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EXECUÇÃO FISCAL - RESUMO O Estado Brasileiro em decorrência do tamanho de seu território e de sua máquina pública precisa de uma grande quantidade de recursos financeiros para sua manutenção e para atender às importantes obrigações que lhe são atribuídas pela Constituição Federal. O Estado deve atender as necessidades da sociedade, que estão descritas na Constituição Federal como: saúde, educação, segurança, previdência, assistência, infraestrutura, entre outras. E é por meio dos tributos como principal fonte de arrecadação que o Estado consegue custear seus gastos e atender essas necessidades públicas. O tributo é todo pagamento obrigatório devido ao Estado, instituído por lei, que não constitua sanção de ato ilícito (penalidades) artigo 3º do CTN. A obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador e extingue-se juntamente com o crédito tributário dela decorrente (artigo 113, § 1, do CTN). O fato gerador é, assim, a situação de fato, prevista na lei de forma prévia, genérica e abstrata, que, ao ocorrer na vida real, faz com que, pela materialização do direito ocorra o nascimento da obrigação tributária, seja esta principal ou acessória. Surgindo o Crédito Tributário que é a prestação em moeda ou outro valor nela se possa exprimir, que o sujeito ativo da obrigação tributária (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) tem o direito de exigir do sujeito passivo direto ou indireto (contribuinte, responsável ou terceiro). O artigo 139 do CTN informa que o crédito tributário decorre da obrigação principal (pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária) e tem a mesma natureza desta. De modo que, o crédito tributário é a própria obrigação tributária já lançada, titulada, individualizada é o reflexo desta. O crédito tributário nasce da obrigação e é consequência desta, dentro de uma única relação jurídica. O artigo 142 do Código Tributário Nacional dispõe sobre o lançamento tributário que consiste em um procedimento administrativo privativo da autoridade administrativa, plenamente vinculado, tendente a verificar a ocorrência do fato gerador e a matéria tributável, a definir o montante e identificar o sujeito passivo. Por meio do lançamento por homologação ou lançamento por declaração o próprio cidadão que recolhe seus tributos aos cofres públicos sujeito à conferência. No lançamento de ofício a administração pública já envia o valor devido ao cidadão que apenas efetua o pagamento. Quando o valor devido não é corretamente pago, a Fazenda Pública pode obrigar o contribuinte a fazê-lo, por meio de uma ação judicial chamada execução fiscal. Para ajuizar a ação fiscal o crédito esteja inscrito na Dívida Ativa, ou seja, no rol de créditos do ente estatal pendentes de recebimento. A cobrança judicial dos créditos inscritos na Dívida Ativa é regulada pela Lei 6.830/80, conhecida como Lei de Execução Fiscal. De acordo com seu art. 2º, considera-se Dívida Ativa qualquer valor, tributário ou não tributário, cuja cobrança seja atribuída à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e respectivas autarquias. A Execução Fiscal engloba tanto os créditos provenientes de tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições especiais e empréstimos compulsórios) quanto aqueles considerados não tributários (multas, aluguéis, custas processuais, indenizações, reposições, restituições etc). Dessa forma, ao constatar a inadimplência do contribuinte, a Fazenda Pública aciona o Poder Judiciário, com o ajuizamento de uma ação de execução fiscal, para requerer de contribuintes inadimplentes os créditos que lhe são devidos. O processamento desses feitos se dá, resumidamente, da seguinte forma: - O juiz, ao receber a ação, dá conhecimento desta ao devedor, por meio da CITAÇÃO concedendo-lhe prazo de 5 dias para pagar o débito ou nomear bens para garantir o pagamento, sob pena de que seu patrimônio venha a ser penhorado. - Não indicados os bens ou não feito o pagamento, faz-se a penhora dos bens do executado e a sua intimação sobre essa penhora. - O devedor poderá apresentar embargos do devedor, no prazo de 30 dias, caso pretenda contestar, de alguma forma, o débito ou o próprio título. Podem ocorrer penhoras de créditos on- line, de faturamento da empresa, de ações, de imóveis, de veículos, etc. (São impenhoráveis o imóvel que serve de residência ao indivíduo - por se tratar de um bem de família - e outros assim definidos em lei). - Transcorrido o prazo de 30 dias sem a manifestação do devedor, os bens serão avaliados e depois encaminhados a leilão judicial para serem convertidos em dinheiro, a fim de quitar o débito. Eventuais resíduos são devolvidos ao contribuinte.
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