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Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 186 Aulas 01 a 24 ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA – MTE: AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Prof. Paulo Peixoto Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Apresentação Olá! Estou encaminhando este material que espero que possa ajudar na preparação para você passar no concurso que se propõe a fazer. Minha fórmula não tem segredos, macetes ou métodos mágicos. Nos concursos que passei eu havia focado no que queria, tido determinação para não esmorecer e, para minha sorte (em um destes concursos, o mais difícil), o auxílio que alguém que me dava sempre um “empurrão”. Daí, principalmente: Foco e determinação. Lógico, sorte não atrapalha em nada... Sucesso para você! Paulo Peixoto Curriculum Resumido: Graduado em Administração, Mestre em Administração Pública pela University of Southern California. Atuações como executivo, consultor e professor nas áreas de Administração Pública, Planejamento Estratégico e Marketing, Qualidade e Produtividade, Recursos Humanos, Modelagem Organizacional e Gestão da Mudança em diversas organizações, dentre elas a Prefeitura de El Monte (Califórnia), ENAP/MARE, Ministério da Reforma Agrária, Sanepar, Cedae, Prefeitura de Curitiba, Governos do Paraná e do Pará, BDMG, BEMAT. Também em organizações do setor privado e multinacional, tais como Bradesco, grupo Brasmotor, Shell, New Holland, Alexander Proudfoot Company. Ex-professor da UFPr e da UnB (Graduação, mestrado e pós). Publicações: Livro: “Gestão Estratégica de Recursos Humanos para a Qualidade e Produtividade” (Segunda edição); Vídeos de treinamento editados: “Remuneração Variável”; “Perfil de Competências e Banco de Talentos”; “Indicadores de Desempenho”. Inúmeros artigos e manuais técnicos. Outros vídeos, de circulação limitada a empresas de transporte urbano, vários manuais de treinamento. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 2 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Aprovado em diversos concursos, inclusive para taquígrafo de debates do Senado Federal. O concurso que estaremos trabalhando é para preenchimento do cargo de “CARGO DE AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO”. Nossa matéria é “Administração Geral e Pública”. Recomendo e é necessário que procurem complementar o aprendido nas aulas com exercícios e leituras. MATERIAL DE AUXÍLIO: Balanced Scorecard = https://www.youtube.com/watch?v=5Psu_qW5FY8 Vídeo com 2 partes, sendo a primeira sobre Custos baseados em atividades e a segunda sobre o Balanced Scorecard. Ótimo vídeo, com o próprio Kaplan. Plano Diretor da Reforma do Estado = http://www.bresserpereira.org.br/documents/mare/planodiretor/planodiretor.pdf Recomendo a leitura integral. Sugere-se, igualmente, a leitura do Decreto Lei nº 200/67. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO = (livro) Administração Estratégica, Editora Atlas, Parnell, Kroll, Wright. Gespublica = http://www.gespublica.gov.br/ http://www.gespublica.gov.br/folder_rngp/anexos/saiba_mais_gespublica.pdf Ementa: ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA 1 Evolução da administração. 1.1 Principais abordagens da administração (clássica até contingencial). 1.2 Evolução da administração pública no Brasil (após 1930); reformas administrativas; a nova gestão pública. 2 Processo administrativo. 2.1 Funções de administração: planejamento, organização, direção e controle. 2.2 Processo de planejamento. 2.2.1 Planejamento estratégico: visão, missão e análise SWOT. 2.2.2 Análise competitiva e estratégias genéricas. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 3 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 2.2.3 Redes e alianças. 2.2.4 Planejamento tático. 2.2.5 Planejamento operacional. 2.2.6 Administração por objetivos. 2.2.7 Balanced scorecard. 2.2.8 Processo decisório. 2.3 Organização. 2.3.1 Estrutura organizacional. 2.3.2 Tipos de departamentalização: características, vantagens e desvantagens de cada tipo. 2.3.3 Organização informal. 2.3.4 Cultura organizacional. 2.4 Direção. 2.4.1 Motivação e liderança. 2.4.2 Comunicação. 2.4.3 Descentralização e delegação. 2.5 Controle. 2.5.1 Características. 2.5.2 Tipos, vantagens e desvantagens. 2.5.3 Sistema de medição de desempenho organizacional. 3 Gestão de pessoas. 3.1 Equilíbrio organizacional. 3.2 Objetivos, desafios e características da gestão de pessoas. 3.3 Gestão por Competências Objetivos, características e vantagens. 3.4 Gestão de desempenho. 4 Gestão da qualidade e modelo de excelência gerencial. 4.1 Principais teóricos e suas contribuições para a gestão da qualidade. 4.2 Ferramentas de gestão da qualidade. 4.3 Modelo da fundação nacional da qualidade. 4.4 Modelo de gespublica. 5 Gestão de projetos. 5.1 Elaboração, análise e avaliação de projetos. 5.2 Principais características dos modelos de gestão de projetos. 5.3 Projetos e suas etapas. 6 Gestão de processos. 6.1 Conceitos da abordagem por processos. 6.2 Técnicas de mapeamento, análise e melhoria de processos. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 4 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 6.3 Noções de estatística aplicada ao controle e à melhoria de processos Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 5 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 O MATERIAL ABAIXO TEM POR FINALIDADE AUXILIAR NOS SEUS ESTUDOS. SÃO PONTOS A DESTACAR PARA SEREM APROFUNDADOS, JUNTAMENTE COM O CONTEÚDO DAS AULAS. Modelos de escolas de administração subsisem e convivem em organizações modernas. Abaixo, modelo complexo de gestão estratégica de uma organização, com Planejamento baseado em cenários, gestão da qualidade (ISO 9.000 e PNQ), Inovação, Balanced Scorecard, entre outros. Abordagens diferentes de gestão e organização convivem. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 6 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 7 de 186 Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 7 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Abordagens de Administração: Teorias Organizacionais. O que é “Teoria”? Teoria é “um plano ou esquema existente apenasna mente mas baseado em princípios verificáveis por experimentação ou observação”. Funk & Wagnalls Teoria de organizações: É o conjunto de proposições (corpo de conhecimento) derivadas de um campo definido de estudo que pode ser chamado de Ciência das Organizações O estudo das organizações: É uma ciência aplicada porque o conhecimento resultante é relevante para a solução de problemas ou o processo de tomada de decisões que tem lugar nas instituições. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 8 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Teoria de Organizações a partir de uma Perspectiva Histórica • Historicamente, a maior parte dos gestores operaram sempre em bases estritamente empíricas; • A gestão profissional de organizações, como hoje conhecemos, é relativamente nova; - Largas mudanças ocorreram nos últimos 100 anos, em abordagens de gestão; - Partes de cada abordagem sobreviveram e foram incorporadas em perspectivas modernas de gestão. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 9 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 10 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 A abordagem da Administração Sistemática buscou construir procedimentos e processos específicos nas operações para assegurar a coordenação dos esforços. A administração sistemática enfatizava operações econômicas, assessoria adequada, manutenção de estoques para atender à demanda dos consumidores e ao controle organizacional. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 11 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Administração científica Operações manufaturadas sistematizadas Coordenação de procedimentos e processos desenvolvidos em operações internas Ênfase em economia, gestão de inventórios (estoques) e controle de custos Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 12 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Início da gestão/administração formal nos Estados Unidos Promoção da eficiência e da produção ininterrupta Ignorou a relação entre a organização e seu ambiente Ignorou diferenças de visão de gestores e trabalhadores Eficiência sem eficácia Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 13 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Administração Científica (A Teoria de Organizações Clássica) Defende a aplicação de métodos científicos para analisar o trabalho e para determinar como executar tarefas produtivas eficientemente 4 princípios Desenvolver uma abordagem científica para cada elemento do trabalho individual Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 14 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Selecionar, treinar, ensinar e desenvolver cada trabalhador cientificamente Cooperar com os trabalhadores para assegurar que cada emprego se encaixe com planos e princípios Assegurar a divisão apropriada do trabalho Personalidades Frederick W. Taylor Frank and Lillian Gilbreth Henry Gantt Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 15 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Usou métodos científicos para determinar qual o melhor método ou maneira de fazer as coisas Enfatizou o estudo das tarefas, da seleção e do treinamento de trabalhadores e a cooperação entre estes e os gestores Incrementou os fatores produtividade e eficiência Introduziu a metodologia científica no ambiente de trabalho das organizações Introduziu o sistema “Piecerate” (piece rate), de pagamento por peça ou produção, igualando a recompensa com o desempenho Bases motivacionais simplistas Trabalhadores como parte de uma maquina Potencial para expĺoração do trabalho Exclusão de tarefas gerenciais de alto nível GESTAO ADMINISTRATIVA Enfatiza a perspectiva dos gerentes senior (alto nível) 5 funções gerenciais (PO3C) Planejamento Organização Comando Coordenação (pouco citada, hoje) Controle Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 16 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 14 princípios de gestão Personalidades Henri Fayol Chester Barnard Mary Parker Follet Gulick and Urwick = Posdcorb Planning, Organizing, Staffing, Directing, Coordinating, Reporting and Budgeting. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 17 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 5 funções e os 14 princípios gerenciais de Fayol Executivos formulam o propósito da organização, asseguram os recursos humanos, mantém as comunicações Gerentes devem dar resposta a mudanças e desenvolvimento Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 18 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Via a gestão como uma profissão que poderia ser objeto de treinamento e desenvolvimento Enfatizou aspectos referentes a políticas gerenciais amplas dos gerentes de alto nível Propôs “receitas” gerenciais univer “Receitas” universais demandam qualificações para fatores ambientais (ambiente organizacional), tecnológicos e pessoais Escola de Relações Humanas: Via a gestão como uma profissão que poderia ser objeto de treinamento e desenvolvimento Enfatizou aspectos referentes a políticas gerenciais amplas dos gerentes de alto nível Propôs “receitas” gerenciais universais “Receitas” universais demandam qualificações para fatores ambientais (ambiente organizacional), tecnológicos e pessoais Procurou entender como processos como processos psicológicos e sociais interagem com situações de trabalho e influenciam o desempenho Hawthorne Effect – Trabalhadores desempenham seu trabalho e reagem diferentemente quando sabem estar sendo observados Argumentou que gerentes deveriam preocupar-se prioritariamente com bem-estar dos empregados, com motivação e comunicação Personalidades Abraham MaslowProdutividade em comportamento de empregados são influenciados pelas equipes informais Coesão, status e normas do grupo determinam os resultados (outputs) Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 19 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Necessidades sociais tem precedência sobre necessidades econõmicas Processos psicológicos e sociais influenciam o desempenho Teoria da hierarquia de necessidades de Maslow Ignorou o lado racional dos empregados e a contribuição da organização formal para a produtividade Pesquisas derrubaram a crença simplista de que trabalhadores felizes são mais produtivos BUROCRACIA Estruturas burocráticas podem eliminar (reduzir) a variabilidade que ocorre quando gerentes em uma organização tem diferentes habilidades, experiência e metas Permite que grandes organizações desempenhem as inúmeras atividades rotineiras necesárias à sua sobrevivência Pessoas devem ser tratadas de maneira não preconceituosa Personalidade: Max Weber Rede de relacionamentos estruturada entremeando as posições especializadas Regras e regulamentos padronizam comportamento Trabalhos assessorados por especialistas treinados, para seguir regras A hierarquia define a relação entre os cargos Promove o desempenho eficiente de operações rotineiras Elimina julgamento subjetivo pelos empregados e pela gerência Enfatiza a posição (cargo) ao invés da pessoa Flexibilidade organizacional limitada e processo decisório lento Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 20 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Ignora a importância de pessoas e do relacionamento interpessoal Regras podem se tornar um fim em si Gestão (Administração) quantitativa Equipes de especialistas em gestão quantitativa conduzem temas complexos com que se defronta a organização Ajuda a gerência a tomar decisões desenvolvendo modelos matemáticos para análise de problemas Personalidades Planejadores da II Guerra Mundial Economistas de países socialistas Equipes de especialistas em gestão quantitativa conduzem temas complexos com que se defronta a organização Ajuda a gerência a tomar decisões desenvolvendo modelos matemáticos para análise de problemas Personalidades Planejadores da II Guerra Mundial Economistas de países socialistas Modelos negligenciam fatos não quantificáveis Gerentes não treinados nestas metodologias podem não confiar ou não entender os resultados por elas gerados Não aplicável para decisões gerenciais não previsíveis COMPORAMENTO ORGANIZACIONAL Estuda as atividades gerenciais que promovem o desempenho efetivo dos empregados Investiga a natureza complexa de individuos, grupos e o processo organizacional****** Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 21 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Theory X Gestores partem da presunção de que trabalhadores são preguiçosos, irresponsáveis e demandam supervisão constante Theory Y Gestores partem da presunção de que trabalhadores desejam controlar e controlar seu próprio desempenho Personalities Douglas McGregor Promove a efetividade dos empregados através do entendimento dos processos organizacionais, dos indivíduos e grupos Enfatiza a relação entre empregados, gerentes e o trabalho desempenhado Acredita que empregados desejam trabalhar e exercer controle sobre seu próprio trabalho Incremento da participação, maior autonomia, crescimento individual e iniciativa, e cargos “enriquecidos”. Reconhecimento da importância do desenvolvimento DOS recursos humanos Algumas abordagens ignoram fatores situacionais, como o ambiente e a tecnologia TEORIA DE SISTEMAS A organização é vista como um sistema gerencial A gestão deve interagir com o ambiente Metas organizacionais devem buscar eficácia e eficiência A organização contem uma série de subsistemas Há muitas “avenidas” para o mesmo resultado Cinergias permitem que o todo seja mais que a soma das partes Reconhece a importância entre a organização e o ambiente Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 22 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Não fornece uma orientação sobre as funções/papeis dos gerentes CONTINGÊNCIA: Contingências situacionais influenciam as estratégias, estruturas e processos que resultam em alto desempenho Há mais de uma maneira de alcançar uma meta Gerentes podem adaptar suas organizações às situações Identificou contingências relevantes Apresentou argumentos contra princípios universais de gestão Nem todas as contingências importantes foram identificadas A teoria pode não ser aplicável a todos os temas gerenciais MACRO PERSPECTIVA DAS ORGANIZAÇÕES: Organizações são sistemas abertos Afetadas (e, afetam) pelo meio-ambiente externo Ambiente Externo Todas as forças relevantes externas às fronteiras da organização relevantes – fatores aos quais os gestores tem de prestar atenção 2 elementos compreendem o ambiente externo Ambiente competitivo (forças de Porter) - o ambiente imediatamente circundante à organização. Passível de ser confrontado macroambiente – fatores (dimensões) fundamentais que geralmente afetam as organizações. Tem de ser respeitado Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 23 de 186 Ambiente externo Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 SETOR PÚBLICO NÃO É ADAPTAÇÃO DO SETOR PRIVADO. SETOR PRIVADO, (Porter) SETOR PÚBLICO, TERCEIRO SETOR (ONGs) ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Administração Direta; Administração Indireta: Economias mistas; Fundações Públicas; Autarquias, etc. Monopólios ou não; Produtos tangíveis ou não; Concorrência ou não; Nacional ou Multinacional. Administração Direta: Educação, Saúde, Segurança; Na Administração Indireta, há organizações que disputam com organizações privadas ou multinacionais: BR Distribuidora; Banco do Brasil, etc. As regras do “mercado” são diferentes. Idem, com relação à legislação. PROBLEMAS DO MODELO PÚBLICO Perdão; complacência, impunidade na má prestação do serviço: “Errar é humano”. Abordagem burocrática versus abordagem gerencial; Probidade como se fosse competência; Burocracia crônica = “burrocracia”; EVOLUÇÃO DO FOCO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Foco na burocracia; Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 24 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Foco nos processos; Foco nos servidores; Administração pública para o interesse publico (sociedade); Foco no cidadão-cliente; O CONCEITO DE CIDADÃO/CLIENTE: – QUALIDADE E PARTICIPAÇÃOFOCO NO CLIENTE; NÃO ACEITAÇÃO DE ERROS; MELHORIA CONTÍNUA; – PLANO DIRETOR DA REFORMA DO APARELHO DO ESTADO. A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA REFLETE A AUSÊNCIA DE POLÍTICAS E DE GESTÃO ESTRATÉGICA, ESPECIALMENTE DE R.H. UMA NOVA ABORDAGEM É PROPOSTA COM O PLANO DIRETOR DA REFORMA DO ESTADO: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL, CONTABILIDADE PÚBLICA GERENCIAL; PROFISSIONALISMO DO SERVIÇO PÚBLICO A PARTIR DOS ANOS 30 CRIAÇÃO DO DASP: CONCURSOS PÚBLICOS; PLANOS DE CARREIRA; SISTEMA DE MÉRITO. DECRETO LEI 200/67: Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 25 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 TENTATIVA DE INTRODUZIR O ESPÍRITO GERENCIAL PRIVADO NA ADM. PÚBLICA. ...NA ADMINISTRAÇÃO DO SETOR PARAESTATAL. DIFICULDADES: QUEM É O CLIENTE; BAIXO NÍVEL, NÍVEL BAIXO; MODELO WEBERIANO ARRAIGADO EVOLUÇÃO DOS MODELOS TEÓRICOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Patrimonialista, Burocrático Gerencial. Sociedades pré-democráticas ou pré-capitalistas; Monarquias absolutistas européias que vigoraram até o século XIX ; O patrimônio do Estado pertencia ao soberano ou à sua dinastia. A população era composta por um conjunto amorfo de súditos e não havia distinção clara entre a res publica e a res principis, quer dizer, acerca daquilo que pertence ao Estado ou ao próprio soberano; Luís XIV da França: “L’etat c’est moi” Declínio: Fim do Séc. XIX, devido às características e força do Capitalismo Industrial e da Democracia Parlamentar, à insatisfação popular, etc. ORIGENS Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 26 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Forte presença no Estado Português Expansão Ultramarina no Sec. XIV - Centralização do Poder (Absolutismo) - Enriquecimento Fácil da Nobreza (práticas abusivas) − Distribuição de Privilégios (benesses, prestígios e cargos) − A Administração é Estatal, mas não é Pública (fere o princípio do Interesse Público) Práticas Patrimonialistas, Nepotistas, Clientelistas (cesta básica) e Favoritistas. Cartórios, até a década de 70 ou adiante. O Estado Era Propriedade Do Rei (do governante). Bacharelismo => Situação caracterizada pela predominância de bacharéis na vida política e cultural do país. E, coronelismo. Nomeação para Cargos Públicos como um favor. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 27 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Herança do Colonialismo Lusitano - Fortunas Privadas Acumuladas - Privilégios - Nobreza (D. Pedro I e II) Poder Centrado na Aristocracia (juristas, letrados e militares - Bacharelismo) => influência + dinheiro = poder Cargos Públicos Ocupados por “Afilhados” e Aristocracia Rural (coronéis) CCAARRAACCTTEERRIISSTTIICCAASS DDAA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO PPAATTRRIIMMOONNIIAALLIISSTTAA Baseado em relações de lealdade pessoal Ausência de limites entre os bens e recursos públicos e privados Clientelismo, corrupção, nepotismoO centro do modelo é o chefe político Ausência de carreiras e critérios de promoçãoA função do Estado está ligada a dar emprego, favorecer aliados GESTÃO PÚBLICA PATRIMONIAL: Os cargos públicos eram ocupados por pessoas das relações pessoais do rei*. Havia confusão entre os cargos públicos e o grau de parentesco e afinidades entre os nobres e outros agentes do governo. A população pagava seus tributos, mas esses praticamente não retornavam para a população, não havia publicidade e transparência na utilização dos recursos públicos. *Governante. Casos iguais eram julgados de forma diferente a depender dos laços existentes entre os envolvidos e o rei (governante). Não havia separação de poderes: executivo, legislativo e judiciário. O rei detinha a palavra e essa era incontestável. Gestão Pública Patrimonialista É o mesmo modelo das antigas monarquias que tiravam os tributos do povo e pouco ou nada faziam em seu benefício. O resultado era insatisfação popular, corrupção e nepotismo. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 28 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Na tentativa de combater essas injustiças e a corrupção, bem como o surgimento do Estado de Direito, surge o modelo de Gestão pautado pela burocracia. Enriquecimento da nobreza Aversão ao trabalho, Mania nobiliárquica, Decadência da família, Degeneração do estado português MODELO BUROCRÁTICO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A gestão pública burocrática básica foi implantada nos principais países europeus e nos Estados Unidos, no século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. O modelo burocrático (weberiano) de organização caracteriza-se pela regulamentação e padronização de procedimentos. apropriados ao estado democrático de direito. Max Weber conferiu à burocracia o significado de um conjunto de elementos] característicos de sistemas sociais relativamente avançados, quanto ao desenvolvimento capitalista. Max Weber erigiu a burocracia como sendo uma evolução positiva da Gestão pública. Os seus atores são regidos por regras, por regimentos e por regulamentos. A documentação, a hierarquia funcional, a busca da especialização funcional, a profissionalização e a submissão a normas de conduta e de procedimentos, são avanços apropriados ao estado democrático de direito. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 29 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 As organizações são planejadas e operadas como se fossem máquinas. Seu surgimento como instituição administrativa representou um progresso, sob o aspecto moral e de gestão na Gestão pública, pois substituiu ações originadas das práticas patrimonialistas por regras e regulamentos escritos, aplicáveis a todos. A hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo. Os controles administrativos visando evitar a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. Parte-se de uma desconfiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas. Engessamento total. É pautada em controles rígidos dos processos, como por exemplo na admissão de pessoal, nas compras e no atendimento a demandas. Por outro lado, o controle - a garantia do poder do Es tado - transforma-se na própria razão de ser do funcionário. Em conseqüência, o Estado volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. A qualidade fundamental da Gestão pública burocrática é a efetividade no controle dos abusos; seu defeito, a ineficiência, a auto-referência, a incapacidade de voltar-se para o serviço aos cidadãos vistos como clientes. Esse defeito, entretanto, não se revelou determinante na época do surgimento da Gestão pública burocrática porqueos serviços do Estado eram muito reduzidos. O Estado limitava-se a manter a ordem e administrar a justiça, a garantir os contratos e a propriedade. PROBLEMAS: Excesso de Regras; • Formalismo exagerado; Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 30 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 • Excesso de hierarquia; • Foco nos processos e não nos resultados; • Gestão voltada para si própria; • Mecanicismo; • Burocracias são mais adequadas a contextos estáveis; são menos adequadas em ambientes em constante mutação. Não sabem ou tem como lidar com situações diferentes ou novas. Modelo Burocrático = Estado “Ideal” - Serviço público: Identificado com o interesse público Neutralidade ideológica do serviço público Efetividade e segurança das decisões Eficiência e racionalidade na administração Afirmação do poder do estado Separação entre o público e o privado – Isolar a influência de interesses particulares na administração - luta contra o Patrimonialismo; • Rotinas e processos formalizados e predefinidos;• Impessoalidade e neutralidade do servidor;• Estrutura fortemente verticalizada e hierarquia funcional;• Seleção meritocrática dos servidores - Critérios de seleção e promoção baseados em competências e pela especialização profissional. Competências formais ou acadêmicas. • Predominância do controle legal como critério de avaliação da ação administrative • Rígida divisão entre políticos e burocratas – separação entre os que têm o saber técnico e os que têm a legitimidade política. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 31 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Eficiência, eficácia e efetividade? Racionalização administrativa - período de expansão do Estado; Definição exata dos cargos e processos operacionais e delimitação clara dos limites e responsabilidades de cada função; Continuidade da administração, estabelecendo claramente a diferença entre Estado e Governo; Erradicação dos princípios patrimoniais de poder. A substituição do modelo patrimonial pelo burocrático foi um avanço necessário para o desenvolvimento da Administração Pública. Contudo, este último é insuficiente e não adaptado às necessidades da sociedade e do Estado.) SEPARAÇÃO ENTRE POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO • Mito tecnocrata e a visão negativa em relação aos políticos e a falta de accountability • Criação de espaços definidos, concentrados e fechados pelos que controlam a produção das regras FORTALECIMENTO DO FORMALISMO • Apego exagerado a regulamentos, meios dominando os fins: o processo mais voltado à legalidade que aos resultados. • O controle da delegação torna-se mais difícil MODELO GERENCIAL DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Esgotamento da capacidade de atender às necessidades do Estado e da sociedade.Mudanças na dinâmica do ambiente. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 32 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Redução da capacidade de atender às crescentes demandas sociais – Crise do Estado de Bem Estar Social; Ineficiência na gestão pública – Crise da Gestão Pública Burocrática; Esgotamento da capacidade de realização de investimentos. Falta de competência e governança; A eficiência da Gestão pública - a necessidade de aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário - torna-se então essencial. A reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações. “...Enquanto o Estado Patrimonial teve longa duração no seio da Sociedade Mercantil e Senhorial, o Estado Burocrático, na Sociedade Capitalista, Industrial teve vida curta... porque a industrialização chegou tarde e logo começou a ser substituída pela sociedade pós-industrial do conhecimento e dos serviços... a Reforma Burocrática de 1936 também chegou tarde e foi atropelada pela reforma gerencial, que a globalização imporia e a democracia tornaria possível.” (Bresser Pereira, 2001) A Gestão pública gerencial constitui um avanço, e até um certo ponto um rompimento com a Gestão pública burocrática. Isso não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a Gestão pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 33 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 A diferença fundamental do modelo anterior está no FOCO, que passa a ser em RESULTADOS, ao invés de ser na conformidade do procedimentos; assim como na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nas metas e resultados, e não na rigorosa profissionalização da Gestão pública – a qual continua como um princípio fundamental. PROFISSIONALIZAÇÃO DA ALTA BUROCRACIA − Composta de núcleo estratégico, fundamental na formulação, supervisão e regulação das políticas públicas. - Formação: elite burocrática tecnicamente preparada e motivada (capacidade de negociação e responsabilização perante o sistema político). PONTOS IMPORTANTES: 1 – Definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade; 2 – Garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que possa atingir os objetivos contratados; e 3 – Controle ou cobrança a posteriori dos resultados. No plano da estrutura organizacional, a descentralização e a redução dos níveis hierárquicos tornam-se essenciais. São princípios da Administração Pública GGeerreenncciiaall: TRANSPARÊNCIA - A administração pública transparente e seus gestores, responsabilizados democraticamente ante a sociedade; DESCENTRALIZAÇÃO - Descentralizar a execução dos serviços públicos é tarefa essencial na modernização gerencial do Estado. - As funções que podem ser realizadas pelas diversas esferas de governos devem ser descentralizadas. Velocidade, eficiência e efetividade, melhor fiscalização e controle social efetuado pelos cidadãos sobre as políticas públicas Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 34 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 GESTÃO POR RESULTADOS – Foco nos resultados ao invés de nos procedimentos e processos; NOVAS FORMAS DE CONTROLE - Resultados: - Contábil de Custos - Competição Administrada: - Social Democratização do Poder público aumentando a responsabilização do servidor público perante a sociedade; ao processo político, pelos gestores em geral.ORIENTAÇÃO PARA O CIDADÃO-USUÁRIO Evolução na gestão pública, o antigo modelo era voltado para a afirmação do poder do Estado e da burocracia estatal. -ACCOUNTABILITY (RESPONSABILIZAÇÃO) Democratização do Poder público aumentando a responsabilização do servidor público perante a sociedade; ao processo político, pelos gestores em geral. GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Profissionalização da alta burocracia, separação formulação-implementação, coordenação e intersetorialidade, relações intergovernamentais - RELAÇÕES GOVERNO-SOCIEDADE Ouvidoria, interlocução, transparência, participação Outros princípios (gerais): Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 35 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Flexibilidade, Criatividade, Multiplicidade, Qualidade, Participação e Controle de Resultados, Descentralização, e Horizontalização das estruturas e a Organização em rede. O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional O processo de transiçao do modelo burocrático para o modelo gerancial tem de lidar, ainda, com os resquícios do modelo patrimonialista. Subsistem: Nepotismo (nomeação de parentes); Clientelismo (em todos os níveis: (cesta básica, bolsas); Patrimonialismo (usar o que é do Estado como seu).. REFORMAS ADMINISTRATIVAS e MODERNIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Tipos de Reforma Reforma Administrativa; Modernização Administrativa; Reforma do Estado; Reforma do Aparelho do Estado; MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – Objetivos ou Focos: 1 – Reforçar a Coordenação Governamental (governabilidade; governança). Reestruturações; Gestão de Processos; 2 – Simplificar as Estruturas Organizacionais. Reestruturações, desburocratização, racionalização (fazer funcionar); 3 – Redesenho organizacional, mudando modelo estrutural, mais direcionado para resultados e agregação de valor.. 4 – Descentralização e delegação. Tornar a organização mais ágil, flexível e veloz. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 36 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Contratos de gestão como instrumentos. Comprometimento com resultados, trabalhando com objetivos estratégicos e com metas definidas. Competição. 5 – Orientar o foco para competências essenciais no setor público: Qualidade e Produtividade, Foco no Cliente-Cidadão, Resolutividade/Solução de problemas. As estratégias descritas anteriormente inspiram um movimento chamado “nova administração pública”, “administração gerencial” ou “modelo pós-burocrático de gestão pública”. Não há claras ou unânimes definições sobre o que é a Nova Administração Pública (NAP): a NAP é mais um conjunto heterogêneo de princípios de gestão e diretrizes de ação do que um modelo integrado e sistematizado de gestão. (New Public Administration). Durante as décadas de oitenta e noventa, diversos países – incluindo o Brasil – engajaram-se em movimentos de reforma da administração pública. A NAP (New Public Administration) aparece como modelo para essas reformas. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 37 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 REFORMA BUROCRÁTICA DE VARGAS A moderna burocracia, não tem origem aristocrática e nem estava circunscrita no Estado. Sua tarefa era, além das tarefas políticas e administrativas era exercer uma função econômica essencial: coordenar grandes empresas produtoras de bens e serviços, fossem elas estatais ou privadas. Em 1936 acontece a reforma burocrática com as seguintes mudanças: Criação do Conselho Federal de Serviço Público Civil. Criação do DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público) Esse departamento representou no plano administrativo a afirmação dos princípios centralizadores e hierárquicos da burocracia clássica. PAREI AQUI DE PREPARAR O TEXTO. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 38 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 39 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Governo: O governo tem a função de administrar o estado. Os governos são transitórios e apresentam diferentes formas, que variam de um lugar para outro, Por governo entende-se o conjunto dos poderes e instituições públicas, e o seu "comando". Governo: 2 perspectivas: Política; Administrativa/funcional. O que é o melhor politicamente, sob o aspecto da democracia, nem sempre é o melhor do ponto de vista da gestão. Governo: 3 elementos: Poder; Pessoas; Estrutura. “Governo é o exercicio da autoridade e controle sobre uma sociedade organizada ou um Estado. É representado e exercido através do núcleo decisório que responde pela gestão da “coisa pública” e pelos gestores públicos”. Governo é o núcleo decisório do estado, pelo qual se manifesta o poder soberano do estado e que responde pela gestão da “coisa pública”. “Conjunto de atores políticos que ocupam os postos de comando do poder executivo em cada um dos níveis administrativos.” Outra definição de governo encontrada em apostila no Gespública: “Conjunto de órgãos c/ prerrogativas constitucionais p/ definir planos de ação e políticas públicas; dirigir e comandar a administração pública” Governabilidade; é a relação entre as variáveis que o ator controla e as que não controla no processo de governo. Quanto maior o número de variáveis decisivas sob controle, maior a liberdade de ação e a Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 40 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 governabilidade do sistema. A governabilidade de um sistema é expressa pelo poder que determinado ator (governante) tem para realizar seu projeto. É relativa à sua capacidade de governo, de “mando”. A análise das forças (variáveis controladas versus não controladas define a governabilidade). Presidencialismo. O Presidente da República é o chefe de Estado e de Governo. A responsabilidade pela fixação das diretrizes do poder executivo cabe exclusivamente ao Presidente da República. O Presidente da República é escolhido para exercer o mandato por prazo determinado e tem poder de veto. Parlamentarismo. Não há clara separação de poderes entre o Executivo e o Legislativo. Distinção entre chefe de estado e chefe de governo. O chefe de estado, monarca ou presidente da república, não participa das decisões políticas, exercendo uma função de representação do estado. Assume funções políticas indiretamente. O chefe de governoé a figura central. Ele é indicado pelo chefe de estado para compor o governo e só se torna 1º ministro depois da aprovação do parlamento. O chefe de governo, no parlamento, não tem mandato com prazo determinado. Permanece com a coligação majoritária, enquanto esta o quiser no comando. 3 dimensões para que haja governo legítimo e efetivo... Governabilidade; Governança; Accountability ...E Uma administração pública que funcione bem... Governabilidade É o conjunto de condições necessárias ao exercício do poder. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 41 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Compreende a forma de governo, relações entre os poderes, sistema partidário e equilíbrio entre as forças políticas de oposição e situação. Diz respeito à capacidade de decidir. Governança É a capacidade do governo de implementar as decisões tomadas. Envolve os arranjos institucionais pelos quais a autoridade é exercida de modo a viabilizar as condições financeiras e administrativas indispensáveis à execução das decisões que o governo toma. Iniciativas para aumentar a Governança: Desburocratização, desestatização. Reformas, reestruturações, modernizações, novos modelos de gestão. Tentativas de fazer a máquina administrativa mais operacional, mais eficiente e eficaz. Accountability: Avaliação e responsabilização permanente dos agentes públicos, que permitam ao cidadão controlar o exercício do poder concedido aos seus representantes. Transparência e prestação de contas. Manutenção da credibilidade. Accountability: Significa: Transparência dos atos dos governantes. Possibilidade de sanção destes pelos governados. Meios para acompanhar o comportamento dos governantes e responsabilizá-los por seus atos. Pontos importantes para o funcionamento de uma Administração Efetiva. • Controle por resultados; • Contratos de gestão; • Indicadores de resultado; • Contabilidade gerencial; • Competição/comparação; • Controle contábil de custos; Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 42 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 • Ir além da checagem dos gastos realizados; • Políticas públicas: formas mais econômicas e eficientes; ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (várias definições): A administração pública designa o conjunto de funções desempenhadas para organizar a administração do estado em todas as suas instâncias. Significa a gestão do aparato público para atender às necessidades dos cidadãos-clientes e da sociedade. Administração pública é a função executiva do governo (do estado). A organização e gestão de pessoas e materiais para alcançar os propósitos do governo; para implantar políticas públicas. ...Diretamente ou não... Na descentralização o estado desempenha suas atividades através de outras pessoas, e não pela sua administração direta. Isto pode ser feito medianta outorga quando o estado cria uma entidade e a ela transfere determinado serviço público. Quando a união criou o SERPRO, por exemplo, fez uma descentralização. A) outorga – ocorre quando a transferência é feita para uma entidade administrativa por meio de lei e por prazo indeterminado (titularidade e execução) – descentralização. B) delegação – ocorre quando a transferência é feita a um particular, por ato ou contrato e por prazo determinado (apenas a execução). Obs.: Nem toda descentralização faz surgir a administração indireta a não ser quando for implementada por outorga. Será efetivada delegação quando o estado transferir, por contrato ou ato unilateral, “unicamente a execução do serviço, para que a pessoa delegada o preste à população, em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do estado”. Telecomunicações; transportes urbanos. Desconcentração é diferente de descentralização A descentralização é uma distribuição de competência de uma pessoa jurídica para outra. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 43 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 A desconcentração é uma distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica. Ocorre desconcentração quando atividades são “distribuídas de um centro para setores periféricos ou de escalões superiores para escalões inferiores, dentro da mesma entidade ou da mesma pessoa jurídica”. Uma nova atividade acadêmica (setor de recursos tecnológicos), uma nova agencia de atendimento médico. Administração pública: • Administração direta; • Administração indireta: • Economias mistas; fundações públicas; • Autarquias, etc. • Monopólios ou não; • Produtos tangíveis ou não; • Concorrência ou não; • Nacional ou multinacional. Administração direta: Educação, saúde, segurança; Na administração indireta, há organizações que disputam com organizações privadas ou multinacionais: BR distribuidora; Banco do Brasil, etc. As regras do “mercado” são diferentes para a administração direta e indireta. Idem, com relação à legislação. Modelo público “herdado”. O contexto e os modelos de gestão (e de RH) No brasil: • A monarquia e a classe econômica improdutiva; • Atividades econômicas como uma “concessão” do estado: • Exploração da madeira, ouro, pedras preciosas... • Uma enorme burocracia para controle. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 44 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 • Patrimonialismo; • Clientelismo; • Burocracia; • Corrupção Problemas do modelo público: Perdão; complacência, impunidade na má prestação do serviço: “errar é humano”. Abordagem burocrática versus abordagem gerencial; Probidade como se fosse competência; Burocracia crônica = “burrocracia”; A legislação brasileira reflete a ausência de políticas e de gestão estratégica, especialmente de RH. Uma nova abordagem é proposta com o plano diretor da reforma do estado: Administração pública gerencial, contabilidade pública gerencial; Contabilização dos resultados da gestão em termos de qualidade e produtiidade. O conceito de cidadão/cliente: – qualidade e participação • Foco no cliente; • Não aceitação de erros; • Melhoria contínua; Precursores na administração pública: 9 Profissionalismo do serviço público a partir dos anos 30. 9 Criação do DASP: • Concursos públicos; • Planos de carreira; • Sistema de mérito. 9 Decreto lei 200/67: • Primeira tentativa de introduzir o espírito gerencial privado na Administração Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 45 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Pública. Modelo patrimonialista de administração pública: • sociedades pré-democráticas ou pré-capitalistas; • monarquias absolutistas europeias que vigoraram até o século xix ; • o patrimônio do estado pertencia ao soberano ou à sua dinastia. 9A população era composta por um conjunto amorfo de súditos e não havia distinção clara entre a res publica e a res principis, quer dizer, acerca daquilo que pertence ao estado ou ao próprio soberano; 9 Luís xiv da frança: “l’etat c’est moi” (O Estado sou eu!) 9 Declínio: fim do séc. Xix, devido às características e força do capitalismo industrial e da democracia parlamentar, à insatisfação popular, etc. 9 A administração é estatal, mas não é pública (fere o princípio do interesse público) 9 Práticas patrimonialistas, nepotistas, clientelistas (cesta básica) e favoritistas. Cartórios, até a década de 70 ou adiante. 9 O estado era propriedade do rei (do governante). 9 Bacharelismo => situação caracterizada pela predominância de bacharéis na vida política e cultural do país. E, coronelismo. 9 Nomeação para cargos públicos como um favor. 9 Herança do colonialismo lusitano - fortunas privadas acumuladas - privilégios - nobreza (D. Pedro I e II) poder centrado na aristocracia (juristas, letrados e militares - bacharelismo) => influência + dinheiro = poder cargos públicos ocupados por “afilhados” e aristocracia rural, (coronéis) elite política culta e conservadora e autoritária. Emprego público não garante estabilidade – único emprego - ampla classe média desempregada. Características da administração patrimonialista: • Baseado em relações de lealdade pessoal. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 46 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 • Ausência de limites entre os bens e recursos públicos e privados. • Clientelismo, corrupção, nepotismo. O centro do modelo é o chefe político. Ausência de carreiras e critérios de promoção. A função do estado está ligada a dar emprego, favorecer aliados. Gestão pública patrimonialista: 9 Os cargos públicos eram ocupados por pessoas das relações pessoais do rei*. Havia confusão entre os cargos públicos e o grau de parentesco e afinidades entre os nobres e outros agentes do governo. 9 A população pagava seus tributos, mas esses praticamente não retornavam para a população, não havia publicidade e transparência na utilização dos recursos públicos. *governante. 9 Casos iguais eram julgados de forma diferente a depender dos laços existentes entre os envolvidos e o rei (governante). 9 Não havia separação de poderes: executivo, legislativo e judiciário. 9 O rei detinha a palavra e essa era incontestável. 9 É o mesmo modelo das antigas monarquias que tiravam os tributos do povo e pouco ou nada faziam em seu benefício. O resultado era insatisfação popular, corrupção e nepotismo. 9 Na tentativa de combater essas injustiças e a corrupção, bem como pelo surgimento do estado de direito, surge o modelo de gestão pautado pela burocracia. 9 Modelo burocrático de administração pública. Administração burocrática: 9 A gestão pública burocrática básica foi implantada nos principais países europeus e nos Estados Unidos, no século XIX, na época do estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 47 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 9 O modelo burocrático (weberiano) de organização caracteriza-se pela regulamentação e padronização de procedimentos apropriados ao estado democrático de direito. 9 Max Weber conferiu à burocracia o significado de um conjunto de elementos característicos de sistemas sociais relativamente avançados, quanto ao desenvolvimento capitalista. 9 Max Weber erigiu a burocracia como sendo uma evolução positiva da gestão pública. Os seus atores são regidos por regras, por regimentos e por regulamentos. 9 A documentação, a hierarquia funcional, a busca da especialização funcional, a profissionalização e a submissão a normas de conduta e de procedimentos, são avanços apropriados ao estado democrático de direito. 9 As organizações são planejadas e operadas como se fossem máquinas. 9 Seu surgimento como instituição administrativa representou um progresso, sob o aspecto moral e de gestão na gestão pública, pois substituiu ações originadas das práticas patrimonialistas por regras e regulamentos escritos, aplicáveis a todos. 9 Hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo. 9 Os controles administrativos visando evitar a corrupção e o nepotismo são sempre a priori (antes). 9 Parte-se de uma desconfiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas. 9 Engessamento total. 9 É pautada em controles rígidos dos processos, como por exemplo, na admissão de pessoal, nas compras e no atendimento a demandas. 9 Por outro lado, o controle - a garantia do poder do estado - transforma-se na própria razão de ser do funcionário. Em conseqüência, o estado volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 48 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 9 A qualidade fundamental da gestão pública burocrática é a efetividade no controle dos abusos; seu defeito, a ineficiência, a auto-referência, a incapacidade de voltar- se para o serviço aos cidadãos vistos como clientes. 9 Esse defeito, entretanto, não se revelou determinante na época do surgimento da gestão pública burocrática porque os serviços do estado eram muito reduzidos. O estado limitava-se a manter a ordem e administrar a justiça, a garantir os contratos e a propriedade. Além disto, as mudanças ambientais e da sociedade eram muito lentas e escassas. Problemas: • Excesso de regras; • Formalismo exagerado; • Excesso de hierarquia; • Foco nos processos e não nos resultados; • Gestão voltada para si própria; • Mecanicismo; • Burocracias são mais adequadas a contextos estáveis; são menos adequadas em ambientes em constante mutação. Não sabem ou tem como lidar com situações diferentes ou novas. Modelo burocrático = existe um “Estado ideal” Serviço público: • Identificado com o interesse público • Neutralidade ideológica do serviço público • Efetividade e segurança das decisões • Eficiência e racionalidade na administração • Afirmação do poder do Estado Separação entre o público e o privado – isolar a influência de interesses particulares na administração - luta contra o patrimonialismo; • rotinas e processos formalizados e predefinidos; • impessoalidade e neutralidade do servidor; • estrutura fortemente verticalizada e hierarquia funcional; • seleção meritocrática dos servidores - critérios de seleção e promoção baseados em competências e pela especialização profissional. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 49 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Competências formais ou acadêmicas. • predominância do controle legal como critério de avaliação da ação administrativa; • rígida divisão entre políticos e burocratas – separação entre os que têm o saber técnico e os que têm a legitimidade política.9 Eficiência, eficácia e efetividade não são o centro das preocupações, ainda. 9 Racionalização administrativa - período de expansão do estado; 9 Definição exata dos cargos e processos operacionais e delimitação clara das fronteiras e responsabilidades de cada função; 9 Continuidade da administração, estabelecendo claramente a diferença entre Estado e Governo; 9 Erradicação dos princípios patrimoniais de poder. 9 A substituição do modelo patrimonial pelo burocrático foi um avanço necessário para o desenvolvimento da administração pública. Contudo, este último é insuficiente e não adaptado às necessidades modernas da sociedade e do estado. 9 Separação entre política e administração • mito tecnocrata e a visão negativa em relação aos políticos e a falta de accountability • criação de espaços definidos, concentrados e fechados pelos que controlam a produção das regras - fortalecimento do formalismo • apego exagerado a regulamentos, meios dominando os fins: o processo mais voltado à legalidade que aos resultados • o controle da delegação torna-se mais difícil Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 50 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Modelo gerencial de administração pública: Primeira versão: MANAGERIALISM. • Modelo gerencial focado em resultados: • Estado mínimo e neo-utilitarismo • Superioridade da administração privada • O foco no contribuinte • Consciência de custos e economicidade • Eficiência e administração por objetivos • Descentralização administrativa e modelo da autonomia gerencial Segunda versão: CONSUMERISM • Incorporação de novos valores • A eficiência adaptativa (competição) • Descentralização e horizontalização de estruturas • A questão da qualidade total • Contratualização dos serviços: expressão utilizada para denominar um conjunto de regras ou acordos. Vai além do contrato de gestão • A busca da satisfação do consumidor de serviços públicos • Proteção do consumidor; • O conceito de que o consumo maior expande a economia; • A preocupação com a qualidade dos produtos oferecidos ao consumidor. • Qualidade = produtos bem feitos, consumo em larga escala; • Qualidade é o que o cliente quer. Foco nas expectativas e especificações. Terceira versão: PSO Public Service Orientation. Orientação para o Serviço Público. • Crítica ao conceito de consumidor • Ampliação do espaço público • Descentralização • Aprendizado organizacional Accountability e eqüidade (accountability = “responsabilização”) O chamado paradigma do cliente na gestão pública é uma linha de estudos que surgiu a reboque das concepções da administração pública gerencial. Trata-se de um modelo que, Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 51 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 assim como boa parte da doutrina gerencialista, ganhou fôlego a partir da obra “Reinventando o Governo: como o espírito empreendedor está transformando o setor público”, de autoria de David Osborne e Ted Gaebler, em 1992. O paradigma do cliente não pode ser incorporado, pois as organizações públicas não estão orientadas para o mercado e não necessitam, assim, satisfazer a clientela destinatária dos serviços que prestam. O administrador público não pode aderir plenamente à defesa dos direitos do consumidor, sob pena de perder o controle de seus planos orçamentários e distanciar-se das diretrizes governamentais mais amplas, às quais está subordinado. O paradigma do cliente acaba por ser negado em função do caráter de universalidade da atuação do estado, que deve fornecer serviços de igual qualidade para todos os cidadãos, independentemente de suas necessidades e opiniões individuais. A perspectiva do cliente tem impacto reduzido, dada a impossibilidade legal e política de se promover alterações na qualidade dos serviços prestados pelo estado, na medida em que seu foco deve ser a ampliação dos cidadãos alcançados. O dever de atender está cerceado pela presença de interesses burocráticos ou corporativos e contrapõe- se à limitação dos recursos públicos, o que acaba por determinar a oferta de serviços que nem sempre satisfazem a massa de clientes atendida. BRASIL: É proposto um novo paradigma gerencial no governo, voltado para resultados e focado no cliente/cidadão. A visão de futuro orientadora desse princípio é a formação de um serviço público eficaz, eficiente, flexível, transparente e altamente capacitado e profissionalizado. Incorporar essas qualidades ao setor público significa uma mudança de atitude em relação à população brasileira. • Clara compreensão, por parte de todos os gestores, do significado dos conceitos de resultados, eficiência e eficácia; • Integração dos sistemas-chave com o conceito de resultados; • Articulação entre os resultados da organização, das suas unidades e dos gestores individuais; Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 52 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 • capaz de responder de maneira flexível para atingir os resultados; • cria um modo próprio de lidar com os resultados, resistindo a copiar os dos outros. • Esgotamento da capacidade de atender às necessidades do estado e da sociedade. Mudanças Na dinâmica do ambiente. • Redução da capacidade de atender às crescentes demandas sociais – crise do estado de bem estar social; • Ineficiência na gestão pública – crise da Gestão pública burocrática; • Esgotamento da capacidade de realização de investimentos. Falta de competência e governança; • A eficiência da gestão pública - a necessidade de aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário - torna-se então essencial. A reforma do aparelho do estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações. “... Enquanto o estado patrimonial teve longa duração no seio da sociedade mercantil e senhorial, o estado burocrático, na sociedade capitalista, industrial teve vida curta... porque a industrialização chegou tarde e logo começou a ser substituída pela sociedade pós- industrial do conhecimento e dos serviços... a reforma burocrática de 1936 também chegou tarde e foi atropelada pela reforma gerencial, que a globalização imporia e a democracia tornaria possível”. (Bresser Pereira, 2001) A gestão pública gerencial constitui um avanço, e até um certo ponto um rompimento com a gestão pública burocrática. Isso não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a gestão pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental do modelo anterior está no foco, que passa a ser em resultados, Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.brPágina 53 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 ao invés de ser na conformidade do procedimentos; assim como na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nas metas e resultados, e não na rigorosa profissionalização da gestão pública – a qual continua como um princípio fundamental. Profissionalização da alta burocracia • composta de núcleo estratégico, fundamental na formulação, supervisão e regulação das políticas públicas. • formação: elite burocrática tecnicamente preparada e motivada (capacidade de negociação e responsabilização perante o sistema político). Pontos importantes: 1 – definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade; 2 – garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que possa atingir os objetivos contratados; e 3 – controle ou cobrança a posteriori dos resultados. No plano da estrutura organizacional, a descentralização e a redução dos níveis hierárquicos tornam-se essenciais. São princípios da administração pública ggeerreenncciiaall: • Transparência - a administração pública transparente e seus gestores, responsabilizados democraticamente ante a sociedade; • Descentralização - descentralizar a execução dos serviços públicos é tarefa essencial na modernização gerencial do estado. 9 As funções que podem ser realizadas pelas diversas esferas de governos devem ser descentralizadas. Velocidade, eficiência e efetividade, melhor fiscalização e controle social efetuado pelos cidadãos sobre as políticas públicas. 9 Orientação para o cidadão-usuário. 9 Evolução na gestão pública, o antigo modelo era voltado para a afirmação do poder do estado e da burocracia estatal. 9 Accountability (responsabilização). Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 54 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 9 Democratização do poder público aumentando a responsabilização do servidor público perante a sociedade; ao processo político, pelos gestores em geral. Exposição do servidor perante a sociedade. Gestão de políticas públicas Profissionalização da alta burocracia, separação formulação-implementação, coordenação e intersetorialidade, relações intergovernamentais. Relações governo-sociedade: Ouvidoria, interlocução, transparência, participação Outros princípios (gerais): Flexibilidade, criatividade, multiplicidade, qualidade, participação e controle de resultados, descentralização, e horizontalização das estruturas e a organização em rede. O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. O processo de transição do modelo burocrático para o modelo gerencial tem de lidar, ainda, com os resquícios do modelo patrimonialista. Subsistem: • Nepotismo (nomeação de parentes); • Clientelismo em todos os níveis: (cesta básica, bolsas); • Patrimonialismo (usar o que é do estado como seu). “é pela perspectiva weberiana que podemos ver que o estado brasileiro tem como característica histórica predominante sua dimensão neopatrimonial, que é uma forma de dominação política gerada no processo de transição para a modernidade com o passivo de uma burocracia administrativa pesada e uma sociedade civil (classes sociais, grupos religiosos, étnicos, lingüísticos, nobreza, etc.) fraca e pouco autoritária.” (Simon Schwartzman. Bases do autoritarismo brasileiro). REFORMAS, REESTRUTURAÇÕES E MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – Objetivos ou Focos: Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 55 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 1 – Reforçar a Coordenação Governamental (governabilidade; governança). Reestruturações; Gestão de Processos; 2 – Simplificar as Estruturas Organizacionais. Reestruturações, desburocratização, racionalização (fazer funcionar); 3 – Redesenho organizacional, mudando modelo estrutural, mais direcionado para resultados e agregação de valor.. 4 – Descentralização e delegação. Tornar a organização mais ágil, flexível e veloz.Contratos de gestão como instrumentos. Comprometimento com resultados, trabalhando com objetivos estratégicos e com metas definidas. Competição. 5 – Orientar o foco para competências essenciais no setor público: Qualidade e Produtividade, Foco no Cliente-Cidadão, Resolutividade/Solução de problemas. As estratégias descritas anteriormente inspiram um movimento chamado “nova administração pública”, “administração gerencial” ou “modelo pós-burocrático de gestão pública”. Não há claras ou unânimes definições sobre o que é a Nova Administração Pública (NAP): a NAP é mais um conjunto heterogêneo de princípios de gestão e diretrizes de ação do que um modelo integrado e sistematizado de gestão. (New Public Administration). Durante as décadas de oitenta e noventa, diversos países – incluindo o Brasil – engajaram-se em movimentos de reforma da administração pública. A NAP (New Public Administration) aparece como modelo para essas reformas. REFORMA BUROCRÁTICA DE VARGAS A moderna burocracia, não tem origem aristocrática e nem estava circunscrita no Estado. Prof. Paulo Peixoto www.aprovaconcursos.com.br Página 56 de 186 Prof. Paulo Peixoto Administração Geral e Pública MTE Aulas 01 a 24 Sua tarefa era, além das tarefas políticas e administrativas era exercer uma função econômica essencial: coordenar grandes empresas produtoras de bens e serviços, fossem elas estatais ou privadas. Em 1936 acontece a reforma burocrática com as seguintes mudanças: Criação do Conselho Federal de Serviço Público Civil. Criação do DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público) Esse departamento representou no plano administrativo a afirmação dos princípios centralizadores e hierárquicos da burocracia clássica. Criação do Conselho Federal de Serviço Público Civil. Criação do DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público) Esse departamento representou no plano administrativo a afirmação dos princípios centralizadores e hierárquicos da burocracia clássica. O DASP representou os seguintes avanços: Ingresso no serviço público por concurso. Critérios gerais e uniformes de classificação de cargos. Organização de serviços de pessoal e de seu aperfeiçoamento sistemático Administração orçamentária. Padronização das compras do Estado. Racionalização geral dos métodos. Criação de órgãos reguladores (conselhos comissões e institutos). A reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei 200 constitui um marco na tentativa de superação da rigidez burocrática, podendo ser considerada como um primeiro momento da administração gerencial no Brasil. Mediante o referido decreto-lei, realizou-se a transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, a Prof. Paulo Peixoto
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