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Conteúdo Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho: ju- risdição e competência. Ponto 2 Artigos CF, 114; CLT, 650 – 653; 668 – 669; 674 – 683 + Lei 7.701/88 Ficha Teoria Antes da Emenda Constitucional 45/2004 a compe- tência da Justiça do Trabalho era para relação de em- prego (subordinação), o avulso e o pequeno emprei- teiro. Depois da Emenda Constitucional 45/2004 a competência da Justiça do Trabalho se estende às ações oriundas das relações de trabalho como um todo. Todo trabalhador pode demandar na Justiça do Trabalho! FCC, 2014 (TRT 16 - AJEM) STJ, 363 Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. Competência em Razão da Matéria/Pessoa | CF, 114, I Cabe a Justiça do Trabalho, processar e julgar: - Ações oriundas das relações de trabalho; - Abrangidos os entes de Direito Público Externo (es- tados estrangeiros e organismos internacionais); Os Organismos Internacionais (ex. ONU, OIT), se es- tiver estabelecido, na norma de sua criação, que há imunidade absoluta, isso deve ser respeitado. OJ, 416, SDI-I. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZA- ÇÃO OU ORGANISMO INTERNACIONAL. As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevale- cerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia ex- pressa à cláusula de imunidade jurisdicional. - Administração Direta ou Indireta; ADI 3395, STF: excluiu da competência da Justiça do Trabalho as relações de estatutários e temporários. Somente os celetistas podem demandar na Justiça do Trabalho. Relação de Trabalho Relação de Emprego Trabalho Autônomo Trabalho Avulso Trabalho Voluntário Estágio Trabalho Eventual Relação de Trabalho Subordinado (empregado) CLT Não Subordinado (autônomo) CC Estados Estrangeiros Império Ex: Concessão de Vistos Imunidade Absoluta Gestão Contratação de Empregados Não há imunidade de Jurisdição. APENAS CELETISTAS! Há imunidade de execução, não pode a Justiça Brasileira executar pe- nhora, venda, por exemplo, de bens do Estado Estrangeiro. Tem que ter Carta Rogatória pedindo a execução. Salvo se houver renúncia. CF, 114, II ao IX: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações referentes a: # Dano Moral e Patrimonial, decorrentes da Rela- ção de Trabalho: Súmula Vinculante 22: A Justiça do Trabalho é compe- tente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. Com a Emenda Constitucional 45/2004, dano moral e patrimonial, decorrente de acidente de trabalho, passou a ser competência da Justiça do Trabalho. As ações propostas antes da EC 45/04, que não ti- nham sentença de mérito, foram deslocadas para a Justiça do Trabalho. Princípio da Perpetuatio Jurisdictiones (CPC, 87): a com- petência é definida no momento da propositura da ação, salvo quando houver alteração de competência em razão da matéria, em razão da hierarquia, quando há supressão de órgãos jurisdicionais, quando há criação de uma Vara do Trabalho, nos 3 casos, todas as ações são dirigidas ao novo Juízo competente. Quando há alteração da competência em razão da ma- téria, deslocam-se TODAS as ações para o novo juízo competente, SALVO quando a alteração decorreu da EC 45/04, neste caso, deslocam-se somente as ações que NÃO possuíam sentença de mérito. STJ, 367: A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não alcança os processos já sentenciados. Acidente de Trabalho: a ação contra o INSS é com- petência da Justiça Comum Estadual, CF, 109, I (competência residual). Atenção! Quando o empregado falece, e os sucesso- res entram com ação de indenização, essa ação é de competência da Justiça do Trabalho. Ação Regressiva: ação da União conta o empregador; essa ação é de competência da Justiça Federal. # Ações Oriundas do Direito de Greve: Súmula Vinculante 23: A Justiça do Trabalho é compe- tente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. Ações Possessórias ajuizadas em decorrência do exer- cício do direito de greve da iniciativa privada. - Esbulho: reintegração de posse. - Turbação: manutenção da posse. - Ameaça: interdito proibitório. # Mandado de Segurança, Habeas Corpus, Habeas Data quando o ato questionado envolver matéria sujeita a sua jurisdição. Ex.: quando o juiz manda prender por depositário in- fiel (Súmula Vinculante 25), envia Habeas Corpus para o TST e reclamação constitucional ao STF. ADI 3684: Ações Penais (crimes) estão fora da com- petência da Justiça do Trabalho. # Penalidades Administrativas Impostas os Em- pregadores pelos Órgãos de Fiscalização do Tra- balho: Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. Súmula Vinculante 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de cré- dito tributário. TST, 424: RECURSO ADMINISTRATIVO. PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE. DEPÓSITO PRÉVIO DA MULTA ADMI- NISTRATIVA. NÃO RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO FEDE- RAL DO § 1º DO ART. 636 DA CLT. O § 1º do art. 636 da CLT, que estabelece a exigência de prova do depósito prévio do valor da multa cominada em razão de autuação administra- tiva como pressuposto de admissibilidade de recurso admi- nistrativo, não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, ante a sua incompatibilidade com o inciso LV do art. 5º. Atenção! O CLT, 636, § 1º é inconstitucional, porque os princípios do contraditório e da ampla defesa. # Executar, DE OFÍCIO, as contribuições SOCIAIS decorrentes das sentenças que proferir: Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, das contribuição sociais (previstas no art. 195, I, a e II, da CF) incidentes sobre sentenças condenatórias e as homologatórias de acordo que proferir. Atenção ao CLT, 876, § único, executar de ofício as contribuições sociais decorrentes: a) sentenças con- denatórias em pecúnia; b) decorrentes de sentenças homologatórias de acordo; c) incidentes sobre os salários pagos durante o período contratual reco- nhecido esse não é o entendimento do TST. TST, 368: DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homo- logado, que integrem o salário de contribuição. - Observar a questão, se pede de acordocom a Lei ou com a Súmula. Competência das contribuições que o empregado ainda NÃO recebeu são de competência da Justiça do Trabalho. # Ações Envolvendo Sindicatos: Representação sindical: Sindicato X Sindicato Sindicato X Empregado Sindicato X Empregador # Outras controvérsias previstas em lei: TST, 300 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. CA- DASTRAMENTO NO PIS. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS). FCC, 2015 (TRT 6 - Juiz): Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social -PIS. TST, 389 SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUS- TIÇA DO TRABALHO. DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO LIBERAÇÃO DE GUIAS: I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Tra- balho a lide entre empregado e empregador tendo por ob- jeto indenização pelo não-fornecimento das guias do se- guro-desemprego. II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessá- ria para o recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. FCC, 2015 (TRT 6 - Juiz): Inscreve-se na competência ma- terial da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e em- pregador tendo por objeto indenização pelo não-forneci- mento das guias do seguro-desemprego, sendo que o não- fornecimento dá origem ao direito à indenização. Conflito de Competência Acontece quando há dois juízos ou mais, se julgando competente (positivo) ou incompetentes (negativo), ou conflito acerca de reunião ou não de ações. TRT | CLT 808, a Vara do Trabalho X Vara do Trabalho ou Juiz de Direito investido de jurisdição trabalhista (vinculados ao mesmo Tribunal). TST | CLT, 808, b Vara do Trabalho X Vara do Trabalho ou Juiz de direito com Jurisdição Trabalhista (vinculados a Tribunais diferentes). TRT X TRT TRT X Vara do Trabalho (vinculada a outro TRT). STJ | CF, 105, I, d TRT ou Vara do Trabalho X Juiz de Direito, Tribu- nal de Justiça, Juiz Federal ou Tribunal Regional Federal. (Órgãos de Justiças diferentes). STF | CF, 102, I, o TST X Tribunal de Justiça, Juiz de Direito ou Juiz Federal. (Quando no conflito há Tribunal Superior). Não tem competência na hipótese de ação meramente declaratória. Inexistência de Conflito | TST, 420 Aplica-se o Princípio da Hierarquia Funcional. TST, 420: COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGA- TIVO. TRT E VARA DO TRABALHO DE IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO. Não se configura conflito de compe- tência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Tra- balho a ele vinculada. Competência Em Razão do Lugar (Territorial) CLT, 651 Em regra, é o local da prestação do serviço. Quando existirem mais de um local, o competente será o úl- timo. Exceções: # Empregador que promove a realização das ati- vidades fora do lugar da celebração do contrato: CLT, 651, § 3º Em se tratando de empregador que pro- mova realização de atividades FORA DO LUGAR DO CONTRATO de trabalho, é assegurado ao empregado apre- sentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. Locais incertos, transitórios ou eventuais. Ex: moto- rista de ônibus, companhia teatral. # Competência Internacional: CLT, 651, § 2º: A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissí- dios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção in- ternacional dispondo em contrário. Empregado brasileiro contratado para trabalhar no estrangeiro, pode ajuizar reclamação trabalhista no 1 Art. 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se transferido: I - o empregado removido para o exterior, cujo contrato estava sendo executado no território brasileiro II - o empregado cedido à empresa sediada no estrangeiro, para trabalhar no exterior, desde que mantido o vínculo traba- lhista com o empregador brasileiro; III - o empregado contratado por empresa sediada no Brasil para trabalhar a seu serviço no exterior. Art. 3º - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legis- lação do local da execução dos serviços: I - os direitos previstos nesta Lei; II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria (FCC, 2014 (TRT 18 - Juiz)). Brasil, salvo se houver convenção internacional dispondo em contrário. Legislação Material Aplicável: legislação material do país da prestação do serviço (regra), Princípio da Territorialidade. Exceção: art. 2º, Lei 7.064/821, aplica-se a lei mais fa- vorável quando o empregado for transferido para o exterior. Hipóteses de Transferência: removido para o estrangeiro, cedido (é mantido o vínculo com a empresa brasileira), contratado por empresa com sede no Brasil para trabalhar, a seu serviço, no estran- geiro. # Empregado agente ou viajante comercial: a) competência da Vara do Trabalho em que a em- presa tenha agência ou filial e a esta o empregado es- teja subordinado; b) na falta da agência ou filial ou se o empregado não estiver subordinado a nenhuma delas, ele poderá op- tar entre ajuizar a ação no seu domicílio ou na locali- dade mais próxima. A regra principal, então, exige cumulação de requisi- tos: CLT, 651, § 1º: Quando for parte de dissídio agente ou via- jante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empre- gado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a lo- calidade mais próxima. Regra Principal Empresa tenha agência ou filial Empregado subordinado a essa agência ou filial Posicionamento da FCC FCC, 2014 (TRT 16 - TJAA): A empregada “A” ajuizou re- clamação trabalhista em Salvador, local em que se mudou após sua dispensa. Entretanto, o local em que prestou ser- viços foi em São Luís. A empresa, regularmente notificada, não compareceu à audiência, tendo sido decretada sua re- velia e confissão quanto à matéria de fato. No tocante à ale- gação de incompetência em razão do lugar, é correto afir- mar que:tendo em vista que a incompetência é relativa e não alegada no momento oportuno, ou seja, com a defesa, prorroga-se a competência do juízo de Salvador, tornando- se competente para conhecer e julgar o feito, havendo pre- clusão da matéria Legislação Constituição Federal: Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribu- nal Regional do Trabalho. FCC, 2014 (TRT 18 - Juiz) Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; FCC,2014 (TRT 24 - Juiz) II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e em- pregadores; FCC, 2014 (TRT 24 - Juiz) FCC, 2014 (TRT 2 - AJAJ) IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; FCC, 2014 (TRT 24 - Juiz) V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII - as ações relativas às penalidades administrativas im- postas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; FCC, 2014 (TRT 24 - Juiz) FCC, 2014 (TRT 2 - AJAJ) FCC, 2013 (TRT 1 - Juiz) VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previs- tas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorren- tes das sentenças que proferir; IX - outras controvérsias decorrentes da relação de traba- lho, na forma da lei. § 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão ele- ger árbitros. § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação cole- tiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, po- dendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibi- lidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. CLT: Art. 643. Os dissídios, oriundos das relações entre empre- gados e empregadores bem como de trabalhadores avulsos e seus tomadores de serviços, em atividades reguladas na legislação social, serão dirimidos pela Justiça do Trabalho, de acordo com o presente Título e na forma estabelecida pelo processo judiciário do trabalho. § 1º As questões concernentes à Previdência Social serão decididas pelos órgãos e autoridades previstos no Capítulo V deste Título e na legislação sobre seguro social. § 2º As questões referentes a acidentes do trabalho conti- nuam sujeitas a justiça ordinária, na forma do Decreto n. 24.637, de 10 de julho de 1934, e legislação subsequente. § 3º A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para pro- cessar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho. FCC, 2014 (TRT 24 - Juiz) CLT, 651 A competência das Juntas de Conciliação e Julga- mento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estran- geiro. FCC, 2014 (TRT 24 - Juiz) FCC, 2014 (TRT 2 - AJEM) § 1º Quando for parte de dissídio agente ou viajante comer- cial, a competência será da Junta da localidade em que a em- presa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja su- bordinado e, na falta, será competente a Junta da localiza- ção em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. § 2º A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorri- dos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empre- gado seja brasileiro e não haja convenção internacional dis- pondo em contrário. FCC, 2014 (TRT 18 - Juiz) § 3º Em se tratando de empregador que promova realiza- ção de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respecti- vos serviços. FCC, 2014 (TRT 19 - TJAA) Art. 652 Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento: a) conciliar e julgar: I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da es- tabilidade de empregado; II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e inde- nizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho; III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice; IV - os demais dissídios concernentes ao contrato indivi- dual de trabalho; b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões; d) julgar os recursos interpostos das decisões do presi- dente, nas execuções; FCC, 2014 (TRT 18 - Juiz) d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência; e) (Suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944) V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO de- correntes da relação de trabalho; FCC, 2014 (TRT 24 - Juiz) Parágrafo único. Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que deriva- rem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em se- parado, sempre que a reclamação também versar sobre ou- tros assuntos. Art. 653. Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julga- mento: a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que não atende- rem a tais requisições; b) realizar as diligências e praticar os atos processuais or- denados pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou pelo Tri- bunal Superior do Trabalho; c) julgar as suspeições arguidas contra os seus membros; d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas; e) expedir precatórias e cumprir as que lhes forem depre- cadas; f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribuições que decorram da sua jurisdi- ção. Art. 678. Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete: I - ao Tribunal Pleno, especialmente: a) processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos; b) processar e julgar originariamente: 1) as revisões de sentenças normativas; 2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coleti- vos; FCC, 2014 (TRT 18 - Juiz) 3) os mandados de segurança; 4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e Julgamento; c) processar e julgar em última instância: 1) os recursos das multas impostas pelas Turmas; 2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Concilia- ção e Julgamento, dos juízes de direito investidos na juris- dição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos; FCC, 2014 (TRT 18 - Juiz) 3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aqueles e estas; d) julgar em única ou última instâncias: 1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços auxiliares e respectivos servido- res; 2) as reclamações contra atos administrativos de seu presi- dente ou de qualquer de seus membros, assim como dos ju- ízes de primeira instância e de seus funcionários. II - às Turmas: a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a; b) julgar os agravos de petição e de instrumento, estes de decisões denegatórias de recursos de sua alçada; c) impor multas e demais penalidades relativas e atos desua competência jurisdicional, e julgar os recursos inter- postos das decisões das Juntas dos juízes de direito que as impuserem. Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá re- curso para o Tribunal Pleno, exceto no caso do item I, alínea "c”, inciso 1, deste artigo Art. 680. Compete, ainda, aos Tribunais Regionais, ou suas Turmas: a) determinar às Juntas e aos juízes de direito a realização dos atos processuais e diligências necessárias ao julga- mento dos feitos sob sua apreciação; b) fiscalizar o comprimento de suas próprias decisões; FCC, 2014 (TRT 18 - Juiz) c) declarar a nulidade dos atos praticados com infração de suas decisões; d) julgar as suspeições arguidas contra seus membros; FCC, 2014 (TRT 18 - Juiz) e) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas; f) requisitar às autoridades competentes as diligências ne- cessárias ao esclarecimento dos feitos sob apreciação, re- presentando contra aquelas que não atenderem a tais re- quisições; g) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições que decorram de sua Jurisdição. Art. 803. Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre: a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito in- vestidos na administração da Justiça do Trabalho; FCC, 2014 (TRT 18 - Juiz) b) Tribunais Regionais do Trabalho; c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordi- nária; d) Câmaras do Tribunal Superior do Trabalho. Art. 806. É vedado à parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de in- competência. FCC, 2014 (TRT 18 - Juiz) Art. 808. Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de Direito, ou entre uma e outras, nas respecti- vas regiões; b) pela Câmara de Justiça do Trabalho, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou entre Juntas e Juízos de Direito su- jeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes; FCC, 2014 (TRT 18 - Juiz) c) pelo Conselho Pleno, os suscitados entre as Câmaras de Justiça do Trabalho e de Previdência Social; d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária. Orientações Jurisprudienciais: OJ 416, SDI-I. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO OU OR-GANISMO INTERNACIONAL. As organizações ou or- ganismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional in- corporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à na- tureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional Súmulas: TST, 189: GREVE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABA- LHO. ABUSIVIDADE: A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve. TST, 300: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. CA- DASTRAMENTO NO PIS. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS). FCC, 2013 (TRT 1 - Juiz) TST, 392: DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRA- BALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorren- tes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas. TST, 389: SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUS- TIÇA DO TRABALHO. DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO LIBERAÇÃO DE GUIAS. I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Tra- balho a lide entre empregado e empregador tendo por ob- jeto indenização pelo não-fornecimento das guias do se- guro-desemprego. II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessá- ria para o recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. TST, 454: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFE- RENTE AO SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS. 114, VIII, E 195, I, “A”, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚ- BLICA. Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Traba- lho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguri- dade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se des- tina ao financiamento de benefícios relativos à incapaci- dade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991). FCC, 2015 (TRT 6 - Juiz): Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho -SAT, que tem natureza de contribui- ção para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relati- vos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei no 8.212/1991). TST, 19: QUADRO DE CARREIRA. A Justiça do Trabalho é competente para apreciar reclamação de empregado que tenha por objeto direito fundado em quadro de carreira. OJ, 26. SDI–I. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO REQUERIDA POR VIÚVA DE EX-EMPREGADO. A Justiça do Trabalho é competente para apreciar pedido de complementação de pensão postu- lada por viúva de ex-empregado, por se tratar de pedido que deriva do contrato de trabalho. OJ, 138. SDI-I. COMPETÊNCIA RESIDUAL. REGIME JURÍ- DICO ÚNICO. LIMITAÇÃO DA EXECUÇÃO. Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens previs- tos na legislação trabalhista referente a período anterior à Lei nº 8.112/90, mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A superveniência de regime estatu- tário em substituição ao celetista, mesmo após a sentença, limita a execução ao período celetista. OJ, 129. SDI-II. AÇÃO ANULATÓRIA. COMPETÊNCIA ORI- GINÁRIA. Em se tratando de ação anulatória, a competência originária se dá no mesmo juízo em que praticado o ato su- postamente eivado de vício. OJ, 68. SDI-II. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. COMPETÊNCIA. Nos Tribunais, compete ao relator decidir sobre o pedido de antecipação de tutela, submetendo sua decisão ao Colegi- ado respectivo, independentemente de pauta, na sessão imediatamente subsequente. OJ, 130. SDI-II. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COMPETÊNCIA. LO- CAL DO DANO. LEI Nº 7.347/1985, ART. 2º. CÓDIGO DE DE- FESA DO CONSUMIDOR, ART. 93. I – A competência para a Ação Civil Pública fixa-se pela ex- tensão do dano. II – Em caso de dano de abrangência regional, que atinja ci- dades sujeitas à jurisdição de mais de uma Vara do Traba- lho, a competência será de qualquer das varas das localida- des atingidas, ainda que vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos. III – Em caso de dano de abrangência suprarregional ou na- cional, há competência concorrente para a Ação Civil Pú- blica das varas do trabalho das sedes dos Tribunais Regio- nais do Trabalho. IV – Estará prevento o juízo a que a primeira ação houver sido distribuída. OJ, 149. SDI-II. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. INCOMPE- TÊNCIA TERRITORIAL. HIPÓTESE DO ART. 651, § 3º, DA CLT. IMPOSSIBILIDADE DE DECLARAÇÃO DE OFÍCIO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA. Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalha-dor, da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local onde a ação foi proposta. TST, 420: COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGA- TIVO. TRT E VARA DO TRABALHO DE IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO. Não se configura conflito de compe- tência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Tra- balho a ele vinculada. FCC, 2014 (TRT 18 - Juiz) CLT, 677 A competência dos Tribunais Regionais deter- mina-se pela forma indicada no art. 651 e seus parágrafos e, nos casos de dissídio coletivo, pelo local onde este ocor- rer CLT, 804 Dar-se-á conflito de jurisdição: a) quando ambas as autoridades se considerarem compe- tentes; b) quando ambas as autoridades se considerarem incompe- tentes. CLT, 805 Os conflitos de jurisdição podem ser suscitados: a) pelos Juízes e Tribunais do Trabalho; b) pelo procurador-geral e pelos procuradores regionais da Justiça do Trabalho; c) pela parte interessada, ou o seu representante. CLT, 806 É vedado à parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de in- competência. CLT, 876 As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta fir- mados perante o Ministério Público do Trabalho e os ter- mos de conciliação firmados perante as Comissões de Con- ciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo. Parágrafo único. Serão executadas ex-officio as contribui- ções sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de conde- nação ou homologação de acordo, inclusive sobre os salá- rios pagos durante o período contratual reconhecido. TST, 189 GREVE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABA- LHO. ABUSIVIDADE.A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve. Fontes: - Curso Analista Avançado Direito do Trabalho e Pro- cesso do Trabalho, Professores Elisson Miessa e Hen- rique Correioa – CERS 2015 + Isolada para concursos de Tribunais do Trabalho, Profa. Aryanna Manfredini, CERS 2015. - Livro Tribunais e MPU – Processo do Trabalho, Elis- son Miessa. - Site QConcursos. OBS: o resumo foi elaborado no segundo semestre de 2015, então pode não estar atualizado. Estude acom- panhado de um Vade Mecum atualizado. Disponibilizado Por: Karina Adami Instagram: @concursandanotrt Blog: concursandanotrt.blogspot.com
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