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DIREITO PENAL IV: PARTE ESPECIAL Prof. MsC. Eduardo Ferraz 1 Incitação ao crime 2 Legislação Incitação ao crime Art. 286. Incitar, publicamente, a prática de crime: Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa. Bem jurídico A paz pública (e não o bem jurídico passível de sofrer lesão pela concretização do crime incitado). Sujeito ativo Qualquer pessoa (crime comum). Sujeito passivo A coletividade. Tipo objetivo O tipo objetivo pune a conduta daquele que: Incitar (verbo núcleo, significando induzir, provocar, estimular, instigar) (a incitação não pode ser para a prática de delitos de forma genérica, devendo apontar fato determinado, específico) Publicamente (atingindo um número indeterminado de pessoas, podendo ocorrer de diversas formas (crime de ação livre)) A prática de determinado crime (crime é elemento normativo do tipo penal, significando ação típica, antijurídica e culpável; inexiste crime se a incitação visar a prática de contravenção penal ou ato apenas imoral (se alguém é incitado ao suicídio (art. 122), se estimulada a prostituir-se (art. 228))). O crime não se configura na hipótese em que o agente simplesmente apresenta uma tese de que certa conduta deva ser descriminalizada. Tipo subjetivo O dolo (vontade e consciência) de realizar o tipo penal (incitar, publicamente, a prática de crime (fato determinado), sabendo que se dirige a número indeterminado de pessoas). Consumação Com a incitação dirigida a número indeterminado de pessoas, independentemente da prática do crime incitado (é um delito de perigo abstrato). Vindo o instigado a praticar o crime, o instigador poderá, se comprovado o nexo causal, responder também por ele em concurso formal impróprio (art. 70, CP). Tentativa Não se tratando de incitação oral, é admissível. Ação penal Pública incondicionada.
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