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monografia de erica 18032017

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA 
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT 
DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
PÓS-GRADUAÇÃO EM GERENCIAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONÁRIOS DE UMA 
EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE ICÓ – CEARÁ 
 
 
 
 
 
ÉRICA SÍLVIA DE OLIVEIRA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Juazeiro do Norte - CE 
2017 
 
 
ÉRICA SÍLVIA DE OLIVEIRA SILVA 
Aluna do Curso de Pós-Graduação em Gerenciamento da Construção Civil 
URCA 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONÁRIOS DE UMA 
EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE ICÓ – CEARÁ 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como requisito 
parcial para obtenção do grau de 
Especialista em Gerenciamento da 
Construção Civil pela Universidade Regional 
do Cariri. 
 
 
Orientadora: Profª.Ma.Janeide Ferreira Alencar de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juazeiro do Norte - CE 
2017 
 
 
AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONÁRIOS DE UMA 
EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE ICÓ – CEARÁ 
Elaborada por: Érica Sílvia de Oliveira Silva 
Aluna do Curso de Pós-Graduação em Gerenciamento da Construção 
Civil – URCA 
 
 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
__________________________________________________ 
Prof. Ma. Janeide Ferreira Alencar de Oliveira 
Orientadora 
 
 
 
________________________________________________ 
Examinador interno 
 
 
 
_________________________________________________ 
Examinador interno 
 
 
 
 
Monografia aprovada em _____ /______ /_______, com nota _______. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juazeiro do Norte – CE 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos familiares, em 
especial aos meus pais José Aderson e 
Ilaíde Eufrásia. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus pela vida, e por tudo que ele tem me proporcionado. 
A minha família por me dar apoio em todos os momentos que preciso 
deles. 
Aos meus amigos, principalmente a Eduardo Oliveira, Vanessa de 
Oliveira, Wandenúsia Silva, Fabiana Soares e Socorro Oliveira. A todos que me 
ajudaram direto e indiretamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.” 
 
(Autor: Albert Einstein) 
 
 
 
RESUMO 
 
 
A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construção civil 
vem se tornando um fator importante nos tempos atuais, contribuindo para que o 
ambiente se adéque ao funcionário para que ele possa trabalhar de maneira mais 
proveitosa. Com esse tema, o presente trabalho se desenvolveu de maneira 
concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequências 
no desempenho no trabalho de uma empresa de construção civil no município de Icó 
– CE. O trabalho estuda a importância da análise ergonômica ligado diretamente aos 
fatores que possam causar danos aos funcionários dessa empresa tendo como 
objetivo uma pesquisa de campo, de natureza qualitativa e quantitativa. Quanto à 
metodologia aplicada à pesquisa de dados aconteceu através de um questionário 
contendo 03 perguntas fechadas, aplicado a 20 funcionários no qual apenas 80% 
responderam. Os resultados comprovam que os itens ergonômicos na empresa 
estudada, são aceitos pelos entrevistados, podendo adicionar algumas melhorias, 
como um ambiente mais limpo, despertando neles um melhor desempenho. 
 
Palavras-chave: Ergonomia. Saúde no Trabalho. Ambiente de Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an 
important factor in today's times, helping the environment to adhere to the employee 
so that he can work more profitably. With this theme, the present work was 
developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and 
its consequences in the work performance of a construction company in the 
municipality of Icó - CE. The paper studies the importance of the ergonomic analysis 
directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this 
company with the objective of a field research, of a qualitative and quantitative 
nature. As for the methodology applied to data research, a questionnaire containing 
03 closed questions was applied to 20 employees, in which only 80% answered. The 
results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the 
interviewees, and can add some improvements, such as a cleaner environment, 
resulting in better performance. 
 
Keywords: Ergonomics. Health at Work. Desktop. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1 - Ergonomia, Condição de Vida e Soluções Empresárias .............................17 
Figura 2: Pedreiro atuando de forma errada .....................................................................37 
Figura 3: Funcionário atuando de forma errada ...............................................................38 
Figura 4: Profissional pedreiro atuando de forma correta ...............................................39 
Figura 5: Pedreiro atuando de forma correta ....................................................................40 
Figura 6: Operador de betoneira atuando de forma errada ............................................41 
Figura 7: Operador de betoneira atuando de forma correta ...........................................42 
Figura 8: Ajudante atuando de forma errada.....................................................................43 
Figura 9: Ajudante atuando de forma correta ....................................................................44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
Gráfico 1. Faixa etária dos funcionários .............................................................................46 
Gráfico 2. Pontos Bons e Ruins no Trabalho ....................................................................47 
Gráfico 3. Dores apresentadas pelos os funcionários .....................................................48 
Gráfico 4. Motivos de estresse dos funcionários ..............................................................49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 13 
1.1. Justificativa .............................................................................................................. 14 
1.2. Objetivos .................................................................................................................. 14 
1.2.1. Objetivo Geral .................................................................................................. 14 
1.2.2. Objetivos Específicos ..................................................................................... 14 
1.3. Metodologia .............................................................................................................15 
2. REFERÊNCIA TEÓRICA............................................................................................. 16 
2.2. A origem da ergonomia ......................................................................................... 18 
2.3. NR – 17 .................................................................................................................... 19 
2.4. Ergonomia física ..................................................................................................... 22 
2.5. Ergonomia cognitiva .............................................................................................. 23 
2.6. Ergonomia Organizacional ................................................................................... 24 
2.7. Fatores que afetam as atividades produtivas .................................................... 26 
2.8. Fisiologia do Trabalho ........................................................................................... 27 
2.9. Problemática da Ergonomia ................................................................................. 28 
2.10. Abordagens ergonômicas.................................................................................. 28 
2.10.1. Análise de Sistemas ................................................................................... 28 
2.10.2. Postos de Trabalho ..................................................................................... 28 
2.10.3. Classificação por contribuição ...................................................................... 28 
2.10.4. Ergonomia de Concepção ......................................................................... 29 
2.10.5. Ergonomia de Correção ............................................................................. 29 
2.10.6. Ergonomia da Conscientização ................................................................ 29 
2.11. Postura ................................................................................................................. 29 
3. RISCOS ERGONÔMICOS .......................................................................................... 30 
4. ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL ................................ 31 
4.2. Jornada de trabalho na construção civi l ............................................................. 32 
4.3. Lombalgia ................................................................................................................ 33 
5. ESTUDO DE CASO...................................................................................................... 35 
5.2. Caracterização das atividades ............................................................................. 35 
5.3. Caracterização da Obra e da empresa. ............................................................. 35 
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................. 37 
6.2. Pedreiro ................................................................................................................... 37 
6.3. Operador de Betoneira .......................................................................................... 41 
6.4. Ajudante ................................................................................................................... 42 
6.5. Aspectos Expressivos ........................................................................................... 44 
 
 
6.6. Análise do Trabalho em Pé .................................................................................. 44 
6.7. Condições do trabalho........................................................................................... 45 
6.8. Adequação do Ambiente Ergonômico ................................................................ 46 
6.9. Aspectos Não Significativos ................................................................................. 50 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 51 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 52 
ANEXO A................................................................................................................................ 55 
APÊNDICE ............................................................................................................................. 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1. INTRODUÇÃO 
A evolução de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto 
suave composto pelo trabalhador, aparelhos e lugares adaptados para 
concretização dos trabalhos. Estes fatores unidos irão gerar um melhor desempenho 
das atividades e melhor emprego dos recursos disponíveis para a realização dessas 
atividades. Pois, a importância dessa relação aplica-se ao fato de que todos os 
elementos fazem parte desse sistema e são influenciados mutuamente, resultando 
no condicionamento físico-psicológico do usuário, proporcionando sensações de 
conforto, segurança e bem estar, contribuindo para uma boa atuação e o aumento 
da produção. 
A palavra ergonomia vem do grego, no qual ergo significa trabalho e 
nomos leis naturais. Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em 
apenas uma, a natureza físico-motora, a estético-sensorial, a mental-intelectual e a 
espírito-moral. (MÁSCULO; VIDAL, 2011, p.9) 
O conceito de ergonomia surgiu no século XIX, porém existem sinais da 
inquietação com o trabalho eficiente e adequado desde os primórdios, como por 
exemplo, os utensílios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de 
melhoria da eficiência de seus devidos fins na caça e na pesca. Outro indício, os 
papiros egípcios indicam a preocupação ergonômica com a construção civil. Além de 
referencias com posturas inadequadas e deformações apontadas pelo filósofo grego 
Platão. (MÁSCULO; VIDAL, 2011, p.9) 
Hoje em dia, a precisão de se falar sobre a Ergonomia dentro das 
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos, trazendo para 
o funcionário um ambiente benéfico e proporcionando um bom trabalho. Nesse 
contexto, o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonômicos 
ligados diretamente aos funcionários de uma empresa de construção civil na cidade 
de Icó/CE. 
O trabalho apresentará um questionário contendo algumas perguntas 
fechadas que será aplicado aos funcionários da empresa. Também foi verificada no 
campo a forma como o funcionário trabalha na obra. 
Existem algumas atividades que os funcionários fazem de forma errada 
que no futuro causará devidas consequências que, no entanto afetará a 
produtividade. Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado 
pode ser um gasto muito elevado, mas por outro, há uma economia de encargos 
14 
 
referentes a problemas futuros relacionados à saúde do trabalhador, e este se 
sentirá mais determinado, havendo assim satisfação de ambos os lados. 
 
1.1. Justificativa 
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonômicos 
organizacionais, tais como posturas incorretas, atividades rotineiras e uso de 
aparelhos incorretos dos funcionários da empresa de construção civil na cidade 
de Icó/CE. 
A empresa forneceu todos os dados possíveis, no entanto pediu que não 
fosse citado o nome da empresa no trabalho. 
Para a empresa, a análise se tornou importante pelo fato de verificar os 
fatores ergonômicos da mesma, e como fazer para melhorar cada vez mais esses 
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionários. No entanto, deverá se 
conscientizar mais e ouvir dos próprios funcionários, os possíveis benefícios que 
eles poderão trazerpara o ambiente interno. 
Para os funcionários, nota-se a necessidade de seu valor no mercado de 
trabalho, seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas 
atividades abstrusas que a empresa oferece. 
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde à análise externa da 
empresa estudada, ligada diretamente aos funcionários, para que eles possam 
expor suas necessidades, uma vez que esse tema nunca foi estudado no local, pois 
serve como técnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano. 
 
1.2. Objetivos 
1.2.1. Objetivo Geral 
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situação dos 
funcionários da empresa de construção civil na cidade de Icó/CE e analisar o 
alcance da ergonomia e seu impacto para a execução do trabalho desses 
trabalhadores nessa empresa. 
1.2.2. Objetivos Específicos 
 Fazer uma revisão bibliográfica sobre ergonomia, a problemática e os riscos; 
 Analisar o acomodamento do ambiente ergonômico às necessidades dos 
funcionários, tendo como base a Ergonomia Física, Cognitiva e 
Organizacional; 
15 
 
 Identificar possíveis doenças ocupacionais adquiridas pelos funcionários 
através de atividades rotineiras. 
1.3. Metodologia 
Depois da escolha do tema, foi realizada uma pesquisa bibliográfica para 
levantar informações e unir dados a respeito do tema abordado, através de 
pesquisas em diversas fontes como sites da web, artigos, teses e livros 
especializados. Em etapas posteriores, um questionário de avaliação do posto de 
trabalho foi entregue aos funcionários (Apêndice). Também foi realizada uma coleta 
de dados por observação para identificar e registrar as más posturas no trabalho. 
Foram tiradas fotografias e com observação direta verificou-se os tempos 
de permanência de diferentes combinações das posições do tronco, braços, pernas, 
e pescoço dos trabalhadores. 
A partir dos resultados do questionário e da aplicação do método 
ergonômico de avaliação postural, foram determinadas medidas de correção 
postural e de adequação do posto de trabalho ao operador, que se adotadas podem 
contribuir para o conforto dos operadores, evitarem o desenvolvimento de doenças 
ocupacionais e aumentar a produtividade. 
 
 
 
 
 
16 
 
2. REFERÊNCIA TEÓRICA 
Hoje em dia, a concorrência vem se tornando um desafio e uma grande 
meta para as empresas, sendo que as mesmas devem se adaptar as inúmeras 
mudanças que acontecem no mercado. Deste modo determinando mais empenho 
de seus funcionários, sem proporcionar as próprias condições adequadas para 
realização do trabalho. 
No ambiente organizacional, bem como na ergonomia, a condição de vida 
no trabalho está relacionada a condição do trabalhador para que eles desenvolvam 
suas atividades sem prejudicar sua saúde. (MÁSCULO; VIDAL, 2011). 
Quando é motivado, o trabalhador fica contente e se sente bem. Por 
exemplo, quando as empresas dispõem de boas condições de trabalho e quando 
apresenta uma boa remuneração. Sendo assim o funcionário atrairá mais clientes e 
desenvolverá suas atividades com mais êxito. 
A capacidade de administrar o conjunto das ações, incluindo diagnóstico, 
implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no 
ambiente de trabalho alinhada e construída na cultura organizacional, com 
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organização (FRANÇA, 2010, 
p.167). 
A organização do trabalho é definida na NR-17 vagamente, com apenas 
alguns elementos observáveis, porém é de boa compreensão. Por ser genérica, 
cabe ao engenheiro de produção, ou ao chefe direto, administrar e organizar o 
ambiente. Com relação às lesões por esforços repetitivos, sempre que houver dor ou 
sobrecarga muscular devem ser incluídas pausas para o descanso, e deve ser 
evitada a avaliação por desempenho individual (MÁSCULO; VIDAL, 2011, 2011). 
A Ergonomia é composta por um conjunto de ciências que mira adaptar 
os postos de trabalho às características, habilidades e limitações do homem. 
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador. 
Esta adequação é possível devido à ajuda de várias ciências. A ergonomia é 
interdisciplinar, interatua com várias disciplinas no campo das ciências da vida, 
técnica, humanas e sociais, centrando-se no objeto de estudo que é o conceito da 
atividade de trabalho. Para Lida (2000, p.1), uma definição concisa de Ergonomia, 
fornecida pela “Ergonomics Resarch Society”, da Inglaterra, é: 
 
17 
 
Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, 
equipamento e ambiente e, particularmente, a aplicação dos conhecimentos 
de anatomia, fisiologia e psicologia na solução de problemas surgidos desse 
relacionamento. 
 
Em agosto de 2000, a IEA (International Ergonomics Association – 
(Associação Internacional de Ergonomia) adotou a definição oficial de ergonomia): 
 
“A ergonomia é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das 
interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à 
aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de 
otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema”. 
 
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste mútuo entre o ser humano 
e seu ambiente de trabalho de forma confortável e produtiva, procurando adaptar o 
trabalho às pessoas. 
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia está relacionada para a saúde 
das pessoas na organização e determina os padrões necessários para melhorar a 
qualidade de vida das pessoas, ajuntando a elas as soluções diante dos problemas 
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e 
individuais, como mostra a figura 1. 
 
Figura 1 - Ergonomia, Condição de Vida e Soluções Empresariais. 
 
 
Fonte: o autor (2016). 
18 
 
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos 
corporais (sentado, em pé, empurrando, puxando e levantando pesos), fatores 
ambientais (ruídos, vibrações, iluminação, clima, agentes químicos), informações 
captadas pela visão, audição e outros sentidos, controles, relações entre 
mostradores e controles, bem como cargos e tarefas (tarefa adequada, cargos 
interessantes). A conjugação adequada desses fatores permite projetar ambientes 
seguros, saudáveis, confortáveis e eficientes, tanto no trabalho quanto na vida 
cotidiana. (DUL; WEERDMEESTER, 2004). 
 
2.2. A origem da ergonomia 
A primeira definição de Ergonomia foi feita em 1857 na égide do 
movimento industrialista europeu. Esta definição foi feita por um cientista polonês, 
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva típica da época, de se entender a 
Ergonomia como uma ciência natural em um artigo intitulado “Ensaios de ergonomia, 
ou ciência do trabalho, baseada nas leis objetivas da ciência sobre a natureza”. Esta 
primeira definição estabelecia que: 
 
A ergonomia como uma ciência do trabalho requer que entendamos a 
atividade Introdução à Ergonomia Página 8 Prof. Mario Cesar Vidal GENTE 
- Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de 
Especialização Superior em Ergonomia. humana em termos de esforço, 
pensamento, relacionamento e dedicação (Jastrzebowski, 1857). 
 
 
KARWOWSKY (1991, p.8), assim descreve o texto pioneiro: 
 
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polônia (1857) definiu ergonomia 
juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais, os 
pesquisadores têm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas 
nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como 
uma ciência. O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da 
maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza anímica, quais seriam a 
natureza físico-motora,a natureza estéticosensorial, a natureza mental-
intelectual e a natureza espiritual-moral. Esta ciência do trabalho portanto 
significava a ciência do esforço, jogo, pensamento e devoção. Uma das 
idéias básicas de Jastrzebowski é a proposição chave de que estes 
atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo 
ou insuficiente. 
 
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito à ergonomia: a 
clássica, sustentada pelos americanos e britânicos, e a francesa. A vertente clássica 
começou a ser consolidada em 1911, quando o norte-americano Frederick Winslow 
Taylor instituiu a Escola da Administração Científica visando um progresso na 
19 
 
eficiência da organização e para tal, valeuse do método de racionalização das 
atividades operárias. (CHIAVENATO, 2003) 
 
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de 
modo que, para cada tarefa, fosse estabelecido o método correto de 
executá-la, com um tempo determinado, usando as ferramentas corretas. 
Haveria uma divisão de responsabilidades entre os trabalhadores e a 
gerência da fábrica, cabendo a esta determinar os métodos e os tempos, de 
modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execução da 
atividade produtiva. (IIDA, 2005, p.8). 
 
O taylorismo atribuía o baixo rendimento à tendência de vadiagem dos 
trabalhadores, e os acidentes a negligência dos mesmos. Com este pensamento 
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistência e por meio da revolta individual, 
formaram-se movimentos coletivos e sindicais, para questionar a forma de trabalho. 
(Lida, 2000). 
Denis (2002) sustenta que a vertente clássica tem como ênfase a 
eficiência e as metas de produtividade. 
Outra diretriz da ergonomia despontou em território europeu impulsionada 
pelo cenário resultante após a Segunda Guerra Mundial. A observação da situação 
real configurada na destruição de seus parques industriais direcionou a um processo 
de reconstrução voltada para as condições de trabalho e elaboração de novas 
estruturas de postos de trabalho. 
 
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisiológicos do 
projeto do trabalho, isto é, com o corpo humano e como ele ajusta-se ao 
ambiente. Isso envolve dois aspectos: primeiro, como a pessoa confronta-se 
com os aspectos físicos de seu local de trabalho, onde "local de trabalho" 
inclui mesas, cadeiras, escrivaninhas, máquinas, computadores e assim por 
diante; segundo, como uma pessoa relaciona-se com as condições 
ambientais de sua área de trabalho imediata. Com isso, queremos dizer a 
temperatura, a iluminação, o barulho do ambiente etc. Ergonomia é algumas 
vezes referida como "engenharia de fatores humanos", ou simplesmente 
"fatores humanos". (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002, p. 290) 
 
2.3. NR – 17 
Em 1986, diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre 
digitadores, os diretores da área de saúde do Sindicato dos Empregados em 
Empresa de Processamento de Dados no Estado de São Paulo – SINDPD/SP 
contataram a Delegacia Regional do Trabalho, em São Paulo – DRT/SP, buscando 
recursos para prevenir as referidas lesões (BRASIL, 2002). 
20 
 
A NR-17 é uma Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e 
Emprego específica para ergonomia, criada em 23 de novembro de 1990 pela 
Portaria nº 3.751. O processo de criação da norma começou em 1986, quando 
surgiram casos de tenossinovite ocupacional, uma espécie de inflamação do tendão 
do polegar, comum entre digitadores, o que levou o sindicato da categoria a buscar 
recursos para a prevenção de tais lesões (VIEIRA, 2011). 
Através de uma equipe constituída por médicos e engenheiros, estudos 
ergonômicos foram realizados, nos quais foram verificadas as condições de trabalho 
com relação à saúde de trabalhadores, como o pagamento de prêmios por 
produção, a ausência de pausas, a prática de horas extras, entre outros. Foi 
constatada a presença de fatores que favoreciam o aparecimento de lesões por 
esforços repetitivos (LER). Com exceção de aspectos como ruídos, temperatura e 
luminosidade, o Ministério não tinha regulamentação alguma que pudesse melhorar 
as condições de trabalho referentes à ergonomia (VIEIRA, 2011). 
Durante 1988 e 1989, a Associação de Profissionais de Processamento 
de Dados (APPD nacional) realizou reuniões com representantes da Secretaria de 
Segurança e Medicina do Trabalho – SSMT em Brasília, da FUNDACENTRO e da 
DRT/SP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites à cadência de 
trabalho e proibisse o pagamento de prêmios de produtividade, também 
estabelecendo critérios de conforto para os trabalhadores de sua base, incluindo o 
mobiliário, conforto térmico, ambiência luminosa e o nível de ruído (BRASIL, 2002). 
Em 1990, por interferência do Sindpd/SP, o Ministério do Trabalho 
assinou a Portaria com redação atualizada da NR 17. Após a assinatura, a nova 
redação foi publicada em 23 de novembro de 1990, pela Portaria n° 3.751, 
infelizmente, comprometendo, em parte, o seu entendimento e aplicação prática, 
pois a nova redação continha questões específicas de cada profissão (BRASIL, 
2002). 
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil é a NR 17 Ergonomia 
(BRASIL, 1990) do Ministério do Trabalho, que tem como objetivo, conforme o item 
17.1, o estabelecimento de conjuntos de especificações para adaptar as condições 
de trabalho às características psicológicas e físicas do profissional. Além desta 
Normativa o Ministério do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicação da Norma 
Regulamentadora Nº 17 (BRASIL, 2002), para ajudar as instituições a compreender 
a norma e realizar a sua aplicação, não se propondo a fornecer soluções para todas 
21 
 
as diferentes condições de trabalho existentes. As condições de trabalho em geral 
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendações da 
NR 17 (BRASIL, 2002). 
Segundo a NR-17, o critério principal para o manuseio de materiais não 
está ligado diretamente à quantidade de carga máxima, mas sim voltada à ausência 
de recursos que facilitem essa tarefa. Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT), a carga máxima que pode ser levantada por um homem é de sessenta 
quilogramas, enquanto por uma mulher é de vinte quilogramas, porém existem 
estudos realizados no exterior com limites de tolerância abaixo dos indicados pela 
CLT. De qualquer forma, o mais importante é não comprometer a saúde do 
trabalhador, independentemente de seu gênero (MÁSCULO; VIDAL, 2011, 2011). 
O objetivo da NR 17 é caracterizar a ergonomia como um importante 
instrumento para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores, bem como a 
produtividade das empresas (BRASIL, 2002). A atual NR 17 representa considerável 
avanço na estruturação das condições dos postos de trabalho nas empresas 
brasileiras. Antes de sua elaboração, as alterações na organização do trabalho eram 
de iniciativa exclusiva das empresas. Até então, a organização do trabalho era 
considerada intocável e passível de ser modificada apenas por iniciativa da 
empresa, muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado 
por ela na gênese de numerosos comprometimentos à saúde do trabalhador. 
De acordo com NR 17 com relação à postura, o mais indicado é a 
mudança constante. Não existe nenhuma postura fixa que seja adequada. É 
recomendada a alternância, sendo que até mesmo trabalhar em pé é aceito, porém 
quando a maior parte do trabalho é realizada sentada. 
Atualmente, ao empregador cabe realizar a análise ergonômica dos 
postos de trabalho, considerando, no mínimo, as condições de trabalho conforme 
estabelecido pela NR 17. A NR 17 também privilegia a participação do trabalhador 
na solução dos problemas existentesnos postos de trabalho. A análise ergonômica 
do trabalho é um processo construtivo e participativo para a resolução de um 
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas, da atividade desenvolvida 
para realizá- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a 
produtividade exigidos (BRASIL, 2002). 
 
22 
 
2.4. Ergonomia física 
Segundo a ABERGO - Associação Brasileira de Ergonomia (2000), 
ergonomia física está relacionada com as características da anatomia humana, 
antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação à atividade física. Os tópicos 
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, 
movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho, 
projeto de posto de trabalho, segurança e saúde. 
Segundo Lida (2005, p. 3), ergonomia física tem como preocupação a 
anatomia do homem, antropometria (que estuda o corpo humano), a fisiologia (que 
estuda as funções dos seres humanos em relação ao seu ambiente) e a 
biomecânica (estudo da mecânica dos organismos vivos). Tudo isso pertinente à 
atividade física. Sendo que é dado um olhar mais proeminente à postura no trabalho, 
como se utiliza os materiais, movimentos repetitivos, distúrbios dos músculos 
relacionados ao trabalho, segurança e saúde no trabalho. 
Em inicial na caracterização, verifica se o corpo tem um sistema 
musculoesquelético movido por uma central energética. O sistema esquelético 
confere ao corpo suas dimensões: altura, tamanho dos membros, aptidões de 
movimentação limitadas, alcances mínimos e máximos. Um dos fatores mais 
importantes da ergonomia é que seus utensílios e elementos fiquem de acordo com 
as dimensões do trabalhador do posto de trabalho. 
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades 
musculares e do metabolismo humano, e isso incide da ergonomia física, a saber, a 
fisiologia do trabalho. 
A utilidade da ergonomia física está na ajuda crucial que fornece a muitos 
problemas verificados nos aparelhos de trabalho. No ambiente dos postos de 
trabalho, problemas antropométricos e posturais efetivamente se processam numa 
grande quantidade, sejam eles industriais, agrícolas ou de serviços. 
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho, as particularizações da 
ergonomia física se dirigem para mutações do contexto físico do trabalho que 
impeçam a produção de esforços excessivos ou inadequados como os movimentos 
repetitivos. 
Essas particularizações alocam como exigência, no geral, uma 
reconstituição do posto de trabalho que irão implicar em mudanças na tecnologia 
física que muitas vezes podem se tornar irrealizáveis do ponto de vista financeiro, 
23 
 
como, por exemplo, elevar ou abaixar uma plataforma, ou ainda modificar toda uma 
instalação. 
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da 
ergonomia física vazam em sugestões relativas à higiene - conservar o ambiente em 
um estado que não ataque a integridade do organismo - procurando as melhores 
condições aceitáveis para o desempenho da atividade. Em certos casos a aparência 
da eficiência ambiental se torna terminante. Normalmente esse tema vem sendo 
tratado pelo estabelecimento que estabelecem níveis de ruído, temperatura, 
iluminamento, qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de fácil 
normalização. Contudo é enorme a dificuldade de se trabalhar, sob a dificuldade da 
adequação com limites de tolerância a agentes agressores, já que entre as faixas de 
conforto e as faixas de tolerância de um parâmetro ambiental se estabelece uma 
região de nebulosidade. 
Nas aplicações, estudos e propostas de ergonomia têm sido mobilizados 
para sensibilização dos campos dirigentes, conscientização e envolvimento dos 
funcionários e mesmo orientações específicas sobre o agenciamento do posto pelos 
próprios trabalhadores, tal como um trabalhador mais qualificado regula seu 
aparelho de trabalho. 
 
2.5. Ergonomia cognitiva 
Segundo a ABERGO (2000), a ergonomia cognitiva refere-se aos 
processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora 
conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um 
sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, 
tomada de decisão, desempenho especializado, interação homem-computador, 
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres 
humanos e sistemas. 
Para Moraes e Mont’ Alvão (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se 
por aspectos relacionados com as questões da compreensão, lógica, 
compatibilização de repertórios e informações, significação de mensagens, 
complexidade da tarefa, dentre outros aspectos que resultam em perturbações para 
a seleção de informações, para as estratégias cognoscitivas e comprometem sua 
autonomia na resolução de problemas e tomada de decisões, como as dificuldades 
24 
 
de decodificação, aprendizagem e memorização, em face de inconsistências lógicas 
e de navegação dos subsistemas comunicacionais e dialogais. 
Segundo Lida (2005, p. 3), a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental, 
tomada de decisão, interação homem-máquina, estresse e treinamento. 
Ergonomia cognitiva compromete a influência mútua do indivíduo com 
outros elementos de um sistema, encontrando, assim sendo respostas motoras para 
o desenvolvimento mental. Sendo assim, torna-se importante a procura por um 
equilíbrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas, precavendo-se, de 
alguma doença desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicológica 
que venha gerar futuramente, integridade no raciocínio do trabalhador ou até mesmo 
problemas mais sérios como a perda total de memória. 
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as 
pessoas avaliam e processam informações absorvidas em situações decorrentes do 
seu trabalho, dentre as competências cognitivas estão à capacidade de abstração e 
de raciocínio. O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de 
percepção, absorção e retenção de informações se submetido a fatores como carga 
mental, estresse, pressão psicológica, entre outros que fazem parte do cotidiano das 
empresas. 
Ergonomia Cognitiva conhecida também como engenharia psicológica, 
trata-se do aspecto mental (percepção, atenção, armazenamento e 
recuperação de memória, etc). Estuda a capacidade e os processos de 
formação e produção de conhecimentos em sistema em geral. Incluem 
carga mental de trabalho, desempenho de habilidades, erro humano, 
interação entre o ser humano e a máquina. (VIDAL, 2007 apud ALMEIDA 
2008). 
 
2.6. Ergonomia Organizacional 
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma 
constatação simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizações de 
trabalho. 
 
Ergonomia Organizacional: concerne à otimização dos sistemas sócio 
técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de 
processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de 
recursos, projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho 
em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho 
cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e 
gestão da qualidade. (ABERGO, 2000) 
 
 
25 
 
A ergonomia organizacional diz respeito à organização dos sistemas 
sócio técnicos, incluindo suas construções organizacionais, políticas e de processos. 
Os temas relevantes estão incluídos comunicação projeta de trabalho, organização 
temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do 
trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e gestão da qualidade. 
A Ergonomia Organizacional é caracterizada por Moraes e Mont’Alvão 
(2003) através dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das 
atividades, participação, gestão, jornada de trabalho com avaliação de horário, 
turnos e escalas, bem como a falta de seleção e treinamento de pessoal, visando 
capacitação para as atividades produtivas. A implementação dessas ações, que 
encontram-se em falta, viabiliza a objetividade, responsabilidade, autonomia e 
participação dos colaboradores envolvidos no processo produtivo. 
Moura (2011, p.15) afirma que “o trabalho ganha a atenção das pessoas 
como prioridade, essencialidade e assume o controle da vida humana”. Nesse 
sentido o indivíduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio 
organizacional quanto no convívio social, interferindo, portanto nas concepções 
desenvolvidas num contexto competidor. No entendimento de Cardoso (2012), é de 
suma importância salientar o grau de preocupação das empresas com seus 
colaboradores no que diz respeito à comunicação de subordinados e gerentes, nos 
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral, na cultura individual de cada 
membro e a inclusão de novos paradigmas voltados para o crescimento que 
norteiam a organização. 
É necessário que as empresas reavaliem seu comportamento com 
relação aos colaboradores, visando criar um melhor ambiente de trabalho, onde os 
indivíduos tenham a liberdade de expressar ideias, compartilhar e propor soluções 
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO, 2011, p. 15). 
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos, a ergonomia 
organizacional busca finalidades de aperfeiçoar um equilíbrio sócio técnico entre as 
pessoas, envolvendo políticas, processos e a estrutura organizacional. É utilizada 
nos três níveis da organização: operacional, tácito e estratégico, incluindo a 
comunicação, trabalho cooperativo e a gestão da qualidade. 
Percebe-se assim, que a ergonomia organizacional prioriza a inclusão de 
todos os trabalhadores da empresa para que aconteça uma interconexão de clima 
26 
 
organizacional favorável e satisfatório para o aperfeiçoamento de um trabalho ético, 
eficaz, constituído de limites aos aspectos ergonômicos do ser humano. 
2.7. Fatores que afetam as atividades produtivas 
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades 
produtivas dos indivíduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma 
positiva ou negativa os resultados esperados. São eles: 
Carga e atividade mental - A carga mental está relacionada à aptidão 
mental do indivíduo. O conceito de atividade mental é definido por Grandjean (1998) 
como a elaboração da informação fornecida ao cérebro. O trabalho mental nas 
perspectivas do autor está dividido em duas atividades: a Mental que corresponde 
aos níveis de exigência da criatividade, associado aos conhecimentos técnicos para 
o desenvolvimento intelectual; e a de Processamento de informações que consiste 
em perceber, interpretar e elaborar mentalmente informações fornecidas pelos 
órgãos dos sentidos, relacionando-as com os conhecimentos dando origem as 
decisões. 
Ambiente de Trabalho e Humanização - Ao ambiente de trabalho está 
vinculado o bem estar dos indivíduos que realizam a tarefa, ou seja, as condições 
ambientais quando favoráveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho, 
é no ambiente que estão presentes estímulos e frustrações que acometem os 
trabalhadores interferindo na sua produtividade. Intrínseco ao ambiente de trabalho 
está a questão da humanização. Para Guimarães (2006) a humanização do trabalho 
é a permissão para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e 
auto-realização. 
Organização no Trabalho - Para Couto (2002) “organização do trabalho 
é todo o conjunto de ações feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a 
prescrição de trabalho, objetivos, planos e metas, ditada pela direção da 
organização sejam cumpridos”. A organização do trabalho tem o objetivo de 
estabelecer regras, procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar 
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas, bem como atender as 
necessidades de seqüenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho. 
No contexto organizacional é necessário que seja adotada uma política de gestão 
capaz de conciliar produtividade, segurança e satisfação, que atendam aos anseios 
do trabalhador e do empregador. 
27 
 
Fatores Humanos - São características humanas que interferem no 
desempenho de atividades produtivas no trabalho. Guimarães (2006) salienta que se 
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho é 
possível alterar aspectos como ambiente físico, ambiente psicossocial, jornada de 
trabalho, rigidez organizacional e remuneração, visando gerar maior satisfação com 
o trabalho. 
São fatores humanos que interferem nas atividades produtivas: 
a) Ritmo circadiano e as diferenças individuais: para Guimarães (2006) o 
ritmo circadiano corresponde às oscilações das funções fisiológicas do organismo 
num ciclo de aproximadamente 24 horas. Aspectos ligados as diferenças individuais 
podem classificar os indivíduos como matutinos e vespertinos, a partir dos estudos 
sobre ritmo circadiano é observado que os indivíduos matutinos apresentam melhor 
disposição e eficiência na parte da manhã, enquanto que os vespertinos apresentam 
essa mesma disposição na parte da tarde (LIDA, 2003). 
b) Fadiga: Lida (2003) “fadiga é o efeito de um trabalho continuado, que 
provoca uma redução reversível da capacidade do organismo e uma degradação 
qualitativa desse trabalho. A fadiga é causada por um conjunto complexo de fatores, 
cujos efeitos são cumulativos”. 
c) Estresse: para Selye (1956, apud Grandjean 1998) estresse é a reação 
do organismo a uma situação ameaçadora proveniente de causas externas. O 
estresse prejudica ou impede a realização normal do trabalho. 
d) Motivação: motivação é o processo pelo qual se mantém ativado e em 
funcionamento um sentimento de determinação, impulso, objetivo e necessidade 
(IIDA, 2003). 
2.8. Fisiologia do Trabalho 
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenômenos do corpo 
humano nas situações de trabalho. Esses movimentos voluntários são comandados 
pelo cérebro, que utilizam a medula espinhal como meio de comunicação entre os 
músculos e o cérebro. Esse mecanismo é chamado de sinapse. Entre as 
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga, como a redução da capacidade de 
transmissão da sinapse (MÁSCULO; VIDAL, 2011, 2011). 
Entre as possíveis causas da fadiga física estão à monotonia, a duração e 
intensidade do trabalho físico, o ambiente inadequado, relacionado à temperatura 
28 
 
elevada, à baixa iluminação ou ao alto nível de ruído, o comprometimento da 
alimentação, assim como a deficiência de oxigênio e o esforço físico superior à 
capacidade muscular. 
 
2.9. Problemática da Ergonomia 
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as 
organizações, pois esse contribui para um aperfeiçoamento das pessoas a fazerem 
apenas o que podem e substituir por aquelas que estão com melhores condições 
para realizar tal tarefa. 
“Seja qual for o trabalho, sempre implicará pessoas interagindo com 
recursos físicos” (CORRÊA, CORRÊA, 2009, p. 357). As empresas não precisam 
somente de equipamentos, mas também de pessoas para alcançarem seus ideais, 
ou seja, são elas que estão à frente de todo maquinário para a realização de 
atividades, por isso é de suma importância à preocupação com o bem estar físico e 
mental dos colaboradores. 
 
2.10. Abordagens ergonômicasDe acordo com Lida (1998), a abrangência é classificada em análise de 
sistemas e análise dos postos de trabalho. 
2.10.1. Análise de Sistemas 
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho, 
partindo de aspectos mais gerais, como a distribuição de tarefas entre o homem e a 
máquina, podendo se aprofundar, gradativamente, até chegar ao nível de cada um 
dos postos de trabalho. 
2.10.2. Postos de Trabalho 
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador, analisando as 
questões direcionadas ao tipo de tarefa, postura, movimentos e suas exigências 
físicas e psicológicas. 
 
2.10.3. Classificação por contribuição 
Corresponde à classificação de acordo com a ocasião em que é feita a 
análise ergonômica: 
29 
 
2.10.4. Ergonomia de Concepção 
Ocorre na fase inicial do projeto do produto, máquina ou ambiente, 
exigindo muito conhecimento e experiência, porque as decisões são tomadas com 
base em situações hipotéticas, ainda sem uma existência real. Atua, portanto, como 
uma medida preventiva, de modo que as características, habilidades e limitações de 
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ, 2010; PRATES, 2007). 
2.10.5. Ergonomia de Correção 
É a modificação de situações de trabalho já existentes, portanto, o estudo 
ergonômico só e feito após a implantação do posto de trabalho e aplicado em 
situações reais para solucionar questões de segurança e fadiga excessiva, doenças 
do trabalhador, quantidade e qualidade na produção. É a ergonomia mais praticada, 
devido à possibilidade de alterações mais rápidas e de fácil acesso (CRUZ, 2010; 
PRATES, 2007). 
2.10.6. Ergonomia da Conscientização 
Consiste na capacitação das pessoas nos métodos e técnicas de análise 
ergonômica do trabalho. 
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanças constantes. 
Isso exigirá novos treinamentos, em que o trabalhador deverá saber como agir de 
forma segura no ambiente em que está inserido (CRUZ, 2010; PRATES, 2007). 
 
2.11. Postura 
Sintomas como desconfortos corporais, estresse e fadiga podem ter sua 
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade. 
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura 
correta resulta da dinâmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem 
acionados elevam, conservam e dá base as partes esqueléticas específicas 
utilizadas em determinada tarefa. A postura assumida pelo operário, muitas das 
vezes inadequadas, é resultado do trabalho desenvolvido e das exigências para a 
execução da atividade. 
 
30 
 
3. RISCOS ERGONÔMICOS 
Existem muitos riscos ergonômicos dentro de um ambiente de trabalho, 
principalmente da construção civil, onde os mesmos afetam diretamente o setor 
econômico da empresa e a saúde e segurança do trabalhador. Entre os principais 
riscos pode-se citar: 
 Esforço físico intenso; 
 Levantamento e transporte manual de peso; 
 Exigência de postura inadequada; 
 Controle rígido de produtividade; 
 Imposição de ritmos excessivos; 
 Trabalho em turno e noturno; 
 Jornada de trabalho prolongada; 
 Monotonia e repetitividade; 
Os riscos ergonômicos não são considerados como riscos ambientais por 
não estarem presentes na NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, 
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista, e podemos 
observa-se que esses riscos estão bastantes presentes na área da construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
4. ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
A construção civil, apesar de sua grande evolução, abarca atividades que 
necessitam de alto esforço físico do empregado, devido a uma rotina de trabalho 
pesado e muitas vezes em situações impróprias. Problemas com relação à 
ventilação, luminosidade, umidade e vibrações são corriqueiros nos canteiros de 
obras. A maioria dos acidentes neste setor são decorrentes da não utilização de 
Equipamentos de Proteção Individual – EPIs - luvas, capacetes, óculos de proteção, 
botas, etc. que muitas vezes provocam sequelas irreversíveis. 
Entre os principais riscos ergonômicos os mais comuns na construção 
civil são: 
 Esforço físico alto; 
 Elevação e transporte manual de carga; 
 Excesso de horas de trabalho; 
 Outros fatores que provocam stress físico e psicológico. 
As doenças ocupacionais adquirida pela exposição a estes riscos 
danificam a saúde física e mental dos trabalhadores, intervindo na sua produtividade 
e qualidade de vida. 
O manejamento e o levantamento de cargas são as fundamentais causas 
de lombalgia ocupacional. Deste modo, o levantamento e transporte manual de 
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforço físico exercido pelo 
trabalhador seja compatível com a sua capacidade de força. 
Não se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa 
afetar sua saúde e segurança. Quanto mais leve for a carga, menor é a 
probabilidade de o empregado ter a sua saúde comprometida, diminuindo os índices 
de falta ao trabalho e afastamento do emprego. As lombalgias constituem um 
problema grave para a previdência social e vincula bastante a economia nacional. 
O objetivo da ergonomia é diminuir as lesões ocupacionais e acidentes, 
colaborando com a redução dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas 
condições de trabalho, mantendo a integridade física e mental dos trabalhadores. 
A ergonomia poderá atuar através de ações preventivas e corretivas. 
Normalmente há um aumento do nível de qualidade de vida do empregado. 
Com a Análise Ergonômica do Trabalho é possível apontar as falhas do 
sistema produtivo e apresentar recomendações tendo em vista as melhorias 
32 
 
necessárias. Assim sendo, de acordo com as normas regulamentadoras e legislação 
vigente, o ajustamento ergonômico do local de trabalho é uma maneira de garantir a 
segurança e o bem-estar do trabalhador, acrescentando a sua satisfação e 
produtividade. 
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores é o 
fato de não darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho. Logo, para a 
completa prevenção das lesões ocupacionais entre os trabalhadores da construção 
civil é importante e necessário o treinamento e a educação apropriada dos 
empregados quanto aos riscos existentes em cada situação de trabalho e sobre as 
formas corretas de prevenir os acidentes e doenças ocupacionais. 
Segundo a Norma Regulamentadora N° 18 (NR-18) do Ministério do 
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construção civil devem 
receber treinamentos admissionais e periódicos, buscando garantir a realização de 
suas atividades com segurança. Este treinamento deve conter: 
 Informações sobre as condições e ambiente de trabalho; 
 Riscos relativos às tarefas realizadas; 
 Uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); 
 Informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) existentes 
no canteiro de obra. 
A intervenção ergonômica, deve ainda abranger mudanças físicas e 
organizacionais no local de trabalho. Pois quando o trabalho é realizado de maneira 
errada afeta inteiramente a saúde do trabalhador, através de diversas doenças 
músculo-esqueléticas. Mas, quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia 
são suprimidos o risco de ocorrência de lesões é mínima. 
 
4.2. Jornada de trabalho na construção civil 
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construção civil é 
ampla, podendo-se chegar até 12 horas ao dia, principalmente, quando é necessário 
fazer hora extra, a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores. 
Existem três relações sociais quesubmete o trabalhador a aceitar as 
condições de trabalho existentes. Elas são classificadas como as relações sociais de 
organização, gerência e recompensa. Nesse sentido são: 
33 
 
 Relação de organização envolve a contratação de indivíduos com baixa 
qualificação além de debater a rotina e desorganização do ambiente que 
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenção do que 
está fazendo; 
 Relação de comando aborda as relações de autoritarismo (ameaça de 
punição pra diminuir a autoridade do trabalhador), desintegração de 
grupo de trabalho (dificulta a comunicação e interação entre eles) e 
servidão voluntária (contratação de trabalhadores necessitados que 
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego); 
 Relações de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos 
pelos patrões aos empregados para que os mesmos aumentem a sua 
jornada de trabalho, intensificando o trabalho e assim, submetendo-os a 
irem além de suas capacidades físicas. (DWYER, 2006, p. 165-166). 
 
O jeito de produção no qual um grupo está submetido determina a relação 
existente entre trabalho, ambiente e saúde. Dessa forma, os sujeitos que 
compartilham das mesmas relações sociais, culturais e produtivas apresentam 
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS, 2009, p.2061-2070). 
 
4.3. Lombalgia 
Lombalgia é considerada uma doença ocupacional que gera os mais altos 
custos relacionados com o trabalho. Nos Estados Unidos (E.U.A.), são gastos 
anualmente, mais de 16 bilhões de dólares com tratamento e afastamento por 
lombalgia. O custo indireto pode também ser estimado no total de 50 a 80 bilhões de 
dólares por ano. (ANDERSON et al, 2000). 
A dor na região lombossacra pode ser decorrente de inflamação, 
processo degenerativo, neoplasia, alterações ginecológicas, traumatismo, alterações 
metabólicas ou de outras disfunções. Entretanto, a grande parte das lombalgias é de 
origem não específica e de causa idiopática. (ANDERSON et al, 2000). 
Entre as doenças ligadas ao trabalho, uma das mais graves é a 
lombociática, presente em um grupo profissional da área da construção civil; nela se 
pode estabelecer o vínculo de agente nocivo determinado e o fenômeno patológico 
no trabalhador. O fenômeno causa e efeito permite revelar o risco e induz às ações 
preventivas.( WISNER, 1994). 
Pode-se verificar a alta incidência da dor nas costas, sendo possível 
encontrar estudos que relatam a frequência deste acometimento, em mulheres, 
34 
 
principalmente no setor hospitalar. Isto acontece devido à própria característica do 
serviço, o qual sempre teve uma alta proporção de mulheres no seu quadro pessoal 
(OGUISSO, 1998) 
Entende-se que esta situação ocorre pelo fato dos profissionais dessa 
área realizarem tarefas que incluem flexão do tronco, posturas estáticas, além de 
manuseios de objetos pesados, o que pode favorecer a lombalgia, no decorrer da 
vida laborativa. (ROCHA, 1997). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
5. ESTUDO DE CASO 
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construção civil 
situada na cidade de Icó no centro sul cearense. A empresa fica localizada no centro 
da cidade. A estimativa da população da cidade no ano de 2016 era de 67.345 
habitantes de acordo com (IBGE, 2016). Foi analisado o trabalho com funcionários 
em obra. 
 
5.2. Caracterização das atividades 
Ajudante: Também conhecido como servente, é responsável pela limpeza 
da obra e pelas ferramentas. Geralmente para cada seis pedreiros, há cerca de três 
ajudantes. O ajudante de pedreiro é alguém que embora não precise saber tanto 
como um pedreiro, ainda assim, deve possuir alguns conhecimentos básicos do 
ofício em questão. A sua função principal é a de dar serventia ou ajudar o pedreiro 
naquilo que este solicitar. As tarefas do servente de pedreiro incluem: 
 Fazer a massa; 
 Carregar a massa, os tijolos, a areia, o cimento, etc; 
 Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo, para que este não precise 
de se deslocar. 
Trata-se de um serviço pesado que implica bastante força física, mas que 
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco. 
Pedreiro: É o profissional que coloca a mão na massa. Suas habilidades 
são usadas em inúmeras funções durante toda a obra, desde o sarrafeamento dos 
blocos e baldrames, no início, até a colocação de soleiras e baguetes no 
acabamento. 
Operador de Betoneira: Prepara mistura para argamassas e concretos, 
utilizando misturador mecânico, tanto com alimentação elétrica ou a combustão. 
Cuida da manutenção preventiva do equipamento e suas condições de trabalho e 
segurança. 
 
5.3. Caracterização da Obra e da empresa. 
Trata-se da casa residencial, composta por uma sala, uma cozinha, dois 
quartos, dois banheiros, uma suíte e uma área de serviço, além de ser toda rodeada 
de alpendre como mostra o ANEXO A. A casa possui uma área de 260,60m² sendo 
36 
 
que apenas 192,90m² de área construída. A obra no momento da pesquisa possuía 
20 funcionários no total. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Adiante, serão apresentados os resultados das análises ergonômicas dos 
postos de trabalho na obra. 
 
6.2. Pedreiro 
Na situação exposta na figura 2, o pedreiro está aplicando argamassa de 
reboco na parede, pegando a massa diretamente de um carrinho de mão, que está 
muito baixo em relação à sua altura e está em um local inadequado, ou seja, a 
massa deveria está aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado. Além de 
que o funcionário não está usando luvas de látex, a sua coluna está em uma 
posição desconfortável. 
 
Figura 2: Pedreiro atuando de forma errada. 
 
 
Fonte: O autor (2016) 
38 
 
Na situação indicada da figura 3, o pedreiro está assentando a primeira 
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado, muito próximo do chão. Ele se 
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada. 
 
Figura 3: Funcionário atuando de forma errada. 
 
 
Fonte: O autor (2016) 
 
Nas situações abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 está indicada à 
forma correta de posição dos trabalhadores de acordo com os conceitos da 
ergonomia. 
 
 
 
 
39 
 
 
Figura 4: Profissional pedreiro atuando de forma correta. 
 
 
Fonte: RODRIGUES, 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Figura 5: Pedreiro atuando de forma correta. 
 
 
Fonte: RODRIGUES, 2012. 
 
No ponto de vista da ergonomia física, o acesso à caixa de argamassa 
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4), e na figura 
5 o pedreiro realiza a flexão de joelhos a fim de minimizar a flexão de tronco devido 
à frequência de rotação nos movimentos de flexão no troco. 
Na ergonomia cognitiva, seria a implementação de técnicas mais 
modernas e equipamentos que auxiliem na execução do trabalho. 
Já na ergonomia organizacional, a acomodação no local de trabalho, nas 
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatório. Outra forma é 
investir na capacitação dos profissionais. 
 
41 
 
6.3. Operador de Betoneira 
Na situação da figura 6 demonstra que o operador de betoneira está 
erguendo a padiola do chão de maneira errada inclinando a coluna de forma errada. 
 
Figura 6: Operador de betoneira atuando de forma errada 
 
 
Fonte: O autor (2016) 
 
Na figura 7 demonstracomo o movimento executado pelo operador de 
betoneira pode ser melhorado quando os dois operários realizam o movimento de 
curvatura dos joelhos para levantar a padiola. Sendo assim, eles diminuem a 
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho. 
 
 
 
42 
 
 
Figura 7: Operador de betoneira atuando de forma correta. 
 
 
 
Fonte: RODRIGUES, 2012. 
 
6.4. Ajudante 
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg, 
concentrando um esforço na musculatura das costas e na coluna. 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
Figura 8: Ajudante atuando de forma errada 
 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
De forma bem simples essa questão pode ser resolvida com ajuda de 
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento, 
sendo assim garantindo a postura correta como é demonstrado na figura 9. 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Figura 9: Ajudante atuando de forma correta 
 
 
 
Fonte: RODRIGUES, 2012. 
 
 
6.5. Aspectos Expressivos 
Entre os aspectos significativos será verificado o trabalho em pé, devendo 
ser evitado, a antropométrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos 
apresentados na NR-17. Além disso, será abordada a fadiga, no que diz respeito à 
fisiologia do trabalho. 
 
6.6. Análise do Trabalho em Pé 
Posição de pé: a posição parada, em pé, é altamente fatigante, visto que 
exige muito esforço da musculatura envolvida para manter essa posição. O coração 
45 
 
encontra maiores resistências para bombear sangue para os extremos do corpo. 
Neste caso, as atividades dinâmicas geralmente provocam menos fadiga em relação 
às atividades estáticas. A posição sentada possui vantagens sobre a postura ereta. 
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfícies: piso, assento, encosto, 
braços da cadeira, mesa. Portanto, a posição sentada é menos cansativa que a de 
pé. Entretanto, deve-se evitar a permanência por longos períodos na posição 
sentada. Muitas atividades manuais, executadas quando se está sentado, exigem 
um acompanhamento visual. Isso significa que o tronco e a cabeça permanecem 
inclinados para frente. O pescoço e as costas ficam submetidos a longas tensões, 
que podem provocar dores. As tarefas manuais geralmente são feitas com os braços 
suspensos, sem apoio, o que causa dores nos ombros (DUL; WEERDMEESTER, 
2004). 
Foi observado que em um dia comum dos funcionários passam a maior 
parte de seu tempo em pé. O que toma cerca de 80% da carga horária, o que 
significa mais de três horas. Essa posição, como mencionado anteriormente, dificulta 
a circulação do sangue nas pernas. 
 
6.7. Condições do trabalho 
Para verificar as condições de trabalho foi distribuído um questionário em 
forma de texto, apresentado no Anexo B. Dos vinte funcionários, dezesseis 
responderam, atingindo o total de 80% dos funcionários. 
Primeiramente, buscou-se elaborar o perfil dos funcionários nesse estudo. 
Nesse sentido, as questões a seguir têm a intenção de proporcionar um 
conhecimento inicial sobre o funcionário. 
Foram elaborados vários gráficos para cada item a seguir. O gráfico 1 foi 
observado a faixa etária dos funcionários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
Gráfico 1. Faixa etária dos funcionários 
 
Fonte: o autor (2016) 
 
Comparando os dados, encontra-se um percentual mais elevado dos 
funcionários que tem idade entre 30 e 35 anos, tendo um percentual de 32% do 
total, enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26% e entre 35 e 40 
tem um percentual tem 16% e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram 
empates na porcentagem, correspondendo a 13% do total de pessoas. Assim, 
percebe-se que na empresa há uma grande variedade de pessoas em diferentes 
idades, o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado. 
 
6.8. Adequação do Ambiente Ergonômico 
 As instituições diante da modernização, não podem se preocupar apenas 
com as tecnologias inovadoras, elas precisam enxergar e oferecerem boas 
condições de trabalhos para que aconteça uma melhor influência mútua no mercado 
entre mão de obra e produtividade, ou seja, focalizar no vital humano. 
A procura por uma jornada de trabalho digna, com melhores condições 
possíveis, tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos 
lugares. 
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho, os 
funcionários tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos. De acordo com a 
47 
 
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de 
ideias, na qual as mais diversas respostas foram dadas: 
 Bom relacionamento organizacional; 
 Horário flexível; 
 Fácil acesso; 
 Realização profissional; 
 Segurança; 
 Falta de estrutura; 
 Cobranças freqüentes dos supervisores; 
 Comprometimento com o trabalho, que acaba deixando pouco tempo para o 
lazer; 
 Baixa remuneração. 
De acordo com essas respostas foi elaborado o gráfico 2 para mostrar a 
as opiniões dos funcionários. 
 
Gráfico 2. Pontos Bons e Ruins no Trabalho 
 
 
Fonte: autor (2016) 
 
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
48 
 
Verificando o gráfico percebe-se que os pontos positivos com maior 
porcentagem foram: fácil acesso com 90%, 81% horário flexível e 58% diz que a 
segurança é boa. 
 Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do 
trabalho, que foram: Bom relacionamento organizacional (71%), realização 
profissional (68%), falta de estrutura (61%), cobranças frequentes dos supervisores 
(74%), comprometimento com o trabalho, que acaba deixando pouco tempo para o 
lazer (81%) e (90%) dos funcionários disseram que o ponto mais ruim é a baixa 
remuneração. 
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que 
sentem com mais freqüências, obteve-se as seguintes respostas: Dos (80%) dos 
entrevistados, apenas (2%) responderam que não sentem dor nenhuma. O restante 
afirma sentir dores nos mais diversos lugares, e com variadas frequências. De 
acordo com o gráfico 4 os funcionários declararam sentir as seguintes dores: dor de 
cabeça, dor nos braços, dor no ombro, dor nas costas, dor nas pernas e dor na 
garganta. 
 
Gráfico 3. Dores apresentadas pelos os funcionários 
 
 
Fonte: autor (2016) 
14% 
21% 
9% 
12% 
23% 
21% 
Dor de garganta Dor de cabeça Dor nos braços
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
49 
 
A dor mais mencionada entre os funcionários é a dor nas costas. 23% 
dos funcionários citaram ter dor nas costas, seguidos empatados (21%) com dores 
de cabeça e dores nas pernas, logo depois vem a dor de garganta com 14%, 
seguido de 12% de dores nos ombros e apenas 9 % nos braços. 
O último ponto do questionário indaga se funcionários sentiam-se 
estressado com o trabalho, e o motivo disso. O gráfico 4 mostra alguns dos motivos 
dos estresses relatados pelos trabalhadores. 
 
Gráfico 4. Motivos de estresse dos funcionários 
 
 
 
Fonte: autor (2016) 
 
Apenas 4% dos entrevistados afirmaram não sentir estresse. Os demais 
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do gráfico acima. 28% dos 
funcionários afirmam que cobranças frequentes dos supervisores é o que dar mais 
estresse, logo em seguida vem o cansaço com 21%, problemas pessoais 20%, 13% 
50 
 
sentem-se insignificantes; 8% atribuíram o estresse à falta de integração dos 
colegas e 6% ao envolvimento com problemas da empresa. 
 
6.9. Aspectos Não Significativos 
Não foram analisados nesse trabalho os aspectos térmico, luminoso,sonoro ou cognitivo das situações de trabalho. 
Segundo Saliba e Corrêa (2011), o índice de temperatura efetiva não 
deve ultrapassar o valor de 28ºC. Porém esse valor não analisa a sobrecarga 
térmica, como fatores de tempo de exposição, calor radiante e o que diz respeito à 
atividade do trabalhador. Nem tampouco as vestimentas, a idade, a cor da pele, a 
obesidade etc. Dessa forma, considera-se somente o calor artificial para fins que 
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORRÊA, 2011). 
Segundo a NR-17 (2012), no item 5.2-b, é considerada índice de 
temperatura efetiva entre 20ºC e 23ºC. Para manter essa faixa de temperatura é 
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados, além da abertura de 
janelas e portas para a circulação do ar. Nos dias frios, roupas adequadas devem 
ser utilizadas. 
Com relação à luminosidade, a NR-17 cita em seu item 5.3: “Em todos os 
locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou 
suplementar, apropriada à natureza da atividade”. Apesar de não ter sido medido 
esse fator para ser comparada à Norma, foi considerado uma luminosidade 
adequada, pois existe luminosidade natural. Além da importância do campo visual 
durante a realização do trabalho é relativamente baixa. (NR-17, 2012). 
Segundo Saliba e Corrêa (2011) apud Anexo Nº1 – Limites de Tolerâncias 
para Ruído Contínuo ou Intermitente, se um empregador trabalhar sem protetor 
auricular, em local com ruído de 90 dB(A), a insalubridade será caracterizada 
quando o tempo de exposição diário for superior a 4 horas. Levando em 
consideração que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB, 
quando alta, o ambiente sonoro não causa danos à audição dos trabalhadores 
(AUDIÇÃO, 2012). 
 
 
51 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho é a ergonomia dos 
indivíduos humanos, que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos 
colaboradores no seu dia a dia, podendo ser os benefícios notados tanto no 
desempenho físico como psicológico, os benefícios também poderão ser notados 
nos lucros da empresa. 
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos 
foram alcançados. Por tanto, foi verificado a adaptação no ambiente ergonômico 
adequando às necessidades dos funcionários da empresa de construção civil em 
Icó/CE, tendo como fundamento a Ergonomia Física, Cognitiva e Organizacional. 
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia física, detectando-se uma 
mal estrutura física do trabalho. 
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva, a empresa precisa proporcionar 
melhoras para os funcionários, um local adequado para descanso e lazer, podendo 
evitar decepções futuras que possam afetar o psicológico no expediente diário. 
Tendo em base à Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente 
da obra deve existir uma comunicação mais efetiva, ou planejar ações capazes de 
proporcionar aos indivíduos em geral uma valorização no instante de apresentar 
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa. 
No final, a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia 
como normal, sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre 
empresa e funcionário tratando em seguir de maneira correta para o 
desenvolvimento de atividades. 
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os 
funcionários desenvolvem um papel importante dentro da empresa. Portanto é 
necessária a existência de um auxílio ergonômico que ajude no beneficio dos 
funcionários frente à empresa, assim proporcionando uma satisfação no conjunto 
total. 
Ao fim dessa pesquisa, acredita-se que os dados obtidos, venham a 
contribuir para novas discussões em futuros estudos em torno da Ergonomia. 
 
 
 
52 
 
REFERÊNCIAS 
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aplicação da Norma Regulamentadora nº 17. 2 ed. Brasília : MTE, SIT, 2002. 
 
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prevenção de riscos ambientais. Disponível em: <http://www.mte.gov.br>. acessado 
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trabalho na indústria da construção. Brasília, DF, 2008d. Disponível em: 
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