes das células tumorais necróticas); 9 Uso de contraceptivos hormonais: ↑fibrinogênio, protrombina, fatores VII, VIII e X e ↓atividade fibrinolítica; 9 Presença de auto-anticorpos direcionados contra fosfolipideos aniônicos (anticoragulante lúpico) ESTASE OU TURBULÊNCIA DO FLUXO SANGUÍNEO: 9 rompimento do fluxo laminar, permitindo o contato das plaquetas com o endotélio; 9 evitam a diluição dos fatores de coagulação e retardam o fluxo de inibidores da coagulação 9 permitem a acúmulo de agregados plaquetários 9 promovem hipóxia e lesão das células endoteliais 9 turbulência em si é causa lesão endotelial • FATORES QUE SE OPÕEM A COAGULAÇÃO: propriedades antiplaquetárias do endotélio intacto- isolamento das fibras colágenas (ativadoras de plaquetas); propriedades anticoagulantes: moléculas semelhantes a heparina e trombomodulina (receptor específico de trombina); • FATORES QUE SE OPÕEM A COAGULAÇÃO: Propriedades fibrinolíticas das células endoteliais: síntese de ativadores de plasminogênio Conversão da forma inativa em forma ativa Quebra as moléculas de fibrina e, consequentemente do coágulo Dissolução do coágulo Plasmina P19: Conhecer os fatores que se opõem a coagulação 6- EMBOLIA Refere-se à oclusão de uma parte do sistema cardiovascular pela impactação de alguma massa (êmbolo) transportada para a local pela corrente sanguínea; A grande maioria dos êmbolos representa certa parte ou o todo de um trombo deslocado, daí o termo tromboembolismo; Embolia gordurosa: Doença dos mergulhadores; Embolia por líquido aminiótico P20: O que é embolia? Tromboembolismo venoso P21: O que é tromboembolismo venoso e relacioná-lo com alterações nas veias profundas das pernas. 7- INFARTO INFARTO Área de necrose isquêmica em um tecido ou órgão. Causas: oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa (mais comuns); torção ou compressão de vasos; quase 99% dos infartos são produzidos por eventos tromboembólicos e quase todos resultam de oclusões arteriais. P22: O que é infarto e quais são suas causas? INFARTO Fatores que influenciam no desenvolvimento do infarto: 9 natureza do suprimento vascular: fonte alternativa para o suprimento (ex.: fígado, veia porta e artéria hepática); 9 tempo de desenvolvimento da oclusão: as de desenvolvimento lendo tem menor tendência de causar lesão; 9 vulnerabilidade do tecido à hipóxia: neurônios , células miocárdicas, células epiteliais dos túbulos renais são + vulneráveis a hipóxia; 9 capacidade de carrear oxigênio: anemia, níveis reduzidos de saturação de oxigênio. P23: Saber quais sãos os fatores que influenciam no desenvolvimento do infarto INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO https://www.youtube.com/watch?v=zFlahOXu3Lk P24: O que infarto agudo do miocárdio? P25: Relacione isquemia e infarto.
Compartilhar