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TCC.CORRIG.ALINE .USJ .2009.01

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ 
 
ALINE CONCEIÇÃO SCHMITT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS: 
 sua relação com os educadores dos anos iniciais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ 
2009 
2 
 
 
ALINE CONCEIÇÃO SCHMITT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS: 
 sua relação com os educadores dos anos iniciais 
 
 
 
 
Relatório final de Pesquisa 
apresentado para a disciplina de 
Trabalho de Conclusão de Curso - 
TCC, do Curso de Pedagogia do 
Centro Universitário Municipal de 
São José - USJ 
 
Prof. MSc. Silvanira Lisboa 
Scheffler 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ 
2009 
3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 4 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................................... 5 
 
3 METODOLOGIA ..................................................................................................................... 9 
3.1 TIPO DE PESQUISA ........................................................................................................... 9 
3.2 POPULAÇÃO/AMOSTRA ................................................................................................... 9 
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ....................................................................... 9 
 
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA ............................... 11 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................... 20 
 
6 REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 22 
 
ANEXOS 
 
APÊNDICE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Com o surgimento das novas mídias à educação, nos defrontamos com 
desafios e incertezas. Algumas escolas brasileiras, pode-se dizer, já vivem a 
“escola inteligente”, outras, ainda vivem as utopias da “escola inteligente”. E 
como chegar até lá? Quais os grandes desafios que permeiam a inclusão 
digital brasileira? Onde estamos em nível de desenvolvimento digital? 
É necessário termos em mente que o acesso às tecnologias não é 
somente ter computadores e professores de informática nas escolas, pois vai, 
além disso. É algo mais complexo do que como foi o advento do quadro negro 
ou lousa quando chegou às escolas, e, houve sim, uma certa resistência por 
parte de diversos educadores que demoraram a aceitar o quadro negro como 
um meio de facilitar e ilustrar o ensino. Hoje, no entanto, é difícil pensarmos em 
sala de aula sem pensarmos em quadro e giz. Estaria acontecendo com o 
computador uma mesma resistência como a do quadro negro? Acreditamos 
que sim, mas em parte, pois o quadro negro foi uma mídia criada 
especialmente para a educação. 
 E agora? Como incluí-las na educação? Como deixá-la à face da 
educação? É este de fato um assunto bastante polêmico e que envolve não 
somente as escolas, mas sim todos os segmentos da educação, 
principalmente vontade política, recursos financeiros e preparo para lidar com 
as novas mídias educacionais. 
Assim, este relatório apresenta uma pesquisa que avalia as condições 
das mídias digitais em que se encontram a escola estadual e municipal, no que 
referem-se ao conhecimento das mídias tecnológicas dos educadores nos anos 
iniciais. 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Contribuições das tecnologias para educação 
 
Desde a década de 90, acadêmicos e especialistas em tecnologia da 
informação (TI), deram início a uma série de debates sobre um quadro 
preocupante e que pouco mudou: os países subdesenvolvidos e em 
desenvolvimento, sobretudo os mais pobres, estão perdendo o sentido da 
informação. Sem os meios necessários (computadores e laboratórios) e 
recursos apropriados (internet rápida, telecomunicações), esses países deixam 
para trás um amplo leque de opções para aquecer a economia e melhorar os 
baixos índices sociais. 
Tecnologia digital é uma solução dada a um determinado problema, 
segundo o Instituto para Formação Continuada (2007) - IFCE, situação esta 
que agora analisa a educação brasileira. O que antes era apenas visto de 
longe, passa agora a fazer parte do nosso cotidiano escolar. O computador 
chegou para ficar, embora no Brasil as mídias educacionais tenham sido 
inseridas em apenas algumas instituições educacionais. Há aquelas que vão 
revolucionar o ensino com sua chegada, e outras ainda aguardam o momento 
de poder tocar em mouses e teclados, nem que seja só pelo simples prazer de 
manuseá-los. 
Alguns acreditam que não bastam somente computadores e softwares 
na escola: é preciso algo mais. É preciso bem mais. É necessário que o ensino 
digital se democratize e seja um produto acessível de todos e para todos. 
Também não é só levar acesso e ensinar a navegar na internet, é ensinar a 
utilizá-la a favor da educação. O que vemos hoje é que há alguns educadores 
com dificuldades, com medo e com pouco conhecimento digital. 
E como ensinar para alunos algo que eles dominam melhor que seus 
educadores? A solução é mudar o foco, é trazer o computador para dentro da 
sala de aula e para dentro da realidade dos alunos, e fazer dele uma arte que 
produza conhecimentos e traga soluções. O ideal é a aproximação de alunos - 
computadores – professores, sendo apresentados como novos “colegas de 
trabalho”, e a partir daí construir uma relação mutua e proveitosa. 
6 
 
 
A educação não envolve só a escola, pois não é suficiente que a 
escola se apresente bonita, limpa. Além de um ambiente digno de 
aprendizagem, com materiais adequados, melhores salários, 
tecnologias de ponte e adequações curriculares é necessário 
promover um intercâmbio permanente de solidariedade entre as 
pessoas envolvidas no cenário escolar, personagens reais da 
sociedade. (LISBÔA, SCHEFELLER, 2005, p 110) 
 
Ensinar é gerenciar a seleção e organização da informação para 
transformá-la em conhecimento e sabedoria, em um contexto rico de 
comunicação (MORAN, 2001). É exatamente este o papel do educador perante 
as tecnologias digitais que se apontam. Devemos encará-las como um meio de 
poder facilitar adventos educacionais, como a pesquisa, o intercâmbio de 
professores com professores, de alunos com alunos, de professores com 
alunos (MORAN, 2001). 
A internet nos propicia um leque de experiências, onde podemos 
navegar pelo desconhecido e nos aprofundar no que já é conhecido. Para 
Moran(2001), o conceito de aula está mudando e o nosso papel hoje perante 
às novas tecnologias educacionais não se modifica, mas se amplia. O que 
muda são os conceitos de espaço e tempo. Hoje podemos interagir com 
milhares de pessoas sem sair de casa, do escritório ou da escola, podemos 
trocar milhões de informações e também acessá-las em segundos. É a 
educação da praticidade e do conforto, que ainda não está presente em todos 
os lares e em todas as escolas, e que milhares de pessoas nunca a 
acessaram. O que se espera é uma inclusão digital realmente verdadeira, sem 
barreiras e burocracias. 
 É relevante ressaltar que as tecnologias nas escolas seria um bom 
ponto de partida para a pesquisa e para a formação de alunos autônomos, 
aqueles que buscam o conhecimento sem precisar entregar-lhes tudo pronto. 
Moran (2001) diz que “a pesquisaé um primeiro passo para entender, 
comparar, escolher, avaliar, contextualizar, aplicar de alguma forma”. 
Quando uma escola conecta-se à Internet, um novo mundo de 
possibilidades abre-se diante de alunos e professores, a partir daí, de alguns 
instrumentos didáticos como um livro ou uma enciclopédia, completa-se uma 
interação de políticas e estratégias para o desenvolvimento de propostas de 
trabalhos educacionais. Fala-se de uma infinidade de livros e de sites que o 
7 
 
aluno pode visitar; de uma nova realidade de conceitos, representações e 
imagens, com as quais o aluno passa a lidar e que vão ajudar a desenvolver 
outras habilidades, capacidades, comportamentos, e até processos cognitivos 
que a escola tradicional não previa, e que o mundo pós-moderno já exige dele. 
Além disso, os conteúdos acessíveis pela Internet tornam-se mais 
interessantes e atraentes do que quando apresentados em livros ou apostilas, 
visto que este material já é tão conhecido pelos alunos; aprender pode tornar-
se algo divertido, realístico e mais significativo. 
 
A escola tem que pensar de forma dinâmica, crítica e criativa na 
importância da introdução e da alfabetização tecnológica dos 
educadores, pois não podemos ficar a margem desta nova realidade. 
(LISBÔA, SCHEFELLER, 2005 p 91) 
 
 A imagem virtual pode tornar visível um pensamento abstrato, um 
projeto. Permite ainda desenvolver um raciocínio, compreender fenômenos 
complexos, divulgar conhecimento, além de manter-nos informados. 
As tecnologias, por sua vez, podem auxiliar no nosso processo de 
ensinar a pensar, ensinar o aprender, ou seja, desenvolvendo o pensamento 
autônomo. 
No mundo contemporâneo com as novas tecnologias de comunicação e 
informação, nenhum educador ou cidadão de hoje pode ignorar a presença das 
mídias que constituem uma nova cultura educacional. 
Com essa nova cultura educacional, não há como esconder, dentro da 
sala de aula, as limitações de um educador, por mais bem formado e 
preparado que ele seja. 
A escola, inserida nesse contexto, não pode furtar-se à formação de 
cidadãos que deem conta do uso dessas tecnologias de informação e 
comunicação tão utilizada como suporte pedagógico, uma vez que ampliará a 
igualdade social. 
Assim, as mídias tecnológicas devem ser integradas no currículo, não 
apenas como disciplina, mas também como meio a serem utilizadas pelos 
educadores para dinamizar o processo de ensino e aprendizagem. 
 
A escola deve integrar as tecnologias de informação e comunicação 
porque elas já estão presentes e influentes em todas as esferas da 
vida social, cabendo-a escola pública, atuar no sentido de compensar 
8 
 
as terríveis desigualdades sociais, regionais, que acesso desigual a 
estas máquinas está gerando. (BELLONI, 2001, p. 10) 
 
A educação formal é um ambiente favorável à Inclusão Digital. A escola 
faz parte da comunidade e sofre influências da educação informal, por isso, 
não podemos separar as duas realidades. 
É necessário pensar a Tecnologia Digital no âmbito da educação formal, 
considerando as várias pessoas envolvidas: professores, alunos, especialistas 
e comunidade. 
Tecnologia Digital não é apenas o ensino de informática na escola, e 
muito menos ainda se restringe ao simples acesso à computadores. Envolve a 
tarefa de repensar a inserção das TIC no processo de construção de 
conhecimento através de acesso, colaboração, comunicação, representação e 
autoria. 
A formação dos educadores e alunos deve promover uma aprendizagem 
continuada para a vida e ao longo da vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
3.1 Tipo de pesquisa 
 
Este projeto fundamentou-se numa pesquisa de campo, em uma escola 
da rede estadual de ensino do município de São José/SC, com educadores dos 
anos iniciais, entre o período de agosto de 2008 a junho de 2009. No primeiro 
semestre do ano de 2009, optou-se por uma pesquisa etnográfica e de campo. 
A pesquisa etnográfica: 
 
As pesquisas etnográficas seguem, de maneira geral, três etapas 
básicas: a exploração, a decisão e a interpretação. Na primeira etapa, 
o pesquisador se preocupa com a situação inserção na comunidade, 
ou seja, com os contatos para a entrada em campo e com a coleta 
dos dados. Na segunda etapa, o pesquisador busca uma estrutura de 
significado dos participantes nas diversas formas em que são 
expressas sua cultura, levando em conta forma e conteúdo. Na 
terceira etapa, o pesquisador procura explicar o problema ou 
fenômeno. Trata-se de uma busca por princípios subjacentes ao 
fenômeno estudado e de situar suas explicações em um contexto 
mais amplo (RIZZINI, 1999, p. 35). 
 
Neste caso, julga-se necessário a inserção do pesquisador no campo, 
buscando aspectos da educação de educadores nos anos iniciais na Escola 
José Matias Zimmermann ao longo de um determinado tempo, e para esta 
pesquisa, compreendeu o período entre agosto de 2008 a junho de 2009. 
 
3.2 População/Amostra 
 
A presente pesquisa foi realizada com 5 (cinco) educadores dos anos 
iniciais da E.E.B. José Matias Zimmermann, localizada no bairro Sertão do 
Maruim, município de São José / SC. 
 
3.3 Instrumentos de coleta de dados 
 
Foi utilizado para efetivação desta pesquisa, um questionário visando 
uma análise quantitativa dos dados coletados. De acordo com o guia de 
10 
 
metodologias para programas sociais, seguiu-se o questionário, segundo o 
autor: 
 
Consiste em uma série de perguntas e questões, cuja forma, aberta 
ou fechada, configura tipos de coleta de dados qualitativos e 
quantitativos, respectivamente. O questionário pode ser dirigido ao 
entrevistado pelo entrevistador, de forma direta, ou preenchido pelo 
próprio entrevistado. (RIZZINI, 1999, p. 77). 
 
As perguntas feitas aos educadores, foram feitas através de um 
questionário fechado, para poder abranger os aspectos das mídias na 
educação que se propõe a pesquisa, além de outros dados que podem 
eventualmente tornarem-se necessários para a compreensão do processo de 
ensino e aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA 
 
A análise de pesquisa realizada, teve por objetivo a coleta de dados 
referente às novas tecnologias digitais na educação e sua relação com os 
educadores nos anos iniciais do Ensino Fundamental, da E.E.B José Matias 
Zimmermann. 
 
1. Qual seu grau de conhecimento em relação à utilização de um 
computador? 
 
Gráfico 1 
 
Fonte: Pesquisa realizada dia 08/05/2009 
 
 
Análise: Podemos perceber que 60% dos professores pesquisados tem 
um grau de conhecimento básico em relação ao uso de computadores. 20% 
tem grau de conhecimento intermediário, e outros, 20% de grau avançado. 
Visualizamos aqui, que praticamente todos os professores dos anos 
iniciais desta escola tem uma boa relação com os computadores, pois todos 
fazem uso desta ferramenta, seja para fins pessoais ou educacionais. As 
tecnologias já fazem parte de todo âmbito social, inclusive na escola. 
 
A escola deve integrar as tecnologias de informação e comunicação 
porque elas já estão presentes e influentes em todas as esferas da 
vida social, cabendo a escola pública, atuar no sentido de 
compenssar as terriveis desiguladades sociais, regionais, que o 
acesso desigual a estas maquinas está gerando. (BELLONI, 2001, p 
10). 
 
12 
 
Assim, os professores entrevistados já se incluíram nesta perspectiva, 
pois todos têm contato com as novas mídias educacionais. 
 
2. Na escola onde trabalha, você utiliza computadores na sua práticaeducativa? 
 
Gráfico 2 
 
Fonte: Pesquisa realizada dia 08/05/2009 
 
Análise: Temos 40% dos educadores pesquisados dizerem utilizar o 
computador raramente em sua prática educativa, 20% utilizam às vezes, e 20% 
dizem sempre utilizar os computadores na sua prática educativa. 
Apesar de todos os professores estarem sempre em contato com os 
computadores, nem todos o utilizam em suas práticas educativas, pois alguns 
afirmam que não há computadores na escola. 
 Muitos educadores não perceberam a importância das ferramentas 
digitais como recursos pedagógicos, e muitos ainda receiam o uso dessas 
ferramentas, pois o novo sempre traz consigo uma nova linguagem e uma 
quebra de paradigmas. Segundo Moran, 2007, p 55. 
 
Nossa mente é a melhor tecnologia, infinitamente superior em 
complexidade ao melhor computador, porque pensa, relaciona, sente, 
intui e pode surpreender. Ensinar com a internet será uma revolução, 
se mudarmos simultaneamente os paradigmas do ensino. Caso 
contrário servirá somente como um verniz. A profissão fundamental 
do presente e do futuro é educar para saber compreender, sentir, 
comunicar-se e agir melhor, integrando a comunicação pessoal, a 
comunitária e a tecnológica. 
 
13 
 
A impressão que este gráfico nos passa, é que o convívio com novas 
tecnologias nos indicam que estamos passando por uma fase de quebra de 
paradigmas do ensino, porém, ainda estamos caminhando rumo à 
concretização efetiva e com resultados significativos, já que percebemos que 
muitos educadores ainda não enfatizam este novo processo, por não estarem 
aptos ainda para engrenarem neste novo conceito de educação. 
 
 
3. Você utiliza a Internet para fazer o planejamento de suas aulas? 
 
Gráfico 3 
 
Fonte: Pesquisa realizada dia 08/05/2009 
 
Análise: O gráfico 3 indica que 80% dos educadores em questão utilizam 
a internet para planejar suas aulas, e 20% dizem utilizar a biblioteca (livros) 
para desenvolver seus planejamentos de aula. 
 A Internet, de uma maneira geral, é o principal consultor para pesquisas 
de quase metade da população Brasileira. Uma pesquisa encomendada ao 
Datafolha pela agência F/Nazca quer acabar com uma ideia bastante difundida 
no Brasil: “internet é coisa de gente rica”. Segundo o estudo, o Brasil já tem 59 
milhões de usuários, o equivalente a 47% da população adulta (acima de 16 
anos), ouvida pelo Instituto. Destes, 65% acessam a rede gratuitamente, em 
postos públicos, escolas, universidades e na casa de amigos e familiares. 
É devido a isso que justifica-se a grande procura de professores pelos 
recursos da Internet na hora de desenvolver seus planejamentos, pois a 
14 
 
Internet é rica em conteúdos, em exemplos, de fácil manejo, além de ser 
prática e rápida. 
 
4. Quanto à importância de novas mídias digitais na educação, você 
acredita que: 
 
Gráfico 4 
 
Fonte: Pesquisa realizada dia 08/05/2009 
 
Análise: Quanto à importância das novas mídias digitais na educação, 
60% dizem que pode ajudar no desenvolvimento de sua prática, enquanto que 
40% dizem ser imprescindível para sua prática educativa. 
O auxílio das novas mídias tecnológicas educacionais por esses 
professores pode ajudar nas suas práticas educativas, e outros dizem ser até 
imprescindíveis no uso de sua prática, porém, precisamos estar atentos ao que 
diz Moran, 2007 p 74: 
 
A questão fundamental não é a tecnologia. As tecnologias podem nos 
ajudar, mas, fundamentalmente, educar é aprender a gerenciar um 
conjunto de informações e torná-las algo significativo para cada um 
de nós, isto é, o conhecimento. Educar é um processo complexo, não 
é somente ensinar ideias, é ensinar também a lidar com toda essa 
gama de sensações e emoções. 
 
 
Parafraseando Moran, educar é aprender a administrar processos onde, 
de um lado, você anda em direção à autonomia, à liberdade, e de outro, você 
procura sua identidade. Então, educar utilizando as novas mídias educacionais, 
15 
 
não é somente utilizar essas ferramentas, mas também atribuí-las a uma nova 
mentalidade, dando-lhes um novo significado. 
 
5. Você acredita que os estudantes, de um modo geral, utilizam 
computadores? 
 
Gráfico 5 
 
Fonte: Pesquisa realizada dia 08/05/2009 
 
Análise: Podemos perceber neste gráfico 5, que 60% dos professores 
responderam que os estudantes de um modo geral utilizam os computadores 
melhor do que eles. 20% dizem que os alunos utilizam pior do que eles. Os 
outros 20%, não souberam responder. 
A utilização dos computadores é algo muito relativo, porém, esta 
pergunta foi feita para tentar entender porque existe esta mentalidade de que 
mídias digitais por ser algo novo, é “coisa de gente jovem”, já que, de certo 
modo, são eles que dominam as tecnologias, por fazerem parte da mesma 
geração destas. Entretanto, acreditamos que todos são capazes de dominá-la 
da mesma forma; o que acontece, é que os mais jovens são mais receptivos ao 
novo, enquanto os mais velhos, são mais resistentes a ele. 
A pesquisa só vem continuar aquilo que já é conhecido, ou seja, os 
professores não utilizam muito os computadores, por medo de errar e de achar 
que os alunos dominam melhor do que ele esta ferramenta. Mas, como nos 
mostra Moran, (2007) “o Importante, como educadores, é acreditarmos no 
16 
 
potencial de aprendizagem pessoal, na capacidade de evoluir, de integrar 
sempre novas experiências e dimensões do cotidiano”. Não importa de qual 
tecnologia esteja em questão. 
 
6. O uso da Internet, com fins educacionais, em sua opinião, poderia: 
 
Gráfico 6 
 
Fonte: Pesquisa realizada dia 08/05/2009 
 
 
Análise: É evidente neste gráfico, que 100% dos entrevistados dizem 
que a internet com fins educacionais pode ajudar muito no processo de ensino-
aprendizagem. 
Apesar de todos os pesquisados acharem que a internet com fins 
educacionais é de fundamental importância para o processo de ensino-
aprendizagem, nem todos acham que entendem esse processo, ou praticam 
ele, pois o gráfico dois demonstra uma contradição, onde mais da metade diz 
não fazer uso da internet em suas práticas educativas. Se não usam, como 
podem afirmar que é de fundamental importância sua utilização? Entre o dizer 
e o fazer, existem fatores que bloqueiam e influenciam a não quebra desses 
paradigmas emergentes, que impõem o uso dessas novas mídias. 
 
 
 
A Internet propicia a troca de experiências, de dúvidas, de materiais, 
as trocas pessoais, tanto de quem está perto como longe 
17 
 
geograficamente. A Internet pode ajudar o professor a preparar 
melhor a sua aula, a ampliar as forma de lecionar, a modificar o 
processo de avaliação e de comunicação com o aluno e com seus 
colegas. (MORAN, 2007, p 75) 
 
Enquanto alguns educadores não entenderem estas questões, haverá 
contradições iguais a citada, e consequentemente, não haverá a mudança que 
queremos e esperamos. 
 
7. Se dependesse de você: 
 
Gráfico 7 
 
Fonte: Pesquisa realizada dia 08/05/2009 
 
Análise: Se dependesse de 80% dos educadores, todas as salas de aula 
teriam o computador como ferramenta pedagógica, e se dependesse dos 
outros, 20% estudariam mais, a fim de utilizar o computador como finalidade 
educacional. 
Sabemos que as ferramentas educacionais digitais por si só, não 
modificam nada sozinhas, e que precisamos da autenticidade dos professores 
quando dizem que não se interessam por elas, mas, que estão dispostos a 
entendê-las melhor. Não podemos colocar computadores em todas as salas de 
aula, para simplesmente deixá-los como objetos decorativos. Precisamos sim, 
termos computadores, se possível, em todas as salas, porém, antes 
precisamos de uma nova consciência tecnológica digital, que nos auxilie de 
forma gradual e significativa durante nossa prática pedagógica,caso contrário: 
18 
 
 
As tecnologias serão uma ferramenta a mais que reforçará as forças 
tradicionais de ensino. As tecnologias não modificam sozinhas o 
processo de ensinar e aprender, mas a atitude básica pessoal e 
institucional diante da vida, do mundo, de si mesmo e do outro e das 
atitudes fundamentais das instituições escolares.(MORAN, 2007 p 
89). 
 
É fundamental, então, que os educadores saibam da importância dessas 
tecnologias para eficácia de seu desempenho no âmbito escolar. 
 
8. Dentro das novas tecnologias educacionais que surgem, o papel do 
professor é: 
 
Gráfico 8 
 
Fonte: Pesquisa realizada dia 08/05/2009 
 
Análise: Para 80% dos educadores entrevistados, o seu papel perante 
às novas tecnologias digitais, é gerenciar processos e atividades com o auxílio 
das novas ferramentas educacionais. Para os outros 20%, estar em contato 
com os alunos e os computadores, já é o suficiente. 
Percebemos que alguns educadores já têm entendido o papel das novas 
mídias na educação, porém, muitos ainda estão confusos por não saberem 
aplicá-las e utilizá-las. 
 
O professor precisa aprender a trabalhar com tecnologias sofisticadas 
e tecnologias simples; com internet de banda larga e com conexão 
lenta; com vídeo conferência multiponto e teleconferência; com 
softwares de gerenciamento de curso comerciais e com softwares 
19 
 
livres. Ele não pode se acomodar, porque, a todo o momento surgem 
soluções novas para facilitar o trabalho pedagógico, soluções que 
não podem ser aplicadas da mesma forma para cursos diferentes. 
(MORAM, 2007 p 35-36). 
 
 
Precisamos, dessa forma, enfrentarmos nossas dificuldades e medos, 
pois, o professor será cada vez mais cobrado de suas atribuições quanto ao 
uso e conhecimento dessas tecnologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Sem dúvida, as novas tecnologias educacionais colocam a escola, e 
todos os que nela estão envolvidos, em contato com o mundo. Mas, é 
necessário tomar soluções efetivas que evitem a divisão da sociedade entre 
aqueles que têm acesso à informação, e aos outros que dela estão afastados. 
A maioria dos professores tem conhecimento básico quanto ao uso dos 
computadores na educação, sendo então, indispensável um conjunto de 
políticas do setor público que combatam a exclusão digital, para que a 
sociedade do conhecimento da informação possa contribuir para a melhoria da 
qualidade de vida e bem-estar. Todavia, os educadores também devem fazer 
seu papel, internalizando o uso dessas tecnologias de forma efetiva e criativa 
no seu cotidiano escolar, a começar pelos professores dos anos iniciais, 
responsáveis pela alfabetização da nossa língua materna, e agora também a 
digital. 
Com isso, o maior desafio da escola ao tornar disponível toda essa 
tecnologia, é de fazer com que alunos e educadores compreendam 
precisamente como e quando aproveitar o que essas tecnologias oferecem. 
Incluir é humanizar caminhos... Caminhos que passam de imediato pelas 
novas tecnologias educacionais de alunos e educadores de todo o país. 
Chega-se então a conclusão, que existe a inclusão das novas tecnologias, 
porém parcialmente, visto que alguns desses educadores utilizam o 
computador na sua prática educativa, e que, mesmo existindo computadores 
na escola, somente para essa prática, prova o pouco interesse dos alunos 
acerca deste assunto. 
Existe uma forte convicção por parte desses educadores que, se a 
verdadeira democratização de novas tecnologias educacionais e o acesso à 
informação por meio da internet não acontece, é por falta de recursos 
financeiros, e por falta de vontade política, o que é comum, pois, acredita-se 
que a maioria das pessoas ligadas à educação atribui este aspecto a questões 
governamentais. 
O que fica de sugestão para esses professores é: lutar contra a 
monotonia, contra o analfabetismo das novas tecnologias educacionais, contra 
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o senso comum, quebrar paradigmas, desconstruir tabus e desmistificar 
pensamentos arcaicos dentro de suas mentes. E assim, descobrimos na vida 
de educadores, a maravilha do educar, do interagir, do transmitir e do 
transformar informação em conhecimento e, com tudo isso, concluí-se 
simplesmente que aprendemos muito mais do que ensinamos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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