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Art. 311 Adulteração de sinal identificador de veículo automotor

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DIREITO PENAL
CRIMES EM ESPÉCIE
Prof. MsC. Eduardo Ferraz
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ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO AUTOMOTOR
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Legislação
Adulteração de sinal identificador de veículo automotor
Art. 311. Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço.
§ 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial.
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Bem jurídico
A fé pública, no que tange à regular identificação de veículos automotores.
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Sujeito ativo
Qualquer pessoa (crime comum).
Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço (§ 1º).
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Sujeito passivo
O Estado, e;
Eventual pessoa lesada.
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Tipo objetivo
Pune-se a conduta de adulterar (modificar) ou remarcar (marcar de novo) número de chassi (estrutura que suporta os elementos que integram o veículo – carroceria) ou qualquer sinal identificador (registro que serve para individualizar o objeto dos demais) de veículo automotor (todo veículo motorizado que serve normalmente para transporte viário de pessoas ou coisas, como, por ex., carro, caminhão, motocicleta etc.) de seu componente (portas, vidros etc.) ou equipamento (iluminação das placas etc.).
Mirabete, com apoio na jurisprudência, afirma que a simples raspagem do número do chassi não equivale à adulteração, sendo meramente um ato preparatório desta.
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Tipo objetivo (cont.)
A alteração de placa com utilização de fita adesiva é, para uns, mera infração administrativa (por não haver adulteração concreta e definitiva com o objetivo de fraudar a propriedade, o licenciamento ou o registro do veículo). Para outros, configura o presente delito (vez que, a placa de um veículo motorizado constitui-se em um sinal identificador externo. 
Assim, portanto, é típica a adulteração, contrafação, falsificação, deformação, deturpação ou remarcação de novo número ou sinal de identificação do veículo, de seu componente ou equipamento, pouco importando o processo utilizado
Ainda, segundo o STJ, a substituição de placas de um veículo por outro configura o crime do art. 311.
Não configura o presente crime, porém, a falsificação grosseira (podendo configurar uma mera infração administrativa).
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Tipo objetivo: forma equiparada
Nas mesmas penas do caput incorre o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial.
Trata-se de um crime próprio, somente podendo ser praticado por funcionário público (art. 327).
O tipo subjetivo é o dolo.
A consumação ocorre no momento em que se dá o licenciamento do veículo, tendo como pressuposto a adulteração ou remarcação anterior.
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Tipo subjetivo
Unicamente o dolo (vontade e consciência de realizar o tipo penal)
Não exige nenhuma finalidade especial por parte do agente. Se, porém, praticar a conduta descrita neste tipo visando auxiliar o autor do crime anterior, praticará também o crime de favorecimento pessoal – art. 348 – ou real – art. 349, conforme o caso.
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Consumação
Com a adulteração ou remarcação do número do chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento.
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Tentativa
Admissível.
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Ação penal
Pública incondicionada.
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