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Alimentação de animais

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Alimentação – 17/03/2014
Conceitos:
Dieta: É uma alimentação com um objetivo especifico, por exemplo, engorda. 
Ração: É o alimento que supre a necessidade basal do animal
Alimento: É tudo que o animal como e que pode ser aproveitado.
A Alimentação é um fator importante principalmente no manejo de monogástricos (Suínos e Aves) podendo comporta de 70 – 80% do custo de produção, pois além de nutritivo ele tem que ser palatável, pois se o animal não gostar e portanto não comer, a qualidade nutritiva do alimento não importa. 
Energia
× Energia Bruta (EB) é a energia total do alimento
× Energia Digestiva (ED) é a EB menos as fezes
× Energia Metabólica (EM) é a ED menos a urina e os gases, sendo utilizada em aves.
× Energia Líquida (EL) é a EM menos o encremento calórico . É dividida em Energia de Mantença que é utilizada para a manutenção do animal e em Energia de Produção.
Composição
O Alimento é composto basicamente de água e matéria seca, sendo essa matéria seca composta de Matéria Inorgânica e Matéria Orgânica. 
× Óleo: Aumenta o aproveitamento do alimento, mas diminui o casto de metabolização além de aumentar a taxa de CCK. Ele é ruim na alimentação de ruminantes, pois ele se adere as fibras, dificultando a digestão e diminuindo a flora bacteriana. 
Processamento e analise 
Primeiro o alimento é seco em uma temperatura de 65 graus a ar e depois secado novamente a 105 graus, essa secagem dupla se faz necessária por que caso contrário o carboidrato se adere a proteína de maneira irreversível, alterando o valor das analises. Depois que a matéria foi propriamente seca, pode-se contabilizar a quantidade de mateira orgânica e inorgânica, nesse processo a matéria seca é colocada em uma mufla a 400 graus, onde a matéria orgânica é desintegrada sobrando apenas a matéria inorgânica que através da diferença do peso total da matéira seca é descoberto o peso da matéria orgânica. 
Demanda
Animais de ciclo mais curto tem uma maior consumo de ração, por isso as aves são os maiores consumidores de ração seguida dos suínos. 
Monogástricos
× Mais dependentes do homem
× Menos armazenamento de comida
× Passagem rápida do alimento do trato
× Baixa capacidade de digestão de alimentos fibrosos
× Digestão é em sua maior parte feita por enzimas produzidas pelo próprio animal
× Superalimentação: Problema comum em cães e gatos
Ruminantes
× Estomago compartimentalizado composto de partes aglandulares (Retículo, Rúmen e Omaso) e de uma parte glandular (Abomaso) tendo, portanto uma alimentação mais eficiente. As bactérias dos compartimentos aglandulares produzem Propianato que é uma espécie de glicose, Butirato que é utilizado na formação do leite e Acetato que é fundamental para a formação da gordura do leite. 
× Alta capacidade de armazenamento de alimento
× Passagem de alimento lenta no trato
× Alta capacidade de digestão de alimentos fibrosos
× Digestão é em sua maior parte feita por enzimas provenientes das bactérias
× A Sazonalidade das pastagens é um problema para a produção de bovino, mas ela pode ser contornada por métodos de Ensilagem, Fenação, Raizes e Tuberculos, Capineiras e Pastejo Rotacional. 
Alimentação – 24/03/2014
Classificação dos Alimentos – Segundo Morrison
× Alimentos volumosos (FB > 18%); 
 - Seco
 - Aquoso
× Concentrado
- Alimentos protéicos (FB < 18%, PB > 20%); 
- Alimentos energéticos (FB < 18%, PB < 20%) – Origem animal e Vegetal.
× Fontes Minerais; 
× Fontes Vitamínicas; 
× Aditivos 
O que diferencia um alimento em volumoso ou concentrado é a quantidade de fibra bruta que ele apresenta, tendo o volumoso mais de 18%, enquanto a Proteína bruta diferencia o alimento proteico do enérgico. 
Alimentos Volumosos Secos
× Fenos (Alfafa, Quicuio, Grama Estrela...); 
× Palhas ( Milho, Soja, Café ...); 
× Sabugo de Milho; 
Alimentos Volumosos Aquosos
× Forrageiras Verdes: 
- Gramíneas e Leguminosas : Pastos, Capineiras, ... ; 
×Silagens: Milho, Sorgo, Cana, Capins, ... ; 
× Raízes, Tubérculos e Frutos 
Alimentos Concentrados Proteicos
× Origem Animal: Constituídos de Resíduos da Indústria de Pescados, Frigoríficos e Abatedouros, como Farinha de Carne e Ossos, Farinha de Sangue, Farinha de Vísceras, Farinha de Peixe, Farinha de Penas, Plasma Sangüíneo. 
× Origem Vegetal: Constituída pelas Sementes ou Resíduos de Indústrias de Oleaginosas como, por exemplo, Farelo de Soja, Farelo de Canola, Farelo de Girassol, Farelo de Algodão, Glutenose (Farelo de Glúten de Milho).
Alimentos Concentrados Energéticos: 
× Origem Animal: Óleos, Gorduras, Sebos, Soro de Leite em Pó; 
× Origem Vegetal: Principalmente Grãos de Cereais em Geral ou Seus Subprodutos como, por exemplo, Óleos, Milho, Sorgo, Farelo de Trigo, Farelo de Arroz Desengordurado, Triticale, Cevada, Centeio, Açúcar, Aveia, Raspa Integral de Mandioca...
Minerais 
× Fontes de Cálcio: Calcário Calcítico, Farinha de Ossos, Farinha de Ostras, etc; 
O Cálcio Monomídico é ruim devido ao fato do Mg e do Ca fazendo um cristal que deixa o Ca inacessível durante a digestão. 
× Fontes de Fósforo: Fosfato Bicálcico, Fosfato Monoamônio, Farinha de Carne e Ossos, etc; 
× Suplemento Mineral (Premix Mineral): Mn, Zn, Fe, I, Se, Mg, Cu, Co, etc; 
× Sal Comum: Fonte de Na e Cl . 
Vitaminas
× Suplemento Vitamínico (Premix Vitamínico): A, D, E, K, B1, B2, B6, B12, Biotina, Ácido Pantotênico, Niacina, Vitamina C. 
× Colina (Aves): Em aves toda a gordura é primeiro mandada para o fígado e depois redistribuída para o corpo, diferente dos mamíferos, a Colina doa o grupo metil que permite a retirada do fígado da ave possibilitando que essa gordura seja redistribuída.
Aditivos
 São substâncias sem finalidade nutritiva direta, que são incorporadas nos alimentos ou rações para melhorar o desempenho dos Animais; 
× Características/Pré-requisitos:
- Ser Atuante em Pequenas Dosagens; 
- Não Deve Apresentar Resistência Cruzada com Outros Aditivos; 
- Deve Permitir a Manutenção da Flora Intestinal Normal; 
- Não pode Ser Tóxico aos Animais e aos Seres Humanos, nas Dosagens Recomendadas;
- Dever Ter a Função de Prevenir, Abrandar ou Controlar Doenças. 
- Não Podem Ser Mutagênicos ou Carcinogênicos;
× Categorias:
- Promotores de Crescimento: Antibióticos. 
- Substâncias Profiláticas: Antibióticos e Fitoterápicos (extratos herbais). A europa só permite a importação de carnes sem antibióticos, tornando essas substancias de extrema importância. Quando essas substancias entram na célula elas acidificam o meio, levando o microorganismo a exaustão 
- Substâncias Auxiliares: Ligantes (os microorganismos são expelidos nas fezes pq ficam aderidos as fibras do alimento), Flavorizantes, Palatabilizantes, Antioxidantes (BHA – gordura animal e BHT para gordura vegetal), Antifúngicos, Manipuladores Ruminal, Pigmentantes. 
- Probióticos e Prebióticos: Microorganismos e Substratos que Contribuem para o Balanço Microbiano Benéfico no Intestino, Melhorando o Desempenho do Animal.
- Aminoácidos Industriais Essenciais e Limitantes: obtidos a partir de Síntese Microbiana; 
 - Uréia: Fonte de NNP obtida por Síntese Industrial. 
 - Antifúngicos: Usados em Lugares Muitos Úmidos (Micotoxinas); 
- Antioxidantes: Conservar a Ração Armazenada.
Classificação da ração quanto as formas processamento
× Ração Farelada: Ração cujos ingredientes foram moídos, pesados e misturados. É uma ração barata, contudo o animal pode selecionar grãos maiores ou menos, tornando-a uma ração desbalanceada. O mesmo acontece se os grãos não forem moídos de maneira apropriada, assim os grãos menores se acumulam no fundo do saco desbalanceando a ração como um todo. Outro ponto negativo é que ela tem uma alta taxa de desperdício e de contaminação. 
× Ração Peletizada ou Granulada: ração farelada submetida à vapor d’água e posteriormente prensada, formando pequenos comprimidos ou péletes cilíndricos de comprimento e diâmetro apropriados ao animal a que se destina. É uma raçãso mais cara, contudo se tem um maior controlee é mais nutritiva, contudo não se pode colocar muita gordura e é impossível colocar enzimas pois seriam desnaturadas na hora da prensa devido a alta temperatura. 
× Ração triturada: Ração Peletizada e posteriormente triturada grosseiramente;
× Ração Extrusada: ração peletizada que sofreu o processo de extrusão, onde a ração é submetida à temperatura elevada e alta pressão, causando a explosão do pélete e a gelatinização dos grânulos de amido o que melhora a digestibilidade da ração como um todo.
Vantagens da ração peletizada e Extrusada 
× Facilita o manuseio ração; 
× Elimina partículas finas, pó e aumentar a palatabilidade; 
× Evita a segregação de partículas pelo transporte; 
× Diminui a separação dos ingredientes e seleção pelos animais; 
× Melhora o valor nutricional de certos alimentos com o uso de calor e pressão; 
× Melhor aspecto sanitário. 
Forragicultura – 27/03/2014
Planta Forrageira é a planta apropriada para a alimentação animal.
Forragem é o alimento herbáceo, que pode ser colhido pelo próprio animal ou cortado e oferecido para alimentação
Pasto é a forragem que o animal encontra na pastagem. O pasto é o componente mais barato da dieta dos ruminantes, além de não concorrer com alimentos usados para humanos. 
Pastagem é o conjunto de plantas forrageiras, junto com o solo, a aguada, o cocho e a cerca. Basicaente é toda a infra-estrutura do ecossistema. 
Histórico
A formação das pastagens começou no início do século 20 em área florestais, dado pelo papel desbravador da pecuária, mas com uma utilização ignorante de tratores e falta de adubação apropriada o que foi gerando um declínio da produtividade devido ao ciclo dos capins. A partir da década de 1970 começou a introdução da brachiaria decumbens, um tipo de capim que gerava ganhos de 2 a 3 vezes maiores mas como uma grande fotossensibilidade. Na década de 2000 o gênero Bachiaria ocupava 85% das ares de pastagens cultivadas no Brasil. Atualmente o brasil é o maior produtor, consumidor e exportador de sementes de gramíneas de climas tropicais. 
Importância da Forrageira
× Social: A produção de carne, leite, lã, coiro, tração e esterco. 
× Economica: é um importante componente da dieta animal, que além de mais barato não compete com a alimentação humana, nem de frangos e suínos. 
× Ambiental: Melhora a estrutura, controla a erosão do solo e conserva a água no solo
× Cultural: O produtor permanece no campo, gerando uma produção de alimentos em áreas marginais e a redução do êxodo rural pela geração de empregos. As leguminosas como o amendoim forrageiro que fixa nitrogênio no solo. As plantações ajudam na proteção e melhoria da qualidade da água e no sequestro de carbono via fotossíntese e ainda serve de alimento para a vida selvagem. Pelo Brasil possuir vários tipo de biomas é imprescindível que existam diferentes espécies de forrageiras, que se adaptem não só ao clima e o solo, mas também ao relevo. 
Tipos de Pastagem
 A morfologia da planta a direciona para uma forma de utilização, por exemplo, uma alta relação folha/colmo e colmo fino faz com elas sejam utilizadas na fenação e as pastagens de menor porte é utilizada para a alimentação de pequenos ruminantes. 
× Natural: as plantas espontâneas que surgem (sem a influência do homem) em áreas que foram preparadas para outra culturas anteriormente.
× Nativa: Formada sem qualquer interferência do homem e sem processo de sucessão.
× Cultivada: Implantada com os devidos tratos agronômicos.
× Melhorado: É um pasto nativo ou natural onde há alguma adição da influencia humana. 
Hábito de Crescimento
× Ereto ou Cespitoso: é mais produtivo tipo o capim elefante e deixa o solo muito exposto a erosão. 
× Estolonífero: Cresce rente ao solo podendo enraizar. 
× Decumbente ou Prostrado: Intermediário entre Ereto e Estolonífero, posição horizontal que faz boa abertura do solo.
Sistemas de produção
× Confinamento: Os animais permanecem confinados , é um método mais produtivo, porém mais custoso pois demanda uma elevada ingestão de nutrientes.
× Pastagem: São mais flexíveis quanto as interações entre os componentes do solo, planta, animal e meio. As plantas adaptadas as condições de pastejo possuem uma alta capacidade de renovação do tecido foliar e plasticidade fenotípica. Os animais maiores são mais aptos a tolerar alimentos de pior qualidade sendo ideais para pastos de forrageiras com pior valor nutritivo, mas devido a relação de requerimento nutricional a capacidade digestiva diminui com o aumento do tamanho do animal. Os herbívoros pequenos contudo tem um alto gasto de energia por unidade de peso corporal aumentando a demanda por uma dieta mais digestiva. 
Alternativas a sazonalidade
× Espécies adaptadas
× Irrigação: É necessário um manejo racional, que considere aspectos sociais e econômicos, decidindo sobre a lamina de irrigação, o intervalo entre as irrigações e em alguns casos a aplicação de fertilizantes na água (fertirrigação).
× Diferimento: Uma estratégia exclusiva do sistema de pastejo, sendo também conhecido como pastejo diferido ou protelado, basicamente é quando você não deixa o gado pastar em um determinado local deixando o pasto crescer. É uma estratégia que gera uma vedação da pastagem, ocorrendo a produção de “feno de pé” sendo geralmente no fim do verão e/ou outono. Deve ser considerada a escolha da espécie de forrageira adequada, a condição inicial do pasto, a adubação nitrogenada no caso de um crescimento ruim da forrageira, o período de diferimento e a suplementação do pasto, contudo o fato qualitativo é limitante assim como a categoria do animal (terminação, creche e etc). 
× Capineira: O corte ideal é de 1.8 a 2m para o capim elefante. É uma utilização mais intensiva e mais racional da terra pois usa uma forrageira de maior produtivifade, tendo uma maior eficiência de utilização de colheita da forragem produzida, pois você não deixa o animal selecionar ou pisotear o alimento, reduzindo as perdas de seleção e pisoteio. 
× Feno: Secagem da forrageira. Um dos maiores problemas é a secagem do alimento, mas também o fato de não conseguir armazenas ou de não conseguir desintegrar para fornecer ao animal. O feno ideal tem uma coloração levemente esverdeada, com um cheiro agradável, alta relação folha/haste, apresentar caules finos e macios, ausência de mofo e livre de impurezas. Um feno ideal, ao ser torcido ele não pode quebrar porque se não vai estar seco demais e também não pode voltar a forma anterior muito rápido, porque se voltar não vai ter secado o suficiente.
× Silagem: Conservacao do alimento (forragem) na forma úmida, tendo anaerobiose e redução do pH pela fermentação dos açúcares solúveis da planta o que ajuda na hora de reduzir a atividade microbiana, tendo um teor de matéria seca adequado, pois se ele for muito alto o alimento não vai ser compactado de maneira apropriada e um alto poder tampão o que gera uma atividade antimicrobiana. 
São necessário para a fabricação o corte, o enchimento, a compactação para a exaustão do CO2, o fechamento do silo feito o mais rápido possível para uma boa fase aeróbica inicial. São normalmente de milho, sorgo, capim elefante, cana de açúcar e leguminosas que auxiliam no poder também , além dos inoculantes.

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