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Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Parte Geral da Pessoas Naturais INTRODUÇÃO O ser humano, detém uma natureza social, em razão disso, o seu comportamento gera reflexo na aplicação do Direito, pois sua finalidade é tratar das relações entre as pessoas, de acordo com o tipo de relação que elas estabelecem. Daí vem a importância de antes de tudo, ter a noção do que seria uma relação jurídica. Relação jurídica: é o vínculo entre pessoas, em razão da qual uma pode pretender algo a que a outra é obrigado a prestar, com proteção do Estado. Fique sabendo! Ademais, é importante salientar que não é qualquer relação entre duas pessoas que será uma relação jurídica. Como é possível saber se estamos diante de uma relação jurídica ou de fato. Relação simples ou de fato Relação jurídica O direito regula a situação, imputando consequências SimNão Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Relação Jurídica RELAÇÃO JURÍDICA aconteci mento Objeto Sujeito de direito Os elementos de uma relação jurídica são: Pessoa natural/física ou jurídicas, e excepcionalmente os entes não personalizados, como o espólio. Acontecimento é um fato que esteja previsto na norma jurídica capaz de criar, modificar ou extinguir direito Um animal não pode fazer parte de uma relação jurídica, pois não tem personalidade jurídica, sendo apenas objeto dela, um bem semovente – aquele que se move através de força própria. De modo imediato, temos uma obrigação(dar, fazer, ou não fazer) De modo mediato, o bem buscado(móvel, imóvel, honra ) Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Personalidade Personalidade: é a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair deveres na ordem civil Atributo inerente a pessoa Pessoa natural: É o ser humano. Todo direito deve corresponder um sujeito que lhe detém a titularidade, O código civil em seu artigo 1º, dota de personalidade o ser humano. Art. 1º, cc: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil Aquisição de personalidade – art.2º Natureza do registro de nascimeno da pessoa : o registro de nascimento geralmente se dá no momento posterior ao seu nascimento, logo, percebe-se que já tem-se adquirido a personalidade, quando nasceu, sendo o registro uma mera declaração. REGISTRO ATO DECLARATORIO COM EFEITO EX TUNC “A partir de que momento se verifica a aquisição da personalidade” O momento do nascimento com vida , que respirou , já adquire a personalidade, logo, estamos diante de um critério objetivo. Teoria natalista Fique sabendo! Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com HOUVE RESPIRAÇÃO SIM NATIMORTO OBSERVAÇÃO O nascituro tem uma expectativa de direito, já que a lei põe a salvo os seus direitos desde a concepção. Os direitos assegurados , estão sob condição suspensiva: só terão eficácia se nascer com vida. NÃO Será feito um registro em livro próprio – art. 53, §1, da LRP Caso tenha nascido e morrido serão feitos dois registros: o de nascimento e o de óbito- art. 53§2º, da LRP 53, §2º da LRP ASSUNTO POLÊMICO A respeito da utilização de células- tronco embrionárias em pesquisas e terapias , o STF julgou uma ADI de numero 3.510, permitindo sua utilização. Enunciado n.1 da JDC/ CJF, A proteção que o código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos a personalidade, tais como nome, imagem e sepultura O nascituro, é o que está por nascer, é aquele que foi concebido mais ainda não nasceu. O nascituro tem personalidade jurídica em relação aos direitos personalíssimos e aos da personalidades (Personalidade jurídica formal), somente alcançará a fruição dos demais direitos com o nascimento com vida, como os bens patrimoniais – personalidade jurídica material Direito a vida Direito a filiação Assistência pré natal Exemplos Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com “São aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e em suas projeções sociais.” - Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho. Podemos afirmar que os direitos da personalidade são aqueles inerentes à pessoa e à sua dignidade. Características: (comuns à própria existência da pessoa) 1.Intransmissíveis - a titularidade do direito não pode ser transmitida, mas o seu exercício pode. 2.Irrenunciáveis - não são passiveis de rejeições por parte de seu titular. 3.Extrapatrimoniais 4.Vitalícios - acompanham o sujeito até sua morte, mas alguns direitos são resguardados após a morte, como direito a honra, a memória. (direitos subjetivos, inerentes à pessoa, inatos) 5.Absolutos 6.Indisponíveis - não são passiveis de se abrir mão, salvo de maneira transitória e especifica. 7.Imprescritíveis - a ausência do exercício não acarreta a perda do direito. 8.Impenhoráveis O Art. 11 do Código Civil Brasileiro determina que os direitos da personalidade não possam sofrer limitação voluntária, o que gera o seu caráter absoluto. Porem, essa regra tem suas exceções, sã elas: - O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, DESDE QUE não seja permanente nem geral. - Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não especificamente previstas em lei não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariado a boa-fé objetiva e os bons costumes. Direitos da Personalidade Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com EX: cessão onerosa dos direitos patrimoniais decorrentes da imagem; contratos assinados pelos participantes de “reality shows”. Pilar da Integridade Física - Tutela do corpo vivo- Art.13 do cc- - Tutela do corpo morto- Art.14 do cc - Autonomia do paciente – Art. 15 do cc Pilar da Integridade Psíquica ou Moral - Imagem- art. 20 do cc - Vida privada do – art.21 do cc - Nome – art. O Art. 12 do Código Civil Brasileiro possibilita a tutela geral da personalidade: “Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.” Ex: uma empresa lançar um álbum de figurinhas de um jogador de futebol sem a devida autorização. Nesse caso, será cabível uma ação específica para vedar novas veiculações e retirar o material de circulação. O parágrafo único do mencionado artigo, reconhece direitos da personalidade ao morto, cabendo legitimidade para ingressar com a ação correspondente aos lesados indiretos, são eles: cônjuge, ascendentes, descendentes e colaterais até quarto grau. Em tais casos, tem-se o dano indireto, uma vez que o dano atinge o morto e repercute em seus familiares. Tutela do corpo vivo Não se pode dispor do corpo em duas situações: - se houver contrariedade dos bons costumes - se importa em diminuição permanente da integridade física Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial Exemplos: - se machucar propositalmente, afronta os bons costumes, - cortar o próprio braço é uma maneira de diminuição permanente do corpo; A exceção, é por exigência médica, Ex.: cortar o braço por alguma doença ou para transplante, desde que seja órgão dúplice ou regenerável e a titulo gratuito. Os bens jurídicos tutelados são a saúde humana e os bons costumes; Esse artigo, ao permitir a disposição do próprio corpo por exigência médica,autoriza as cirurgias de transgenitalização, em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, e a consequente alteração do prenome e do sexo no Registro Civil (reconhecida pela jurisprudência de forma ampla). Tutela do corpo morto Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. Traz consigo a expressão objetivo cientifico, que refere-se a casos em que o corpo ou suas partes são deixadas para fins de estudos. Já objetivo altruístico se refere a casos em que deixa elementos do corpo, para fins de transplante, em favor de alguém; podendo o doador revogar a qualquer momento e segundo o enunciado 227 das JDC/ CJF: a manifestação expressa do doador em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, sendo esta utilizada quando o doador silenciou sobre a questão. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com A retirada post mortem dos órgãos deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica e depende de autorização de parente maior, da linha reta ou colateral até o segundo grau, ou do cônjuge sobrevivente, mediante documento escrito perante duas testemunhas. Autonomia do Paciente Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica Três princípios estão insculpidos no referido artigo, o 1º princípio da informação, o paciente tem direito a saber as informações relativas a sua situação; 2º princípio da autonomia, o profissional deve respeitar a vontade do paciente e pelo princípio da beneficência, a atuação medica deve buscar o bem estar do paciente evitando, quando possível, danos e riscos . A partir da leitura desses princípios percebe-se que o paciente tem direito a recusa de tratamento de risco, mas no caso de não ser possível consultar o paciente, numa situação de urgência, o médico poderá suprir o consentimento, fazendo a intervenção, não respondendo por constrangimento ilegal , pois o médico age em estado de necessidade, uma excludente de licitude. Imagem A imagem da pessoa pode ser classificada em: Imagem Retrato - fisionomia de alguém, o que é refletido no espelho Imagem Atributo - a soma de qualificações do ser humano, o que ele representa para a sociedade. Voz - Timbre sonoro identificador A proteção à imagem deve ser ponderada com outros interesses constitucionalmente tutelados, especialmente em face do direito de amplo acesso á informação e da liberdade de imprensa. Em caso de colisão, levar- se-á em conta a notoriedade do retratado e dos fatos abordados, bem como a veracidade destes e, ainda, as características de sua utilização (comercial, informativa, biográfica), privilegiando-se medidas que não restrinjam a divulgação de informações. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Autorização: Expressa ou Tácita Pessoas públicas + locais públicos = direito a imagem mitigada Pessoas publicas + pessoas privadas + locais públicos = direito a imagem mitigada Pessoas públicas + locais privado = direito a imagem Pessoas privadas {por segurança ou imagem panorâmica} = não é necessário autorização Privacidade A vida privada da pessoa natural é inviolável. Porém, esse direito não é absoluto, devendo ser ponderado com outros valores, sobretudo constitucionais. O conceito de intimidade não se confunde com o de vida privada, pois, é um conceito maior. A intimidade envolve questões polêmicas, principalmente no que concerne á dificuldade em saber até que ponto vai a privacidade da pessoa e quais seriam as suas limitações. Há varias exceções para a proteção a privacidade , como por exemplo, a quebra do sigilo. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com O dano moral In re ipsa é presumido, ou seja, não precisar ser provado. ATENÇÃO - DANO MORAL PURO OU DANO MORAL IN RE IPSA É o dano que decorre da simples conduta retornando de um campeonato em Las Vegas, Tobias, lutador de artes maciais, surpreende- se ao ver sua foto estampada em álbum de figurinhas intitulado “Os maiores lutadores de todos os tempos”, à venda nas bancas de todo o Brasil. Assessorado por um advogado de sua confiança, Tobias propõem, em face da editora responsável pela publicação, ação judicial de indenização por danos morais decorrente do uso não autorizado de sua imagem. A editora contesta a ação argumentando que a obra não expõe Tobias ao desprezo público e nem acarreta qualquer prejuízo a sua honra, tratando-se, muito ao contrário, de uma homenagem ao lutador, por apontá-lo como um dos maiores lutadores de todos os tempos. De fato, sob a foto de Tobias, aparecem expressões como “grande guerreiro” e “excepcional gladiador”, além de outros elogios à sua atuação nos ringues e arenas. DIANTE DO EXPOSTO, ANALISAREMOS: É cabível a indenização pleiteada por tobias no caso narrado a cima? Caso tobias tivesse falecido antes da publicação do álbum, seus descendentes poderiam propor a referida ação indenizatória? Fique sabendo! a)Pouco importa se a propaganda é positiva ou negativa, pois a simples violação, a conduta, para fins comerciais Sem autorização gera o dano. b)sim, o art.20, PU, afirma que em se tratando de morto ou ausente são partes legitima para requer a proteção são o cônjuge o ascendente ou o descendente. No caso de uma peça pratica, ira pedir tutela especifica com intuito de retirar a propagando do ar. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Nome A escolha do nome é livre, mas não poderá expor a ridículo ou ser discriminatório, segundo a lei 6.015/76- lei de registros públicos. Todos os elementos que fazem parte do nome são protegidos : Prenome - nome próprio da pessoa (podendo ser simples ou composto) Sobrenome, nome, apelido ou patronímico - nome de família A partícula - ex: da, dos, de O agnome - visa perpetuar um nome anterior já existente, ex: júnior, neto. Desde que para fins lícitos o pseudônimo goza das mesmas proteções que o nome, podendo acrescentar a o nome . Ex.: Luís Inácio LULA das Silva. ATENÇÃO O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda que haja intenção difamatória (art. 17 do CC), o nome também não pode ser utilizado, sem autorização, para fins de publicidade ou propaganda comercial (art. 18 do CC), ocorrendo a lesão será cabível a reparação civil. É possivel alterar o nome? O prenome é definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos e notórios. Os componentes do nome podem ser alterados mediante ação específica, cuja sentença deve ser registrada no cartório de registro das pessoas naturais. A alteração pode ocorrer, excepcionalmente, nos seguintes casos: - Quando o nome expor a pessoa ao ridículo ou a embaraços; - Nos casos de erro de grafia perceptível de imediato; Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com - Adequação de sexo; - Introdução do nome do cônjuge ou convivente; - Introdução de cognomes, ex: xuxa; -Introdução do nome do pai ou da mãe; - Para tradução de nomes estrangeiros, ex: John (João); - Nos casos de proteção à testemunhas (nos termos da lei 9.807/99); - Para inclusão do nome de família do padrasto ou madrasta por enteado ou enteada. Capacidade - De Direito - Própria de todo ser humano - De Fato – exercício dos direitos Todas as pessoas possuem a capacidade de direito, sendo assim, pressupõe-se a capacidade de fato. A incapacidade é a exceção. Alterações decorrentes da lei nº 13.146/2015 referentes a capacidade civil: Novo caput: “Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menoresde 16 (dezesseis) anos. Antigo caput: Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I – os menores de dezesseis anos; II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Os incisos II e III foram revogados. O artigo revoga parcialmente a capacidade absoluta. Só teremos uma hipótese de incapacidade absoluta: o menor de 16 anos. Não mais subsistirão as hipóteses de incapacidade absoluta por motivos psíquicos. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Se a gravidade é de tal grandeza que a pessoa enferma ou com deficiência não possa exprimir sua vontade sobre o objeto de deliberação, não poderá praticar o ato. Deverá ser nomeado curador. As pessoas que, nas causas transitórias puderem exprimir sua vontade, poderão praticar os atos da vida civil, desde que possam deliberar diretamente sobre o ato. Em suma, não há mais presunção de absoluta incapacidade para os que, por enfermidade ou deficiência mental, tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos e os que, mesmo por causa transitória, puderem exprimir a sua vontade. Incapacidade Novo texto legal: “Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV – os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.” Em relação aos relativamente incapazes, revogou-se a hipótese das pessoas com deficiência mental com discernimento reduzido e dos excepcionais sem desenvolvimento completo. Tais situações foram substituídas pela nova redação do inciso III, ou seja, considerar-se-ão relativamente incapazes aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir a sua vontade. Isso significa que, não podendo exprimir a sua vontade, não poderão praticar os atos da vida civil (ver art. 6º Lei nº 13.146/2015). Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com As pessoas com discernimento reduzido e com desenvolvimento mental incompleto ou completo que puderem exprimir a sua vontade poderão praticar os atos da vida civil. Em suma, não há mais a presunção de relativa incapacidade para os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido e os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo, mas que possam exprimir a sua vontade. Emancipação É o ato jurídico que antecipa os efeitos da aquisição da maioridade e da consequente capacidade civil plena, para data anterior àquela em que o menor atinge a idade de 18 anos, para fins civis. Com a emancipação, o menor deixa de ser incapaz e passa a ser capaz. Todavia, ele não deixa de ser menor. A emancipação via de regra, é definitiva, irretratável e irrevogável, e poderá ocorrer nas seguintes situações (rol taxativo): - Emancipação voluntária parental = concessão de ambos os pais, ou de um deles na falta do outro. - Emancipação judicial = por sentença do juiz. - Emancipação legal matrimonial = pelo casamento do menor. - Emancipação legal, por exercício de emprego público efetivo = desde que haja nomeação de forma definitiva. - Emancipação legal, por colação de grau em curso de ensino superior reconhecido. - Emancipação legal por estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego. - Emancipação legal do menor militar = que possua 17 anos e que esteja prestando tal serviço. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com QUESTÃO 1 Devido à indicação de luz vermelha do sinal de trânsito, Ricardo parou seu veículo pouco antes da faixa de pedestres. Sandro, que vinha logo atrás de Ricardo, também parou, guardando razoável distância entre eles. Entretanto, Tatiana, que trafegava na mesma faixa de rolamento, mais atrás, distraiu-se ao redigir mensagem no celular enquanto conduzia seu veículo, vindo a colidir com o veículo de Sandro, o qual, em seguida, atingiu o carro de Ricardo. A) Cada um arcará com seu próprio prejuízo, visto que a responsabilidade pelos danos causados deve ser repartida entre todos os envolvidos. B) Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados ao veículo de Sandro, e este deverá indenizar os prejuízos causados ao veículo de Ricardo. C) Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados aos veículos de Sandro e Ricardo. D) Tatiana e Sandro têm o dever de indenizar Ricardo, na medida de sua culpa. Comentário: Alternativa correta C; tendo em vista que os danos suportados por Sandro e Ricardo foram causados por Tatiana que dirigindo incautelosamente, colidiu na traseira do carro de Sandro que, impulsionado, atingiu a traseira do veículo de Ricardo. A presente questão consagra a responsabilidade civil pelos danos causados a terceiros, independente de qualquer excludente de responsabilidade. Não sendo passível de recurso. Questões Comentadas dos Últimos Exames Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Domicílio CONCEITO: É a sede jurídica da pessoa HABITAÇÃO OU MORADIA É o local onde a pessoa é encontrada ocasionalmente, não havendo ânimo de permanência. RESIDÊNCIA É o lugar que o indivíduo habita com intenção de permanecer, mesmo que ele se ausente temporariamente; é uma situação de fato. DOMICÍLIO É a sede da pessoa, tanto física como jurídica, onde se presume sua presença para efeitos de direito e onde exerça ou pratica, habitualmente seus atos e negócios jurídicos. É o lugar no qual a pessoa estabelece sua residência com animo definitivo de permanecer (animus manendi). O domicílio se divide em: - Domicílio Voluntário = é aquele fixado pela vontade da pessoa, como exercício da autonomia privada. - Domicílio Necessário ou Legal = é o imposto pela lei, a partir de regras específicas (art. 76 do CC). - Domicílio Contratual ou Convencional = previsto no art. 78 do CC, pelo qual, “nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar o domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.” Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Bens CONCEITO: São toda utilização física ou ideal que sejam objeto de um direito subjetivo, nesse sentido não há como confundir bens com coisas. Os bens abrangem tanto o material quanto o imaterial, já as coisas ficam limitadas ao que é corpóreo, material. Todos os bens são coisas, porém nem todas as coisas são bens. Principais Classificações dos bens (arts. 79 a 97, CC) Quanto à mobilidade 1.Bens Imóveis - São aqueles que não podem ser removidos ou transportados de um lugar para outro, sem sua destruição. 1.1.Bens Imóveis por natureza ou por essência 1.2.Bens Imóveis por acessão física industrial ou artificial 1.3.Bens Imóveis por acessão física intelectual 1.4.Bens Imóveis por disposição legal 2.Bens Móveis - Podem ser transportados de um lugar para o outro, por força própria (semoventes) ou de terceiro, sem alteração de sua substância. 2.1.Bens Móveis por natureza ou essência 2.2.Bens Móveis por antecipação 2.3.Bens Móveis por determinação legal Os navios e aeronaves são bens móveis especiais ou sui generis. Apesar de serem móveis pela natureza ou essência, são tratados pela lei como imóveis, necessitando de registro especial e admitindo hipoteca. ATENÇÃO Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Quanto à fungibilidade 1.Infungíveis - Não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 2.Fungíveis - Podem ser substituídos por outros do mesma espécie, qualidade e quantidade. Quanto à consuntibilidade 1.Inconsumíveis- São aqueles que proporcionam reiteradas utilizações, permitindo que se retire a sua utilidade, sem deterioração ou destruição imediata. 2.Consumíveis - São bens móveis cujo o uso importa na destruição imediata da própria coisa. Admitem apenas um uso. Quanto à divisibilidade 1.Indivisíveis - Não podem ser partilhados, pois deixariam de formar um todo perfeito, acarretando a sua divisão uma desvalorização ou perda das qualidades essenciais desse todo. 2.Divisíveis - São os que podem ser fracionados sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Quanto à individualidade 1.Bens Singulares ou Individuais - São os que, embora unidos, se consideram de per si, independentes dos demais. 2.Bens Coletivos ou universais - São os bens que se encontram agregados em um todo. Quanto à dependência 1.Bens principais ou independentes - são os bens que existem de maneira autônoma e independente, de forma concreta ou abstrata. 2.Bens assessórios ou dependentes - são os bens cuja existência e finalidade dependem de um outro bem, denominado bem principal. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com São Bens Acessórios: - Frutos (tem sua origem no bem principal); - Produtos (são os bens acessórios que saem da coisa principal, diminuindo a sua quantidade e substância. Ex: pepita de ouro retirada de uma mina); - Pertenças (são bens que se destinam, de modo duradouro, ao uso ou aformoseamento de outro); - Partes Integrantes (são os bens acessórios que estão unidos ao bem principal, formando com este último um todo independente. Ex: lâmpada em relação a um lustre); - Benfeitorias (bens acessórios introduzidos em um bem móvel ou imóvel, visando a sua conservação ou melhora da sua utilidade), se subdividem em: a) Benfeitorias Necessárias - tem por fim conservar ou evitar que o bem se deteriore, ex: a reforma do telhado de uma casa. b) Benfeitorias Úteis - são as que aumentam ou facilitam o uso da coisa, ex: instalação de uma janela de uma casa. c) Benfeitorias Voluptuárias - são as que tornam mais agradável o uso da coisa, ex: construção de uma piscina em uma casa. Classificação em relação ao titular do domínio 1.Bens particulares ou privados - são os que pertencem às pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, atendendo aos interesses dos seus proprietários. 2.Bens públicos ou do Estado - são os que pertencem a uma entidade de direito público interno, como no caso da união, etc. São eles: a) Bens de uso geral ou comum do povo b) Bens de uso especial c) Bens dominicais ou dominiais Do Bem de Família Bem de família voluntário ou convencional: Pode ser instituído pelos cônjuges, pela entidade familiar ou por terceiro, mediante escritura pública ou testamento, não podendo ultrapassar essa reserva um terço do patrimônio líquido das pessoas que fazem a instituição. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Bem de família legal: É o imóvel residencial próprio do casal ou da entidade familiar. Esse bem é impenhorável e não responde por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, que tenha sido contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo em hipóteses previstas em lei. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com QUESTÃO 1 Henrique fora condenado pelo juízo da 10ª Vara Cível da Comarca da Capital do Rio de Janeiro ao pagamento de indenização por danos morais causados a Marlon, no valor de R$ 100.000,00, tendo tal decisão transitada em julgado. Na fase de cumprimento de sentença, não houve o pagamento voluntário da quantia, nem foram encontrados bens no foro da causa, razão pela qual procedeu-se à avaliação e penhora de imóvel de veraneio de Henrique, situado no Guarujá/SP, mediante carta precatória. O Oficial de Justiça, mesmo certificando em seu laudo não possuir o conhecimento especializado necessário para o ato, avaliou o imóvel em R$ 150.000,00. Nesse caso, a impugnação ao cumprimento de sentença que verse unicamente o vício de avaliação A) poderá ser oferecida no juízo deprecante ou deprecado, sendo o juízo deprecante o competente para julgá-la. B) poderá ser oferecida no juízo deprecante ou deprecado, sendo o juízo deprecado o competente para julgá-la. C) deverá ser oferecida no juízo deprecado, sendo o juízo deprecante o competente para julgá-la. D) deverá ser oferecida no juízo deprecante, sendo o juízo deprecado o competente para julgá-la. Comentário: Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) II – inexigibilidade do título; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) Questões Comentadas dos Últimos Exames Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com III – penhora incorreta ou avaliação errônea; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) IV – ilegitimidade das partes; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) V – excesso de execução; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) § 1o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) § 2o Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa impugnação.(Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005). Alternativa Correta: B QUESTÃO 2 No regime da Alienação Fiduciária que recai sobre bens imóveis, uma vez consolidada a propriedade em seu nome no Registro de Imóveis, o fiduciário, no prazo de trinta dias, contados da data do referido registro, deverá: A) adjudicar o bem. B) vender diretamente o bem para terceiros. C) promover leilão público para a alienação do imóvel; não havendo arremate pelo valor de sua avaliação, realizar um segundo leilão em quinze dias. D) promover leilão público para a alienação do imóvel; não havendo arremate, o fiduciário adjudicará o bem. Comentário: Alternativa correta É a letra C. É a redação do art. 27, “caput” e § 1º, da Lei 9.514/97. A questão em comento reflete a literalidade de dispositivo da mencionada Lei, não sendo passível de recurso. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Negócios Jurídicos Arts. 104 a 232, CC Fatos comuns Ações humanas ou fatos da natureza sem repercussão no Direito. Fatos jurídicos Um fato que interesse ao direito, que tenha relevância jurídica. Fato jurídico é o fato somado ao direito. Atos Jurídicos Trata-se de um fato jurídico com elemento volitivo e conteúdo lícito. Negócio Jurídico Ato jurídico em que há uma composição de interesses das partes com uma finalidade específica. CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS 1. Fato jurídico natural (sentido estrito) Ordinário - Morte, maioridade, prescrição e decadência. Extraordinário - Inevitabilidade do evento e ausência de culpa pelo ocorrido (caso fortuito ou força maior). 2. Fato jurídico humano Ato jurídico em sentido amplo ou voluntário: ato jurídico em sentido estrito Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Mera realização de vontade gerandoconsequências jurídicas previstas em lei (perdão, reconhecimento de filho, fixação de domicílio, etc.); Negócio jurídico – autonomia da vontade (Ex. contrato). Ato ilícito ou involuntário Civil, penal e administrativo. ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 1. Elementos essenciais I. Gerais - Capacidade do agente Falta de capacidade: absoluta – ato nulo; relativo – ato anulável. - Objeto Lícito, possível, determinado ou determinável. Defeito no objeto: ato nulo, Consentimento: manifestação de vontade. Defeitos: ausência de consentimento, erro, dolo, leão, estado de perigo, fraude contra credores, simulação. II. Especiais Forma prescrita ou não defesa em lei. Defeito na forma: ato nulo. 2. Elementos acidentais Cláusulas secundárias, segundo a vontade dos negociantes: I.Condição II.Termo III.Encargo Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO I. Nulidades Absolutas São as hipóteses dos arts. 166 e 167 do CC. A nulidade absoluta pode ser arguida por qualquer pessoa, partes, terceiros, pelo Ministério Público e até mesmo o juiz de ofício, pois, a questão é de interesse público. É uma ação declaratória, de efeito ex tunc e erga omnes. Pode ser arguida a qualquer tempo em qualquer grau de jurisdição (exceto para o STJ e o STF, que exigem o prequestionamento da matéria). II. Nulidades Relativas Refere-se a anulabilidade do negócio jurídico nas hipóteses de: incapacidade relativa do agente; vício resultante por erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores; defeitos ou vícios do negócio jurídico, podendo ser de consentimento ou de vontade das partes, ou os sociais. O ato anulável atinge interesses particulares, legalmente tutelados. A anulabilidade somente pode ser arguida pelos legítimos interessados, admitindo-se a confirmação expressa ou tácita. Os prazos decadenciais de arguição são: como regra geral 4 anos; nos casos de saneamento e convalidação do ato anulável o prazo é de 2 anos. EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO Se o negócio jurídico é válido, ele deve automaticamente produzir os seus efeitos, todavia é possível constatar elementos acidentais ou acessórios, secundários, opostos pela vontade humana a negócios com fundo patrimonial. São eles: Condição - é um evento futuro e incerto que deriva exclusivamente da vontade das partes e subordina os efeitos do negócio, subdividindo em suspensiva ou resolutiva, sendo a primeira aquela que enquanto não implementada deixa em suspenso os efeitos do negócio, diz o Art. 125 do CC, que não haverá nem a aquisição e nem o exercício do direito, já a segunda é o oposto, pois aqui o negócio automaticamente produz os efeitos e quando implementada a condição ele se extingue, ele se resolve. Ex: doação de conta periódica atrelada a uma condição resolutiva. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Termo - é um evento futuro e certo, podendo ser um termo inicial, que é aquele que marca o início do exercício de um direito, ou o final, que finaliza o exercício de um direito, havendo um lapso temporal existente entre eles denominado de prazo. Modo ou Encargo - é um ônus que haverá de ser cumprido pela parte para que tenha um bônus, um benefício que entenda superior. Ex: A oferece a B um carro, desde que B utilize o carro em benefício de A. Transformando assim o negócio jurídico, o contrato, em oneroso. Via de regra, o modo ou encargo não suspende a aquisição e o exercício do direito. O encargo ilícito/ impossível, invalida todo o negócio jurídico. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 1. Ausência de vontade (o Negócio será nulo) 2. Vícios de consentimento: Ignorância - Completo desconhecimento Se recair sobre aspectos essenciais ou substanciais, ato anulável; se recair sobre aspectos acidentais ou secundários, ato válido. Dolo - Artifício empregado para enganar a outra parte Se recair sobre aspectos essenciais ou substanciais, ato anulável; se recair sobre aspectos acidentais ou secundários, ato válido, porém obriga a satisfação de perdas e danos. Coação - Pressão física ou moral A pressão é exercida sobre alguém para obrigá-lo a praticar determinados atos (arts. 151 a 155, CC) Estado de perigo - É anulável Ocorre quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano, desconhecido pela outra, parte assume obrigação excessivamente onerosa. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Lesão Ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade ou por inexperiência se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. Erro - se subdivide em: Erro sobre o negócio - é um equívoco acerca da modalidade, do tipo, do negócio jurídico pactuado; Erro sobre o objeto (in corpore) - pode ser relacionado a qualidade ou a quantidade; Erro sobre a pessoa (in persona) - equívoco sobre o sujeito da obrigação; Erro sobre o direito - não é negativa de aplicação da norma, bem como não é desconhecimento da lei. É um equívoco sobre o alcance da norma, achando que alguma norma não se aplicaria a uma determinada situação. 3. Vícios sociais Fraude contra credores Prática maliciosa de atos que desfalcam o patrimônio do devedor, com o fim de colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em detrimento dos direitos de credores. (Arts. 158 a 165, CC) Possui três requisitos: 1. Anterioridade do crédito (anterior a fraude) 2. Dano ao credor (quando houver um desfazimento patrimonial hábil a causar insolvência) 3. Má fé (intenção de lesar) Simulação Declaração enganosa da vontade, visando a obter resultado diverso do que aparece; cria uma aparência de direito, iludindo terceiros ou burlando a lei. Divide-se em: 1. Absoluta - simples simulação. Pratica-se um ato no qual não se busca nenhum efeito prático, nenhum efeito real, é praticado com o objetivo de burlar a lei. A simulação absoluta gera nulidade absoluta. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com 2. Relativa - dissimulação. Existe um ato simulado de fachada, cujo objetivo é acobertar um ato dissimulado. Depende de análise para determinar o tipo de nulidade. PRESCRIÇÃO É a perda de uma pretensão em função do passar do tempo, relativa a um direito subjetivo, patrimonial e disponível, que é manejado através de uma Ação Condenatória. Não gera perda do direito de ação, porque este é público, subjetivo, incondicionado. A pretensão consiste na possibilidade de exigir de outrem o cumprimento de um determinado dever jurídico, essa pretensão nascendo quando existe uma violação de um direito subjetivo. Ex: um acidente de carro que gere dano material, surgindo assim uma pretensão de cobrança, o prazo referente a ação de cobrança deverá ser analisado para não ocorrer a perda desse direito. - Prescrição Geral/Ordinária/Comum (Art. 205 do CC) - prazo de 10 anos. - Prescrição Especial (Art. 206 do CC) - prazo de 1 a 5 anos. DECADÊNCIA Diz respeito à perda de direitos potestativos (cujo elemento é um tipo de poder) devido ao decurso do tempo, que é manejado através de uma Ação Constitutiva, negativa ou positiva. Nem todo direito potestativo tem prazo de exercício. Ex: o direito de pedir divórcio. Se o direito potestativo tiver prazo de exercício e este for ignorado, ocorrerá a decadência. INEFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO Atos nulos - Praticados por absolutamente incapaz, sem a devida representação; objeto ilícito ou impossível; quando não se revestir o ato da forma prescrita em lei; quando for pretendida solenidade essencial; quando o negócio jurídico for simulado (arts. 167, CC). Atos anuláveis - Praticados por relativamente incapazes, sem assistência de seu representantes legais. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com PROVAS “Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:I – os menores de dezesseis anos; II – aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem discernimento para a prática dos atos da vida civil; III – os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos que lhes faltam; IV – o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes; V – os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consangüinidade, ou afinidade. Parágrafo único. Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo.” OBSERVAÇÃO: os incisos e o parágrafo único em grifo foram revogados em decorrência a lei nº 13.146/2015. No campo da prova, poderão testemunhar aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, puderem exprimir a sua vontade e os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos que lhes faltam, desde que a tecnologia assistiva permita-os testemunhar. ATO NULO ATO ANULÁVEL Efeito ex tunc ( desde aquele momento). Efeito ex nunc (de agora em diante) Retroage à data da celebração do negócio nulo. Efeito contra todos. Matéria de ordem pública. Não retroage. Declarado anulado, opera efeitos a partir da anulação. Efeitos entre os contratantes. Matéria de ordem privada. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Renumerou-se o parágrafo único e incluiu-se o paragrafo 2º, segundo os quais a pessoa com deficiência, física ou psíquica, poderá testemunhar em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo assegurados todos os recursos de tecnologia assistiva (tecnologia assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão). Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Obrigações Art.223 a 420 e 840 a 886 CONCEITO “É a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio.” - Washington de Barros Monteiro. Sujeito + Objetivo = Vínculo Jurídico É o elo que sujeita o devedor a determinada prestação em favor do credor. Fontes - Lei - é a fonte primária ou imediata de todas as obrigações; - Contratos - negócio jurídico bilateral ou plurilateral que visa a criação, modificação ou extinção de direitos e deveres com conteúdo patrimonial; - Ato ilícito - gera o dever de indenizar; - Atos unilaterais - são as declarações unilaterais de vontade; - Títulos de crédito - são os documentos que trazem em seu bojo a existência de uma relação obrigacional de natureza privada. Efeitos das obrigações - Não possuem caráter personalíssimo, logo, pode operar tanta pelas partes quanto por seus herdeiros. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Classificação das Obrigações: Quanto ao objeto POSITIVAS Obrigação de dar: ✓ COISA CERTA: o devedor se obriga a dar a coisa individualizada. ✓ COISA INCERTA: o bem mesmo incerto, será indicado pelo gênero e quantidade. OBRIGAÇÃO DE FAZER: é a prestação do serviço ou um ato positivo pelo devedor. NEGATIVAS OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER: o devedor compromete-se a não praticar certo ato que poderia ser praticado, se não fosse a obrigação assumida Quanto aos seus elementos SIMPLES: um credor, um devedor, e um objeto ✓ Pluralidade de objetos: cumulativa e alternativa COMPOSTA: pluralidade de ✓ Credores ✓ Devedores – solidariedade Quanto aos elementos acidentais Puras, condicionadas, a termo ou modais Outras modalidade Liquidas e ilíquidas Divisíveis indivisíveis De resultado ou de meio ou de garantia Principais e acessórias Propter rem- hibridas, parte de direito real parte de direito pessoal (ex.: condomínio ) Naturais - dívidas prescritas Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com FORMAS DE EXTINÇÃO (ADIMPLEMENTO) DAS OBRIGAÇÕES 1.PAGAMENTO POR CONSIGNAÇÃO O devedor deposita a coisa devida, liberando-se de obrigação líquida e certa. 2.IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO Há a identidade de devedor e de credor, a existência de dois ou mais débitos da mesma natureza, bem como o fato de as dívidas serem líquidas e vencidas. A imputação ao pagamento visa favorecer o devedor ao lhe possibilitar a escolha do débito que pretende extinguir. Se o devedor não fizer qualquer declaração, transfere-se o direito de escolha ao credor. 3.PAGAMENTO COM SUB- ROGAÇÃO Regra especial de pagamento ou forma de pagamento indireto, pela mera substituição do credor, mantendo-se os demais elementos obrigacionais. O Código civil, trata à transação e a arbitragem como formas de contrato e não como formas de pagamento. As formas de extinção sem pagamento: remissão, o compromisso e a transação. 4.DAÇÃO EM PAGAMENTO - Art. 356 a 359 É uma forma de pagamento indireto em que há um acordo privado entre os sujeitos da relação obrigacional, pactuando-se a substituição do objeto obrigacional por outro. É necessário o consentimento expresso do credor, o que caracteriza o instituto como um negócio jurídico bilateral. 5.NOVAÇÃO - Art.360 a 367 É uma forma de pagamento indireto em que ocorre a substituição de uma obrigação anterior por uma obrigação nova, diversa da primeira criada pelas partes. Seu principal efeito é a extinção da dívida primitiva, com todos os acessórios e garantias, sempre que não houver estipulação em contrário. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com 6.CONFUSÃO Art. 381 a 388 Está presente quando na mesma pessoa confundem-se as qualidades de credor e devedor. EX: A deve uma quantia a seu pai, e este morrer ou for declarado morto por ausência, A será credor e devedor em decorrência da sucessão. 7.COMPENSAÇÃO Art. 360 a 367 Ocorre quando duas ou mais pessoas forem ao mesmo tempo credoras e devedoras umas das outras. 8.DA REMISSÃO DE DÍVIDAS Arts. 385 a 388 A remissão é o perdão de uma dívida, constituindo um direito exclusivo do credor de exonerar o devedor. Não se confunde com remição, pois, esta para o direito civil significa resgate. INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES Modalidades: 1.Inadimplemento parcial ou Mora - é a hipótese em que há apenas um descumprimento parcial da obrigação, que ainda pode ser cumprida. 2.Inadimplemento total ou Absoluto - é a hipótese em que a obrigação não pode ser mais cumprida, tornando-se inútil ao credor. Juros Podem ser conceituados como sendo frutos civis ou rendimentos, devidos pela utilização de capital alheio. Cláusula Penal É a penalidade de natureza civil, imposta pela inexecução parcial ou total de um dever patrimonial assumido. Trata-se de uma obrigação acessória que visa a garantir o cumprimento da obrigação principal, bem como fixar, antecipadamente, o valor das perdas e danos em caso de descumprimento. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com QUESTÃO 1 Assinale a alternativa que contemple exclusivamente obrigação propter rem: (A) a obrigação de indenizar decorrente da aluvião e aquela decorrente da avulsão. (B) a hipoteca e o dever de pagar as cotas condominiais. (C) o dever que tem o servidor da posse de exercer o desforço possessório e o dever de pagar as cotas condominiais. (D) a obrigação que tem o proprietário de um terreno de indenizar o terceiro que, de boa-fé, erigiu benfeitorias sobre o mesmo. Comentário: a alternativa correta é a de letra D! A obrigação do proprietário em indenizar o possuidor de boa-fé decorre do artigo 1219 do CC:O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. Deixando clara a relação decorrente da propriedade, adequando-se ao conceito de propter rem. Questões Comentadas dos Últimos Exames Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com QUESTÃO 2 Maria celebrou contrato de compra e venda do carro da marca X com Pedro, pagando um sinal de R$ 10.000,00. No dia da entrega do veículo, a garagem de Pedro foi invadida por bandidos, que furtaram o referido carro. A respeito da situação narrada, assinale a alternativa correta. (A) Haverá resolução do contrato pela falta superveniente do objeto, sendo restituído o valor já pago por Maria. (B) Não haverá resolução do contrato, pois Pedro pode alegar caso fortuito. (C) Maria poderá exigir a entrega de outro carro. (D) Pedro poderá entregar outro veículo no lugar no automóvel furtado. Comentário: A questão indica que o automóvel foi furtado dentro de uma garagem, presume-se a invasão de um local fechado, sugerindo diligência mínima do devedor na guarda e zelo do bem, afastando a discussão de culpa do devedor. Diz o Art. a seguir: “Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.” Resposta correta: alternativa A. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Contratos Parte Geral CONCEITO Acordo de vontade que visa a criação, modificação ou extinção das relações jurídicas de natureza patrimonial ELEMENTOS CONSTITUÍVEIS - Duas ou mais pessoas - Capacidade - Formas prescrita e defeso em lei - Objeto licito, possível e determinado determinável - CONSENTIMENTO PRINCÍPIOS 1.Da Autonomia da vontade - Liberdade para estipular o que lhes convir. 2.Da Função Social dos Contratos - É um princípio de ordem pública, pelo qual o contrato deve ser, necessariamente, interpretado e visualizado de acordo com o contexto da sociedade. 3.Da força obrigatória do contrato - Preconiza que tem força de lei o estipulado pelas partes na avença, constrangendo os contratantes ao cumprimento do conteúdo completo do negócio jurídico. 4.Da Boa-fé Objetiva - As partes devem agir com lealdade e confiança recíproca, é uma exigência de conduta legal entre os contratantes. 5.Relatividade dos efeitos contratuais - O contrato, em regra, só vincula as partes que nele intervierem. FORMAÇÃO O contrato nasce da conjunção de duas ou mais vontades coincidentes. Sem o mútuo consenso não haverá contrato. O contrato possui duas fases: Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com 1.Fase de negociações preliminares ou de puntuação - fase em que ocorrem debates prévios, entendimentos, tratativas ou conservações sobre contrato preliminar ou definitivo. 2.Fase de proposta, policitação ou oblação - constitui a manifestação da vontade de contratar, por uma das partes, que solicita a concordância da outra. 3.Fase de contrato preliminar - é um pré contrato, uma fase não obrigatória. 4.Fase de contrato definitivo ou de conclusão do contrato - é a fase do contrato definitivo, quando ocorre o choque ou encontro de vontades originário da liberdade contratual ou autonomia privada. CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS: Unilaterais: Apenas um dos contratantes assume obrigações em face do outro. Bilaterais ou Sinalagmáticos: Direitos e obrigações para ambas as partes. Gratuito: Oneram somente uma das partes. Oneroso: Ambas as assumem obrigações. Comutativos: As prestações das partes são conhecidas e equivalentes. Aleatórios: Uma das prestações não é conhecida no momento do contrato. Nominado: Denominação prevista em lei. Inominados: são os contratos criados pelas partes, não havendo tipificação legal. Paritários: Os interessados discutem as cláusulas contratuais em pé de igualdade. Adesão: uma das partes só faz aderir as cláusulas já estabelecidas pela outra. Consensuais: Se caracterizam pelo simples acordo de vontade. Solene: A lei exige forma especial para a celebração. Principais: Existem por si só, independente de outro. Acessório: Sua existência supõe a do principal. Pessoal: intuitu personae - A pessoa do contratante é fundamental para a sua realização. Impessoais: A pessoa do contratante não faz diferença a conclusão do negócio. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com EFEITOS DOS CONTRATOS 1.Exceção de contrato não cumprido Nenhum dos contratantes poderá, antes de cumprir sua obrigação, exigir a do outro. 2.Direito de retenção Permite ao credor conservar coisa alheia em seu poder além do momento em que devia restituir até o pagamento do que lhe é devido. 3.Revisão dos contratos Imprevisão, onerosidade excessiva, rebus sic ; ocorre quando uma das partem vem a ser prejudicada por uma alteração na conjuntura econômica. VÍCIOS REDIBITÓRIOS (Arts.441 a 446) Podem ser conceituados como sendo os defeitos que desvalorizam a coisa ou a tornam imprópria para uso. Não se confunde com o erro pois, no vício redibitório o problema atinge o objeto do contrato, ou seja, a coisa. No erro o vício é do consentimento, atingindo a vontade, pois a pessoa se engana sozinha em relação a um elemento do negócio celebrado. EVICÇÃO (Arts.447 a 457) É a perda da coisa diante de uma decisão judicial ou de um ato administrativo que a atribui a um terceiro. Quanto aos efeitos da perda, a evicção pode ser total ou parcial. EXTINÇÃO DOS CONTRATOS 1.Extinção Normal do Contrato - pelo cumprimento da obrigação. 2.Extinção por fatos anteriores à celebração - decorrente de : 2.1.Invalidade Contratual - nos casos envolvendo o contrato nulo e o contrato anulável; 2.2.Cláusula de Arrependimento - os contraentes estipulam que o negócio será extinto, mediante declaração unilateral de vontade, se qualquer um deles se arrepender; 2.3.Cláusula resolutiva expressa - um evento futuro e incerto que acarretará na extinção do contrato Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com 3.Extinção por fatos posteriores à celebração - nas hipóteses em que uma das partes sofre prejuízo, é a denominada rescisão contratual. 4.Extinção por morte - ocorre nos casos em que uma das partes assume uma obrigação personalíssima, denominada cessação contratual. Nesses casos o contrato se extingue de pleno direito. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Principais Espécies de Contrato Compra e venda - Arts. 481 a 532, CC Um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe o preço em dinheiro. Não transfere domínio. Este é transferido pela tradição (bens móveis) ou pelo registro do título aquisitivo no Cartório de Registro de Imóveis (bens imóveis). Troca ou permuta - Art. 533, CC As partes obrigam-se a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro. Operam-se, ao mesmo tempo, duas vendas, servindo as coisas trocadas de compensação recíproca. Contrato Estimatório ou Venda em Consignação - Arts. 534 a 537, CC Umas das partes (consignatário) recebe de outra (consignante) bens móveis, ficando autorizada a vendê-los, obrigando-se a pagar um preço estimado previamente se não restituir as coisas consignadas dentro do prazo ajustado. Doação - Arts. 538 a 564, CC Uma pessoa por liberdade, transfere de seu patrimônio bens ou vantagens para outra, sem a presença de qualquer remuneração. Locação - Arts. 565 a 578 e 593 a 626, CC Uma das partes, mediante remuneração, compromete-sea fornecer à outra, por certo tempo, o uso de uma coisa, a prestação de um serviço ou a execução de determinado trabalho. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Há três espécies de Locação: Locação de coisas - Uso e gozo de bem infungível Locação de obras ou empreitada - Execução de obra ou trabalho. Locação de serviços - Prestação de serviços economicamente apreciáveis Pela disposição atual no Código civil, a prestação de serviços e a empreitada não são espécies de locação, e sim contratos autônomos. Fique sabendo! Empréstimo - Arts. 579 a 592 Alguém entrega uma coisa para outrem, gratuitamente, obrigando-se este a devolver a mesma coisa ou devolver outra da mesma espécie e quantidade. Há duas espécies: Comodato - Empréstimo de bem infungível e inconsumível, em que a coisa emprestada deverá ser restituída findo o contrato. Mútuo - Empréstimo de bem fungível e consumível, em que a coisa é consumida e desaparece, devendo ser devolvida outra de mesma espécie e quantidade. Da Prestação de Serviço - Arts. 593 a 609 do CC É o negócio jurídico pelo qual alguém, o prestador, compromete-se a realizar uma determinada atividade com conteúdo lícito, no interesse de outrem, o tomador, mediante certa e determinada remuneração. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Depósito - Arts. 627 a 652 Uma pessoa (depositária) recebe de outra (depositante) um objeto móvel para guardá-lo, temporariamente e gratuitamente, até que o depositante o reclame. Mandato - Arts. 653 a 709 Alguém (mandatário) recebe de outrem (mandante) poderes para, em seu nome (em nome do mandante), praticar atos ou administrar interesses. Fiança - Arts. 818 a 839 Também chamada caução fidejussória, é a promessa feita por uma ou mais pessoas de garantir ou satisfazer a obrigação de um devedor se este não a cumprir, assegurando ao credor seu efetivo cumprimento. - Garantia real(res = coisa) a coisa garante a divida = Penhor, hipoteca, anticrese, - Garantia fidejussória= garantia prestada por pessoas = Fiança e aval A fiança é um contrato acessório, logo, não existe sem um contrato, no qual constará a obrigação que estará sendo garantida pela fiança. Unilateral gera obrigação apenas para o fiador que se obriga para com o credor, mas este nenhum compromisso assume em razão aquele. Gratuito, em regra, o fiador não recebe remuneração apenas ajuda o devedor. SUMULA 214 DO STJ o fiador na locação não responde por obrigações resultantes de aditamento ao qual não anuiu. Empreitada - Arts. 610 a 626 do CC Por meio desse negocio jurídico uma das partes (empreiteiro ou prestador) obriga-se a fazer ou a mandar fazer determinada obra, mediante uma determinada remuneração, a favor de outrem (dono de obra ou tomador). Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com QUESTÃO 1 É a operação que consiste na tomada de uma posição no mercado futuro aproximadamente igual – mas em sentido contrário – àquela que se detém ou que se pretende vir a tomar no mercado à vista. É uma forma de o investidor se proteger contra os feitos da oscilação de preço.” O conceito acima, extraído do Vocabulário do Mercado de Capitais, expedido pela Comissão Nacional de Bolsas de Valores em 1990, corresponde a que tipo de contrato relacionado à compra e venda empresarial? (A) Hedging ou hedge. (B) Contrato estimatório. (C) Venda com reserva de domínio. (D) Preempção. Comentário: Alternativa correta A; Hedge É a Operação financeira realizada com o intuito de proteger um investimento, diminuindo seu risco. Esse movimento de proteção é chamado, no jargão do mercado, de “fazer um hedge” ou “se hedgear”. Na prática, o hedge pode ser feito através de operações nos mercados derivativos (opções e futuros) ou ainda assumindo uma posição em outro ativo que tenha comportamento inverso ao do ativo que se queira proteger. Dessa forma, o ganho que se teria no ativo que está sendo “hedgeado” será menor, mas, em contrapartida, seu risco também será diminuído. Questões Comentadas dos Últimos Exames Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Direito das coisas Os direitos podem ser classificados em: Pessoais - Relações entre pessoas, abrangendo o sujeito ativo, o passivo e a prestação que o segundo deve ao primeiro (ex.: contratos). Das coisas - Relação entre o homem e a coisa que se estabelece diretamente (ex. propriedade), contendo três elementos: o sujeito ativo, a coisa e a relação (ou o poder) do sujeito ativo sobre a coisa (domínio). Conceito Conjunto de regras que regulamentam as relações jurídicas entre o homem e as coisas determinadas ou determináveis. Conteúdo do direito das coisas 1. Posse 2. Direitos Reais - Propriedade / Direitos reais sobre a coisa alheia Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Posse Arts. 1.196 a 1.227 CONCEITO É o domínio fático que a pessoa exerce sobre a coisa. TEORIAS Subjetiva ou Subjetivista Entende a posse como o poder direto que a pessoa tem de dispor fisicamente de um bem com a intenção de tê-lo para si e de defendê-lo contra a intervenção ou agressão de quem quer que seja. Essa teoria não foi adotada. Objetiva ou Objetivista Para a constituição da posse basta que a pessoa disponha fisicamente da coisa, ou que tenha a mera possibilidade de exercer esse contato. O código civil adota a teoria objetiva FÂMULO DE POSSE Detém a coisa em virtude de dependência econômica ou vínculo de subordinação (Art. 1.198). ELEMENTOS Sujeito capaz; objeto lícito e possível; forma livre; relação dominante entre sujeito e coisa. OBJETO Em regra envolve coisas corpóreas. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com CLASSIFICAÇÃO: Direta Exercida por quem detém materialmente a coisa. Indireta Posse exercida por meio de outra pessoa, ex.: proprietário que tem a coisa por meio do inquilino. Justa Adquirida sem vícios. Injusta Adquirida com violência, às escondida ou com abuso de confiança. De boa-fé O possuidor ignora os vícios que impedem sua aquisição legal. De má-fé O possuidor tem ciência dos vícios. Nova Velha AQUISIÇÃO DA POSSE Posse é adquirida quando se tem poder sobre uma coisa física, no momento que se torna possível o exercício de qualquer dos poderes da propriedade. Apreensão da coisa, exercício do direito, disposição da coisa, tradição e constituto-possessório (art. 1.205). QUEM PODE ADQUIRIR A POSSE A própria pessoa, representante (procurador) e terceiro (gestor de negócios). EFEITOS DA POSSE Ameaça > Interdito proibitório Turbação > Manutenção da pose Esbulho > Reintegração de posse Nunciação de obra nova > Impedir obras Dano infecto > Caução de futuros e eventuais danos Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com 2. PERCEPÇÃO DOS FRUTOS Possuidor de boa-fé - Tem direito aos frutos percebidos, ao uso e gozo da coisa, às despesas de produção; não tem direto aos frutos pendentes quando cessa a boa-fé. Possuidor de má-fé - Responde pelos prejuízos, pelos frutos colhidos e percebidos e pelos frutos que por sua culpa se perderam, mas tem direito às despesas de produção. DEFESA DA POSSE Judicial - Interdito proibitório; - Manutenção da posse; - Reintegração de posse; - Nunciação de obra nova; - Dano infecto; - Embargos de terceiro. Direta, pessoal - Legítima defesa da posse para manter-se (na turbação); - Desforço imediato para restituir-se (no esbulho). PERDA DA POSSE - A posse é perdida quando se cessar os poderes inerentes ao possuidor. Ex: abandono, tradição, perda ou destruição, posse de outrem e constituto possessório. A permissão ou a tolerância não geram a perda da posse. COMPOSSE Duas ou mais pessoas possuem simultaneamente coisa indivisiva.TRANSMISSÃO DA POSSE Pode ocorrer por ato entre vivos (locação, comodato, depósito, usufruto, etc) ou por causa mortis (em decorrência do óbito de alguém, e consequentemente o ato sucessório). Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com QUESTÃO 1 Com a ajuda de homens armados, Francisco invade determinada fazenda e expulsa dali os funcionários de Gabriel, dono da propriedade. Uma vez na posse do imóvel, Francisco decide dar continuidade às atividades agrícolas que vinha sendo ali desenvolvidas (plantio de soja e de feijão). Três anos após a invasão, Gabriel consegue, pela via judicial, ser reintegrado na posse da fazenda. Quanto aos frutos colhidos por Francisco durante o período em que permaneceu na posse da fazenda, afirmativa correta. A) Francisco deve restituir a Gabriel todos os frutos colhidos e percebidos, mas tem direito de ser ressarcido pelas despesas de produção e custeio. B) Francisco tem direito aos frutos percebidos durante o período em que permaneceu na fazenda. C) Francisco tem direito à metade dos frutos colhidos, devendo restituir a outra metade a Gabriel. D) Francisco deve restituir a Gabriel todos os frutos colhidos e percebidos, e não tem direito de ser ressarcido pelas despesas de produção e custeio. Comentário: A alternativa correta é a A. Francisco é possuidor de má-fé. E, nos termos do art. 1216,CC, deve restituir todos os frutos percebidos e colhidos, sendo assegurado ressarcimento das despesas de custeio e produção. Questões Comentadas dos Últimos Exames Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Direitos Reais de Propriedade Arts. 1.228 a 1.368 CONCEITO Direito que a pessoa física ou jurídica tem de usar, gozar (ou fruir), dispor de um bem ou reivindicá-lo de quem injustamente o possua. Reafirma-se a função social da propriedade acolhida no artigo 5°, XXIII, da constituição federal. CLASSIFICAÇÃO Plena - Quando presentes todos os elementos da propriedade: Uso, gozo, disposição e reivindicação. Limitada - Quando recai sobre ela algum ônus (ex.: hipoteca) ou é resolúvel. Restrição ao direito de propriedade - Constitucionais - Administrativos - Militares - Civis PROPRIEDADE IMÓVEL Perda da propriedade - Alienação, renúncia, abandono, perecimento, desapropriação e transferência (inter vivos). Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Aquisição da Propriedade Acessão - Ocorre quando a um bem imóvel acrescenta-se outro bem imóvel. São elas: Formação de ilhas (apenas as que se formarem em correntes comuns ou particulares), Aluvião( acréscimo paulatino de terras às margens do rio mediante lentos depósitos naturais ou desvio de águas), Avulsão( repentino deslocamento de uma porção de terra por força natural violenta, desprendendo-se de um prédio e juntando-se a outro); Abandono Álveo (rio que seca ou desvia totalmente o seu curso); e Acessões Artificiais (acréscimos feitos pelo homem: plantações e construções). Usucapião Adquire-se por duas formas: - Extraordinário: 15 anos (o prazo cai para dez anos se o possuidor estabelecer moradia ou realizar obras de caráter produtivo. - Ordinário: 10 anos e prova de boa-fé (o prazo cai para cinco anos se o móvel foi adquirido onerosamente, estabelecendo moradia ou investimento de caráter econômico). Aplicar-se-ão a usucapião de bens móveis as mesmas regras concernentes à usucapião de bens imóveis no que tange á acessão de posses e às causas de suspensão e interrupção dos prazos da prescrição aquisitivas. Modos derivados - Sucessão hereditária (causa mortis) e registro de transferência (inter vivos). Direitos de vizinhança Trata-se de direito real existente em razão do seu titular estar em prédio confinante ou contíguo a outro prédio, gerando para ele direitos e obrigações em razão de seu direito real. Uso nocivo da propriedade, árvores limítrofes, passagem forçada, águas, limites entre prédios e construção (devassamento, águas e beirais, paredes divisórias e tapagem. Condomínio Ocorre quando duas ou mais pessoas são proprietárias de um mesmo bem divisível ou indivisível. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com - Convecional - Edilício AQUISIÇÃO E PERDA Derivada - Especificação (transformação de coisa móvel em espécie nova), confusão (mistura entre coisas líquidas), comistão (mistura entre coisas sólidas), adjunção, tradição e herança. Originária - Ocupação e usucapião (extraordinário, cinco anos; ordinário, três anos). PROPRIEDADE RESOLÚVEL - É a que se extingue com a ocorrência de uma condição resolutiva ou de um termo final Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Direitos Reais Sobre Coisas Alheias Arts. 1.369 a 1.510, CC DIREITOS REAIS DE GOZO E FRUIÇÃO 1. Servidão predial - Arts. 1.378 a 1.389, CC Conceito: Trata-se de direito real sobre a coisa alheia através do qual um prédio passa a ser denominado de serviente, servindo a outro prédio que passa a ser denominado de dominante, a fim de proporcionar-lhe determinada utilidade ou comodidade. Características - Os prédios devem pertencer a proprietários diferentes; - Serve à coisa e não ao dono; - Não se presume, deve ser expressa; - É indivisível e inalienável. Classificação - Quanto à natureza: - Rural ou urbana - Quanto ao modo de exercício: - Contínua ou não; - Quanto à exteriorização: - Aparente ou não; Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Constituição - Contrato, testamento, usucapião ou sentença judicial. Extinção - Renúncia do dono do prédio dominante, resgate, confusão, não uso durante dez anos consecutivos. 2. USUFRUTO- Arts. 1.390 a 1.411,CC. Conceito Direito real sobre coisa alheia por meio do qual o proprietário de um bem, concede a um terceiro os direitos de usar e fruir de um determinado bem. Partes - Usufrutuário Aquele que tem direito de usar a coisa - Nu proprietário Dono da coisa Classificação - Quanto a extensão: Universal ou particular - Quanto a duração: Temporário ou vitalício Objetos - Móveis - Imóveis Constituição - Contrato, testamento ou por força da lei. Extinção - Morte do usufrutuário, término do prazo, destruição da coisa, consolidação, prescrição, renúncia ou desistência. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Direito real sobre coisa alheia Direito real de uso Gratuito Direito no qual alguém se utiliza de coisa alheia, temporariamente, na medida de suas necessidades e de sua família Oneroso É um direito real que incide sobre bens corpóreos e incorpóreos, é temporário, restringe-se ao direito de usar, não podendo tirar frutos das coisas É indivisível, intransmissível, e personalíssimo, nem o exercício pode ser cedido o uso é feito pelo usuário pessoalmente ou por sua família. Direito real de habitação É o direito real, temporário, personalíssimo, que consiste no direito de habitar gratuitamente casa alheia com sua família. Seu objeto só pode ser bem imóvel(diferentemente do uso que possibilita tanto bens móveis quanto imóveis) Características - Restringe-se ao direito de moral, pessoalmente ou com sua família. - É temporário e gratuito. - O bem não pode ser utilizado para outro fim, como comércio, indústria, etc. - Não pode ser cedida a terceiro, tampouco seu exercício. Logo, não pode ser alugada. - Prescreve pelo não uso como moradia. - Precisar ser transcrito no registro de imóvel. Distinção entre Uso e Usufruto O uso distingue-se do usufruto pela intensidade do direito, enquanto o usuário só pode utiliza-lo limitadamente à sua necessidade e de sua família, o usufrutuário retira toda utilização do bem. ATENÇÃO Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Direitos reais de garantia Hipoteca- Trata-se de direito real sobre a coisa alheia por meio do qual o devedor de uma obrigação oferece ao seu credor um bem imóvel como garantia de cumprimento de sua obrigação. Perempção : - Extinção da hipoteca pelo decurso de 20 anos. Penhor Transferência da posse da coisa móvel ou mobilizável realizada pelo devedor ao credor, para garantir o pagamento de seu débito. Espécies: Comum - ocorre quando o bem empenhado tiver a sua posse direta transferida do devedor ao credor, ficando o credor como fiel depositário da coisa empenhada. Especial - rural, industrial, mercantil de veículos. Anticrese - Ocorre quando o devedor de uma obrigação oferece a um credor dessa obrigação um bem, geralmente, imóvel a fim de que o mesmo retire do bem seus frutos e redimentos a fim de compensar sua dívida. - Vínculo real: o próprio bem é que garante a divida. - Credito real: O que se funda na garantia sobre coisa imóvel ou direito real (hipoteca, penhor, anticrese). - Direito de excussão: é o direito que tem o credor de se fazer pagar pelo produto da venda da coisa dada em penhor ou hipoteca. Fique sabendo! Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Direitos da Família CONCEITO É o conjunto de formas que regulam o casamento, a união estável, adoção, o poder familiar, os alimentos, a tutela e a curatela. Natureza jurídica Extrapatrimonial - Patrimoniais - Assistenciais - Pessoal e afetiva OBSERVAÇÃO Tendo em vista que o Direito de Família, não se limita apenas a questões de cunho patrimonial, como o regime de bens, mas envolve um conceito muito mais abrangente, e por consequência requer regras próprias, diferentes das aplicadas ao direito obrigacional. Isso porque, tal direito tem seu escopo, na proteção da família, como base, no qual está assentada a sociedade , de acordo com o Art. 225 da CF. TIPOS DE FAMÍLIA Família Matrimonial - É aquela que decorre do casamento; Família Informal - Decorre da união estável; Família Monoparental - É aquela que decorre da união de qualquer dos pais e seus ascendentes Família substituta -É aquela que decorre da guarda ou tutela Famílias plurais - Abrange as uniões fundada no afeto, tais como as famílias: ANAPERENTAL: sem pais, parentes ou amigos HOMOAFETIVAS: união de pessoas do mesmo sexo EUDEMONISTA: baseada no afeto, sem compromisso. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com A UNIÃO ESTÁVEL HOMOAFETIVA O STF reconheceu, no sentido de dar uma interpretação conforme a CF, PARA EXCLUIR qualquer significado do artigo 1.723 do CC que impeça o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. Fundamentando essa decisão no art.3º, IV, da CF, no qual veda qualquer tipo de discriminação. Além do mais, o STJ decidiu no sentido de admissão do casamento direto(sem necessidade de ter havido antes a união estável para poder converter em casamento) de pessoas do mesmo sexo. VALE LEMBRAR que o STF não deu seu posicionamento definitivo, limitando-se a reconhecer que essa união terá idêntica proteção a união estável de pessoas de sexo diferentes. CASAMENTO CONCEITO É o vínculo jurídico entre um homem e uma mulher, estabelecido mediante intervenção estatal e que cria deveres de comunhão de vida e constitui família. É uma comunhão plena de vida pautada na igualdade de direitos e deveres ente os consortes. É visto pela doutrina majoritária do Brasil como um contrato, assim sendo, tem validade e eficácia. NATUREZA JURÍDICA TEORIA CONTRATUALISTA: O casamento é um contrato , mas não condiz com a natureza do casamento e sua necessidades de regramento próprio. TEORIA INSTITUCIONAL: O casamento é uma instituição social e jurídica própria, no qual possui regra diferenciadas e de ordem pública. O contrato estará presente na vontade inicial de contrair matrimonio, depois disso quem dita as regras é a lei. TEORIA ECLÉTICA: O casamento é um ato complexo, podendo ser considerado um contrato na sua formação, mas uma instituição no seu conteúdo. Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com Da Capacidade para o Casamento Antigo dispositivo: “Art. 1.518. Até à celebração do casamento podem os pais, tutores ou curadores revogar a autorização.” Novo dispositivo advindo da lei nº 13.146/2015: “Art. 1.518. Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização.” O legislador revogou a legitimidade do curador para revogar a autorização de casamento. Da Invalidade do Casamento “Art. 1.548. É nulo o casamento contraído: I – pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil; II – por infringência de impedimento.” O inciso I foi revogado pela lei nº 13.146/2015. O casamento contraído por enfermo mental, desde que possa emitir sua vontade ou por meio de seu curador ou responsável, não será hipótese de nulidade. CAUSAS SUSPENSIVAS - Art.1523 do CC São os fatos que suspendem o processo de celebração do casamento a ser realizado, se arguido antes das núpcias , o que torna o casamento irregular, se realizado, gerando sanções para os nubentes. “Art. 1.523. Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.” Há dois tipos de consequências jurídicas quando estiver presente uma causa suspensiva: Depois do casamento ter ocorrido Será considerado um casamento irregular, que tem por sanção a obrigatoriedade do regime de separação absoluta. Antes do casamento ter ocorrido Se o casamento ainda não tiver sido realizado este ficará suspenso até que a causa suspensiva deixe de existi. IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS - Art. 1521 do CC Os impedimentos são questões de ordem pública, afirmando que qualquer pessoa capaz pode arguir os impedimentos até o momento do casamento, assim, acaso violado, ocorre a nulidade absoluta do casamento, assim como também ocorre com casamento realizado por pessoa com enfermidade mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil. “Art. 1.523. Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas
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