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CASO EXTRA 2 CONTESTAÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (JUÍZA) DA ___a VARA DO TRABALHO DE _____________
Processo nº_____________. 
CONSTRUTORA BELAS CASAS LTDA., pessoa jurídica, devidamente inscrita no CNPJ nº:________, sediada em (endereço completo e CEP), por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 847 da CLT e Art. 62 Inciso II c/c artigo 335 do CPC, apresentar sua CONTESTAÇÃO, nos autos da reclamação trabalhista que lhe move JOÃO JOSÉ, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, conforme abaixo aduzido:
DO MÉRITO
I- DOS FATOS 
O Reclamante foi admitido pela Reclamada em ___, para exercer a função de e SUPERVISOR DE EQUIPAMENTOS E MANUTENÇÃO, sendo dispensado, sem justa causa, em ____, quando percebia o salário mensal de R$ ___ (___). 
Alega que cumpria jornada de trabalho de segunda à sexta-feira das 08h00 às 20h00, com intervalo de uma hora de almoço e aos sábados das 08h00 às 15h00, com intervalo de 30 min de almoço. João José recebia uma gratificação equivalente a 40% (quarenta por cento) do seu salário por exercer a função de supervisor, e não registrava sua jornada de trabalho. 
O reclamante apresentou duas testemunhas que foram contratadas por ele, quando era supervisor e uma delas, inclusive, foi dispensada pelo próprio reclamante porque o setor em que ela laborava não estava rendendo como antes.
 Ainda, alegou que, apesar do cargo de supervisor, não possuía autonomia nem poder de mando, já que estava subordinado à direção da empresa, cumprindo ordens, metas e determinações por parte da diretoria. Alegou, ainda, que recebia um salário maior que o salário habitualmente pago aos outros engenheiros civis em razão de sua experiência profissional.
Desta maneira, após a dispensa ingressou com uma reclamação trabalhista pleiteando o pagamento de jornada extraordinária.
Todavia, a pretensão obreira não deverá prosperar conforme abaixo restará demonstrado. 
II- DA INAPLICABILIDADE DO PEDIDO DE PAGAMENTO DE HORAS FORMULADO PELO RECLAMANTE: DO CARGO DE CONFIANÇA
O Reclamante alega que exercia a função de Supervisor de Equipamentos e Manutenção, recebendo salário no valor de R$ XXX (XXX) mensais com adicional de cargo de confiança em 40% da média auferida pelos seus subordinados.
Alega ainda, que trabalhava das 08h00 às 20h00, de segunda à sexta-feira e aos sábados das 08h00 às 15h00 com intervalo de 30 minutos para almoço. 
Ora, tais alegações não merecem prosperar conforme abaixo restará comprovado. 
Inicialmente vale destacar que o próprio Reclamante confessa em sua exordial que exercia Cargo de Confiança, ao dizer que exercia a função de Supervisor de Equipamentos e Manutenção e que ainda recebia o respectivo adicional para o exercício da função.
O Reclamante ainda alegou ao final, que recebia um salário maior que o salário habitualmente pago aos outros engenheiros civis em razão de sua experiência profissional .
Inobstante a caracterização inquestionável de exercício de cargo de confiança, e pelo próprio reconhecimento do Reclamante, apenas por dever processual, contesta a Reclamada o pedido de horas extras.
Mesmo tendo alegado que, não possuía autonomia ou poder de mando, por estar subordinado à direção da empresa, cumprindo ordens, metas e determinações por parte da diretoria. O Reclamante tinha liberdade para iniciar seu expediente mais tarde ou encerrá-lo antes do horário, se assim quisesse.
 O Reclamante ainda, conforme será comprovado pelas próprias testemunhas deste, tinha autonomia para contratar e demitir os funcionários subordinados a ele, sendo que a testemunha depoente tinha sido contratada e dispensada por ele.
Logo, desde já resta impugnada a jornada de trabalho declinada na peça exordial, visto que diante de ampla liberdade de horários, a autonomia para a contratação e dispensa dos subordinados, e os demais aspectos da prestação laboral exercida pelo Reclamante, inequivocamente, corroboram o desempenho de cargo de confiança, com toda autonomia e responsabilidade que lhe são inerentes, além da correspondente majoração salarial.
Observa-se, pois, que o Reclamante estava em situação de natural superioridade em relação aos demais empregados de tal modo que praticava atos de gestão e não de mera execução de serviços, gozando, assim, de especial confiança do empregador.
Ademais, ressalta-se que no cumprimento de suas funções, o Reclamante sempre recebeu de modo compatível e proporcional as atividades por ele desenvolvidas, inclusive recebendo o respectivo adicional pelo exercício do cargo de confiança. 
Trata-se, em verdade, como já asseverado, de cargo de confiança, tal qual previsto em lei, excluindo o direito a horas extras, conforme orienta o artigo 62, inciso II, da CLT, que ressalva que se equipara aos gerentes aqueles que exercem cargos de gestão. 
Assim sendo, o Reclamante, Supervisor de Equipamentos e Manutenção, desenvolvia atividade fundamental à empresa, contando com poderes para fiscalizar, admitir e demitir empregados, gozando de absoluta autonomia para estipular seu próprio horário de trabalho, sem qualquer fiscalização da Reclamada.
 Resta, portanto, caracterizado o cargo de confiança, excludente do direito de receber horas extras.
Logo, ausente o direito de receber as horas extras (principal), ausente também o direito a percepção de quaisquer reflexos (acessórios). 
Diante do exposto, a improcedência do pedido de horas extras e consequentes reflexos é medida que se requer. 
 
DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, a Contestante espera, após, recebida a CONTESTAÇÃO, no mérito seja a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA julgada IMPROCEDENTE em todos os seus termos, condenando o Reclamante ao pagamento das custas e despesas.
Caso alguma verba seja deferida ao Reclamante, requer a aplicação da compensação de verbas já pagas sob o mesmo título, devendo os valores serem apurados em liquidação de sentença. 
Provará o alegado por todos os meios de prova admitidas em direito, especialmente, pelo depoimento pessoal da Reclamada, na pessoa do preposto, sob pena de confissão nos termos da Súmula n.: 74, do TST, oitiva de testemunhas, perícias e outras mais que se fizerem necessárias, o que desde já requer. 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e Data
(nome do advogado – número da OAB)

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