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JOAQUINA RECURSO DE REVISTA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO.
PROCESSO Nº: _________________
Joaquina, já devidamente qualificada nos autos da reclamação trabalhista em epígrafe, que move em face de Medina Ltda, por seu advogado que esta subscreve, inconformada com o venerando acórdão de folhas ___, vem tempestiva e respeitosamente à presença de Vossa Excelência interpor RECURSO DE REVISTA, com fundamento no artigo 896, “a”, da CLT, de acordo com as razões anexas. 
Requer, o recebimento e o processamento do presente recurso, sendo, após, remetido ao Egrégio Tribunal Superior do Trabalho.
A matéria abordada nas razões está devidamente prequestionada, conforme o disposto na Súmula nº 297, do Colendo Tribunal Superior do Trabalho.
O presente recurso está em consonância com a transcendência descrita no artigo 896-A da CLT. 
Nestes termos, 
pede deferimento. 
Local e data.
(nome do advogado – número da OAB)
RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA
RECORRENTE: Joaquina
RECORRIDO: Medina Ltda
ORIGEM: ____ Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2 ª Região
PROCESSO Nº: ____________________
Eméritos Julgadores!
Em que pese o notável saber jurídico do respeitável colegiado que proferiu em grau de Recurso Ordinário o venerando acórdão, o mesmo contraria de forma direta súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, como também afronta diretamente comando constitucional vigente, não podendo, desta forma, prevalecer impondo-se sua reforma pelas razões abaixo expostas. 
DA SÍNTESE DO VENERANDO ACÓRDÃO
A Recorrente ajuizou reclamação trabalhista em face da Recorrida pleiteando reintegração ou indenização em decorrência de término de contrato como temporária em virtude de se encontrar em estado gravídico. Contudo, em primeira instância a ação foi julgada improcedente. 
Inconformada com a decisão de primeiro grau, interpôs Recurso Ordinário, cuja decisão proferida em segunda instância manteve a sentença de origem. 
Todavia, o venerando acórdão não poderá prevalecer conforme abaixo restará demonstrado. 
DAS RAZÕES RECURSAIS: DA AFRONTA DIRETA A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E A POSICIONAMENTO SUMULADO PELO EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
A garantia prevista no artigo 10, II, b, do ADCT tem como escopo a proteção da maternidade e do nascituro. Dessa forma, constatada a gravidez da empregada quando da ruptura contratual, deve ser reconhecida a estabilidade da gestante ao emprego, ainda que se trate de contrato de trabalho temporário, conforme prescreve Súmula do Colendo TST, nº 244. 
No caso concreto, a Recorrente fora dispensada, sem a observância do comando constitucional e do posicionamento jurisprudencial acima mencionados, o que não pode prevalecer, conforme restará comprovado. 
Nesse particular, a segunda instância, manteve a improcedência da decisão proferida pelo juízo de primeiro grau considerando como válida a argumentação apresentada da Recorrida, que alegou existência de tese jurídica prevalecente de n. 5 do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, em que “a empregada gestante não tem direito à garantia provisória de emprego prevista no artigo 10, II, “b”, do ADCT, na hipótese de admissão por contrato a termo”. 
Todavia, ao contrário do entendimento por ora esposado, há de se observar que a estabilidade provisória que resulta da gravidez é reflexo da priorização do princípio da dignidade da pessoa humana, sendo uma proteção jurídica que tem por principal destinatário o nascituro. 
Diante disso, o entendimento jurisprudencial vem evoluindo no sentido de reconhecer o direito à estabilidade gestante também nos casos de contrato por trabalho por prazo determinado.
Tal evolução foi acompanhada pela Corte Superior desta Corte Especializada passando o inciso III, da Súmula nº. 244 do TST, a ter a seguinte redação: 
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
De se concluir, portanto, que a responsabilidade social do empregador no caso de trabalhadora gestante existirá independentemente da modalidade contratual.
 
Na hipótese dos autos, a Recorrida é empresa prestadora de trabalho temporário, tendo contratado, a Recorrente, para prestar serviços à terceira reclamada. 
Destarte, comprovado o estado gravídico da Recorrente é de se reformar o venerando acórdão por ora proferido que julgou improcedente o pedido de reintegração ou indenização em decorrência do término do contrato de trabalho.
 
Nos termos do entendimento traçado na Súmula nº. 244, III, do TST, a empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no artigo 10, II, “b”, do ADCT, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por prazo determinado. 
Nesse prisma, sinaliza e pacifica a Jurisprudência deste Egrégio Tribunal, no sentido de que a estabilidade gestante prevista no artigo 10, II, “b”, do ADCT, contempla os contratos temporários. 
Assim, diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, reformando o venerando acórdão, como medida de JUSTIÇA!
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
(nome do advogado – n. OAB)

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