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apostila anatomia

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FACULDADE CAMPO REAL 
 
 
ANATOMIA 
HUMANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª. Esp. Ana Carla Mila Primak 
 
 2 
 
Sumário 
 
1. O que é a Anatomia? 03 
 (Breve relato sobre o Surgimento dos desenhos anatômicos) 03 
2. Introdução ao Estudo da Anatomia Humana 08 
 2.1 Anatomia Macroscópica 09 
 2.2 Anatomia Microscópica 09 
 2.3 Anatomia do desenvolvimento 09 
 2.4 Anatomia Comparativa 08 
2.5 Níveis de organização 11 
3. Posição anatômica 11 
4. Direções anatômicas 12 
5. Planos e seções do corpo humano 15 
6. Regiões e quadrantes Abdominopélvicos 16 
7. Princípios de construção 19 
8. Nomenclatura Anatômica 21 
9..Sistema Esquelético e Articular 22 
9.1 Estrutura dos ossos 30 
9.2. Sistema Articular ou Junturas 37 
 9.3. Movimento das Articulações Sinoviais 45 
9.4. Classificação funcional das articulações Sinoviais 49 
9.5 Classificação Morfológica das Articulações Sinoviais 49 
10.Sistema Muscular 53 
10.1 Músculo esquelético 53 
10.2 A anatomia dos músculos estriados esqueléticos 57 
10.3 Fáscia 58 
10.4 Subdivisão do sistema muscular 59 
11. Sistema Circulatório 67 
11.1 Divisão 67 
9.1.1 Sangue – conceito 67 
9.1.2 Vasos Sanguíneos 69 
9.1.3 Coração 71 
12. Anatomia dos Vasos Linfáticos 80 
 10.1 Função 80 
10.2. Capilares linfáticos 81 
10.3 Órgãos linfáticos 81 
13. Sistema Respiratório 83 
13.1 Parte superior do sistema respiratório 83 
13.2 Parte inferior do sistema respiratório 84 
13.3 Os lobos dos pulmões 86 
13.4 Faces dos pulmões 89 
14. Sistema Nervoso 92 
14.1 Estrutura geral do SNC 94 
14.2 O Sistema Nervoso Central 95 
14.3 Sistema Nervoso Periférico 114 
14.4 Sistema nervoso autônomo 119 
15. Sistema Digestório 120 
 15.1 Canal Alimentar 120 
 15.2 Glândulas Anexas 121 
 15.3 Cabeça 123 
 15.4 Dentes Permanentes Superiores e Inferiores 124 
 15.5 Língua e Boca 125 
 15.6 Glândulas Sebáceas 125 
 15.7 Língua 126 
 15.8 Estômago 127 
15.9 Fígado 128 
15.10 Pâncreas 130 
15.11 Intestino Delgado 131 
15.12 Intestino Grosso 133 
BIBLIOGRAFIA 136 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
O que é a Anatomia 
 
A Anatomia é área da biologia que estuda a estrutura do corpo humano. 
Esta ciência já vem sendo estudada desde a pré-história, quando o homem 
necessitava deste conhecimento para poder caçar e sobreviver. 
Por muito tempo, o conhecimento anatômico se baseava apenas no estudo 
dos animais. Entretanto, o real entendimento da estrutura e do funcionamento do 
corpo humano só foi possível após a introdução da técnica de dissecção de 
corpos humanos. A compreensão da circulação do sangue, da disposição dos 
diversos órgãos e a possibilidade de desenvolver operações para o tratamento 
de diversas doenças só foi possível com o progresso da Anatomia. 
Por todos estes motivos, a ciência anatômica é considerada básica para os 
profissionais da área da saúde 
 
Breve relato sobre o 
Surgimento dos desenhos anatômicos 
 
As primeiras ilustrações 
anatômicas impressas baseiam-se 
na tradição manuscrita medieval. 
O Fasciculus medicinae era uma 
coleção de textos de autores 
contemporâneos destinada aos 
médicos práticos, que alcançou 
muitas edições. Na primeira 
( 1491) utilizou-se a xilografia pela 
primeira vez, para figuras 
anatômicas. As ilustrações 
representam corpos humanos 
mostrando os pontos de sangria, e 
linhas que unem a figura às 
explicações impressas nas 
margens. As dissecações foram 
Fig 01 
 4 
desenhadas de uma forma primitiva e pouco realista. ( Fig 01). 
Na Segunda edição (1493), as posições 
das figuras são mais naturais. Os textos de 
Hieronymous Brunschwig (cerca de 1450-1512) 
continuaram utilizando ilustrações descritivas. (Fig 
02). 
 
O capítulo final de uma obra de Johannes 
Peyligk (1474-1522) consiste numa breve 
anatomia do corpo humano como um todo, mas 
as onze gravuras de madeira que inclui são algo 
mais que representações esquemáticas 
posteriores dos árabes. 
 
Na Margarita philosophica de Gregor Reisch (1467-1525), que é uma 
enciclopédia de todas as ciências, forma colocadas algumas inovações nas 
tradicionais gravuras em madeira e as vísceras abdominais são representadas de 
modo realista. Além desses textos anatômicos destinados especificamente aos 
estudantes de 
medicina e aos 
médicos, foram 
impressas muitas 
outras páginas com 
figuras anatômicas, 
intituladas não em 
latim (como todas 
as obras para 
médicos), mas sim 
em várias línguas 
vulgares. (Fig 03). 
Houve um grande interesse, por exemplo, na 
Fig 02 
Fig 03 
 5 
concepção e na formação do feto humano. O uso freqüente da frase “conhece-te a 
ti mesmo” fala da orientação filosófica e essencialmente não médica. A “Dança da 
Morte” chegou a ser um ítem muito popular, sobretudo nos países de língua 
germânica, após a Peste Negra e surpreendentemente, as representações dos 
esqueletos e da anatomia humana dos artistas que as desenharam são melhores 
que as dos anatomistas. 
 
 
* A Biblioteca Nacional da Medicina "Turning the Pages" galeria permite virar as 
páginas virtuais da ciência clássica medicina manuscritos. 
Visite o site: http://archive.nlm.nih.gov/proj/ttp/books.htm 
 
 
No século XV, Leonardo da Vinci 
(1452-1519) foi o primeiro artista que 
considerou a anatomia além do ponto de 
vista meramente pictórico. Fez preparações 
que logo desenhou, das quais são 
conservadas mais de 750, e representam o 
esqueleto, os músculos, os nervos e os 
vasos. As ilustrações foram completadas 
muitas vezes com anotações do tipo 
fisiológico. A precisão de Leonardo é maior 
que a de Vesalio e sua beleza artística 
permanece inalterada. Sua valorização correta da curvatura da coluna vertebral 
ficou esquecida durante mais de cem anos. Representou corretamente a posição 
do fetus in útero (fig 04) e foi o primeiro a assinalar algumas estruturas 
anatômicas conhecidas. Só uns poucos contemporâneos viram seus folhetos que, 
sem dúvida, não foram publicados até o final do século passado. 
 
Fig 04 
 6 
Quando os anatomistas puderam representar de modo realista os 
conhecimentos anatômicos corretos, se iniciou em toda Europa um período de 
intensa investigação, sobretudo no norte da Itália e no sul da Alemanha. O melhor 
representante deste grupo é Jacob Berengario da Carpi , autor 
dos Commentaria super anatomica mundini (1521), que contém as primeiras 
ilustrações anatômicas tomadas do natural. ( Fig 05). 
 No século XVII foram efetuadas notáveis descobertas no campo da 
anatomia e da fisiologia humana. 
 
Francis Glisson (1597-1677) descreveu em detalhes o fígado, o estômago e o 
intestino. Apesar de seus pontos de vista sobre a biologia serem basicamente 
aristotélicos, teve também concepções modernas, como a que se refere aos 
impulsos nervosos responsáveis pelo esvaziamento da vesícula biliar. 
 
Fig 05 
 7 
Thomas Wharton (1614-1673) deu um grande passo ao ultrapassar a velha e 
comum idéia de que o cérebro era uma glândula que secretava muco (sem dúvida, 
continuou acreditando que as lágrimas se originavam ali). Wharton descreveu as 
características diferenciais das glândulas digestivas, linfáticas e sexuais. O 
conduto de evacuação da glândula salivar submandibular conhece-se como 
conduto de Wharton. Uma importante contribuição foi distinguir entre glândulas de 
secreção interna (chamadas hoje endócrinas), cujo produto cai no sangue,e as 
glândulas de secreção externa (exócrinas), que descarregam nas cavidades. 
 
Em 1664 Thomas Willis (1621-1675) publicou De Anatomi Cerebri (ilustrado por 
Christopher Wren e Richard Lower), sem dúvida o compêndio mais detalhado 
sobre o sistema nervoso. ( Fig 06). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig 06 
 8 
2. Introdução ao Estudo da Anatomia Humana 
 
 
 Mesmo sem saber, somos anatomistas em nossa vida diária, quando em 
determinados momentos fazemos a identificação de amigos e familiares, 
observando mudanças sutis de movimentos ou posições corporais que fornecem 
pistas sobre pensamentos e sentimentos. Portanto a anatomia refere-se ao 
estudo da estrutura e das relações entre estas estruturas, tanto interna quanto 
externamente. 
 A anatomia precede do termo anatome = cortar em partes , cortar 
separado. Estuda a forma, a estrutura e a organização dos seres vivos. 
Sua função nunca pode ser separada completamente da estrutura, diante disto 
fisiologia é o estudo da função biológica: como o corpo funciona, da célula ao 
tecido, do tecido ao órgão, do órgão ao sistema e de que maneira o organismo 
como um todo realiza tarefas particulares essenciais à vida. 
 Sua divisão compreende: 
 
2.1 Anatomia Macroscópica 
 
Considera as grandes estruturas e características que podem ser vistas a olho nu. 
Conforme o enfoque dado, recebe as seguintes denominações: 
1. Anatomia de superfície: estuda a forma geral ou morfológica, e dos pontos 
de referência anatômica superficiais. Utilizada na interpretação do conjunto 
de sinais e sintomas observados no exame de um paciente. 
2. Anatomia Regional ou Topográfica: Considera as características internas e 
superficiais em uma determinada área do corpo, como a cabeça, o pescoço 
ou o tronco. 
3. Anatomia sistêmica (descritiva): Considera a estrutura dos principais 
sistemas de órgãos do corpo humano, como: sistema esquelético, 
circulatório e assim por diante. 
 
 
 9 
2.2 Anatomia Microscópica 
 
 Quando as estruturas observadas não podem ser vistas a olho nu, 
necessitando de instrumentos, como : lupa, microscópio de luz composta, 
microscópio eletrônico de varredura, microscópio eletrônico de transmissão. Esta 
anatomia é subdividida em especialidades numa determinada escala: 
- Citologia: analisa a estrutura interna da célula. 
- Histologia: considera uma perspectiva mais ampla e examina os tecidos. 
Como a combinação dos tecidos forma os órgãos, e estes são unidades 
anatômicas com muitas funções, podem ser observados sem o uso de um 
microscópio, neste ponto pode-se cruzar o limiar entre a anatomia microscópica e 
a anatomia macroscópica. 
 
2.3 Anatomia do desenvolvimento 
 
 Examina as mudanças que ocorrem na forma durante o período entre a 
concepção e a maturidade física. Envolve a anatomia microscópica e 
macroscópica. Podemos estudar a embriologia, pois é onde se inicia o processo 
de desenvolvimento. 
 
2.4 Anatomia Comparativa 
 
 Estuda a anatomia de diferentes tipos de animais., como por exemplo 
humanos, lagartos e tubarões são chamados de vertebrados, pois todos possuem 
coluna vertebral. 
 
 
 
 
 
 
 10
2.5 Níveis de Organização 
Do organismo às células. Pode-se estudar o corpo humano em qualquer um dos 
seus diversos níveis de organização: organismo, sistemas, órgãos, tecidos e 
células. Cada um desses níveis está contido no precedente. Veja: 
• um organismo é constituído de vários sistemas; 
• cada sistema é formado por vários órgãos; 
• cada órgão apresenta vários tecidos; 
• qualquer tecido é composto de muitas células. As células contêm 
organelas, como o núcleo; 
• as organelas são feitos de moléculas; 
• as moléculas, por sua vez, são constituídas de átomos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11
3. Posição Anatômica 
 
Na anatomia, existe uma convenção internacional de que as descrições do 
corpo humano assumem que o corpo esteja em uma posição específica, chamada 
de posição anatômica. 
O indivíduo está em posição ereta, em pé ( posição ortostática ) com a face 
voltada para frente e em posição horizontal, de frente para o observador, com os 
membros superiores estendidos paralelos ao tronco e com as palmas voltadas 
para frente, membros inferiores unidos (calcanhares unidos), com os dedos dos 
pés voltados para frente. 
 
Toda descrição anatômica é feita considerando o indivíduo em 
posição anatômica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12
 
4. Direções anatômicas 
 
Sempre utilizam a posição anatômica como referência padrão. 
 
 
Vista Lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anterior ou Ventral Posterior ou dorsal 
Cranial 
Caudal 
SUPERIOR 
INFERIOR 
 13
 
 
Vista Anterior ou Ventral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUPERIOR 
INFERIOR 
DIREITO ESQUERDO 
Proximal 
Distal 
Medieval Lateral 
Proximal 
Distal 
 14
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15
5. Planos e secções do corpo humano 
 
Qualquer corte em um corpo tridimensional pode ser descrito em três planos 
de secção: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plano Mediano ou 
Sagital 
 
Planos de secção 
paralelos aos planos 
laterais que divide o 
corpo em metades 
direita e esquerda. 
Plano Frontal ou 
Coronal 
 
Planos de secção 
paralelos aos planos 
ventral e dorsal, que 
divide o corpo de forma 
a separar os planos 
ventral e dorsal 
 
Plano 
Transversal ou 
Horizonntal 
 
Planos de secção 
paralelos aos 
planos cranial e 
caudal seguido de 
podal, que divide 
o corpo 
horizontalmente. 
 16
Observe as direções anatômicas e planos de secção a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direção anatômica: 
Vista: Anterior ou Ventral 
Direção Proximal de corte 
ou plano: Transversal ou 
Horizontal 
 
 
Direção anatômica: 
Vista: Anterior ou Ventral 
Direção Cranial de corte ou 
plano: Sagital ou Mediano 
 
 
Direção anatômica: 
Vista:Posterior ou dorsal 
Direção Caudal de corte ou 
plano: Sagital ou Mediano 
 
 
Direção anatômica: 
Vista:Lateral 
Direção Medial de corte ou 
plano: Frontal ou Coronal 
 
 
 17
6. Regiões e Quadrantes Abdominopélvicos 
 
Para descrever-se mais precisamente a localização de muitos órgãos 
abdominais e pélvicos, a cavidade abdominopélvica pode ser dividida em 
compartimentos menores. Em um dos métodos, duas linhas horizontais e duas 
verticais, como uma grade de jogo-da-velha, dividem a cavidade em nove regiões 
Abdominopélvicas As denominações das nove regiõesabdominopélvicas são: 
hipocôndrio direito, epigástrio, hipocôndrio esquerdo, lombar direita (lateral direita), 
umbilical (umbigo), lombar esquerda (lateral esquerda), ilíaca direita (inguinal 
direita), hipogástrica (hipogástrio; região púbica) e ilíaca esquerda (inguinal 
esquerda). 
 Em outro método, uma linha horizontal e outra vertical atravessam o 
umbigo e dividem a cavidade abdominopélvica em quadrantes (do latim, 
quadrans= quarta parte) . As denominações dos quadrantes abdominopélvicos 
são: quadrante superior direito QSD), quadrante superior esquerdo (QSE), 
quadrante inferior direito (QID) e quadrante inferior esquerdo (QIE). Enquanto a 
divisão em nove regiões é mais utilizada para estudos anatômicos, os quadrantes 
são geralmente mais usados pelos clínicos para descrever os sítios de dor, 
tumores ou outras anormalidades abdominopélvicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19
7. Princípios de construção 
 
Planos de construção do corpo: 
 - Antimeria: O plano mediano divide o corpo do indivíduo em duas metades, 
direita e esquerda. Estas metades são denominadas antímeros e são 
semelhantes morfologicamente e funcionalmente. É construído segundo o 
princípio da simetria bilateral, mesmo esta não sendo perfeita, porque não existe 
correspondência exata de todos os órgãos. Ela é mais notável no início do 
desenvolvimento, na embriologia. Com o desenvolver do indivíduo, ela se perde, 
surgindo secundariamente a assimetrias morfológicas. Ao lado delas existem as 
assimetrias funcionais, das quais um exemplo é o predomínio do uso do membro 
superior direito, na maioria dos indivíduos é conhecido como dextrismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Metameria: Nesse princípio, o corpo 
estaria construído por uma série de segmentos 
superpostos longitudinalmente. A metameria 
é mais evidente na fase embrionária, 
conservando-se no adulto apenas algumas 
estruturas .Ex.: coluna vertebral (superposição 
de vértebras) e caixa torácica ( as costelas 
estão superpostas em série longitudinal 
deixando entre elas os espaços intercostais. 
 
 20
- Paquimeria: Princípio segundo o qual o corpo humano, mais 
especificamente o esqueleto axial, estaria construído esquematicamente por dois 
tubos: um anterior (ventral) ou visceral e um posterior (dorsal) ou neural que 
seriam os paquímeros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Estratificação: O corpo seria formado por uma série de camadas, 
(estratos) superpostas umas as outras. Ex. pele, tecido celular subcutâneo, 
aponeurose, músculos, peritônio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21
8. Nomenclatura Anatômica 
 
 
Pode ser tradicional ou clássica, a qual diverge em cada país, e 
internacional onde o significado dos termos anatômicos são os mesmos, mas sua 
escrita e leitura são traduzidos para cada nação conforme a sua língua de origem. 
No final do último século, foi criado uma comissão de eminentes autoridades de 
vários países da Europa e Estados Unidos denominada BNA (Basle Nomina 
Anatomica) que foi substituída pela PNA (Paris Nomina Anatomica). Esta 
comissão é responsável pela nomenclatura anatômica que será utilizada em todo 
o mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22
9. Sistema Esquelético e Articular 
 
 O sistema esquelético, inclui os diferentes ossos do esqueleto, além 
de cartilagens e ligamentos. 
O osso pode ser chamado de tecido ósseo. 
No indivíduo adulto, idade na qual se considera, completado o desenvolvimento, o 
número de ossos é 206. 
Sua classificação: 
a) Ossos longos: são relativamente alongados e delgados. 
Apresentam : 
 Uma diáfise; 
 Duas metáfises; 
 Duas epífises; 
Uma cavidade 
medular. 
Encontrados: 
 Membros 
superiores 
 Membros inferiores. 
Exemplos: 
• Úmero; 
• Rádio; 
• Ulna; 
• Fêmur; 
• Tíbia; 
• Fíbula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23
b) Ossos planos ou laminar: Sua estrutura assemelha-se a um sanduíche de 
substância esponjosa; 
 São fortes; 
 São leves; 
 Compacto; 
 Protegem os tecidos moles. 
Exemplos: 
• ossos do crânio; 
 O crânio é a estrutura óssea que forma o esqueleto da cabeça. Situado na 
parte mais alta do corpo humano ele é sustentado pela coluna cervical. 
Possui um formato oval e é levemente maior em sua parte posterior do que 
na parte frontal. É composto por uma serie de ossos planos e irregulares, 
que são imóveis (exceção da mandíbula), totalizando 22 ossos. Pode ser 
dividido em face e o crânio propriamente dito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24
• esterno; 
É um osso chato, plano e ímpar. É um importante osso hematopoiético. 
Apresenta três partes: manúbrio, corpo e processo xifóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• costelas; 
c) São ossos alongados, em forma de semi-arcos, que se articulam com 
as vértebras e com o esterno. Temos ao todo 12 pares de costelas e 
podemos classifica-las em: 
- Verdadeiras: são 7 pares de costelas que se articulam diretamente com o 
esterno através das cartilagens costais. Ressaltando que são as 7 primeiras 
costelas. 
 25
- Falsas: 3 pares, elas se articulam indiretamente com o esterno 
- Flutuantes: 2 pares, são os dois últimos pares de costelas. Recebem esse 
nome porque não se articulam com o esterno, estão fixadas somente às 
vértebras. 
• Escápula. 
É um osso par, chato bem fino podendo ser translúcido em certos pontos. 
Forma a parte dorsal da cintura escapular.Tem a forma triangular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26
d) Ossos curtos: Sua superfície externa é recoberta por substância 
compacta; 
 No interior sua substância é esponjosa; 
 Exemplos: 
• Ossos do carpo ( mão); A mão se divide em: 
carpo, metacarpo e falanges. 
• metatarso e falanges. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) Ossos irregulares: apresentam superfícies planas; 
 entalhadas; 
 curtas ou sulcadas; 
 Estrutura interna variada. 
 Exemplos: 
• Vértebras que formam a coluna; 
• Osso temporal.. 
 
 
 
 
1 
2 
1 
4 
3 
2 
3 
4 5 
5 
 27
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28
f) Ossos pneumáticos: são ocos; 
tem numerosas cavidades de ar, que recebem o 
nome de sinos ou seios; 
 Exemplo: ossos que estão situados no crânio. 
• etmóide; 
• frontal; 
• maxilar; 
• temporal; 
• esfenóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29
g) Ossos sesamóides: são pequenos; 
 arredondados; 
 planos; 
 se desenvolvem dentro de tendões; 
encontrados próximos às articulações dos 
joelhos, mãos e pés; 
Exemplo: 
• patela.30
9.1 ESTRUTURA DOS OSSOS 
O estudo microscópico do tecido ósseo distingue a substância óssea 
compacta e a esponjosa. Embora os elementos constituintes sejam os mesmos 
nos dois tipos de substância óssea, eles dispõem-se diferentemente conforme o 
tipo considerado e seu aspecto macroscópico também difere. 
Na substância óssea compacta, as lamínulas de tecido ósseo encontram-se 
fortemente unidas umas às outras pelas suas faces, sem que haja espaço livre 
interposto. Por esta razão, este tipo é mais denso e rijo. 
Na substância óssea esponjosa as lamínulas ósseas, mais irregulares em 
forma e tamanho, se arranjam de forma a deixar entre si espaços ou lacunas que 
se comunicam umas com as outras e que, a semelhança do canal medular, 
contém medula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31
Nos ossos longos a diáfise é composta por osso compacto externamente ao 
canal medular, enquanto as epífises são compostas por osso esponjoso envolto 
por uma fina camada de osso compacto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32
Nos ossos planos, a substância esponjosa situa-se entre duas camadas de 
substância compacta. Nos ossos da abóbada craniana, a substância esponjosa é 
chamada de díploe. 
Os ossos curtos são formados por osso esponjoso revestido por osso 
compacto, como nas epífises dos ossos longos. 
A) PERIÓSTEO 
No vivente e no cadáver o osso se encontra sempre revestido por delicada 
membrana conjuntiva, com exceção das superfícies articulares. Esta membrana é 
denominada periósteo e apresenta dois folhetos: um superficial e outro profundo, 
este em contato direto com a superfície óssea. A camada profunda é chamada 
osteogênica pelo fato de 
suas células se 
transformarem em células 
ósseas, que são 
incorporadas à superfície do 
osso, promovendo assim o 
seu espessamento. 
Os ossos são altamente 
vascularizados. As artérias do 
periósteo penetram no osso, 
irrigando-o e distribuindo-se 
na medula óssea. Por esta 
razão, desprovido do seu 
periósteo o osso deixa de 
ser nutrido e morre. 
 
 
 
 33
B) CARTILAGEM 
A cartilagem é uma forma de tecido de suporte firme e resistente, mas não 
tanto como o osso. Não tem vasos sangüíneos nem linfáticos e não recebe 
nervos. Três tipos são conhecidos - cartilagem hialina, fibrocartilagem e cartilagem 
elástica. 
· a cartilagem hialina tem uma aparência translúcida, branco-azulada. É o 
tipo de mais larga distribuição e aparece no modelo cartilagíneo dos ossos em 
desenvolvimento. Ela persiste, na vida adulta, como: 
-- cartilagem articular, nas extremidades dos ossos; 
--cartilagens costais, da traquéia, do nariz, septo nasal dos brônquios; 
--as maiores cartilagens da laringe. 
Os representantes não-articulares da cartilagem hialina têm tendência a se 
ossificar mais tarde na vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34
· a fibrocartilagem consiste em coleções densas de fibras colágenas nas 
quais está misturada uma matriz cartilagínea. Ela é menos homogênea que a 
cartilagem hialina, porém é mais resistente e mais flexível. Ocorre nos: 
-- discos intervertebrais e articulares; 
--na sínfise púbica; 
--cobre tendões onde estes têm relação com ossos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
· a cartilagem elástica é atravessada por uma rica rede de fibras elásticas, o que 
lhe dá, além de uma aparência amarelada, a capacidade de retornar rapidamente 
a sua forma original, quando tracionada ou torcida. A cartilagem elástica ocorre 
somente nas partes móveis do ouvido externo, no nariz e na epiglote. 
 
 
 35
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C) LIGAMENTOS 
Um ligamento é uma faixa ou corda bem definida de tecido fibroso unindo 
dois ossos. A maioria dos ligamentos atua resistindo ao movimento de uma 
articulação em uma direção específica. Existem aqueles que são espessamentos 
localizados da cápsula da articulação (ligamentos capsulares), outros que são 
completamente isolados da cápsula da articulação sobre a qual atuam (ligamentos 
extracapsulares) e outros, ainda, que estão situados dentro da articulação 
(ligamentos intracapsulares). 
Algumas estruturas, tais como o ligamento inguinal e o ligamento redondo do 
fígado, que recebem a denominação de ligamentos não o são no sentido estrito do 
termo. Também distantes deste sentido estrito, recebem o nome de ligamentos, 
algumas pregas do peritônio, que contêm vasos sangüíneos e tecido conjuntivo e 
unem uma víscera a outra ou a parede do corpo. 
 
 
 36
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37
9.2 SISTEMA ARTICULAR OU JUNTURAS 
 
Articulação ou juntura é a conexão entre duas ou mais peças esqueléticas 
(ossos ou cartilagens). Essas uniões não só colocam as peças do esqueleto em 
contato, como também permitem que o crescimento ósseo ocorra e que certas 
partes do esqueleto mudem de forma durante o parto. Além disto, capacitam que 
partes do corpo se movimentem em resposta a contração muscular. 
Embora apresentem consideráveis variações entre elas, as articulações 
possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem 
classificá-las em três grandes grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. O critério 
para esta divisão é o da natureza do elemento que se interpõe às peças que se 
articulam. 
A) ARTICULAÇÕES FIBROSAS 
As articulações nas quais o elemento que se interpõe às peças que se 
articulam é o tecido conjuntivo fibroso são ditas fibrosas (ou sinartroses). O grau 
de mobilidade delas, sempre pequeno, depende do comprimento das fibras 
interpostas. Existem três tipos de articulações fibrosas: sutura, sindesmose e 
gonfose. 
As suturas, que são encontradas somente entre os ossos do crânio, 
são formadas por várias camadas fibrosas, sendo a união suficientemente 
íntima de modo a limitar intensamente os movimentos, embora confiram 
uma certa elasticidade ao crânio. 
No crânio, a articulação entre: 
• os ossos nasais é uma sutura plana; 
• entre os parietais, sutura denteada ( serreada ); 
• entre o parietal e o temporal, escamosa. 
 
 38
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No crânio do feto e recém-nascido, onde a ossificação ainda é 
incompleta, a quantidade de tecido 
conjuntivo fibroso interposto é 
muito maior, explicando a grande 
separação entre os ossos e uma 
maior mobilidade. Estas áreas 
fibrosas são denominadas 
fontículos (ou fontanelas). São elas 
que permitem, no momento do 
parto, uma redução bastante 
apreciável do volume da cabeça 
fetal pela sobreposição dos ossos 
do crânio. Esta redução de volume 
facilita a expulsão do feto para o 
meio exterior. 
 
 39
Na idade avançada pode ocorrer ossificação do tecido interposto 
(sinostose), fazendo com que as suturas, pouco a pouco, desapareçam e, 
com elas, a elasticidade do crânio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
01 – Osso frontal 
02 – Osso parietal 
03 – Osso occipital 
04 – Forame parietal 
05 – Bregma 
06 – Lambda 
SUTURAS – CRÂNIO 
07 – Sutura Sagital 
08 – Sutura Coronal 
09 – Sutura Lambdóide 
 
 40
Nas sindesmoses os ossos estão unidos por uma faixa de tecido 
fibroso, relativamente longa, formando ou um ligamento interósseo ou uma 
membrana interóssea, nos casos, respectivamente de menor ou maior 
comprimento das fibras, o que condiciona um menor ou maior grau de 
movimentação. Exemplos típicos são a sindesmose tíbio-fibular e a 
membrana interóssea radio-ulnar.41
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42
Gonfose é a articulação específica entre os dentes e seus 
receptáculos, os alvéolos dentários. O tecido fibroso do ligamento 
periodontal segura firmemente o dente no seu alvéolo. A presença de 
movimentos nesta articulação significa uma condição patológica. 
 
 
 
 
 
 
 
B) ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS 
Nas articulações cartilaginosas o tecido que se interpõe é a cartilagem. 
Quando se trata de cartilagem hialina, temos as sincondroses; nas sínfises a 
cartilagem é fibrosa. Em ambas a mobilidade é reduzida. 
As sincondroses são raras e o exemplo mais típico é a sincondrose esfeno-
occipital que pode ser visualizada na base do crânio. 
 
 
 
 
 
 
 43
Exemplo de sínfise é a união, no plano mediano, entre as porções púbicas 
dos ossos do quadril, constituindo a sínfise púbica. 
 
 
 
 
 
 
Também as articulações que se fazem entre os corpos das vértebras 
podem ser consideradas como sínfise, uma vez que se interpõe entre eles um 
disco de fibrocartilagem - o disco intervertebral. 
C) ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
A mobilidade exige livre deslizamento de uma superfície óssea contra outra 
e isto é impossível quando entre elas interpõe-se um meio de ligação, seja fibroso 
ou cartilagíneo. Para que haja o grau desejável de movimento, em muitas 
articulações, o elemento que se interpõe às peças que se articulam é um líquido 
denominado sinóvia, ou líquido sinovial. 
Além da presença deste líquido, as articulações sinoviais possuem três outras 
características básicas: cartilagem articular, cápsula articular e cavidade articular. 
· a cartilagem articular é a cartilagem do tipo hialino que reveste as 
superfícies em contato numa determinada articulação (superfícies articulares), ou 
seja, a cartilagem articular é a porção do osso que não foi invadida pela 
ossificação. Em virtude deste revestimento as superfícies articulares se 
apresentam lisas, polidas e de cor esbranquiçada. A cartilagem articular é 
avascular e não possui também inervação. Sua nutrição, portanto, principalmente 
 44
nas áreas mais centrais, é precária, o que torna a regeneração, em caso de 
lesões, mais difícil e lenta. 
· a cápsula articular é uma membrana conjuntiva que envolve a articulação 
sinovial como um manguito. Apresenta-se com duas camadas: a membrana 
fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). A primeira é mais resistente e 
pode estar reforçada, em alguns pontos, por ligamentos , destinados a aumentar 
sua resistência. Em muitas articulações sinoviais, todavia, existem ligamentos 
independentes da cápsula articular e em algumas, como na do joelho, aparecem 
também ligamentos intra-articulares. 
· cavidade articular é o espaço existente entre as superfícies articulares, 
estando preenchido pelo líquido sinovial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45
Ligamentos e cápsula articular têm por finalidade manter a união entre os ossos, 
mas além disto, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a 
amplitude dos movimentos considerados normais. 
 
A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular. É 
abundantemente vascularizada e inervada, sendo encarregada da produção da 
sinóvia (líquido sinovial), o qual tem consistência similar a clara do ovo e tem por 
funções lubrificar e nutrir as cartilagens articulares. O volume de líquido sinovial 
presente em uma articulação é mínimo, somente o suficiente para revestir 
delgadamente as superfícies articulares e localiza-se na cavidade articular. 
Além destas características, que são comuns a todas articulações sinoviais, 
em várias delas encontram-se formações fibrocartilagíneas, interpostas às 
superfícies articulares, os discos e meniscos, de função discutida: serviriam à 
melhor adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou 
seriam estruturas destinadas a receber violentas pressões, agindo como 
amortecedores. Meniscos, com sua característica forma de meia lua, são 
encontrados na articulação do joelho. Discos são encontrados nas articulações 
esternoclavicular e temporomandibular. 
 
9.3 MOVIMENTOS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
 
As articulações fibrosas e cartilagíneas tem um mínimo grau de mobilidade. 
Assim, a verdadeira mobilidade articular é dada pelas articulações sinoviais. Estes 
movimentos ocorrem, obrigatoriamente, em torno de um eixo, denominado eixo de 
movimento. A direção destes eixos é ântero-posterior, látero-lateral e longitudinal. 
Na análise do movimento realizado, a determinação do eixo de movimento é feita 
obedecendo a regra, segundo a qual, a direção do eixo de movimento é sempre 
perpendicular ao plano no qual se realiza o movimento em questão. Assim, todo 
movimento é realizado em um plano determinado e o seu eixo de movimento é 
perpendicular àquele plano. Os movimentos executados pelos segmentos do 
 46
corpo recebem nomes específicos e aqui serão definidos, a seguir, apenas os 
mais comuns: 
· flexão e extensão são movimentos angulares, ou seja, neles ocorre uma 
diminuição ou um aumento do ângulo existente entre o segmento que se desloca 
e aquele que permanece fixo. Quando ocorre a diminuição do ângulo diz-se que 
há flexão; quando ocorre o aumento, realizou-se a extensão, exceto para o pé. 
Neste caso, não se usa a expressão extensão do pé: os movimentos são definidos 
como flexão dorsal e flexão plantar do pé. Os movimentos angulares de flexão e 
extensão ocorrem em plano sagital e, seguindo a regra, o eixo desses movimentos 
é látero-lateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47
· adução e abdução que são movimentos nos quais o segmento é deslocado, 
respectivamente, em direção ao plano mediano ou em direção oposta, isto é, 
afastando-se dele. Para os dedos prevalece o plano mediano do membro. Os 
movimentos da adução e abdução desenvolvem-se em plano frontal e seu eixo de 
movimento é ântero-posterior. 
· rotação que é o movimento em que o segmento gira em torno de um eixo 
longitudinal (vertical). Assim, nos membros, pode-se reconhecer uma rotação 
medial, quando a face anterior do membro gira em direção ao plano mediano do 
corpo, e uma rotação lateral, no movimento oposto. A rotação é feita em plano 
horizontal e o eixo de movimento, perpendicular a este plano é vertical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48
· circundução, é o resultado do movimento combinatório que inclui a adução, 
extensão, abdução, flexão e rotação. Neste tipo de movimento, a extremidade 
distal do segmento descreve um círculo e o corpo do segmento, um cone, cujo 
vértice é representado pela articulação que se movimenta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49
9.4 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
O movimento nas articulações depende, essencialmente, da forma das 
superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limitá-lo. Na 
dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos em torno 
de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado para classificá-las 
funcionalmente. Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de 
um eixo, diz-se que é mono-axial ou que possui um só grau de liberdade; será bi-
axial a que os realiza em torno de dois eixos (dois graus de liberdade); e tri-axial 
se eles forem realizados em torno de três eixos (três graus de liberdade). Assim, 
as articulações que só permitem a flexão e extensão, como a do cotovelo, são 
mono-axiais; aquelas que realizam extensão, flexão,adução e abdução, como a 
radio-cárpica (articulação do punho), são bi-axiais; finalmente, as que além de 
flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são ditas tri-
axiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do quadril. 
9.5 CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
O critério de base para a classificação morfológica das articulações sinoviais é a 
forma das superfícies articulares. Contudo, às vezes é difícil fazer esta correlação. 
Além disto, existem divergências entre anatomistas quanto não só a classificação 
de determinadas articulações, mas também quanto à denominação dos tipos. De 
acordo com a nomenclatura anatômica, os tipos morfológicos de articulações 
sinoviais são: 
· plana, na qual as superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas, 
permitindo deslizamento de uma superfície sobre a outra em qualquer direção. A 
articulação acromioclavicular (entre o acrômio da escápula e a clavícula) é um 
exemplo. Deslizamento existe em todas as articulações sinoviais mas nas 
articulações planas ele é discreto, fazendo com que a amplitude do movimento 
seja bastante reduzida. Entretanto, deve-se ressaltar que pequenos deslizamentos 
entre vários ossos articulados permitem apreciável variedade e amplitude de 
movimento. É isto que ocorre, por exemplo, nas articulações entre os ossos curtos 
do carpo, do tarso e entre os corpos das vértebras. 
 50
· gínglimo, ou dobradiça, sendo que os nomes referem-se muito mais ao 
movimento (flexão e extensão) que elas realizam do que à forma das superfícies 
articulares. A articulação do cotovelo é um bom exemplo de gínglimo e a simples 
observação mostra como a superfície articular do úmero, que entra em contato 
com a ulna, apresenta-se em forma de carretel. Todavia, as articulações entre as 
falanges também são do tipo gínglimo e nelas a forma das superfícies articulares 
não se assemelha a um carretel. Este é um caso concreto em que o critério 
morfológico não foi rigorosamente obedecido. Realizando apenas flexão e 
extensão, as articulações sinoviais do tipo gínglimo são mono-axiais. 
· trocóide, na qual, as superfícies articulares são segmentos de cilindro e, por 
esta razão, cilindróides talvez fosse um termo mais apropriado para designá-
las. Estas articulações permitem rotação e seu eixo de movimento, único, é vertical: são 
mono-axiais. Um exemplo típico é a articulação radio-ulnar proximal (entre o rádio e 
a ulna) responsável pelos movimentos de pronação e supinação do antebraço. Na 
pronação ocorre uma rotação medial do rádio e, na supinação, rotação lateral. Na 
posição de descrição anatômica o antebraço está em supinação. 
· condilar, cujas superfícies articulares são de forma elíptica e elipsóide seria 
talvez um termo mais adequado. Estas articulações permitem flexão, extensão, 
abdução e adução, mas não a rotação. Possuem dois eixos de movimento, sendo 
portanto bi-axiais. A articulação radio-cárpica (ou do punho) é um exemplo. Outros 
são a articulação temporomandibular e as articulações metacarpofalângicas. 
· selar, na qual a superfície articular de uma peça esquelética tem a forma de 
sela, apresentando concavidade num sentido e convexidade em outro, e se 
encaixa numa segunda peça onde convexidade e concavidade apresentam-se no 
sentido inverso da primeira. A articulação carpo-metacárpica do polegar é exemplo 
típico. É interessante notar que esta articulação permite flexão, extensão, 
abdução, adução e rotação (conseqüentemente, também circundução) mas é 
classificada como bi-axial. O fato é justificado porque a rotação isolada não pode 
ser realizada ativamente pelo polegar sendo só possível com a combinação dos 
outros movimentos. 
 51
· esferóide, que apresenta superfícies articulares que são segmentos de 
esferas e se encaixam em receptáculos ocos. O suporte de uma caneta de mesa, 
que pode ser movimentado em qualquer direção, é um exemplo não anatômico de 
uma articulação esferóide. Este tipo de articulação permite movimentos em torno 
de três eixos, sendo portanto, tri-axial. Assim, a articulação do ombro (entre o 
úmero e a escápula) e a do quadril (entre o osso do quadril e o fêmur) permitem 
movimentos de flexão, extensão, adução, abdução, rotação e circundução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 53
10. Sistema Muscular 
 
O estudo dos músculos chama-se Miologia. Este sistema é constituído por 
mais de 700 músculos. 
As células musculares especializam-se para a contração e o relaxamento. 
Estas agrupam-se em feixes para formar massas macroscópicas denominadas 
músculos. 
Ventre: é a parte contráctil do músculo, que constitui a sua porção carnosa. 
Tendão: serve para a fixação do ventre, é inelástico (não-contráctil) e apresenta o 
aspecto morfológico de fitas ou de cilindros. 
Existem três tipos de tecidos musculares: 
1. Músculo esquelético. 
2. Músculo cardíaco. 
3. Músculo liso. 
 Embora estes três tipos difiram em estrutura e função, o sistema muscular 
se refira apenas aos músculos esqueléticos compostos de tecido esquelético. 
 
10.1 Músculo esquelético. 
 O tecido muscular esquelético e o tecido conjuntivo de ligação estão 
dispostos em um padrão altamente organizado que unem as forças das 
contrações das fibras musculares e as direciona para as estruturas a serem 
movimentadas. Possuindo porção média: esta é carnosa e recebe o nome de 
ventre muscular, sendo a parte contrátil do músculo., temos também a porção de 
extremidades onde encontramos os tendões que podem ter o formato cilindróides 
e quando são laminares recém o nome de aponeuroses, estes são 
esbranquiçados, brilhantes, inextensíveis, resistentes, sendo formado por tecido 
conjuntivo denso rico em fibras colágenas. Os tendões e as aponeuroses 
servem para prender o músculo ao esqueleto. 
 
 
 
 
 54
Podem ser classificados de acordo com a disposição das fibras ( fascículos) 
musculares estriadas esqueléticas: 
• Músculos Paralelos: os fascículos ( fibras) são paralelos, longos 
predominando o comprimento. No corpo, a maior parte dos músculos 
esqueléticos são músculos paralelos. 
Ex: músculo bíceps braquial. Predomina seu comprimento e largura, 
podendo ser denominado fusiforme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Convergentes: Seus 
fascículos ( fibras) podem 
convergir para um tendão em uma 
das extremidades, sendo 
denominado leque. Força de 
contração enfocada em um único 
ponto de fixação sendo mais forte 
que o do tipo paralelo. Ex: 
músculos peitorais, no tórax. 
 
 
 
 
 
 55
• Esfinctérico ou circular: Fibras (fascículos) dispostas concentricamente em 
torno de uma estrutura que se abre ( orifício). Atua como um esfíncter, 
quando contraído;ex: orbicular do olho e orbicular da boca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Peniforme: um ou mais tendões passam através do corpo do músculo, e 
os fascículos (fibras) formam um ângulo oblíquo em relação ao tendão. A 
contração de músculos peniformes produz mais tensão do que os 
músculos paralelos de mesmo tamanho. 
Recebe este nome porque suas fibras lembram as barbas de uma pena. 
Um músculo peniforme pode ser semipeniforme ou multipeniforme. 
 Peniforme, ex: músculo reto femoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 56
 
Multipeniforme: se os feixes se prendem nas duas bordas do 
tendão. Ex: músculo deltóide,Semipeniforme: se os feixes musculares se prendem numa só 
borda do tendão. Ex: músculo extensor dos dedos, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 57
10.2 A anatomia dos músculos estriados esqueléticos 
 
 Veja na figura a seguir a descrição dos tecidos conectivos que unem e 
fixam os músculos esqueléticos a outras estruturas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um músculo esquelético consiste em feixes de fibras musculares 
(fascículos) envolvidos por uma bainha de tecido conectivo, o epimísio. Cada 
fascículo é envolto por uma bainha, o perimísio, e dentro de cada fascículo, as 
fibras musculares individuais são envoltas pelo endomísio. 
 
 
Epimísio 
Perimísio 
Endomísio 
 58
10.3 Fáscia 
 É uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, sua 
espessura dependerá de sua função. Quando a fáscia é muito espessa, ela pode 
contribuir para prender o músculo ao esqueleto. Essas lâminas podem ser 
divididos em três componentes principais: 
1. A fáscia superficial ou tela subcutânea; 
2. A fáscia profunda; 
3. Tela subserosa. 
 
Relacionada aos músculos temos a Fáscia profunda muscular e visceral., 
forma uma estrutura interna resistente e fibrosa, seu tecido conectivo é denso e 
está ligada a cápsulas, periósteos, epimísios e outras bainhas fibrosas que 
envolvem órgãos internos. Assim sustentam e interconectam os músculos 
esqueléticos adjacentes, mas permitem movimentos independentes. Quanto mais 
próximas forem as orientações, ações e amplitude de movimentos de dois 
músculos, maior sua interconecção pela fáscia profunda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.4. Origem - Inserção – Ventre muscular - Ação 
 59
 Origem: 
Quando os músculos se originam por mais de um tendão, diz-se que apresentam 
mais de uma cabeça de origem. São então classificados como músculos bíceps, 
tríceps ou quadríceps. 
 Inserção: 
Os músculos podem inserir-se por mais de um tendão: 
Dois tendões: diz-se bicaudados. 
Três ou mais: diz-se policaudados. 
 Ventre muscular: 
Quando os músculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendões 
intermediários situados entre eles. 
Dois ventres: diz-se digástricos. 
Mais ventres: diz-se poligástricos. 
 Ação 
Pode ser classificado como: flexor, extensor, adutor, abdutor, rotador medial, 
rotador lateral, pronador, supinador, flexor plantar, flexor dorsal. 
 
10.4 Subdivisão do sistema muscular 
 
 a) MUSCULATURA AXIAL 
 
Musculatura Axial, localiza-se no esqueleto axial. Ela posiciona a cabeça e 
a coluna vertebral e contribui na mecânica da respiração por meio da 
movimentação da caixa torácica. Os músculos axiais não atuam na 
movimentação ou estabilização dos cíngulos dos membros superiores ou 
inferiores, nem dos próprios membros superiores e inferiores. Aproximadamente 
60% dos músculos esqueléticos do corpo são músculos axiais. 
 Estão envolvidos nos movimentos da cabeça e da coluna vertebral. 
 Os MÚSCULOS AXIAIS subdividem-se em quatro grupos de acordo com a 
localização e/ou função. 
 
 60
GRUPO 1. MÚSCULOS DA CABEÇA E PESCOÇO 
• Mas que não estejam associados a coluna vertebral. 
• Estão os músculos que movimentam a face, a língua e a laringe. 
• Responsáveis pela comunicação verbal e não-verbal, como rir, falar, franzir 
as sobrancelhas, sorrir e assobiar. 
• Responsáveis pela alimentação, como: sugar, mastigar e engolir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Levanta a sobrancelha e franze a testa 
 Franze a pele da fronte 
Traciona o couro 
cabeludo e movimenta a 
cartilagem da orelha 
Fecha o olho 
Comprime o dorso do nariz, abaixa o ápice do 
nariz,alarga as narinas 
 Retrai e levanta o lábio inferior 
 Retrai e levanta o ângulo da boca 
Comprime, franze os lábios 
Traciona o ângulo da boca para o lado 
 
 Traciona a pele do pescoço e 
abaixa a mandíbula 
 Levanta e protai o lábio inferior 
 
Movimenta o nariz, muda a posição e 
forma das narinas 
 
Eleva a mandíbula e auxilia na mastigação 
 
Comprime as bochechas 
Juntos, 
fletem a 
cabeça; 
Isoladamente
 um flete a 
cabeça em direção ao 
ombro e roda a face para o 
lado contraqterall 
A sua ação varia conforme os feixes se 
contraem separadamente: os superiores 
elevam o ombro, os médios retraem o ombro e 
os inferiores elevam-no e retraem-no. 
 61
GRUPO 2. MÚSCULOS DA COLUNA VERTEBRAL 
 Inclui numerosos flexores e extensores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 62
GRUPO 3. MÚSCULOS OBLÍQUOS E RETOS 
 Forma as paredes musculares das cavidades torácica e abodominopélvica, 
entre a primeira vértebra torácica e a pelve. Na região torácica, esses músculos 
são divididos em seções pelas costelas, porém, na superfície abdominal, formam 
largas lâminas musculares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 63
GRUPO 4. MÚSCULOS DO PERÍNEO E DO DIAFRAGMA 
 
b) MUSCULATURA APENDICULAR 
 Há dois grupos principais de músculos apendiculares : 
 
GRUPO 1: MÚSCULOS DO CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR E MEMBROS 
SUPERIORES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 64
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 65
GRUPO 2: MÚSCULOS DO CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR E MEMBROS 
INFERIORES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 66
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 67
11. Sistema Circulatório 
 
 
Oferece um mecanismo para transporte rápido de nutrientes, produtos 
residuais e células no interior do corpo. 
 
11.1 Divisão 
 Compreende o Sistema Circulatório: 
• Sangue; 
• Vasos sanguíneos : artéria, arteríola e capilar contínuo, veia, vênula e 
capilar fenestrado); 
• Coração; 
11.1.1 Sangue – Conceito 
 
Existem entre 4 a 8 litros de sangue total circulante em um adulto mediano. 
O sangue está confinado ao sistema circulatório e apresenta composição e 
características particulares: 
Faz parte da composição sanguínea: 
• Plasma: é a matriz líquida, sua densidade é ligeiramente maior que a da 
água. Contém proteínas dissolvidas e solutos dissolvidos. 
• Elementos figurados ( Fig 07): são células sanguíneas e fragmentos 
celulares que se encontram suspensos no plasma. Esses elementos estão 
presentes em abundância e são altamente especializados. 
a. Eritrócitos (Hemácias ou Glóbulos Vermelhos): 
responsáveis pelo transporte de oxigênio, dióxido de 
carbono. 
b. Leucócitos (Glóbulos Brancos): são menos 
numerosos e integram o sistema imunológico. 
c. Plaquetas: são pequenas cápsulas de citoplasma, 
delimitadas por membrana citoplasmática, contendo 
enzimas e fatores essências para a coagulação 
sanguínea. 
 68
Seus componentes podem ser separados ou fracionados, para propósitos 
de análises clínicas. 
Viscosidade: geralmente são comparadas a viscosidade da água. 
equivalente a 1,0. 
• Plasma: viscosidade 1,5. 
• Sangue: viscosidade 5,0, devido a interações entre as moléculas de 
água e os elementos figurados. 
Sua temperatura é um pouco maior que a temperaturacorporal + ou - 37ºC 
ou 38ºC.Leucócitos Granulares ou Granulócitos 
 
Neutrófilos (50% a 70%): são fagócitos altamente móveis. 
Eosinófilos: são fagocitárias atraídos por compostos 
estranhos. 
Basófilos: são raros migram para tecidos danificados 
 
Leucócitos Agranulares 
 
Monócito: migram para o interior de tecidos 
periféricos, tornam-se macrófagos livres. 
Linfócito: principal célula do sistema linfático 
danificados 
 
Fig 07 
 69
11.1.2 Vasos Sanguíneos 
 
 Compreendem um sistema fechado que faz com que o sangue circule por 
todo o corpo. 
 A estrutura dos vasos possui camadas três camadas distintas, tanto para as 
artérias quanto para as veias (Fig 08): 
1. interna, a túnica íntima; 
2. intermediária, a túnica média 
3. externa a túnica adventícia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig 08 
 70
Artérias 
Conceito: Flui do coração até atingir os capilares periféricos, o sangue passa por 
uma série de artérias de diâmetros cada vez menores, sendo elas: 
Tipos: 
a. Elásticas ou Artérias de Condução : são grandes com diâmetro de até 2,5cm, 
transportam grandes volumes de sangue, exemplos: tronco pulmonar e a 
aorta.com seus ramos principais. (Fig 09) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b. Musculares ou Artérias de Distribuição: conhecidas também como de médio 
calibre, conduzem o sangue aos músculos esqueléticos e órgãos internos, tem 
aproximadamente 0,4cm. Exemplos as artérias carótidas externas do pescoço, as 
artérias braquiais nos braços, as artérias femorais nas coxas e as artérias 
mesentéricas no abdome. 
c. Arteríolas. são menores , possuindo um diâmetro de aproximadamente 30µm 
(milésima parte do milímetro). Controlam o fluxo sanguíneo entre as artérias e 
capilares. 
 
Fig 09 
 71
 
Veias 
Conceito: coletam o sangue de todos os tecidos e órgãos retornando-o ao 
coração, sendo elas 
Tipos: 
a. Veia de Grande Calibre: incluem a veia cava superior e a veia cava inferior e 
suas tributárias no interior das cavidades torácica e abdominopélvica. Suas 
camadas são mais espessas. 
b. Veias de Médio e Pequeno Calibre: variam de 2 a 9 mm de diâmetro interno. 
c. Vênulas: são menores e coletam sangue dos capilares. 
d. Capilar Fenestrado: são minúsculos vasos (espessura de um fio de cabelo) 
situados no interior dos órgãos do corpo. 
 
11.1.3 Coração 
 
É um órgão muscular, cavitário, que age como uma bomba aspirante e 
propulsora de sangue. 
 
a) Forma e localização: 
Tem a forma piramidal, com três faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar 
ou esquerda). 
Face esternocostal ou face anterior: formada principalmente pelo ventrículo 
direito.(Fig 10). 
Face diafragmática ou face inferior: formada principalmente pelo ventrículo 
esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito, está relacionada principalmente 
com o tendão central do diafragma.( Fig 10). 
Face pulmonar ou face esquerda: formada principalmente pelo ventrículo 
esquerdo, ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo. 
 
 
 
 72
 
Localiza-se no mediastino inferior-médio. 
 
 
b) Estrutura da parede cardíaca (Fig 11): 
 
Endocárdio: camada interna. Revestimento interno do miocárdio e é composto por 
tecido conjuntivo com uma camada superficial de células pavimentosas. 
 
Miocárdio: camada media (muscular) sendo mais espessa do coração 
e é constituída por músculo cardíaco. 
 
Epicárdio (pericárdio visceral): : camada externa é uma membrana serosa muito 
fina, que adere à superfície externa do órgão. (Fig 12). 
 
 
Fig 10 
 73
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig 11 
 74
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Cavidades (Fig 13): 
Câmaras de recepção: 
a. Átrio direito. 
b. Átrio esquerdo. 
Câmaras de expulsão ou propulsão: 
a. Ventrículo direito. 
b. Ventrículo esquerdo. 
 
 
 
 
Fig 12 
 75
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig 13 
 76
d) Morfologia externa: 
1. Arco da aorta 
2. Ápice. 
3. Veia cava superior e ceia cava inferior. 
4. Sulcos interventriculares anterior e posterior, interatrial , terminal e coronário. 
5. Átrios direito e esquerdo: aurículas. 
6. Ventrículos direito e esquerdo. 
7. Seio coronário. 
8. Artéria pulmonar direita, artéria pulmonar esquerda. 
9. Veia pulmonar superior e inferior esquerda. 
10. Reflexão pericárdia. 
11. Veia oblíqua do átrio esquerdo. 
13. Veia pulmonar superior direita. 
14. Veia pulmonar inferior direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
4 
4 
5 
5 
5 
5 
6 
6 
7 
1 
3 
3 
8 
8 
9 
9 
10 
12 
13 
14 
 77
e) Morfologia interna: 
1. Átrio direito: 
2. Músculos papilares 
3. Septo interventricular. 
4. Artéria Carótida comum esquerda. 
5. Tronco Braquicefálico. 
6. Artérias pulmonares direita. 
7. Veia Cava Superior. 
8. Valva pulmonar. 
9. Veia cardíaca e artéria coronária direita. 
10. Valva tricúspide. 
11. Ventrículo direito. 
12. Veia cava inferior. 
13. Artéria subclávia esquerda. 
14. Arco aórtico. 
15. Artéria pulmonar esquerda. 
16. Veias pulmonares esquerdas. 
17. Átrio esquerdo. 
18. Veia Intraventricular anterior e Artéria Coronária esquerda. 
19. Valva Aórtica. 
20. Valva Mitral. 
21. Cordas Tendíneas. 
22. Brabéculas. 
23. Miocárdio. 
24. Epicárdio. 
25. Endocárdio. 
26. Ventrículo Esuqerdo. 
 
 
 
 
 
 
 78
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
13 
14 
15 
16 
17 
18 
19 
20 
21 
22 
23 
24 
25 
26 
 79
 
f) Esqueleto fibroso do coração: 
 
O tecido conectivo interno do coração é chamado de esqueleto fibroso. 
Funciona para estabilizar as células musculares cardíacas e as valvas, sustentar 
células musculares, vasos sanguíneos e nervos, distribuir as forças de contração, 
aumentar a resistência e a elasticidade isolando também fisicamente os átrios dos 
ventrículos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 80
12. Anatomia dos Vasos Linfáticos 
 
 O Sistema Linfático inclui uma 
rede de vasos linfáticos que 
transportam a linfa ( líquido 
semelhante ao plasma, mas com 
uma concentração menor de 
proteínas). Vários órgãos e tecidos 
linfáticos estão interconectados 
pelos vasos linfáticos. Isto é 
funciona como um sistema de 
drenagem que transporta para o 
sistema venoso as macromoléculas 
que não são capitadas pelos 
capilares venosos. 
 
12.1. Função 
 
 Este sistema produz, mantém 
e distribui os linfócitos (célula que 
atacam organismos invasores, 
células anômalas e proteínas 
estranhas). Ajuda a manter o 
volume sanguíneo e eliminar as 
variações locais na composição do 
líquido intersticial. As estruturas 
linfáticas podem ser classificadas 
como primárias (contendo células-tronco) ou secundárias ( contendo 
linfócitos imaturos ou ativados). 
 
 
Fig 14 
 81
12.2. Capilares linfáticos. 
 
 Conduzem a linfa desde os tecidos periféricos até o sistema venoso. A linfa 
flui de uma rede de vasos linfáticos que se originam no capilares linfáticos 
(terminais linfáticos). As células endoteliais de um capilar linfáticos se sobrepõem 
para atuar como válvulas unidirecionais, evitando que o líquido retorne para os 
espaços intercelulares. 
 
12.3 Órgãos linfáticos 
 
• Amígdalas (tonsilas); 
• Adenóides; 
• Baço; 
• Linfonodos ( nódulos linfáticos) 
• Timo (tecido conjuntivo reticular linfóide: rico em linfócitos). 
 
Amígdalas (tonsilas palatinas): produzem linfócitos. 
Timo: órgão linfático mais desenvolvido no período prenatal, involui 
desde o nascimento até a puberdade. 
 
Linfonodos ou nódulos linfáticos: órgãos linfáticos mais numerosos 
do organismo, cuja função é a de filtrar a linfa e eliminar corpos estranhos que 
ela possa conter, como vírus e bactérias. Nele ocorrem linfócitos, macrófagos 
e plasmócitos. A proliferação dessas células provocada pela presença de 
bactérias ou substâncias/organismos estranhos determina o aumento do 
tamanho dos gânglios, que se tornam dolorosos, formando a íngua. 
Baço: órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto na 
circulação sangüínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo 
fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, 
destroem micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do 
 82
sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e 
plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro 
desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta 
imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns 
cientistas, um grande nódulo linfático. ( Fig 14) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 83
13. Sistema Respiratório 
 
O sistema respiratório inclui o nariz, a cavidade nasal e os seios 
paranasais, a faringe, a laringe, a traquéia e os ductos condutores menores que 
levam às superfícies de difusão gasosa dos pulmões. 
O trato respiratório consiste em vias aéreas que conduzem o ar para e a 
partir das referidas superfícies de difusão. Pode ser dividido em uma parte 
condutora e uma parte respiratória. 
Parte Condutora: se estende da entrada da cavidade nasal até os menores 
bronquíolos dos pulmões. 
Parte respiratória: dos bronquíolos com seus delicados alvéolos, onde 
ocorre a difusão gasosa. 
 
13.1 Parte superior do sistema respiratório 
 
 
 Consiste em nariz, cavidade nasal, seios paranasais e faringe. Essas vias 
de passagem filtram, aquecem e umedecem o ar, protegendo as superfícies mais 
delicadas de difusão e condução contra resíduos, patógenos e condições 
ambientais extremas. 
13.1.1 O Nariz: é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua 
parte exterior denominada nariz externo, compreendendo: a raiz, o dorso, 
asa, narina e ápice. (Fig 15 ). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Raiz 
Dorso 
Asa Ápice 
Fig 15 
Narina 
 84
O ar entra no sistema respiratório, através de suas narinas e em 
seguida temos a cavidade nasal, esta por sua vez é delimitada pelos 
tecidos flexíveis do nariz e sustentado por duas finas cartilagens laterais e 
dois pares de cartilagens alares. 
O epitélio do nariz contém pêlos, para capturar impurezas presente no ar. 
O septo nasal separa as partes direita e esquerda da cavidade nasal. A 
parte óssea do septo nasal é formada pela lâmina perpendicular do osso 
etnóide e pelo vômer, que se articulam. 
 Os seios paranasais produzem uma secreção mucosa. 
A faringe é uma conecção de vis de passagem ou câmara comum do nariz, 
da boca e da laringe. 
 
13.2 Parte inferior do sistema respiratório 
 Inclui a laringe, a traquéia, os brônquios e os pulmões. 
 A laringe inicia-se no nível da vértebra CIV ou CV e termina no nível 
da vértebra CVII, possui paredes cartilagíneas sendo estabilizada por 
ligamentos ou por músculos estriados esqueléticos, ou ambos. 
A traquéia segue com o mesmo epitélio da laringe. Sendo um tubo 
flexível e resistente, possui um diâmetro de 2,5 cm e comprimento de 11cm. 
O início da traquéia situa-se anteriormente à vértebra CVI, e sua 
terminação se dá ao nível da vértebra T V, onde uma bifurcação marca a 
origem dos brônquios. 
Os brônquios principais ou primários direito e esquerdo. Situam-se 
fora dos pulmões e são denominados brônquios extrapulmonares. O 
brônquio principal direito têm um diâmetro maior que o esquerdo. Cada 
brônquio principal dirige-se a uma região de acesso na face mediastinal do 
pulmão correspondente. 
 
 
 
 
 85
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 86
 Os pulmões direito e esquerdo estão situados na cavidade torácica, 
envoltos pelas cavidades pleurais. Tem formato de cone com a extremidade 
superior arredondada, chamada de ápice do pulmão. O ápice do pulmão se 
estende até a região da base do pescoço, superiormente a primeira costela. A 
porção inferior, côncava e ampla, ou base do pulmão, apóia-se na superfície 
superior do diafragma. 
13.3 Os lobos dos pulmões: são separados por fissuras. 
O pulmão direito é maior que o pulmão esquerdo, porque a maior parte do 
coração e grandes vasos projeta-se em direção à cavidade pleural esquerda. 
Entretanto o pulmão esquerdo é mais longo que o direito, pois o diafragma eleva-
se mais do lado direito para acomodar o fígado na cavidade abdominal. 
 
O pulmão direito apresenta três lobos, 
1. Lobo superior; 
2. Lobo médio; 
3. Lobo inferior. 
Com uma fissura oblíqua separando os lobos superior e inferior e uma 
fissura horizontal separando o lobo superior do lobo médio. O pulmão 
direito também apresenta três brônquios lobares: 
4. Brônquio lobar superior; 
5. Brônquio lobar médio; 
6. Brônquio lobar inferior. 
 
O pulmão esquerdo apresenta dois lobos: 
7. Lobo superior; 
8. Lobo inferior. 
Separados por uma fissura oblíqua. 
 O pulmão esquerdo apresenta dois brônquios lobares: 
9. Brônquio lobar superior; 
10. Brônquio lobar inferior; 
 
 
 87
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cada brônquio principal dirige-se a uma região de acesso na face 
mediastinal do pulmão correspondente. 
 
Os Bronquíolos 
 
 Cada brônquio segmentar ramifica-se diversas vezes no interior do 
segmento broncopulmonar, originando aproximadamente 6.500 bronquíolos 
terminais menores, com diâmetro de 0,3 a 0,5 mm. 
 Cada bronquíolo terminal conduz ar a um único lóbulo pulmonar. No interior 
do lóbulo, o bronquíolo terminal divide-se para formar vários bronquíolos 
respiratórios, que são mais finos e delicados ramos da árvore bronquial e 
conduzem o ar às superfícies de difusão gasosa dos pulmões. Estes são 
conectados a alvéolos individuais e a múltiplos alvéolos ao longo de regiões 
1 
5 
4 
3 
2 
6 
7 
8 
10 
9 
 88
denominadas dúctulos alveolares . Essas passagens de ar terminam em sáculos 
alveolares. Existe uma rede de vasos capilares associada a cada alvéolo, os 
vasos capilares que o envolvem são envolvidos por uma rede de fibras elásticas, 
ajudando assim a manter as posições relativas dos alvéolos e dos bronquíolos 
respiratórios.89
 
13.4 Faces do pulmão 
 
 As superfícies anterior, lateral e posterior do pulmão, de contorno convexo, 
acompanham a curvatura da caixa torácica, constituindo a face costal e esta vai 
desde o esterno até as vértebras torácicas. 
A face mediastinal (medial) contém o hilo do pulmão e apresenta formato mais 
irregular, pois nestes locais existem impressões que marcam os lugares dos 
grandes vasos e do coração. É então o local onde penetram as estruturas dos 
brônquios, artérias pulmonares e veias pulmonares. 
A face diafragmática, é o local onde o pulmão repousa no diafragma. 
 
Confira os Lobos e as Faces dos pulmões a seguir: 
 
 
Pulmão Direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Face costal 
Face diafragmática 
Face mediastinal 
 90
Pulmão Esquerdo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 91
 
 
O mediastino é medial aos pulmões; estende-se do esterno à coluna vertebral e 
do pescoço ao diafragma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 92
14. Sistema Nervoso 
 O sistema nervoso está entre os menores sistemas orgânicos, em termos 
de peso corporal, porém sem dúvida é o mais complexo. 
Ele controla as funções orgânicas e a integração ao meio ambiente. Ou 
seja, ele não só controla e coordena as funções de todos os sistemas do 
organismo como também, ao receber os devidos estímulos, é capaz de interpretá-
los e desencadear respostas adequadas a eles. Muitas funções do sistema 
nervoso dependem da vontade e muitas outras ocorrem sem que se tenha 
consciência delas. 
O sistema nervoso é dividido em: 
• sistema nervoso central (SNC): é a porção de recepção de estímulos, de 
comando e desencadeadora de respostas, formado pelo encéfalo e pela 
medula espinhal, protegidos, respectivamente. pelo crânio e pela coluna 
vertebral. O encéfalo apresenta três partes (cérebro, cerebelo e tronco 
encefálico). O tronco encefálico também tem três divisões: mesencéfalo, 
ponte e bulbo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 93
• sistema nervoso periférico (SNP): constituído pelas vias que conduzem os 
estímulos ao sistema nervoso central ou que levam até aos órgãos 
efetuadores as ordens emanadas da porção central, formado pelos nervos 
cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 94
14.1 Estrutura geral do SNC 
O SNC vamos iniciar pelas sua estrutura embriológica. O cxérebro origina-
se do tubo neural que, na sua extremidade cranial, apresenta três dilatações, 
denominadas vesículas primordiais: 
• Prosencéfalo: com o decorrer do desenvlvimento, as porções laterais 
do prosencéfalo aumentam desproporcionalmente e acabam por 
recobrir a porção central. Originando o telencéfalo e o diencéfalo. 
• Mesencéfalo: desenvolveu-se sem subdividir-se e a luaz permanece 
como um canal estreitado. 
• Rombencéfalo: subdivide-se em metencefalo e mielencéfalo, neste 
último a luz dilata. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 95
14.2 O Sistema Nervoso Central 
O SNC divide-se em encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao 
telencéfalo (hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo), 
cerebelo, e tronco cefálico, que se divide em: BULBO, situado caudalmente; 
MESENCÉFALO, situado cranialmente; e PONTE, situada entre ambos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A) TELENCÉFALO ou CÉREBRO 
O encéfalo humano contém cerca de 35 bilhões de neurônios e pesa 
aproximadamente 1,4 kg. O telencéfalo ou cérebro é dividido em dois 
hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos. Nestes, situam-se as sedes da 
memória e dos nervos sensitivos e motores. 
 Entre os hemisférios, estão os VENTRÍCULOS CEREBRAIS 
(ventrículos laterais e terceiro ventrículo); contamos ainda com um quarto 
ventrículo, localizado mais abaixo, ao nível do tronco encefálico. São 
reservatórios do LÍQUIDO CÉFALO-RAQUIDIANO, (LÍQÜOR), participando na 
nutrição, proteção e excreção do sistema nervoso. 
Em seu desenvolvimento, o córtex ganha diversos sulcos para permitir 
que o cérebro esteja suficientemente compacto para caber na calota craniana, 
que não acompanha o seu crescimento. Por isso, no cérebro adulto, apenas 
1/3 de sua superfície fica "exposta", o restante permanece por entre os sulcos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A superfície do cérebro apresenta sulcos chamados cissuras. Os sulcos 
dividem a superfície do cérebro em regiões que se chamam circunvoluções 
cerebrais. A maior das cissuras é a inter-hemisférica, que divide o cérebro nos 
dois hemisférios cerebrais. 
Sulcos - são depressões que delimitam os giros, diferente das fissuras 
(cerebelo) que são sulcos mais profundos. 
a - Sulco central; 
b - Sulco lateral; 
c - Sulco parieto-occipital; 
d - Incisura pré-occipital; 
Lobos - relacionam-se com os ossos do crânio, a divisão em lobos apesar 
da grande importância clínica não corresponde a uma divisão funcional. 
a. Lobo frontal ; 
b. Lobo parietal ; 
c. Lobo occipital ; 
d. Lobo temporal; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A 
substância cinzenta é formada pelos corpos dos neurônios e a branca, por 
seus prolongamentos. Com exceção do bulbo e da medula, a substância 
cinzenta ocorre mais externamente e a substância branca, mais internamente. 
O SNC é heterogêneo quanto à distribuição dos corpos dos neurônios e de 
seus prolongamentos. As regiões onde predominam os corpos neuronais são 
chamadas de substância cinzenta. Outras regiões contêm, predominantemente, 
prolongamentos neuronais (em especial seus axônios). Estes prolongamentos 
são, muitas vezes, revestidos por mielina, o que lhes dá coloração mais pálida, daí 
a denominação de substância branca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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No cérebro e no cerebelo a estrutura geral é a mesma: uma massa de 
substância branca, revestida externamente por uma fina camada de substância 
cinzenta e tendo no centro massas de substância cinzenta constituindo os núcleos 
(acúmulos de corpos neuronais dentro do SNC). 
 Na medula, a substância cinzenta forma um eixo central contínuo envolvido 
por substância branca, enquanto no tronco encefálico a substância cinzenta 
central não é contínua, apresentando-se fragmentada, formando núcleos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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B) Meninges 
A proteção ao SNC dada pelo crânio e pela coluna é acentuada reforçada 
pela presença de lâminas de tecido conjuntivo, as meninges, que são, de fora para 
dentro: dura-máter, aracnóide e pia-máter. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A dura-máter é a mais espessa delas. No crânio está associada ao 
periósteo da face interna dos ossos, enquanto entre ela e a coluna vertebral existe 
um espaço, o espaço extradural (ou epidural). A pia-máter é a mais fina e está 
intimamente aplicada ao encéfalo e à medula espinhal.

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