Buscar

Anatomia - Sistema Genital

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
106 
 
www.medresumos.com.br 
 
 
SISTEMA GENITAL 
 
 A reprodução humana é o evento biológico responsável pela perpetuação da espécie Humana. Os órgãos 
envolvidos com essa função se reúnem para constituir o Sistema Genital. Na Espécie Humana, em razão do 
Dimorfismo Sexual, identificamos dois conjuntos desses órgãos denominados: Sistema Genital Masculino; e Sistema 
Genital Feminino. 
 
 
SISTEMA GENITAL MASCULINO 
 O sistema genital masculino pode ser dividido em órgãos internos e externos. 
 Órgãos genitais masculinos Internos: 
 Testículo 
 Epidídimo 
 Ducto deferente 
 Ducto ejaculatório 
 Uretra prostática e membranosa 
 Próstata 
 Glândula seminal 
 Glândula bulbouretral 
 
 Órgãos genitais masculinos externos: 
 Pênis e uretra esponjosa 
 Escroto 
 
TESTÍCULO 
O testículo é um órgão par, de formato ovoide, responsável pela espermatogênese. Está localizado, ao 
nascimento, em uma bolsa musculo-cutânea denominada escroto, presa à região anterior do períneo, logo por trás do 
pênis. 
Suas principais funções são: 
 Espermatogênese: produção das células reprodutivas masculinas, os espermatozoides. Temperatura requerida 
35 graus. 
 Endócrina: produz e secreta para o sangue o hormônio testosterona, responsável pelo desenvolvimento dos 
caracteres sexuais secundários. 
 
É dividido, para estudo anatômico, em: 
 Faces medial (plana) e lateral (convexa) 
 Margens anterior e posterior 
 Polos superior e inferior 
Arlindo Ugulino Netto; Prof. Roberto Guimarães Maia. 
ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
107 
 
www.medresumos.com.br 
 
A coloração do testículo é branco nacarado, devendo-se à cápsula conjuntiva que o reveste, denominada túnica 
albugínea. Esta túnica envia séptulos para seu interior subdividindo-o em lóbulos. Devemos identificar as seguintes 
estruturas no testículo: 
 Séptulos 
 Lóbulos 
 Túbulos seminíferos contorcidos e retos 
 Rede testicular 
 Dúctulos eferentes 
 Mediastino do testículo: hilo 
 
 
OBS: Produção, condução e Armazenamento dos espermatozoides: 
 
 
EPIDIDIMO 
O epidídimo é um órgão tubular localizado sobre a margem posterior do testículo com função de armazenar os 
espermatozoides até o momento da ejaculação. 
 Está dividido, anatomicamente, em: 
 Cabeça: porção dilatada do órgão, recebe os dúctulos eferentes trazendo os espermatozóides produzidos no 
testículo. 
 Corpo 
 Cauda: parte afilada do órgão e responsável por sua função. 
 
DUCTO DEFERENTE 
O ducto deferente é um longo e fino ducto, de paredes espessas, o qual continua a cauda do epidídimo, 
conduzindo os espermatozoides em direção à cavidade pélvica para desembocá-los no ducto ejaculatório. Tem 
comprimento aproximado de 30 cm, podendo ser facilmente palpado, compondo o funículo espermático, antes de 
penetrar através do anel inguinal superficial, no canal inguinal através do qual alcançará à pelve. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
108 
 
www.medresumos.com.br 
 
OBS: Canal inguinal: consiste em uma região anatômica 
em formado de um canal oblíquo, com 3 a 5 cm de 
extensão, o qual atravessa a parede do abdome, ligando, 
no homem, o escroto a cavidade pélvica. Este tubo abre-
se, inferiormente para o escroto através do anel inguinal 
superficial, e superiormente para a pelve pelo anel 
inguinal profundo. Através deste canal atravessam um 
conjunto de estruturas anatômicas denominado funículo 
espermático. 
 
 Hérnias inguinais: 
 Indireta: ocorre quando uma alça intestinal ou parte do omento maior sofre uma protrusão através do 
anel inguinal profundo e do canal inguinal, podendo alcançar o escroto, sendo portanto contida no 
interior do funículo espermático. Corresponde a 75% das hérnias inguinais. É de origem congênita. 
 Direta: ocorre quando um dos componentes abdominais sofre uma protrusão através da parede 
posterior do canal inguinal (mais especificamente, pelo “triângulo de Hasselbach”) para o seu interior, 
sendo independente do funículo espermático. Corresponde à 35% das hérnias inguinais. É adquirida. 
 
FUNÍCULO ESPERMÁTICO 
O funículo espermático consiste no conjunto de estruturas anatômicas e seus envoltórios relacionadas ao 
testículo, os quais atravessam o canal inguinal. 
 Seus componentes são: 
 Ducto deferente 
 A. testicular 
 A. do ducto deferente 
 A. cremastérica 
 Plexo venoso anterior (pampiniforme) 
 Plexo venoso posterior 
 Ramo genital do N. Gênitofemoral 
 
O ducto deferente, após atravessar o 
anel inguinal profundo, separa-se dos outros 
componentes do funículo espermático, descendo 
pela parede lateral da pelve, sob o peritônio 
parietal. Após cruzar os vasos ilíacos cruza 
também o ureter, por diante, e segue 
medialmente para baixo em direção ao fundo da 
bexiga como um tubo dilatado, a ampola do 
ducto deferente. Ao alcançar o fundo bexiga 
situa-se por trás desta, por diante do reto, e 
medialmente a vesícula seminal correspondente. 
Por fim dirige-se para a base da próstata, onde 
seu calibre estreita-se para unir-se em ângulo 
agudo com o ducto da glândula seminal. 
 
 
 
 Vasectomia: é um método cirúrgico comum para esterilizar 
homens. São realizadas incisões na parte superior do escroto e os ductos 
deferentes são localizados, incisados, e ligados em dois pontos. A produção 
dos espermatozoides continua normal, porém, eles não alcançam os ductos 
ejaculatórios e a uretra. Assim o líquido ejaculado consiste apenas das 
secreções das glândulas anexas. Os espermatozoides não expelidos 
degeneram no epidídimo e parte proximal do ducto deferente. 
 
 
 
DUCTO EJACULATÓRIO 
É um curto ducto de 2cm de comprimento constituído pela fusão entre o ducto deferente e o ducto da glândula 
seminal. Começa na base da próstata e terminam ao desembocar o sêmen na porção prostática da uretra a cada lado 
do utrículo, em uma dilatação da crista uretral denominada de colículo seminal. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
109 
 
www.medresumos.com.br 
 
 
URETRA MASCULINA 
A uretra masculina tem a função de conduzir a urina e o sêmen. É mais longa que a feminina e apresenta 
curvaturas que devem ser respeitadas durante passagem das sondas vesicais. Suas divisões são: 
 Prostática (cerca de 4cm): inicia no óstio interno da uretra, em nível do colo da bexiga, atravessando toda a 
próstata da base ao ápice. Nesta porção, identificamos uma elevação mediana, a crista uretral, sendo que, em 
sua parte média identificamos o colículo seminal, onde desembocam os ductos ejaculatórios. A cada lado da 
crista e do colículo identificamos um sulco, o seio prostático, no qual desembocam os ductos das glândulas 
prostáticas. 
 Membranosa (1 cm): é a menor porção da uretra, ligando a uretra prostática e esponjosa entre si. Além de 
menor, é também o segmento mais estreitado da uretra. Atravessa o diafragma urogenital, sendo circundada 
pelo M. esfíncter da uretra (que dá o controle voluntário à micção). Curva-se anteriormente para penetrar no 
corpo esponjoso do pênis. Esta curvatura associada a sua pouca espessura faz com que seja suscetível a 
ruptura, como por exemplo, na passagem de uma sonda sem a necessária habilidade. 
 Esponjosa: é a maior porção da uretra. Atravessa o bulbo, corpo e glande do corpo esponjoso do pênis. Em sua 
passagem pelo bulbo desembocam os óstios dos ductos das glândulas bulbo-uretrais. Em nível da glande 
apresenta uma dilatação, a fossa navicular. Na glande abre-se para o meio externo através do óstio externo 
da uretra. Normalmente curva, torna-se retilínea na ereção. 
 
GLÂNDULAS/VESÌCULAS SEMINAIS 
É um órgão membranoso, par, com 
fundo cego voltado superiormente, e sua 
extremidade inferior afilada para constituir o 
seu ducto. Cada vesícula apresenta em média 
7,5cm de comprimento. Tem como função a 
elaboração do líquido seminal para ser 
adicionadoaos espermatozoides 
Estão situadas entre o fundo da 
bexiga e o reto, com sua extremidade superior 
divergente em relação com o ducto deferente, 
e as extremidades inferiores para a base da 
próstata. 
 
PRÓSTATA 
A próstata é um órgão impar e 
mediano, de natureza mista: parte glandular e 
parte muscular. No adulto a próstata mede 30 
mm de altura, 40mm de largura e 25mm de 
espessura. Seu peso corresponde à 20g. 
Quanto a sua forma, assemelha-se a 
um cone curto, achatado no sentido 
anteroposterior e apresentando seu ápice 
arredondado. Sua base está voltada para 
cima em relação direta com o colo da bexiga, 
e seu ápice está voltado para baixo em 
contato com o diafragma urogenital. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
110 
 
www.medresumos.com.br 
A função da próstata baseia-se na secreção prostática, que corresponde a 20% do volume do sêmen, e é 
responsável por ativar os espermatozoides, neutralizar a acidez presente na uretra masculina e na vagina, dar a 
aparência láctea ao sêmen e também lhe conferir o odor característico, semelhante ao odor de castanhas frescas. 
A localização está localizada na cavidade pélvica, por baixo da bexiga, por cima do diafragma pélvico, por trás 
da sínfise púbica, por diante do reto, através do qual pode ser facilmente palpada. Envolve a uretra prostática e o ducto 
ejaculatório. 
A próstata apresenta para estudo 
anatômico as seguintes porções: base, 
ápice, faces, posterior, anterior, e 
inferolaterais. 
 Base: em relação com o colo da 
bexiga, é atravessada em sua 
parte central pela uretra. 
 Ápice: repousa sobre o M. 
esfíncter da uretra, sendo 
circundado pelas margens 
mediais dos Mm. Levantadores 
do ânus. 
 Face Posterior: repousa sobre a 
ampola do reto, podendo ser 
palpada através do reto. É 
dividida em dois lobos através de 
um sulco mediano. Nela 
penetram os ductos ejaculatórios. 
 
 Exame físico prostático: o toque 
retal fornece informações sobre o 
volume, consistência, presença 
de irregularidades, limites, 
sensibilidade e mobilidade da 
próstata. Devido à íntima relação 
anatômica entre a próstata e o 
reto, torna-se fácil o acesso á 
glândula através do mesmo. A 
consistência normal da próstata é 
semelhante à da cartilagem alar 
maior, a da ponta do nariz. 
 
PÊNIS 
 O pênis é o órgão de cópula masculino, impar, de aspecto cilíndrico em estado de flacidez, porém durante a 
ereção torna-se prismático triangular. Representa órgão comum para saída do sêmen e urina. É formado por três 
cilindros de tecido erétil – corpo esponjoso e os corpos cavernosos – delimitados por tecido fibroso, e revestidos por 
pele, fina, pigmentada, e distensível. Está localizado por cima do escroto, entre a sínfise púbica e o ânus. 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
111 
 
www.medresumos.com.br 
 
Apresenta para estudo anatômico uma raiz e um corpo. 
 Raiz: é representada pelo bulbo e pelos ramos do pênis, formações correspondentes as extremidades 
posteriores das estruturas eréteis do pênis. Está fixa pelos ramos aos ossos da pelve, e através do bulbo ao 
diafragma pélvico. 
 Corpo: corresponde a parte livre, pendente do pênis, sendo constituída pela demais porções dos corpos 
cavernosos e esponjoso, e recoberta por pele. 
 
Os Tecidos Eréteis são formações lacunares as quais se enchem de sangue durante a ereção, e assim 
conferem ao pênis a rigidez exigida para a cópula. É representado pelos corpos cavernosos e esponjoso. 
 Corpos Cavernosos: são estruturas pares, unidas anteriormente para formar o corpo do pênis, posteriormente 
divergem entre si constituindo os ramos do pênis, através dos quais fixam o órgão aos ossos ísquio e pube. Sua 
extremidade anterior é arredondada e se ajusta à base da glande. 
 Corpo Esponjoso: estrutura impar, atravessada em toda sua extensão pela uretra esponjosa. Apresenta duas 
extremidades, uma distal, a Glande, e outra proximal, o Bulbo. Aloja-se em um sulco da superfície inferior dos 
corpos cavernosos. 
 
Dentre outras estruturas do pênis, temos: 
 Glande: apresenta um aspecto cônico. Está ajustado sobre a extremidade anterior dos corpos cavernosos. 
Superiormente apresenta uma margem saliente e arredondada, a coroa da glande. Proximalmente a coroa há 
uma constrição, o colo da glande, em nível do ápice da glande nota-se uma abertura em fenda, o óstio externo 
da uretra. Possui grande concentração de terminações nervosas, por isso é importante para a estimulação física 
do pênis durante a cópula. 
 Prepúcio: corresponde a uma dupla camada de pele, a qual recobre a glande em toda sua extensão. O Frênulo 
do prepúcio é uma prega mediana que parte da porção inferior da camada profunda do prepúcio para a glande, 
fixando-se nas proximidades do óstio da uretra. 
 Bulbo: corresponde a dilatação proximal do corpo esponjoso, de forma cônica. Está fixado ao diafragma 
urogenital através de uma cápsula fibrosa denominada ligamento do bulbo. Neste segmento do corpo esponjoso 
penetra a uretra para em seguida atravessá-lo por toda sua extensão. O bulbo do pênis entra na constituição da 
raiz do pênis fixando-o na pelve. 
 
 Fimose: é uma condição verificada quando o prepúcio apresenta um estreitamento acentuado, sendo 
impossibilitado de deslizar posteriormente sobre a glande, fazendo com que a mesma permaneça sempre 
recoberta. Essa alteração dificulta a higiene, e normalmente causa desconforto durante a cópula. A correção da 
fimose se dá através de um processo cirúrgico, com anestesia local, denominado postectomia. 
 
ESCROTO 
 O escroto consiste em uma bolsa músculo-cutânea, impar e mediana, responsável por conter, os testículos, os 
epidídimos, e a porção inicial dos ductos deferentes. Está localizado por trás do pênis, por diante e abaixo da sínfise 
púbica. Está aderido à região púbica, ao períneo, região inguinal, e ao pênis. 
 
OBS: A palavra “escroto” provém do latim scrotum (bolsa) e refere o saco, a bolsa cutânea que envolve os testículos. A 
expressão “bolsa escrotal” não pode ser considerada um erro, pois o adjetivo escrotal restringe, especifica o significado 
de bolsa. Ou seja, visto existirem vários tipos de bolsas, essa refere-se unicamente à bolsa que envolve os testículos. 
 
O escroto é constituído de Pele e uma túnica muscular lisa, a túnica 
dartos. 
 Pele: fina, bem pigmentada e apresenta pelos após a puberdade, é 
marcada por uma crista mediana, a Rafe do escroto, a qual 
corresponde ao septo que, internamente, subdivide está bolsa em dois 
compartimentos. 
 Túnica Dartos: está firmemente aderida à pele, sua contração modifica 
o aspecto do escroto, tornando-o curto e enrugado. A contração da 
Túnica Dartos também é importante para a espermatogênese, pois 
possibilita uma temperatura constante (35
o
C) para os testículos. 
 
Internamente, em um corte axial, é possível observar o septo do 
escroto, um tabique mediano responsável por subdividir o escroto em dois 
compartimentos, cada um deles contendo um dos testículos, um epidídimo e o 
correspondente ducto deferente. 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
112 
 
www.medresumos.com.br 
SISTEMA GENITAL FEMININO 
O sistema genital feminino pode ser dividido em órgãos internos e externos. 
 Órgãos genitais femininos internos: 
 Ovários 
 Tubas Uterinas 
 Útero 
 Vagina 
 
 Órgãos genitais femininos externos: 
 Pudendo Feminino 
 
OVÁRIOS 
O ovário é um órgão par, com 3 cm de comprimento; 2cm de largura; e 1,5cm de espessura. Apresenta forma 
comparável a de uma amêndoa. Antes da Ovulação, apresenta cor rosada e aspecto liso; após Sucessivas Ovulações, 
cor acinzentada e aspecto rugoso. 
 Suas funções são: 
 Produção dos Óvulos 
 Produção e Secreção dos Hormônios: estrogênios e Progesterona. 
 
OBS: 
 Corpo Lúteo: se origina após a ovulação. 
 Corpo Albicans: cicatriz fibrosa resultado da regressão do corpo lúteo. 
 
Apresenta para Estudo Anatômico: 02Faces; 02 Margens; e 02 Extremidades. 
 Face Medial 
 Face Lateral 
 Margem Livre 
 Margem mesovárica: presa a uma expansão do Lig. Largo do Útero, o Mesovário. Esta margem representa o 
Hilo do Ovário, por onde passam as Aa. e Vv. Ováricas. 
 Extremidade Tubária: voltada para cima, está dirigida para Tuba Uterina. 
 Extremidade Uterina: Voltada para baixo, está dirigida para o Útero. 
 
Está localizado na cavidade pélvica, por trás do ligamento largo do útero, e logo abaixo da tuba uterina. Os 
Ovários não apresentam revestimento Peritonial. Os meios de fixação do ovário são: 
 Lig. Suspensor do Ovário: une o Ovário a parede da Pelve. 
 Lig. Útero-Ovárico (Ligamento próprio do ovário): une o Ovário ao Útero. 
 
TUBAS UTERINAS 
É um órgão par, de forma tubular, implantadas no ângulo Látero-Superior do Útero, e do ponto de Implantação, 
se estendem lateralmente em direção às paredes da Pelve. Apresentam um calibre irregular, e 10cm de extensão. 
Além de sua ligação ao Útero, as Tubas Uterinas apresentam como meio de fixação uma prega do Ligamento 
Largo do Útero, a mesosalpinge. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
113 
 
www.medresumos.com.br 
Comunicações: 
 Com a Cavidade Uterina: através do Óstio Uterino da Tuba. 
 Com a Cavidade Peritoneal: através do Óstio Abdominal da Tuba. 
 
ÚTERO 
O útero é um órgão oco, em forma de pera, 
impar e mediano. É predominante muscular, o que 
favorece a sua função, pois cabe ao mesmo, abrigar 
e proteger o zigoto, e ainda acompanhar seu 
desenvolvimento durante todas as fases de sua 
evolução, até o nascimento. Durante o parto, o 
componente muscular ainda exerce importante papel 
na expulsão do novo ser vivo para o meio externo 
através do canal do parto. 
Está localizado no centro da Cavidade 
Pélvica, por trás da Bexiga Urinária, e por diante do 
Reto. Apresenta para estudo Anatômico as seguintes 
porções: Fundo; Corpo; Istmo; e Colo. 
 Fundo: corresponde a parte do órgão situada 
acima do ponto de implantação das Tubas 
Uterinas. Nas mulheres que já engravidaram 
apresenta aspecto convexo. 
 Corpo: é a principal porção do órgão, 
estende-se desde o ponto de implantação 
das tubas uterinas até uma região estreitada 
denominada istmo. Apresenta para estudo 02 
faces separadas através de duas margens 
laterais. 
o Face Anterior: plana 
o Face Posterior: abaulada 
 Istmo: apresenta-se como uma região estrangulada localizada abaixo do corpo. 
 Colo: é a porção mais inferior do Útero. Apresenta duas porções, a supravaginal e vaginal. A parte vaginal do 
colo, projeta-se na Vagina onde se abre através do óstio do útero. 
 
Na porção superior das margens do 
Útero se implantam as Tubas Uterinas. 
Neste nível encontramos os óstios uterinos 
das Tubas para comunicar a luz da Tuba 
com a cavidade uterina. 
 Quanto aos meios de fixação do 
útero, destacamos: 
 Ligamento Largo: prega de 
reflexão do Peritônio, que estende 
das paredes da Cavidade Pélvica 
até as Margens Laterais do Útero 
 Ligamento Redondo: cordões 
fibrosos, que partem de cada lado 
da margem lateral do útero, abaixo 
da implantação das tubas uterinas, 
para, através do canal inguinal, 
alcançarem a face profunda dos 
lábios maiores da vulva. 
 Ligamento Útero-Sacral: Partem 
da região inferior da face posterior 
do corpo do útero, até o Osso 
Sacro. 
 
 
Quanto à estratigrafia do útero, temos: 
 Perimétrio: Camada externa representada pelo Peritônio que Reveste o Útero. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
114 
 
www.medresumos.com.br 
 Miométrio: Camada Média, constituída por Músculo Liso. Corresponde a mais espessa das camadas que 
formam as paredes do Útero. Determina a elasticidade necessária para o órgão acompanhar o aumento do feto 
durante a gestação. 
 Endométrio: Camada Interna, mensalmente sofre modificações (torna-se mais espessa e vascularizada) para 
receber o Zigoto. Não havendo a fecundação essa modificações do Endométrio descamam e são eliminadas 
sobre a forma de Menstruação. 
 
A cavidade uterina apresenta um aspecto triangular com base superior, em nível do corpo, e fusiforme na 
região do colo. Nos ângulos superiores da cavidade Uterina identificamos os óstio uterinos das tubas. 
 
VAGINA 
A vagina é um tubo músculo-membranoso, impar e mediano, o qual Representa o Órgão de Cópula Feminino. 
Apresenta para estudo Anatômico 02 Paredes: Anterior e Posterior, justapostas. A parede Anterior da Vagina é mais 
curta, em razão de sua relação com o colo do útero. 
A Vagina se comunica superiormente com a cavidade do útero, através do óstio do útero, inferiormente se 
comunica com o meio externo, através do óstio da vagina. 
 
OBS: Nas virgens, o óstio da vagina é parcialmente fechado 
pela presença de uma membrana conjuntiva, de pouca 
espessura, revestida por mucosa, pobremente inervada e 
vascularizada, o hímen. Após a primeira relação sexual, o 
hímen é rompido (na maioria das mulheres), restando apenas 
seus fragmentos, as carúnculas himenais, em sua margem de 
inserção. 
 
PUDENDO FEMININO (VULVA) 
O pudendo (ou vulva) está representado pelas seguintes estruturas: 
 Monte Púbico: elevação mediana situada por diante da Sínfise Púbica. É constituída por tecido adiposo, 
revestido por cútis, na qual após a puberdade verifica-se a presença de pelos. 
 Lábios Maiores: duas pregas cutâneas alongadas, que delimitam entre si uma fenda mediana, a rima do 
pudendo. Os Lábios Maiores apresenta uma face medial lisa, e outra lateral com pelos após a puberdade. 
 Lábios Menores: duas pregas cutâneas 
lisas, situadas medialmente aos Lábios 
Maiores, delimitam entre si o vestíbulo da 
vagina, onde identificamos: 
 Óstio da uretra; 
 Óstio da vagina; 
 Óstios dos ductos das glândulas 
vestibulares. 
 Clitóris: órgão erétil feminino, homólogo ao 
pênis masculino. É constituído, por dois 
ramos fixos aos ramos inferiores dos púbis, 
unindo-se medianamente para formar o 
corpo do clitóris, terminando em uma 
dilatação anterior, a glande do clitóris, 
identificada, no ponto em que se unem 
superiormente os lábios menores. 
 Bulbo do Vestíbulo: Formado por duas 
massas pares de tecido erétil, situados 
profundamente aos Lábios Menores da 
Vulva, envolvidos pelo M. Bulbocavernoso. 
Quando cheios de sangue, dilatam-se e 
desta forma proporcionam maior contato 
entre o pênis e o Óstio da vagina. 
 
Destacamos, ainda, as glândulas anexas do pudendo feminino. Este conjunto de glândulas visa promover a 
lubrificação, tornando úmidos as estruturas associadas à cópula feminina, favorecendo assim a relação sexual. 
 Glândulas vestibulares maiores: glândula esférica, par, de tamanho próximo ao de uma ervilha, situadas 
profundamente no vestíbulo da vagina, onde abrem-se seus ductos. 
 Glândulas vestibulares menores: apresentam-se em número variável, com ductos diminutos, os quais se 
abrem no vestíbulo da vagina, entre o óstio da uretra e o óstio da vagina. 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
115 
 
www.medresumos.com.br 
RESUMO DA EMBRIOGÊNESE DO SISTEMA GENITAL 
Do ponto de vista embriológico, metade do material genético de cada sexo (23 cromossomos) se soma para 
formar um novo genoma. Dois desses cromossomos determinam a formação do sexo do embrião: os cromossomos 
sexuais X e Y. 
A pergunta a ser feita é: quem determina a formação do sexo? Podemos dizer que é “o homem quem manda”: o 
cromossomo Y é responsável por determinar o sexo genético e, desta forma, a genitália do embrião. Em outras palavras, 
poderíamos dizer que a presença do Y determina a formação de um indivíduo do sexo masculino; a ausência do Y, a 
formação de um indivíduo do sexo feminino. 
 
SEXO GENÉTICO 
Para formar o sexo genético, temos: 
 23X + 23X  Cariótipo feminino 
 23X + 23Y  Cariótipo masculino 
 
SEXO GONADAL 
Para formar o sexo gonadal, temos: 
 Presença do cromossomo Y (gene SRY – sex determining regionof the Y): formação dos testículos, com suas 
respectivas células produtoras de gametas, que são as células de Sertoli e as células de Leydig. 
 Ausência do cromossomo Y: formação dos ovários, com suas respectivas células produtoras de gametas, que 
são as células da teca e as células da granulosa. 
 
GENITÁLIA INTERNA 
Para formar a genitália interna, ocorre uma pequena diferença: todos os seres humanos, intrinsecamente, 
apresentam a capacidade embriológica de formar tanto a genitália interna masculina como a feminina. Entretanto, 
durante o desenvolvimento embrionário, a ordem comandada pelo cromossomo Y é capaz de fazer com que a genitália 
masculina se desenvolva e a genitália feminina regrida; do mesmo modo, a ausência da ordem faz com que a genitália 
feminina se sobreponha a masculina. 
Então, todos nós possuímos dois pares de tubos: o ducto de Wolf (ou mesonéfrico) e o ducto de Müller (ou 
paramesonéfrico); entretanto, normalmente, só um deles se desenvolve, enquanto o outro regride. 
 Presença de cromossomo Y: desenvolve-se o tubo de Wolf (mesonéfrico), ocorre a produção do hormônio anti-
mülleriano (AMH), produzido pelo testículo, e regride o tubo de Müller. A produção de testosterona (também 
por parte do testículo), por sua vez, garante que o tubo de Wolf desenvolva o restante da genitália interna 
masculina: epidídimo, ductos deferentes, vesículas seminais. 
 Ausência de cromossomo Y: não ocorre a formação de AMH, o que permite o desenvolvimento do tubo de Müller 
(paramesonéfrico), regride o tubo de Wolf, e ocorre a formação da genitália interna feminina: trompas, útero, colo 
uterino e 2/3 superiores da vagina. 
 
Como conclusão, devemos tomar nota dos seguintes pontos: 
 Os testículos não fazem parte da genitália interna masculina e nem os ovários da genitália interna feminina: 
ambos são gônadas. 
 Se apenas 2/3 superiores da vagina têm a mesma origem da genitália interna feminina, devemos considerar que 
o terço inferior é pertencente à genitália externa. Essa particularidade explica alguns casos de mulheres (que 
apresentam ovários) que só possuem uma parte da vagina (pois, por algum motivo, não houve a formação de 
sua genitália interna). A paciente é registrada então como mulher, mas apresentando uma vagina curta (que 
caracteriza a síndrome de Rokitansky). 
 
GENITÁLIA EXTERNA 
Para a formação da genitália externa (que caracteriza o fenótipo), diferentemente da genitália interna, 
dependemos apenas de estruturas comuns para ambos os sexos. Isso significa que a presença da “ordem” 
(cromossomo Y) determina que essas estruturas deem origem à genitália externa masculina; a ausência da “ordem”, por 
sua vez, determina a formação da genitália externa feminina. As referidas estruturas são conhecidas como seio 
urogenital, tubérculo genital, protuberância lábio-escrotal e a prega (ou dobra) urogenital. 
 Presença do cromossomo Y: no homem, o seio urogenital dá origem a próstata e a uretra; o tubérculo genital 
da origem a glande; a protuberância lábio-escrotal dá origem à bolsa escrotal; a prega urogenital forma o corpo 
do pênis. 
 Ausência do cromossomo Y: na mulher, o seio urogenital dá origem a vagina (terço inferior) e a uretra; o 
tubérculo genital dá origem ao clitóris; a protuberância lábio-escrotal dá origem aos grandes lábios; a prega 
urogenital forma os pequenos lábios. 
 
Toda a diferenciação entre as genitálias externas masculina e feminina depende, portanto, do cromossomo Y, 
que determina a formação dos testículos e, por sua vez, a produção da testosterona, determinante no desenvolvimento 
dessa genitália. Além da testosterona, a enzima 5α-redutase (produzida nos testículos) garante a conversão da 
Sexo genético 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
116 
 
www.medresumos.com.br 
testosterona na diidrotestosterona, que é um androgênio mais potente e que está diretamente relacionado com o 
desenvolvimento da genitália masculina. A ausência da 5-α-redutase é determinante no desenvolvimento da genitália 
externa feminina. 
Todas essas etapas diferentes podem gerar anomalias diferentes. Imagina-se um paciente homem, com sexo 
genético 46XY e sexo gonadal masculino (com testículos), que produz AMH, responsável por inibir o desenvolvimento 
dos ductos de Müller e incentivar o desenvolvimento dos ductos de Wolf, gerando a produção de uma genitália interna 
masculina (epidídimo, ducto deferente, vesículas seminais); entretanto, no momento da formação de sua genitália 
externa, o seu testículo não produziu 5α-redutase e, consequentemente, não produziu diidrotestosterona (deficiência de 
5α-redutase). Esse indivíduo vai desenvolver, com isso, uma genitália ambígua (em caso de deficiência parcial da 5α-
redutase) ou genitália feminina (em caso de deficiência total dessa enzima). 
 
 
 
 
 
 
 
 Conclusões: 
 O sexo genético (cromossômico) determina o sexo gonadal, o qual, por sua vez, irá determinar o sexo fenotípico; 
 A masculinização fetal é determinada por hormônios produzidos nos testículos em desenvolvimento; 
 Na ausência dos testículos (ou da produção ou ação de seus hormônios), o desenvolvimento fenotípico é 
feminino, mesmo na ausência dos ovários. 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
117 
 
www.medresumos.com.br 
ROTEIRO PARA ESTUDO PRÁTICO 
 
 
OVÁRIOS 
 Extremidade tubaria 
 Extremidade uterina 
 Ligamento útero-ovárico 
 Ligamento suspensor do ovário 
 
 
 
 
 
TUBAS UTERINAS 
 Istmo da tuba uterina; 
 Ampola da tuba uterina; 
 Infundíbulo da tuba uterina 
 Fímbria ovárica 
 
 
 
 
 
 
ELEMENTOS DE SUSTENTAÇÃO 
 Ligamento largo do útero 
 Mesossalpinge 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÚTERO 
 Fundo do útero 
 Corpo do útero, 
 Istmo do útero, 
 Óstio do útero 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELEMENTOS DE SUSTENTAÇÃO DO ÚTERO 
 Ligamento largo do útero 
 Ligamento redondo do útero 
 
 
VAGINA 
 Parede posterior 
 Parede anterior 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
118 
 
www.medresumos.com.br 
VULVA 
 Monte púbico 
 Lábios maiores 
 Lábios menores 
 Óstio externo da uretra 
 Óstio da vagina (hímen) 
 Clitóris 
 Bulbo do vestíbulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTÍCULOS 
 Túnica albugínea 
 Face lateral 
 Face medial 
 Pólo superior 
 Pólo inferior 
 Margem anterior 
 Margem posterior 
 
EPIDÍDIMO 
 Cabeça 
 Corpo 
 Cauda 
 Ducto deferente 
 
 
URETRA 
 Porção prostática 
 Porção membranosa 
 Porção esponjosa 
 
 
 
PRÓSTATA 
 
 
 
GLÂNDULA SEMINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA 
119 
 
www.medresumos.com.br 
 
 
PÊNIS 
 Bulbo do pênis 
 Corpo cavernoso 
 Corpo esponjoso 
 Glande do pênis 
 Óstio externo da uretra 
 Prepúcio do pênis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCROTO 
 Pele do escroto 
 Septo do escroto 
 Rafe do escroto

Outros materiais