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AULA 3-Passivo e Patrimônio Líquido

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Passivo e Patrimônio Líquido
Reservas de Capital
O Passivo, conforme § 2º, do artigo 178, da Lei nº 6404/76, é composto por três grupos:
Passivo Circulante
Passivo Não Circulante
Patrimônio Líquido
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior.
A classificação levará em conta o prazo do ciclo operacional da companhia, se este for superior ao exercício social, isto é, superior a um ano.
A obrigação deve ser classificada no Passivo Circulante quando satisfazer um dos critérios abaixo:
a) Espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
b) Está mantido essencialmente para finalidade de ser negociado;
c) Deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou
d) A entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
As demais obrigações, que não atenderem qualquer dos critérios vistos anteriormente deverão ser classificadas no Passivo Não Circulante.
Obrigações da Empresa
As obrigações das empresas compreendem normalmente as seguintes contas:
Empréstimos e financiamentos a pagar: Decorrem das captações de recursos efetuadas pelas empresas para financiar suas operações e aquisições de Ativos.
Fornecedores a pagar: Referem-se às dívidas assumidas com a compra de estoques e serviços.
Impostos sobre o lucro, receita e patrimônio a pagar: São as dívidas tributárias da empresa em decorrência da tributação do lucro (imposto de renda e contribuição social), tributação da receita de vendas (PIS, COFINS, ISS, ICMS) e tributação do patrimônio (IPTU, IPVA).
Salários e encargos sociais: Valores devidos ao pessoal da empresa, a título de salários, décimo terceiro salário e férias, bem como os encargos sociais incidentes na folha de pagamentos.
Adiantamento de clientes: Refere-se aos recursos recebidos, adiantadamente, dos clientes por conta de futura entrega de bens ou serviços.
Provisão para contingências tributárias, trabalhistas e cíveis: São decorrentes de autuações promovidas pelos órgãos de fiscalização tributária ou por processos movidos por empregados ou terceiros contra a empresa, e que foram considerados como de perda provável.
Composição do Patrimônio Líquido
Conforme dispõe o artigo 178, § 2º, III, da Lei nº 6.404/76, com nova redação dada pela Lei nº 11.941/09, o Patrimônio Líquido será composto por:
Capital Social
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Ações em Tesouraria
Prejuízos Acumulados
Capital Social
O capital social é composto pelos recursos (dinheiro ou qualquer outro bem, suscetível de avaliação monetária) colocados à disposição da empresa pelos sócios, sendo fixado nos atos que constituem a sociedade (estatuto ou contrato social). 
Ele, via de regra, é alterado no decorrer da vida da empresa, mediante a integralização de novos recursos ou, ainda, pela incorporação de reservas de lucros ou capital.
Conceitos de Capital
Podemos dizer que o capital social é, também, conhecido na literatura contábil como capital nominal da empresa. Alguns outros conceitos de capital também são utilizados na contabilidade por conta da tradição e, ainda, das determinações da Lei nº 6404/76, como segue:
Capital subscrito: É o total dos recursos que os sócios subscreveram, isto é, comprometeram-se entregar à empresa.
Capital a integralizar ou a realizar: É o total dos recursos que os sócios subscreveram, isto é, comprometeram-se entregar à empresa.
Capital integralizado ou relizado: É a parcela efetivamente ingressada na empresa, em dinheiro, outros bens ou direitos.
Capital autorizado: É uma figura instituída pela Lei nº 6.404//76 em que o aumento do capital social pode ser efetuado sem alteração estatutária.
As reservas de capital são constituídas com valores recebidos, pela empresa, dos sócios ou de outros participantes do capital, mas que não transitam pelo resultado do exercício como receitas, pois se referem a valores destinados a reforço de capital, sem terem como contrapartida qualquer esforço da empresa em termos de entrega de bens ou prestação de serviços futuros.
A principal destinação das reservas de capital é a incorporação ao capital social. Contudo, podem ser utilizadas para:
Pagamento de dividendos de ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for conferida
Absorção de prejuízos, após a utilização dos saldos de reservas de lucros
Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
- A contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social;
- O produto da alienação de partes beneficiárias e de bônus de subscrição.
Partes beneficiárias são títulos negociáveis emitidos pelas sociedades por ações (SA), sem valor nominal e estranhos ao capital, que darão aos seus detentores direito de crédito eventual contra a sociedade.
Bônus de subscrição são títulos negociáveis, emitidos pela companhia de capital autorizado, dando aos seus portadores o direito de subscrever ações dentro de um prazo determinado, pelo preço das ações.
Ajustes de Avaliação Patrimonial
A conta ajuste da avaliação patrimonial não é reserva, pois não passou pelo resultado; ela recebe as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor, atribuídos a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência.
Valor Justo
Valor Justo, ou fair value, conforme grafia em língua inglesa, é o montante pelo qual um Ativo poderia ser trocado, ou um Passivo liquidado, entre partes independentes, com conhecimento do negócio e interesse em realizá-lo, em uma transação em que não há favorecidos.
Em regra, serão avaliados ao valor justo e reconhecidos na conta ajuste de avaliação patrimonial os seguintes itens:
Instrumentos financeiros destinados à venda futura, classificados no Ativo Circulante ou no Ativo Não Circulante – realizável a longo prazo;
Passivos financeiros que atendam às classificações do mercado;
Ativos e Passivos resultantes de reorganização societária – fusão, cisão e incorporação;
Variações cambiais de investimentos no exterior.
Reservas de Lucro
As Reservas de Lucros representam a destinação dos lucros auferidos pelas empresas, sendo, assim, valores provenientes do resultado do exercício, quando este é positivo, que, após transitar pela conta “lucros ou prejuízos acumulados”, são integrados ao Patrimônio Líquido.
A constituição das reservas de lucro, no caso de uma empresa constituída como sociedades por ações, é feita pela administração da empresa e sujeita à aprovação pela Assembléia de Acionistas.  
Desta forma, nos termos da Lei nº 6.404/76, serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
Ações em tesouraria
Ações em tesouraria são ações recompradas pela própria empresa que as emitiu, atendendo a algum objetivo da sociedade. Essas ações ficam classificadas no Patrimônio Líquido da sociedade, reduzindo o seu valor. 
Estas operações estão reguladas pela Instrução CVM nº 10, a qual permite a aquisição das próprias ações, para efeito de cancelamento ou permanência em tesouraria, e posteriormente aliená-las (as companhias abertas, cujo estatuto social atribuiu ao conselho de administração poderes para autorizar tal procedimento).
Caso a empresa, ao adquirir estas ações, não se interesse pelo cancelamento das mesmas, elas permanecerão em poder da empresa, em tesouraria, à espera de uma nova negociação.
Contabilmente, a operação de compra de suas próprias ações ou quotas equivale a uma reduçãodo Patrimônio Líquido, sendo esta conta (ações em tesouraria) redutora do Patrimônio Líquido.
Lucros ou Prejuízos Acumulados
É a conta que recebe os débitos e créditos relativos aos resultados apurados pelas sociedades, para posterior destinação, no caso de lucro no período, ou aguardarem compensação no caso de prejuízo.
As alterações efetuadas pela Lei nº 11.638/07 obrigaram as empresas a destinarem todo o saldo de lucros apurados a cada exercício, de tal forma que esta conta não poderá manter saldo credor, apenas devedor, ou seja, prejuízos acumulados. 
Desta forma, todo o lucro apropriado a esta conta deverá ser distribuído, ficando esta conta com saldo zero ou devedor ao final do exercício, não aparecendo assim no Balanço Patrimonial, a menos que seu saldo seja negativo (devedor).
Critérios de avaliação do Passivo
Os critérios de avaliação do Passivo estão estabelecidos no art. 184, da Lei nº 6.404/76, que determinou que no balanço, os elementos do Passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:
As obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive imposto sobre a renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço;
2 - As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de cambio em vigor na data do balanço;
3 - As obrigações, os encargos e os riscos classificados no Passivo Não Circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
As obrigações de longo prazo, da mesma forma que os direitos classificados no Ativo realizável a longo prazo, devem ser ajustadas a valor presente.
Partimos de um exemplo de uma compra de um imóvel, por R$ 1.000.000,00, a ser pago a longo prazo. Supondo que esse montante, caso ajustado a valor presente, por uma taxa que reflita o nível de risco da operação, apresentasse o valor de R$ 920.000,00. 
Para efetuar o ajuste a valor presente dos títulos a pagar de longo prazo, o seguinte registro contábil deverá ser efetuado:
Débito: Imobilizado R$ 920.000,00
Débito: Ajuste a valor presente R$ 80.000,00
Crédito: Títulos a Pagar de LP R$ 1.000.000,00
Este procedimento visa demonstrar os valores integrantes do balanço patrimonial na moeda da data de negociação, no caso dos Ativos/Passivos não Monetários e os Ativos/Passivos monetários pelo seu valor em moeda da data do balanço.
Ativo Não Monetário é o destinado para venda ou para utilização para a prestação de serviços internos ou externos, bem como direitos residuais de participação patrimonial e fundo de comércio. Ativo Não Monetário inclui direitos a numerário cujo montante depende de preços futuros de bens ou serviços específicos. 
Passivo Não Monetário corresponde à obrigação de fornecer bens ou serviços em quantidades fixas ou determináveis sem referência a mudança nos preços e obrigação de pagar em numerário importâncias que dependem de preços futuros de bens ou serviços específicos.
Ativo monetário é o numerário ou o direito a receber uma soma de numerário cujo valor é fixo ou determinado, sem qualquer indexação a preços futuros de bens ou serviços. 
Passivo Monetário é a obrigação de pagar uma soma de numerário cujo valor é fixo e determinado, sem qualquer indexação a preços futuros de bens e serviços.
Reconheceremos no resultado, à medida que o tempo for passando, a despesa financeira incorrida pelo comprador. O registro contábil será o seguinte:
Débito: Despesa financeira
Crédito: Ajuste a valor presente

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