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DIREITO MEDIEVAL
QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO:
GRANDE EXTENSÃO TERRITORIAL QUE DIFICULTAVA O CONTROLE MILITAR;
QUEDA NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
AUMENTO DOS CONFLITOS POPULARES
CRESCIMENTO DO CRISTIANISMO
AUMENTO DA CORRUPÇÃO
IDADE MÉDIA
SÉC V AO SEC XV (476 A 1453)
ATÉ 0 IX – ALTA IDADE MÉDIA
DO IX AO XV – BAIXA IDADE MÉDIA
Direito Medieval:
 Direito Feudal (aplicado pelo senhor feudal no seu feudo) 
 Direito Canônico (aplicado pela Igreja Católica Romana em toda a Cristandade). 
O discurso jurídico canônico se materializou no Tribunal da Santa Inquisição (oficializado pelo Papa em 1231).
OS DIREITOS DA IDADE MÉDIA
Direito Germânico: 
Para os Germanos não existem Estado nem cidades do tipo romano, mas comunidades: tribo, clã efamília, que são as estruturas da sua vida política e social. A tribo, comunidade de família e da aldeia é dirigida por uma aristocracia de nascimento ou de valor , que possui a maior parte da terra .
O direito dos povos germânicos era basicamente consuetudinário e, como o termo germânico engloba uma série de povos com costumes semelhantes, porém não iguais, é forçoso falar em direitos germânicos, pois cada tribo tinha sua própria tradição.
.•A maior parte das tribos germânicas, mesmo escrevendo suas leis (após a invasão do Império Romano), não vai procurar impô-las aos romanos, o burgúndio será julgado segundo a tradição burgúndia, o visigodo segundo sua legislação, o romano pela Lex Romana e assim por diante. Isto é chamado “Personalidade das Leis” – cada qual leva consigo, para onde quer que vá ou qualquer que seja o soberano, o estatuto jurídico de sua tribo de origem.
Direito Canônico
•Direito Canônico é o nome dado ao Direito da Igreja Católica e é chamado de canônico por causa da palavra “cânon”, que, em grego, significa regra. 
Ele existe até hoje (e é atualizado de tempos em tempos). Este direito foi importantíssimo durante a Idade Média, muito por causa da própria importância da Igreja, muito por ser escrito. O fato de ser escrito dava a este direito a primazia em muitos locais da Europa, visto que a oralidade imperava em um período de analfabetos.
.•As fontes do Direito Canônico são;
ius divinum (conjunto de regras que podem ser extraídas da Bíblia, dos escritos dos doutores da igreja).
A própria legislação canônica (formada pelas decisões dos Concílios e dos escritos dos papas – chamados decretais),
os costumes e os princípios recebidos do direito romano.
Para se obter justiça, na Idade Média, recorria-se aos ordálios (baseado em um tipo de prova chamada “irracional”, que não pode ser explicado pela razão. Neste tipo de provas irracionais se recorre a uma divindade), que poderiam ser unilaterais ou bilaterais, dependendo se uma parte ou as duas partes do processo tomavam parte da consulta. 
O Direito Romano
Foi largamente aplicado o Princípio da Personalidade das Leis, através da qual o Direito Romano continuou a ser aplicado para os romanos e o Direito Germânico para os invasores. Entretanto ele foi descartado ou pouquíssimo utilizado, onde a romanização não foi profunda, dando lugar ao Direito Germânico.
Nas áreas muito romanizadas, como as Penínsulas Ibérica e Itálica, o Direito Romano suplantou o Direito Germânico, este último aparecendo apenas como elemento de atualização de costumes
Na Europa Oriental (Bizâncio) o Direito Romano continuou a ser utilizado durante toda a Idade Média. 
No lado ocidental, a partir do século XII na Itália e nos séculos seguintes em toda a Europa, houve um “Renascimento” do Direito Romano, visto que, com a formação das Monarquias Nacionais, os recém centralizados países necessitavam de legislações escritas e organizadas e, desta forma, a possibilidade mais plausível era apoiar-se no Direito Romano.
A inquisição
 Durante a Idade Média a Inquisição era o tribunal especial para julgar e condenar os hereges, pessoas ou grupos que acreditavam em um catolicismo considerado “desviado” ou praticavam atos que, naquele período em que a superstição reinava, eram indicados como bruxaria ou feitiçaria
•O processo inquisitorial não era diferente em nada do processo comum da idade Média e idade Moderna.
O Direito de acusar pertencia somente a parte lesada(o indivíduo ou no caso deste ter morrido, um membro de sua família) e sem que houvesse queixa era impossível instaurar o processo.
A primeira etapa do processo inquisitorial era ouvir os boatos. (Deus recompensaria aqueles que entregassem os hereges e outros desviantes ao Inquisidor.)
 Depois, os suspeitos eram interrogados. Havia um manual que regulamentava os interrogatórios e demais procedimentos inquisitoriais: o Manual dos Inquisidores. Se o suspeito vacilasse em suas respostas, se ele dissesse uma coisa e depois outra, ele poderia ser torturado para que confessasse. 
A condenação poderia vir com confissão ou sem confissão. Às vezes as provas eram tantas que já condenavam o réu sem confissão. A confissão era a prova mais importante e na maioria das vezes, ela era obtida por meio da tortura. Não havia advogado de defesa. Quem se defendia era o próprio acusado.
•O julgamento era tal e qual um duelo de fato, o acusador e o acusado batiam-se verbalmente, e reconhecia-se a razão daquele que vencesse o embate.
•Não havia qualquer intenção de considerar as pessoas iguais perante a lei, isto apesar deste conceito não poder ser desconhecido pelos homens medievais ou, pelo menos para os estudiosos da Idade Média, visto que, está na Bíblia, que todos devem ser tratados igualmente diante da justiça. E a Bíblia é, com certeza, o livro mais conhecido na Idade Média.
A tortura
A tortura não era aplicada a nobres e penas para plebeus e nobres eram diferenciadas.
•As penas eram extremamente variadas. Não se utilizava a prisão, já que não existiam prédios para tais fins. A primeira prisão é de 1595 em Amsterdã.
•As penas de morte eram impostas, entre outras formas pelo esquartejamento, fogo, roda, forca e decapitação.
•As penas eram formas de vingança e não formas de inserir o indivíduo novamente na sociedade.
As penas mais leves iam desde penitências, orações, penas pecuniárias (em dinheiro), até os chamados “Autos de fé”, que eram procissões em que os condenados eram obrigados a participar vestidos de branco e com velas nas mãos, de forma que todos pudessem ver quem eles eram.
Contribuição do processo inquisitorial para a racionalização do direito penal
Embora fosse um sistema ligado à Igreja e ao “Sagrado”, o procedimento de investigação era bastante racional. 
os processos eram todos registrados por escrito.
 Havia investigação, depoimentos de testemunhas e um sistema de provas muito sofisticado para a época. 
 O testemunho ocular de duas pessoas era uma prova plena e podia levar facilmente à condenação. Vários indícios podiam se tornar uma meia prova ou prova semiplena. Duas provas semiplenas podiam se tornar uma plena.

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