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ESTRADAS Prof. David Dantas dacd@ctec.ufal.br Delmiro Gouveia-AL UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO ENGENHARIA CIVIL TERRAPLENAGEM SUMÁRIO DA AULA INTRODUÇÃO À TERRAPLENAGEM OPERAÇÕES BÁSICAS DA TERRAPLENAGEM SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM COMPENSAÇÃO DE VOLUMES SELEÇÃO QUALITATIVA DE MATERIAIS Apresentar os subsídios necessários à compreensão dos princípios gerais que orientam as operações de terraplenagem aplicáveis a obras viárias terrestres. OBJETIVO INTRODUÇÃO À TERRAPLENAGEM TODAS AS OBRAS DE ENGENHARIA CIVIL EXIGEM TERRAPLENAGEM INTRODUÇÃO À TERRAPLENAGEM: DEFINIÇÃO Terraplenagem é a operação destinada a conformar o terreno existente aos gabaritos definidos em projeto. De maneira geral ela engloba os serviços de corte (escavação de materiais) e de aterro (deposição e compactação de materiais escavados). Escavação p/ Bases Civis Aterro nos Acessos Cortes de Maior Porte Escavação p/ DrenagemAterros de Maior Porte TODAS AS OBRAS DE ENGENHARIA CIVIL EXIGEM TERRAPLENAGEM INTRODUÇÃO À TERRAPLENAGEM: DEFINIÇÃO Terraplenagem é a operação destinada a conformar o terreno existente aos gabaritos definidos em projeto. De maneira geral ela engloba os serviços de corte (escavação de materiais) e de aterro (deposição e compactação de materiais escavados). Escavação p/ Bases Civis Aterro nos Acessos Cortes de Maior Porte Escavação p/ Drenagem Aterros de Maior Porte INTRODUÇÃO À TERRAPLENAGEM: HISTÓRICO (TERRAPLENAGEM MANUAL) Cabe notar que a realização de obras de terra em larga escala não é privilégio desta época, pois a muitos séculos elas vêm sendo executadas pelo homem. Milhares de m³ de rocha escavados e transportados para construção das pirâmides do Egito. INTRODUÇÃO À TERRAPLENAGEM: HISTÓRICO (TERRAPLENAGEM MANUAL) Maior garimpo a céu aberto do mundo. Toneladas de ouro e terra movimentados pelo homem. Garimpo de Serra Pelada (1980) Curionópolis - PA INTRODUÇÃO À TERRAPLENAGEM: HISTÓRICO (TERRAPLENAGEM MANUAL) Atualmente, apenas terraplenagens de pequeno porte são, eventualmente, realizadas manualmente (principalmente relacionadas a drenagem). INTRODUÇÃO À TERRAPLENAGEM: HISTÓRICO (TERRAPLENAGEM MECANIZADA) Surgidos em consequência do desenvolvimento tecnológico, em razão de sua alta produtividade, tornou competitivo o preço de movimentação de terras. OPERAÇÕES BÁSICAS DA TERRAPLENAGEM OPERAÇÕES BÁSICAS DA TERRAPLENAGEM: CICLO DE OPERAÇÃO Examinando-se a execução de quaisquer serviços de terraplenagem, pode-se distinguir quatro operações básicas que ocorrem em sequência ou simultaneamente: CICLO DE OPERAÇÃO • Escavação; • Carga do material escavado; • Transporte; • Descarga e espalhamento. SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM REVISANDO: PROJETO GEOMÉTRICO Para a perfeita compreensão sobre terraplenagem, tanto na sua etapa de projeto como na de construção, torna-se necessário o conhecimento dos elementos de um projeto rodoviário, que possuem interligação direta com o Projeto de Terraplenagem. PLANTA • Eixo do projeto, estaqueado convenientemente; • Bordos das plataformas de terraplenagem; • Off-sets; • Curvas de nível; • Cursos d’água; • Bueiros e obras de arte especiais; • Interseções; • Construções existentes; • Limites da faixa de domínio. REVISANDO: PROJETO GEOMÉTRICO Para a perfeita compreensão sobre terraplenagem, tanto na sua etapa de projeto como na de construção, torna-se necessário o conhecimento dos elementos de um projeto rodoviário, que possuem interligação direta com o Projeto de Terraplenagem. PERFIL LONGITUDINAL • Greide de terraplenagem; • Terreno natural referente ao eixo; • Obras para transposição dos cursos d’água. REVISANDO: PROJETO GEOMÉTRICO Para a perfeita compreensão sobre terraplenagem, tanto na sua etapa de projeto como na de construção, torna-se necessário o conhecimento dos elementos de um projeto rodoviário, que possuem interligação direta com o Projeto de Terraplenagem. SEÇÃO TRANSVERSAL • Cortes ortogonais ao eixo de projeto; • Plataforma do projeto; • Seção Tipo (em tangente); • Seção Tipo (em curva). SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM: SERVIÇOS PRELIMINARES Antes de dar início às operações básicas, é necessária a retirada de todos os elementos, naturais ou artificiais, que não participarão diretamente ou que possam interferir nestas duas operações. SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM: CAMINHOS DE SERVIÇO Em se tratando de terraplenagem de trecho virgem, ou seja, trecho que não possui uma estrada de ligação de caráter pioneiro é necessário abrir caminho para os equipamentos que levarão o material retirado dos cortes para os aterros. SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM: CORTES Segmentos que requerem escavação no terreno natural para se alcançar a linha do greide projetado, definindo assim transversal e longitudinalmente o corpo estradal. �Escavação do terreno natural até a plataforma de terraplenagem; �Rebaixamento do leito de terraplenagem, nos casos de subleito inadequado. SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM: EMPRÉSTIMOS E BOTA-FORAS Escavações destinadas à complementação de volumes necessários para aterros, quando houver insuficiência de volume nos cortes, ou por razões de ordem qualitativa de materiais, ou de ordem econômica (elevadas distâncias de transporte). Volumes de materiais que, por excesso ou por condições geotécnicas insatisfatórias, são escavados nos cortes e destinados a depósitos em áreas externas à construção rodoviária, ou seja, são os volumes de materiais escavados não utilizáveis na terraplenagem. SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM: ATERROS Constituem segmentos cuja implementação requer o depósito de materiais, para a composição do corpo estradal segundo os gabaritos de projeto. Os materiais de aterro se originam dos cortes e dos empréstimos. � As operações de aterro compreendem a descarga, o espalhamento, a correção da umidade (umedecimento ou aeração) e a compactação dos materiais escavados, para confecção do corpo e da camada final dos aterros. � Substituição de volumes retirados nos rebaixamentos de plataforma em cortes ou nos terrenos de fundação dos próprios aterros. COMPENSAÇÃO DE VOLUMES COMPENSAÇÃO DE VOLUMES: LONGITUDINAL E LATERAL Dependendo da situação topográfica do segmento, teremos caracterizados dois tipos distintos de compensação de volumes: compensação longitudinal ou compensação lateral. COMPENSAÇÃO DE VOLUMES: LONGITUDINAL E LATERAL Dependendo da situação topográfica do segmento, teremos caracterizados dois tipos distintos de compensação de volumes: compensação longitudinal ou compensação lateral. SELEÇÃO QUALITATIVA DE MATERIAIS SELEÇÃO QUALITATIVA DOS MATERIAIS: CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO • são constituídos por solos em geral, de origem residual ou sedimentar, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 15 cm, independentemente do teor de umidade. 1ª Categoria • compreendem aqueles materiais com resistência ao desmonte inferior à da rocha sã, cuja extração se torne possível somente com a combinação de métodos que obriguem a utilização de escarificador pesado. A extração poderá envolver, eventualmente , o uso de explosivos ou processos manuais adequados. 2ª Categoria • correspondem a aqueles materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à da rocha sã e blocos de rocha que apresentem diâmetro médio superior a 1 m ou volume superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem somente com o emprego contínuo de explosivos 3ª Categoria O principal critério que intervém na classificação dos materiais de superfície, quanto a escavação, é a maior ou menor dificuldade ou resistência que oferecem ao desmonte, seja ele manual ou mecanizado.SELEÇÃO QUALITATIVA DOS MATERIAIS: IMPORTÂNCIA ECÔNOMICA A maior ou menor resistência que um material pode oferecer, durante a extração de um corte, influencia de forma direta o custo desta operação. • são constituídos por solos em geral, de origem residual ou sedimentar, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 15 cm, independentemente do teor de umidade. 1ª Categoria • compreendem aqueles materiais com resistência ao desmonte inferior à da rocha sã, cuja extração se torne possível somente com a combinação de métodos que obriguem a utilização de escarificador pesado. A extração poderá envolver, eventualmente , o uso de explosivos ou processos manuais adequados. 2ª Categoria • correspondem a aqueles materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à da rocha sã e blocos de rocha que apresentem diâmetro médio superior a 1 m ou volume superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem somente com o emprego contínuo de explosivos 3ª Categoria SELEÇÃO QUALITATIVA DOS MATERIAIS: IMPORTÂNCIA ECÔNOMICA A maior ou menor resistência que um material pode oferecer, durante a extração de um corte, influencia de forma direta o custo desta operação. • são constituídos por solos em geral, de origem residual ou sedimentar, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 15 cm, independentemente do teor de umidade. 1ª Categoria • compreendem aqueles materiais com resistência ao desmonte inferior à da rocha sã, cuja extração se torne possível somente com a combinação de métodos que obriguem a utilização de escarificador pesado. A extração poderá envolver, eventualmente , o uso de explosivos ou processos manuais adequados. 2ª Categoria • correspondem a aqueles materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à da rocha sã e blocos de rocha que apresentem diâmetro médio superior a 1 m ou volume superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem somente com o emprego contínuo de explosivos 3ª Categoria SELEÇÃO QUALITATIVA DOS MATERIAIS: IMPORTÂNCIA ECÔNOMICA A maior ou menor resistência que um material pode oferecer, durante a extração de um corte, influencia de forma direta o custo desta operação. • são constituídos por solos em geral, de origem residual ou sedimentar, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 15 cm, independentemente do teor de umidade. 1ª Categoria • compreendem aqueles materiais com resistência ao desmonte inferior à da rocha sã, cuja extração se torne possível somente com a combinação de métodos que obriguem a utilização de escarificador pesado. A extração poderá envolver, eventualmente , o uso de explosivos ou processos manuais adequados. 2ª Categoria • correspondem a aqueles materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à da rocha sã e blocos de rocha que apresentem diâmetro médio superior a 1 m ou volume superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem somente com o emprego contínuo de explosivos 3ª Categoria SELEÇÃO QUALITATIVA DOS MATERIAIS: IMPORTÂNCIA ECÔNOMICA A maior ou menor resistência que um material pode oferecer, durante a extração de um corte, influencia de forma direta o custo desta operação. • são constituídos por solos em geral, de origem residual ou sedimentar, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 15 cm, independentemente do teor de umidade. 1ª Categoria • compreendem aqueles materiais com resistência ao desmonte inferior à da rocha sã, cuja extração se torne possível somente com a combinação de métodos que obriguem a utilização de escarificador pesado. A extração poderá envolver, eventualmente , o uso de explosivos ou processos manuais adequados. 2ª Categoria • correspondem a aqueles materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à da rocha sã e blocos de rocha que apresentem diâmetro médio superior a 1 m ou volume superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem somente com o emprego contínuo de explosivos 3ª Categoria SELEÇÃO QUALITATIVA DOS MATERIAIS: IMPORTÂNCIA ECÔNOMICA A maior ou menor resistência que um material pode oferecer, durante a extração de um corte, influencia de forma direta o custo desta operação. CUSTO DE 3ª CATEGORIA > CUSTO DE 2ª CATEGORIA > CUSTO DE 1ª CATEGORIA � Maior dificuldade na transição entre 1ª e 2ª categoria; � Essencial ao classificador experiência anterior, aliado ao bom senso (subjetivo); � Em projetos de escavação de grandes volumes, a prospecção de solos auxilia a pré-determinação dos perfis de solo e rochas, facilitando a estimativa dos volumes de materiais (objetivo). SELEÇÃO QUALITATIVA DOS MATERIAIS: CARACTERÍSTICAS FÍSICAS A seleção qualitativa, em função das características físicas dos materiais terrosos de terraplenagem é regida pelas propriedades dos solos relacionados à sua capacidade de suporte e expansão. Ensaio de Índice de Suporte Califórnia (ISC) ou Ensaio de California Bearing Ratio (CBR) Determinação da relação entre a pressão necessária para produzir a mesma penetração do pistão num corpo de prova de solo compactado sob certas condições de compactação, e a pressão necessária para produzir a mesma penetração numa brita padronizada. Para efeito de projeto é necessário correlacionar o ensaio de CBR ao de compactação, empregando- se como valor de projeto de ISC o ponto correspondente à umidade ótima do ensaio de compactação. Relação do ensaio de CBR e compactação É a relação percentual entre o acréscimo na altura do corpo de prova, após quatro dias de imersão em água e a altura do corpo de prova compactado, antes da imersão. Ensaio de Expansão SELEÇÃO QUALITATIVA DOS MATERIAIS: CARACTERÍSTICAS FÍSICAS A seleção qualitativa, em função das características físicas dos materiais terrosos de terraplenagem é regida pelas propriedades dos solos relacionados à sua capacidade de suporte e expansão. CBR (%) QUALIDADE DO MATERIAL � 60 Excelente 20 a 60 Muito Bom 10 a 20 Bom 5 a 10 Regular 2 a 5 Ruim <2 Péssimo Relação CBR x Qualidade do Material Valores Extremos de Expansão e CBR Para camadas finais de terraplenagem: expansão � 2% CBR � 9% Para corpo de aterros: expansão � 4% CBR � 2% Caso o material não possua as características necessárias para a estrada, são utilizados empréstimos na faixa de domínio e de jazidas. SELEÇÃO QUALITATIVA DOS MATERIAIS: FATORES DE HOMOGENEIZAÇÃO É a relação entre o volume do material no corte de origem e o volume que este mesmo material ocupará no aterro, após ser compactado. Também chamado de “empolamento”. �� � �� � ��� � ESCAVAÇÃO TRANSPORTE COMPACTAÇÃO ���� < ��� � < �� � ��%� � �� � � ��� � ��� � Empolamento SELEÇÃO QUALITATIVA DOS MATERIAIS: GRAU DE COMPACTAÇÃO É a relação entre a massa específica obtida no campo e a massa específica máxima determinada no laboratório. �� � � ������� � �á �!�"�#�$ó#&�� '100 � é a massa específica aparente do material alcançado no campo. � �á é a massa específica seca máxima estabelecida por ensaio de compactação. Ensaio de Frasco de Areia (DNER ME 092-94) Procedimento para a determinação da massa específica aparente do solo, “in situ”, com emprego de frasco de areia. Prescreve a aparelhagem, as condições para obtenção dos resultados e do grau de compactação. SUMÁRIO DA AULA INTRODUÇÃO À TERRAPLENAGEM OPERAÇÕES BÁSICAS DA TERRAPLENAGEM SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM COMPENSAÇÃO DE VOLUMES SELEÇÃO QUALITATIVA DE MATERIAIS Foram apresentados os princípios gerais que orientam as operações de terraplenagem aplicáveis a obras viárias terrestres. CONCLUSÃO
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