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Direito penal iV: parte especial Prof. MsC. Eduardo Ferraz REGISTRO DE NASCIMENTO INEXISTENTE Legislação Art. 241. Promover no registro civil a inscrição de nascimento inexistente: Pena - reclusão, de dois a seis anos. Bem jurídico A regular organização da família e a fé pública nos documentos oficiais, em especial a segurança das fontes probatórias do estado de filiação. Sujeito ativo Qualquer pessoa (delito comum). Nada impede que pessoa estranha à família dos que são apontados como pais da pessoa inexistente seja sujeito ativo. Assim, pode praticar o delito ainda o Oficial do Registro Civil, e serão partícipes aqueles que colaborarem na prática do conduta do agente, como o médico que fornece atestado médico, as testemunhas do nascimento etc. Possível a coautoria quando o pai e a mãe promovem inscrição falsa de filho fictício. Sujeito passivo O Estado e as pessoas eventualmente prejudicadas pelo registro. Tipo objetivo Promover (requerer, originar, provocar) no Registro Civil a inscrição de nascente inexistente. Configura igualmente o tipo a inscrição de nascimento de natimorto. Assim, configurado está o tipo se afirma ter nascido filho de mulher que não deu à luz, seja por não encontrar-se grávida, seja por não ter ocorrido o parto, ou quando se declara vivo o natimorto. O delito em espécie absorve o delito de falsidade ideológica ou material (art. 299, CP). Tipo subjetivo Dolo (vontade e consciência) de promover no Registro Civil a inscrição de nascimento inexistente. Não há elemento subjetivo especial do tipo. Consumação Com a efetiva inscrição do nascimento inexistente no Registro Civil, independentemente da eventual ocorrência de prejuízo a outrem. É um delito instantâneo de efeitos permanentes. Tentativa Admissível. Exs.: quando o delito não se consuma por não se registrar no livro adequado por desconfiança do Oficial do Registro Civil; por denúncia da falsidade. Ação penal Pública incondicionada.
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