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DISCOPATIA EM CÃES 02/10 ETIOLOGIA: Nem toda discopatia evolui para hérnia de disco, vai ter algum grau de degeneração do disco, mas não necessariamente hérnia Doença mais comum das afecções neurológicas Doença degenerativa TIPOS: EXTRUSÃO (Expulsão): núcleo pouposo esta saindo do anel fibroso, saindo do disco. Tipo 1 (Hansen) PROTUSÃO (sinônimo: Projeção): tipo 2 (Hansen) EXTRUSÃO EXPLOSIVA: pouco volume, alta velocidade e chega a penetrar o parênquima medular, tipo 3. POSTURAS TÍPICAS: Região cervical: discos maiores (mais doloroso). Possuem mais receptores. NMS Nas placas e Sharpei terminações nervosas do disco (zona de transição entre o disco intervertebral e o corpo da vértebra) Posição: ventro flexão do pescoço (cabeça olhando para baixo, movimenta pouco a cabeça e o pescoço e movimenta mais os olhos. Alonga os discos e diminui a compressão) Região toraco-lombar: falta modulação Membro pélvico espástico Antecede o plexo lombo-sacro Falta modulação (NMS), falta ação inibitória Região lombro-sacra: não compromete a extensão do joelho (L4-L5-L6) Dorso flexão da região lombro-sacra Não pega o nervo femoral, por isso é impossível o animal ficar paraplégico. NMI: tono anal diminuído Vai ter déficit proprioceptivo Displasia: não influencia o tono anal e nem tem déficit proprioceptivo Postura de Shiff-Sherington: exclusivamente em decúbito lateral Há modulação do NMS depois do plexo braquial T2-L5 (segmento de medula) Muito grave! Estado mental: normal Não há opstótono Membro torácico: espástico. Membro pélvico: paralisados Esfíncter anal: relaxado (por causa da secção da medula). Dor superficial (cutânea: parte intermediaria da medula) e profunda (esquelética: porção mais centralizada) ausente ANATOMIA: Disco intervertebral: une os corpos vertebrais, e amortiza o impacto (quadrúpede vem de trás para frente, caudo-cranial) O que mais estimula ao animal andar são os membros pélvicos Núcleo pulposo (interna): 80% de água e 20% GAG (é fisiologicamente gelatinoso) Anel fibroso (parte fibrosa): porção mais fraca é a dorsal, ou seja, mais suscetível a rupturas. Camada mais fina. Núcleo pouposo invade canal medular e comprime medula (L5 cão e L6 gato) ou cauda equina (caudal L5 ou L6) Camada cortical lisa (cão, macaco, homem): demência, déficit visual total ou parcial, dificuldade motora. Ligamento inter-capital (entre as cabeças da costela): evita hérnia de disco. Barreira, sobre a região mais fina do disco (dorsal), evita EXTRUSÃO e PROTUSÃO (projeto). O ligamento não esta presente nos primeiros pares de costela e entre os 2 últimos pares (por isso tem hérnia nesses lugares, T11-12-13, etc) DISCO INTERVERTEBRAL: Composição: anel fibroso, núcleo pouposo. Extrusão (expulsão do núcleo pouposo): não sai gelatinosa, disco doente Sai na forma caseosa (caseína, semelhante a ricota) Mudança de polaridade do disco, muda as cargas do disco Há um Influxo/penetração de cartilagem hialina Degeneração do tipo 1 é CONDRÓIDE: condro: cartilagem, óide: semelhante há (semelhante a cartilagem) Manifestação clinica: Aguda Mas a doença é progressiva Retirar material compressor (EXTRUSÃO), indicar o procedimento o quanto antes Protrusão: o anel fibroso vai se deformando. Se projeta, pois um disco doente, quando sofre compressão se deforma e não volta a sua forma original (forma um biquinho, hérnia que mais acontece em seres humanos). Disco mais herniado em humanos é a região L5-S1 e o segunda L4-L5. TIPO 1: CONDRÓIDE Raças condrodistróficas (má nutrição da cartilagem fisária) Ossos curtos, esterno quase toca o chão Dachshund 20% têm, já tiveram ou vão ter hérnia de disco 27% que tiveram grau 1, têm recidiva (6 meses a 2 anos) Discos afetados: próximos do que rompeu (segmento) Mais comum: toraco-lombar (centro da ponte). Normalmente os dois lados tem déficit (toraco-lombar) LOCAIS QUE NÃO POSSUEM DISCO: Sacro não tem disco C1-C2: não tem disco (atlas-axis) Atlanto occipital: articulação do “sim” Pequeno porte: cervical cranial, o disco que mais afeta é C2-C3 (primeiro disco intervertebral) Raças grades/gigantes: afeta região cervical caudal, C6-C7 é o disco mais afetado. HÉRNIA DE DISCO: Região periférica: fimbrias da percepção própria. Pequena: afeta a propriocepção (base ampla, arrastando unha) Acentuada: Atinge a percepção própria, fibras motoras e da dor superficial Mais volumosa: paraparesia/paraplegia, ulceras indolentes e perdeu dor superficial Mais volumosa ainda: atinge fibras da dor profunda, sem dor esquelética. DESCOMPRESSÃO: Precisa recuperar por primeiro a ultima que perdi (dor profunda) Recupera por segundo a motricidade e dor superficial E por ultimo a propriocepção. Geralmente há um ganho, e geralmente fica alguma sequela. GRAUS: GRAU 1: Sem deficiência, anda. Só tem dor GRAU 2: paraparesia ambulatória (ataxia + déficit proprioceptivo). Ainda anda um pouco e senta, anda e senta. GRAU 3: paraparesia não ambulatória (não anda se não for suspenso), não tem angulação. GRAU 4: paraplegia (Sem nenhuma ação motora) GRAU 5: sem dor profunda RECUPERAÇÃO: Início: 1-4 semanas para começar a um ganho. Não se assustar se tirar os pontos e o paciente estiver igual. 6 meses para dizer se vai ficar do jeito que ta MIELOMALACIA: Enfraquecimento patológico da medula espinhal Morte neuronal Membro começa Espástico e fica Flácido Segmento com mielomalacia Pelo volume ou velocidade da compressão (muita hérnia ou impacto muito grande) Como descomprime: Hemilaminectomia HEMILAMINECTOMIA: Região toraco-lombar Extirpação da metade da lamina Corte da vértebra Pequeno acesso Menor instabilidade Remoção da parte da lamina dorsal Remoção de uma parte da lamina lateral Remoção de processos articulares (um caudal e um cranial) Retira material compressor (cureta) Não tem tecido fibroso imunomediado, se gera, não tem alteração clinica SLOT VENTRAL: Região cervical Hérnias cervicais Formação de fenda Pinça elétrica Desgasta: 1/3 de um pedaço de vértebra e ate 1/3 do outro pedaço de vértebra (pega um pedacinho do disco) Coloco uma cureta e consigo descomprimir Acesso ventral TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: Fenobarbital: infusão continua durante 2 dias (muita dor) Em seguida, Tramadol. Dipirona sódica Enrofloxacina Na região Cervical: associar com diazepam (apresenta espasmos e é mais dolorosa)
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