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Parte Geral da Pessoas Naturais

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Licensed to Palloma Silva , E-mail: pallomafernandesdireito@gmail.com
Parte Geral da
Pessoas Naturais
INTRODUÇÃO
O ser humano, detém uma natureza social, em razão disso, o
seu comportamento gera reflexo na aplicação do Direito, pois sua
finalidade é tratar das relações entre as pessoas, de acordo com o tipo de
relação que elas estabelecem. Daí vem a importância de antes de tudo, ter
a noção do que seria uma relação jurídica.
Relação jurídica: é o vínculo entre pessoas, em razão da qual uma pode 
pretender algo a que a outra é obrigado a prestar, com proteção do 
Estado. 
Fique sabendo!
Ademais, é importante salientar que não é qualquer relação entre duas
pessoas que será uma relação jurídica. Como é possível saber se estamos
diante de uma relação jurídica ou de fato.
Relação 
simples ou de 
fato
Relação 
jurídica
O direito regula a 
situação, 
imputando 
consequências 
SimNão
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Relação Jurídica
RELAÇÃO JURÍDICA
aconteci
mento
Objeto
Sujeito 
de 
direito 
Os elementos de uma relação jurídica são:
Pessoa natural/física ou jurídicas, 
e excepcionalmente os entes não 
personalizados, como o espólio. 
Acontecimento é um fato que 
esteja previsto na norma 
jurídica capaz de criar, 
modificar ou extinguir direito 
Um animal não pode fazer parte 
de uma relação jurídica, pois não 
tem personalidade jurídica, sendo 
apenas objeto dela, um bem 
semovente – aquele que se move 
através de força própria. 
De modo imediato, temos 
uma obrigação(dar, fazer, ou 
não fazer)
De modo mediato, o bem 
buscado(móvel, imóvel, 
honra )
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Personalidade
Personalidade: é a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair
deveres na ordem civil
Atributo inerente a pessoa
Pessoa natural: É o ser humano. Todo direito deve corresponder um
sujeito que lhe detém a titularidade, O código civil em seu artigo 1º, dota
de personalidade o ser humano.
Art. 1º, cc: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil
Aquisição de personalidade – art.2º
Natureza do registro de nascimeno da pessoa : o registro de nascimento
geralmente se dá no momento posterior ao seu nascimento, logo,
percebe-se que já tem-se adquirido a personalidade, quando nasceu,
sendo o registro uma mera declaração.
REGISTRO ATO DECLARATORIO COM EFEITO
EX TUNC
“A partir de que momento se verifica a aquisição da personalidade”
O momento do nascimento com vida , que respirou , já adquire a
personalidade, logo, estamos diante de um critério objetivo. Teoria
natalista
Fique sabendo!
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HOUVE RESPIRAÇÃO
SIM
NATIMORTO 
OBSERVAÇÃO
O nascituro tem uma expectativa
de direito, já que a lei põe a salvo
os seus direitos desde a concepção.
Os direitos assegurados , estão sob
condição suspensiva: só terão
eficácia se nascer com vida.
NÃO
Será feito um registro em livro 
próprio – art. 53, §1, da LRP
Caso tenha nascido e morrido 
serão feitos dois registros: o de 
nascimento e o de óbito- art. 
53§2º, da LRP 
53, §2º da LRP
ASSUNTO POLÊMICO
A respeito da
utilização de células-
tronco embrionárias em
pesquisas e terapias , o
STF julgou uma ADI de
numero 3.510, permitindo
sua utilização.
Enunciado n.1 da JDC/ CJF, A proteção que
o código defere ao nascituro alcança o
natimorto no que concerne aos direitos a
personalidade, tais como nome, imagem e
sepultura
O nascituro, é o que está por 
nascer, é aquele que foi 
concebido mais ainda não 
nasceu. O nascituro tem 
personalidade jurídica em 
relação aos direitos 
personalíssimos e aos da 
personalidades (Personalidade 
jurídica formal), somente 
alcançará a fruição dos demais 
direitos com o nascimento com 
vida, como os bens patrimoniais 
– personalidade jurídica material 
Direito a vida 
Direito a filiação
Assistência pré 
natal
Exemplos 
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“São aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da
pessoa em si e em suas projeções sociais.” - Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo
Pamplona Filho. Podemos afirmar que os direitos da personalidade são
aqueles inerentes à pessoa e à sua dignidade.
Características:
(comuns à própria existência da pessoa)
1.Intransmissíveis - a titularidade do direito não pode ser transmitida, mas o
seu exercício pode.
2.Irrenunciáveis - não são passiveis de rejeições por parte de seu titular.
3.Extrapatrimoniais
4.Vitalícios - acompanham o sujeito até sua morte, mas alguns direitos são
resguardados após a morte, como direito a honra, a memória.
(direitos subjetivos, inerentes à pessoa, inatos)
5.Absolutos
6.Indisponíveis - não são passiveis de se abrir mão, salvo de maneira
transitória e especifica.
7.Imprescritíveis - a ausência do exercício não acarreta a perda do direito.
8.Impenhoráveis
O Art. 11 do Código Civil Brasileiro determina que os direitos da
personalidade não possam sofrer limitação voluntária, o que gera o seu
caráter absoluto. Porem, essa regra tem suas exceções, sã elas:
- O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária,
DESDE QUE não seja permanente nem geral.
- Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não
especificamente previstas em lei não podendo ser exercidos com abuso de
direito de seu titular, contrariado a boa-fé objetiva e os bons costumes.
Direitos da Personalidade
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EX: cessão onerosa dos direitos patrimoniais decorrentes da imagem;
contratos assinados pelos participantes de “reality shows”.
Pilar da Integridade Física
- Tutela do corpo vivo- Art.13 do cc-
- Tutela do corpo morto- Art.14 do cc
- Autonomia do paciente – Art. 15 do cc
Pilar da Integridade Psíquica ou Moral
- Imagem- art. 20 do cc
- Vida privada do – art.21 do cc
- Nome – art.
O Art. 12 do Código Civil Brasileiro possibilita a tutela geral da
personalidade:
“Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade,
e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em
lei.”
Ex: uma empresa lançar um álbum de figurinhas de um jogador de futebol
sem a devida autorização. Nesse caso, será cabível uma ação específica
para vedar novas veiculações e retirar o material de circulação.
O parágrafo único do mencionado artigo, reconhece direitos da
personalidade ao morto, cabendo legitimidade para ingressar com a ação
correspondente aos lesados indiretos, são eles: cônjuge, ascendentes,
descendentes e colaterais até quarto grau. Em tais casos, tem-se o dano
indireto, uma vez que o dano atinge o morto e repercute em seus
familiares.
Tutela do corpo vivo
Não se pode dispor do corpo em duas situações:
- se houver contrariedade dos bons costumes
- se importa em diminuição permanente da integridade física
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Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou
contrariar os bons costumes. Parágrafo único. O ato previsto neste artigo
será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei
especial
Exemplos:
- se machucar propositalmente, afronta os bons costumes,
- cortar o próprio braço é uma maneira de diminuição permanente do
corpo;
A exceção, é por exigência médica, Ex.: cortar o braço por alguma doença
ou para transplante, desde que seja órgão dúplice ou regenerável e a
titulo gratuito. Os bens jurídicos tutelados são a saúde humana e os bons
costumes;
Esse artigo, ao permitir a disposição do próprio corpo por exigência
médica,autoriza as cirurgias de transgenitalização, em conformidade com
os procedimentos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, e a
consequente alteração do prenome e do sexo no Registro Civil
(reconhecida pela jurisprudência de forma ampla).
Tutela do corpo morto
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição
gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a
qualquer tempo.
Traz consigo a expressão objetivo cientifico, que refere-se a casos em que
o corpo ou suas partes são deixadas para fins de estudos. Já objetivo
altruístico se refere a casos em que deixa elementos do corpo, para fins de
transplante, em favor de alguém; podendo o doador revogar a qualquer
momento e segundo o enunciado 227 das JDC/ CJF: a manifestação
expressa do doador em vida prevalece sobre a vontade dos familiares,
sendo esta utilizada quando o doador silenciou sobre a questão.
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A retirada post mortem dos órgãos deverá ser precedida de diagnóstico de
morte encefálica e depende de autorização de parente maior, da linha reta
ou colateral até o segundo grau, ou do cônjuge sobrevivente, mediante
documento escrito perante duas testemunhas.
Autonomia do Paciente
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a
tratamento médico ou a intervenção cirúrgica
Três princípios estão insculpidos no referido artigo, o 1º princípio
da informação, o paciente tem direito a saber as informações relativas a sua
situação; 2º princípio da autonomia, o profissional deve respeitar a vontade
do paciente e pelo princípio da beneficência, a atuação medica deve buscar
o bem estar do paciente evitando, quando possível, danos e riscos .
A partir da leitura desses princípios percebe-se que o paciente
tem direito a recusa de tratamento de risco, mas no caso de não ser possível
consultar o paciente, numa situação de urgência, o médico poderá suprir o
consentimento, fazendo a intervenção, não respondendo por
constrangimento ilegal , pois o médico age em estado de necessidade, uma
excludente de licitude.
Imagem
A imagem da pessoa pode ser classificada em:
Imagem Retrato - fisionomia de alguém, o que é refletido no espelho
Imagem Atributo - a soma de qualificações do ser humano, o que ele
representa para a sociedade.
Voz - Timbre sonoro identificador
A proteção à imagem deve ser ponderada com outros interesses
constitucionalmente tutelados, especialmente em face do direito de amplo
acesso á informação e da liberdade de imprensa. Em caso de colisão, levar-
se-á em conta a notoriedade do retratado e dos fatos abordados, bem como
a veracidade destes e, ainda, as características de sua utilização (comercial,
informativa, biográfica), privilegiando-se medidas que não restrinjam a
divulgação de informações.
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Autorização: Expressa ou Tácita
Pessoas públicas + locais públicos = direito a imagem mitigada
Pessoas publicas + pessoas privadas + locais públicos = direito a imagem
mitigada
Pessoas públicas + locais privado = direito a imagem
Pessoas privadas {por segurança ou imagem panorâmica} = não é
necessário autorização
Privacidade
A vida privada da pessoa natural é inviolável. Porém, esse direito não é
absoluto, devendo ser ponderado com outros valores, sobretudo
constitucionais.
O conceito de intimidade não se confunde com o de vida privada, pois, é
um conceito maior. A intimidade envolve questões polêmicas,
principalmente no que concerne á dificuldade em saber até que ponto vai
a privacidade da pessoa e quais seriam as suas limitações.
Há varias exceções para a proteção a privacidade , como por exemplo, a
quebra do sigilo.
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O dano moral In re ipsa é presumido, ou seja, não precisar ser provado.
ATENÇÃO - DANO MORAL PURO OU DANO MORAL IN RE IPSA
É o dano que decorre da simples conduta retornando de um
campeonato em Las Vegas, Tobias, lutador de artes maciais, surpreende-
se ao ver sua foto estampada em álbum de figurinhas intitulado “Os
maiores lutadores de todos os tempos”, à venda nas bancas de todo o
Brasil. Assessorado por um advogado de sua confiança, Tobias propõem,
em face da editora responsável pela publicação, ação judicial de
indenização por danos morais decorrente do uso não autorizado de sua
imagem.
A editora contesta a ação argumentando que a obra não expõe Tobias
ao desprezo público e nem acarreta qualquer prejuízo a sua honra,
tratando-se, muito ao contrário, de uma homenagem ao lutador, por
apontá-lo como um dos maiores lutadores de todos os tempos. De fato,
sob a foto de Tobias, aparecem expressões como “grande guerreiro” e
“excepcional gladiador”, além de outros elogios à sua atuação nos
ringues e arenas.
DIANTE DO EXPOSTO, ANALISAREMOS:
É cabível a indenização pleiteada por tobias no caso narrado a cima?
Caso tobias tivesse falecido antes da publicação do álbum, seus
descendentes poderiam propor a referida ação indenizatória?
Fique sabendo!
a)Pouco importa se a propaganda é positiva ou negativa, pois a simples
violação, a conduta, para fins comerciais
Sem autorização gera o dano.
b)sim, o art.20, PU, afirma que em se tratando de morto ou ausente são
partes legitima para requer a proteção são o cônjuge o ascendente ou o
descendente. No caso de uma peça pratica, ira pedir tutela especifica com
intuito de retirar a propagando do ar.
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Nome
A escolha do nome é livre, mas não poderá expor a ridículo ou
ser discriminatório, segundo a lei 6.015/76- lei de registros públicos.
Todos os elementos que fazem parte do nome são protegidos :
Prenome - nome próprio da pessoa (podendo ser simples ou composto)
Sobrenome, nome, apelido ou patronímico - nome de família
A partícula - ex: da, dos, de
O agnome - visa perpetuar um nome anterior já existente, ex: júnior, neto.
Desde que para fins lícitos o pseudônimo goza das mesmas proteções
que o nome, podendo acrescentar a o nome . Ex.: Luís Inácio LULA das
Silva.
ATENÇÃO
O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações
ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda que haja
intenção difamatória (art. 17 do CC), o nome também não pode ser
utilizado, sem autorização, para fins de publicidade ou propaganda
comercial (art. 18 do CC), ocorrendo a lesão será cabível a reparação civil.
É possivel alterar o nome?
O prenome é definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por
apelidos públicos e notórios.
Os componentes do nome podem ser alterados mediante ação
específica, cuja sentença deve ser registrada no cartório de registro das
pessoas naturais.
A alteração pode ocorrer, excepcionalmente, nos seguintes casos:
- Quando o nome expor a pessoa ao ridículo ou a embaraços;
- Nos casos de erro de grafia perceptível de imediato;
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- Adequação de sexo;
- Introdução do nome do cônjuge ou convivente;
- Introdução de cognomes, ex: xuxa;
-Introdução do nome do pai ou da mãe;
- Para tradução de nomes estrangeiros, ex: John (João);
- Nos casos de proteção à testemunhas (nos termos da lei 9.807/99);
- Para inclusão do nome de família do padrasto ou madrasta por enteado
ou enteada.
Capacidade
- De Direito - Própria de todo ser humano
- De Fato – exercício dos direitos
Todas as pessoas possuem a capacidade de direito, sendo assim,
pressupõe-se a capacidade de fato. A incapacidade é a exceção.
Alterações decorrentes da lei nº 13.146/2015 referentes a capacidade
civil:
Novo caput: “Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida civil os menoresde 16 (dezesseis) anos.
Antigo caput: Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida civil:
I – os menores de dezesseis anos;
II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o
necessário discernimento para a prática desses atos;
III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua
vontade.
Os incisos II e III foram revogados. O artigo revoga parcialmente a
capacidade absoluta. Só teremos uma hipótese de incapacidade absoluta:
o menor de 16 anos.
Não mais subsistirão as hipóteses de incapacidade absoluta por motivos
psíquicos.
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Se a gravidade é de tal grandeza que a pessoa enferma ou com deficiência
não possa exprimir sua vontade sobre o objeto de deliberação, não poderá
praticar o ato. Deverá ser nomeado curador.
As pessoas que, nas causas transitórias puderem exprimir sua vontade,
poderão praticar os atos da vida civil, desde que possam deliberar
diretamente sobre o ato.
Em suma, não há mais presunção de absoluta incapacidade para os que,
por enfermidade ou deficiência mental, tiverem o necessário
discernimento para a prática desses atos e os que, mesmo por causa
transitória, puderem exprimir a sua vontade.
Incapacidade
Novo texto legal:
“Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os
exercer:
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem
exprimir sua vontade;
IV – os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação
especial.”
Em relação aos relativamente incapazes, revogou-se a hipótese das
pessoas com deficiência mental com discernimento reduzido e dos
excepcionais sem desenvolvimento completo.
Tais situações foram substituídas pela nova redação do inciso III, ou seja,
considerar-se-ão relativamente incapazes aqueles que, por causa
transitória ou permanente, não puderem exprimir a sua vontade. Isso
significa que, não podendo exprimir a sua vontade, não poderão praticar
os atos da vida civil (ver art. 6º Lei nº 13.146/2015).
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As pessoas com discernimento reduzido e com desenvolvimento mental
incompleto ou completo que puderem exprimir a sua vontade poderão
praticar os atos da vida civil.
Em suma, não há mais a presunção de relativa incapacidade para os que,
por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido e os
excepcionais, sem desenvolvimento mental completo, mas que possam
exprimir a sua vontade.
Emancipação
É o ato jurídico que antecipa os efeitos da aquisição da maioridade e da
consequente capacidade civil plena, para data anterior àquela em que o
menor atinge a idade de 18 anos, para fins civis. Com a emancipação, o
menor deixa de ser incapaz e passa a ser capaz. Todavia, ele não deixa de
ser menor.
A emancipação via de regra, é definitiva, irretratável e irrevogável, e
poderá ocorrer nas seguintes situações (rol taxativo):
- Emancipação voluntária parental = concessão de ambos os pais, ou de
um deles na falta do outro.
- Emancipação judicial = por sentença do juiz.
- Emancipação legal matrimonial = pelo casamento do menor.
- Emancipação legal, por exercício de emprego público efetivo = desde que
haja nomeação de forma definitiva.
- Emancipação legal, por colação de grau em curso de ensino superior
reconhecido.
- Emancipação legal por estabelecimento civil ou comercial ou pela
existência de relação de emprego.
- Emancipação legal do menor militar = que possua 17 anos e que esteja
prestando tal serviço.
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QUESTÃO 1
Devido à indicação de luz vermelha do sinal de trânsito, Ricardo parou seu
veículo pouco antes da faixa de pedestres. Sandro, que vinha logo atrás de
Ricardo, também parou, guardando razoável distância entre eles.
Entretanto, Tatiana, que trafegava na mesma faixa de rolamento, mais
atrás, distraiu-se ao redigir mensagem no celular enquanto conduzia seu
veículo, vindo a colidir com o veículo de Sandro, o qual, em seguida,
atingiu o carro de Ricardo.
A) Cada um arcará com seu próprio prejuízo, visto que a responsabilidade
pelos danos causados deve ser repartida entre todos os envolvidos.
B) Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados ao veículo de Sandro,
e este deverá indenizar os prejuízos causados ao veículo de Ricardo.
C) Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados aos veículos de Sandro
e Ricardo.
D) Tatiana e Sandro têm o dever de indenizar Ricardo, na medida de sua
culpa.
Comentário: Alternativa correta C; tendo em vista que os danos
suportados por Sandro e Ricardo foram causados por Tatiana que dirigindo
incautelosamente, colidiu na traseira do carro de Sandro que,
impulsionado, atingiu a traseira do veículo de Ricardo. A presente questão
consagra a responsabilidade civil pelos danos causados a terceiros,
independente de qualquer excludente de responsabilidade. Não sendo
passível de recurso.
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
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Domicílio
CONCEITO: É a sede jurídica da pessoa
HABITAÇÃO OU MORADIA
É o local onde a pessoa é encontrada ocasionalmente, não havendo ânimo
de permanência.
RESIDÊNCIA
É o lugar que o indivíduo habita com intenção de permanecer, mesmo que
ele se ausente temporariamente; é uma situação de fato.
DOMICÍLIO
É a sede da pessoa, tanto física como jurídica, onde se presume sua
presença para efeitos de direito e onde exerça ou pratica, habitualmente
seus atos e negócios jurídicos. É o lugar no qual a pessoa estabelece sua
residência com animo definitivo de permanecer (animus manendi).
O domicílio se divide em:
- Domicílio Voluntário = é aquele fixado pela vontade da pessoa, como
exercício da autonomia privada.
- Domicílio Necessário ou Legal = é o imposto pela lei, a partir de regras
específicas (art. 76 do CC).
- Domicílio Contratual ou Convencional = previsto no art. 78 do CC, pelo
qual, “nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar o
domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles
resultantes.”
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Bens
CONCEITO: São toda utilização física ou ideal que sejam objeto de um direito
subjetivo, nesse sentido não há como confundir bens com coisas. Os bens
abrangem tanto o material quanto o imaterial, já as coisas ficam limitadas ao
que é corpóreo, material. Todos os bens são coisas, porém nem todas as
coisas são bens.
Principais Classificações dos bens (arts. 79 a 97, CC)
Quanto à mobilidade
1.Bens Imóveis - São aqueles que não podem ser removidos ou transportados
de um lugar para outro, sem sua destruição.
1.1.Bens Imóveis por natureza ou por essência
1.2.Bens Imóveis por acessão física industrial ou artificial
1.3.Bens Imóveis por acessão física intelectual
1.4.Bens Imóveis por disposição legal
2.Bens Móveis - Podem ser transportados de um lugar para o outro, por força
própria (semoventes) ou de terceiro, sem alteração de sua substância.
2.1.Bens Móveis por natureza ou essência
2.2.Bens Móveis por antecipação
2.3.Bens Móveis por determinação legal
Os navios e aeronaves são bens móveis especiais ou sui generis. Apesar de
serem móveis pela natureza ou essência, são tratados pela lei como imóveis,
necessitando de registro especial e admitindo hipoteca.
ATENÇÃO
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Quanto à fungibilidade
1.Infungíveis - Não podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.
2.Fungíveis - Podem ser substituídos por outros do mesma espécie,
qualidade e quantidade.
Quanto à consuntibilidade
1.Inconsumíveis- São aqueles que proporcionam reiteradas utilizações,
permitindo que se retire a sua utilidade, sem deterioração ou destruição
imediata.
2.Consumíveis - São bens móveis cujo o uso importa na destruição
imediata da própria coisa. Admitem apenas um uso.
Quanto à divisibilidade
1.Indivisíveis - Não podem ser partilhados, pois deixariam de formar um
todo perfeito, acarretando a sua divisão uma desvalorização ou perda das
qualidades essenciais desse todo.
2.Divisíveis - São os que podem ser fracionados sem alteração na sua
substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se
destinam.
Quanto à individualidade
1.Bens Singulares ou Individuais - São os que, embora unidos, se
consideram de per si, independentes dos demais.
2.Bens Coletivos ou universais - São os bens que se encontram agregados
em um todo.
Quanto à dependência
1.Bens principais ou independentes - são os bens que existem de maneira
autônoma e independente, de forma concreta ou abstrata.
2.Bens assessórios ou dependentes - são os bens cuja existência e
finalidade dependem de um outro bem, denominado bem principal.
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São Bens Acessórios:
- Frutos (tem sua origem no bem principal);
- Produtos (são os bens acessórios que saem da coisa principal, diminuindo a
sua quantidade e substância. Ex: pepita de ouro retirada de uma mina);
- Pertenças (são bens que se destinam, de modo duradouro, ao uso ou
aformoseamento de outro);
- Partes Integrantes (são os bens acessórios que estão unidos ao bem
principal, formando com este último um todo independente. Ex: lâmpada em
relação a um lustre);
- Benfeitorias (bens acessórios introduzidos em um bem móvel ou imóvel,
visando a sua conservação ou melhora da sua utilidade), se subdividem em:
a) Benfeitorias Necessárias - tem por fim conservar ou evitar que o bem se
deteriore, ex: a reforma do telhado de uma casa.
b) Benfeitorias Úteis - são as que aumentam ou facilitam o uso da coisa, ex:
instalação de uma janela de uma casa.
c) Benfeitorias Voluptuárias - são as que tornam mais agradável o uso da
coisa, ex: construção de uma piscina em uma casa.
Classificação em relação ao titular do domínio
1.Bens particulares ou privados - são os que pertencem às pessoas físicas ou
jurídicas de direito privado, atendendo aos interesses dos seus proprietários.
2.Bens públicos ou do Estado - são os que pertencem a uma entidade de
direito público interno, como no caso da união, etc. São eles:
a) Bens de uso geral ou comum do povo
b) Bens de uso especial
c) Bens dominicais ou dominiais
Do Bem de Família
Bem de família voluntário ou convencional:
Pode ser instituído pelos cônjuges, pela entidade familiar ou por
terceiro, mediante escritura pública ou testamento, não podendo ultrapassar
essa reserva um terço do patrimônio líquido das pessoas que fazem a
instituição.
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Bem de família legal:
É o imóvel residencial próprio do casal ou da entidade familiar. Esse bem é
impenhorável e não responde por qualquer tipo de dívida civil, comercial,
fiscal, previdenciária ou de outra natureza, que tenha sido contraída pelos
cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele
residam, salvo em hipóteses previstas em lei.
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QUESTÃO 1
Henrique fora condenado pelo juízo da 10ª Vara Cível da Comarca da
Capital do Rio de Janeiro ao pagamento de indenização por danos morais
causados a Marlon, no valor de R$ 100.000,00, tendo tal decisão
transitada em julgado.
Na fase de cumprimento de sentença, não houve o pagamento voluntário
da quantia, nem foram encontrados bens no foro da causa, razão pela qual
procedeu-se à avaliação e penhora de imóvel de veraneio de Henrique,
situado no Guarujá/SP, mediante carta precatória. O Oficial de Justiça,
mesmo certificando em seu laudo não possuir o conhecimento
especializado necessário para o ato, avaliou o imóvel em R$ 150.000,00.
Nesse caso, a impugnação ao cumprimento de sentença que verse
unicamente o vício de avaliação
A) poderá ser oferecida no juízo deprecante ou deprecado, sendo o juízo
deprecante o competente para julgá-la.
B) poderá ser oferecida no juízo deprecante ou deprecado, sendo o juízo
deprecado o competente para julgá-la.
C) deverá ser oferecida no juízo deprecado, sendo o juízo deprecante o
competente para julgá-la.
D) deverá ser oferecida no juízo deprecante, sendo o juízo deprecado o
competente para julgá-la.
Comentário: Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre:
(Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; (Incluído
pela Lei nº 11.232, de 2005)
II – inexigibilidade do título; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
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III – penhora incorreta ou avaliação errônea; (Incluído pela Lei nº 11.232,
de 2005)
IV – ilegitimidade das partes; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
V – excesso de execução; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação,
como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde
que superveniente à sentença. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 1o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se
também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo
declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado
em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo
Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal.
(Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) (Vide Lei nº 13.105, de 2015)
(Vigência)
§ 2o Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de
execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á
declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição
liminar dessa impugnação.(Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005).
Alternativa Correta: B
QUESTÃO 2
No regime da Alienação Fiduciária que recai sobre bens imóveis, uma vez
consolidada a propriedade em seu nome no Registro de Imóveis, o
fiduciário, no prazo de trinta dias, contados da data do referido registro,
deverá:
A) adjudicar o bem.
B) vender diretamente o bem para terceiros.
C) promover leilão público para a alienação do imóvel; não havendo
arremate pelo valor de sua avaliação, realizar um segundo leilão em quinze
dias.
D) promover leilão público para a alienação do imóvel; não havendo
arremate, o fiduciário adjudicará o bem.
Comentário: Alternativa correta É a letra C. É a redação do art. 27, “caput”
e § 1º, da Lei 9.514/97. A questão em comento reflete a literalidade de
dispositivo da mencionada Lei, não sendo passível de recurso.
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Negócios Jurídicos
Arts. 104 a 232, CC
Fatos comuns
Ações humanas ou fatos da natureza sem repercussão no Direito.
Fatos jurídicos
Um fato que interesse ao direito, que tenha relevância jurídica. Fato
jurídico é o fato somado ao direito.
Atos Jurídicos
Trata-se de um fato jurídico com elemento volitivo e conteúdo lícito.
Negócio Jurídico
Ato jurídico em que há uma composição de interesses das partes com uma
finalidade específica.
CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS
1. Fato jurídico natural (sentido estrito)
Ordinário
- Morte, maioridade, prescrição e decadência.
Extraordinário
- Inevitabilidade do evento e ausência de culpa pelo ocorrido (caso fortuito
ou força maior).
2. Fato jurídico humano
Ato jurídico em sentido amplo ou voluntário: ato jurídico em sentido
estrito
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Mera realização de vontade gerandoconsequências jurídicas previstas em
lei (perdão, reconhecimento de filho, fixação de domicílio, etc.); Negócio
jurídico – autonomia da vontade (Ex. contrato).
Ato ilícito ou involuntário
Civil, penal e administrativo.
ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
1. Elementos essenciais
I. Gerais
- Capacidade do agente
Falta de capacidade: absoluta – ato nulo; relativo – ato anulável.
- Objeto Lícito, possível, determinado ou determinável. Defeito no objeto:
ato nulo, Consentimento: manifestação de vontade. Defeitos: ausência de
consentimento, erro, dolo, leão, estado de perigo, fraude contra credores,
simulação.
II. Especiais
Forma prescrita ou não defesa em lei. Defeito na forma: ato nulo.
2. Elementos acidentais
Cláusulas secundárias, segundo a vontade dos negociantes:
I.Condição
II.Termo
III.Encargo
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INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
I. Nulidades Absolutas
São as hipóteses dos arts. 166 e 167 do CC. A nulidade absoluta pode ser
arguida por qualquer pessoa, partes, terceiros, pelo Ministério Público e
até mesmo o juiz de ofício, pois, a questão é de interesse público. É uma
ação declaratória, de efeito ex tunc e erga omnes. Pode ser arguida a
qualquer tempo em qualquer grau de jurisdição (exceto para o STJ e o STF,
que exigem o prequestionamento da matéria).
II. Nulidades Relativas
Refere-se a anulabilidade do negócio jurídico nas hipóteses de:
incapacidade relativa do agente; vício resultante por erro, dolo, coação,
estado de perigo, lesão ou fraude contra credores; defeitos ou vícios do
negócio jurídico, podendo ser de consentimento ou de vontade das partes,
ou os sociais.
O ato anulável atinge interesses particulares, legalmente tutelados. A
anulabilidade somente pode ser arguida pelos legítimos interessados,
admitindo-se a confirmação expressa ou tácita. Os prazos decadenciais de
arguição são: como regra geral 4 anos; nos casos de saneamento e
convalidação do ato anulável o prazo é de 2 anos.
EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO
Se o negócio jurídico é válido, ele deve automaticamente produzir os seus
efeitos, todavia é possível constatar elementos acidentais ou acessórios,
secundários, opostos pela vontade humana a negócios com fundo
patrimonial. São eles:
Condição - é um evento futuro e incerto que deriva exclusivamente da
vontade das partes e subordina os efeitos do negócio, subdividindo em
suspensiva ou resolutiva, sendo a primeira aquela que enquanto não
implementada deixa em suspenso os efeitos do negócio, diz o Art. 125 do
CC, que não haverá nem a aquisição e nem o exercício do direito, já a
segunda é o oposto, pois aqui o negócio automaticamente produz os
efeitos e quando implementada a condição ele se extingue, ele se resolve.
Ex: doação de conta periódica atrelada a uma condição resolutiva.
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Termo - é um evento futuro e certo, podendo ser um termo inicial, que é
aquele que marca o início do exercício de um direito, ou o final, que
finaliza o exercício de um direito, havendo um lapso temporal existente
entre eles denominado de prazo.
Modo ou Encargo - é um ônus que haverá de ser cumprido pela parte para
que tenha um bônus, um benefício que entenda superior. Ex: A oferece a B
um carro, desde que B utilize o carro em benefício de A. Transformando
assim o negócio jurídico, o contrato, em oneroso. Via de regra, o modo ou
encargo não suspende a aquisição e o exercício do direito. O encargo
ilícito/ impossível, invalida todo o negócio jurídico.
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
1. Ausência de vontade (o Negócio será nulo)
2. Vícios de consentimento:
Ignorância - Completo desconhecimento
Se recair sobre aspectos essenciais ou substanciais, ato anulável; se recair
sobre aspectos acidentais ou secundários, ato válido.
Dolo - Artifício empregado para enganar a outra parte
Se recair sobre aspectos essenciais ou substanciais, ato anulável; se recair
sobre aspectos acidentais ou secundários, ato válido, porém obriga a
satisfação de perdas e danos.
Coação - Pressão física ou moral
A pressão é exercida sobre alguém para obrigá-lo a praticar determinados
atos (arts. 151 a 155, CC)
Estado de perigo - É anulável
Ocorre quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa
de sua família, de grave dano, desconhecido pela outra, parte assume
obrigação excessivamente onerosa.
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Lesão
Ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade ou por
inexperiência se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao
valor da prestação oposta.
Erro - se subdivide em:
Erro sobre o negócio - é um equívoco acerca da modalidade, do tipo, do
negócio jurídico pactuado;
Erro sobre o objeto (in corpore) - pode ser relacionado a qualidade ou a
quantidade;
Erro sobre a pessoa (in persona) - equívoco sobre o sujeito da obrigação;
Erro sobre o direito - não é negativa de aplicação da norma, bem como
não é desconhecimento da lei. É um equívoco sobre o alcance da norma,
achando que alguma norma não se aplicaria a uma determinada situação.
3. Vícios sociais
Fraude contra credores
Prática maliciosa de atos que desfalcam o patrimônio do devedor, com o
fim de colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em detrimento dos
direitos de credores. (Arts. 158 a 165, CC)
Possui três requisitos:
1. Anterioridade do crédito (anterior a fraude)
2. Dano ao credor (quando houver um desfazimento patrimonial hábil a
causar insolvência)
3. Má fé (intenção de lesar)
Simulação
Declaração enganosa da vontade, visando a obter resultado diverso do
que aparece; cria uma aparência de direito, iludindo terceiros ou burlando
a lei.
Divide-se em:
1. Absoluta - simples simulação. Pratica-se um ato no qual não se busca
nenhum efeito prático, nenhum efeito real, é praticado com o objetivo de
burlar a lei. A simulação absoluta gera nulidade absoluta.
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2. Relativa - dissimulação. Existe um ato simulado de fachada, cujo
objetivo é acobertar um ato dissimulado. Depende de análise para
determinar o tipo de nulidade.
PRESCRIÇÃO
É a perda de uma pretensão em função do passar do tempo, relativa a um
direito subjetivo, patrimonial e disponível, que é manejado através de uma
Ação Condenatória. Não gera perda do direito de ação, porque este é
público, subjetivo, incondicionado. A pretensão consiste na possibilidade
de exigir de outrem o cumprimento de um determinado dever jurídico,
essa pretensão nascendo quando existe uma violação de um direito
subjetivo. Ex: um acidente de carro que gere dano material, surgindo
assim uma pretensão de cobrança, o prazo referente a ação de cobrança
deverá ser analisado para não ocorrer a perda desse direito.
- Prescrição Geral/Ordinária/Comum (Art. 205 do CC) - prazo de 10 anos.
- Prescrição Especial (Art. 206 do CC) - prazo de 1 a 5 anos.
DECADÊNCIA
Diz respeito à perda de direitos potestativos (cujo elemento é um tipo de
poder) devido ao decurso do tempo, que é manejado através de uma Ação
Constitutiva, negativa ou positiva. Nem todo direito potestativo tem prazo
de exercício. Ex: o direito de pedir divórcio. Se o direito potestativo tiver
prazo de exercício e este for ignorado, ocorrerá a decadência.
INEFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO
Atos nulos - Praticados por absolutamente incapaz, sem a devida
representação; objeto ilícito ou impossível; quando não se revestir o ato
da forma prescrita em lei; quando for pretendida solenidade essencial;
quando o negócio jurídico for simulado (arts. 167, CC).
Atos anuláveis - Praticados por relativamente incapazes, sem assistência
de seu representantes legais.
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PROVAS
“Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:I – os menores de dezesseis anos;
II – aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem
discernimento para a prática dos atos da vida civil;
III – os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar
dependa dos sentidos que lhes faltam;
IV – o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
V – os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o
terceiro grau de alguma das partes, por consangüinidade, ou afinidade.
Parágrafo único. Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz
admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo.”
OBSERVAÇÃO: os incisos e o parágrafo único em grifo foram revogados em
decorrência a lei nº 13.146/2015.
No campo da prova, poderão testemunhar aqueles que, por enfermidade
ou retardamento mental, puderem exprimir a sua vontade e os cegos e
surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos
que lhes faltam, desde que a tecnologia assistiva permita-os testemunhar.
ATO NULO ATO ANULÁVEL
Efeito ex tunc ( desde aquele 
momento).
Efeito ex nunc (de agora em diante)
Retroage à data da celebração do 
negócio nulo.
Efeito contra todos.
Matéria de ordem pública.
Não retroage. Declarado anulado, 
opera efeitos a partir da anulação.
Efeitos entre os contratantes.
Matéria de ordem privada.
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Renumerou-se o parágrafo único e incluiu-se o paragrafo 2º, segundo os
quais a pessoa com deficiência, física ou psíquica, poderá testemunhar em
igualdade de condições com as demais pessoas, sendo assegurados todos
os recursos de tecnologia assistiva (tecnologia assistiva é um termo ainda
novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que
contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de
pessoas com deficiência e consequentemente promover vida
independente e inclusão).
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Obrigações
Art.223 a 420 e 840 a 886
CONCEITO
“É a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e
credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva
ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o
adimplemento através de seu patrimônio.” - Washington de Barros
Monteiro.
Sujeito + Objetivo = Vínculo Jurídico
É o elo que sujeita o devedor a determinada prestação em favor do credor.
Fontes
- Lei - é a fonte primária ou imediata de todas as obrigações;
- Contratos - negócio jurídico bilateral ou plurilateral que visa a criação,
modificação ou extinção de direitos e deveres com conteúdo patrimonial;
- Ato ilícito - gera o dever de indenizar;
- Atos unilaterais - são as declarações unilaterais de vontade;
- Títulos de crédito - são os documentos que trazem em seu bojo a
existência de uma relação obrigacional de natureza privada.
Efeitos das obrigações
- Não possuem caráter personalíssimo, logo, pode operar tanta pelas
partes quanto por seus herdeiros.
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Classificação das Obrigações:
Quanto ao objeto POSITIVAS 
Obrigação de dar: 
✓ COISA CERTA: o devedor 
se obriga a dar a coisa 
individualizada.
✓ COISA INCERTA: o bem 
mesmo incerto, será 
indicado pelo gênero e 
quantidade. 
OBRIGAÇÃO DE FAZER: é a
prestação do serviço ou um
ato positivo pelo devedor.
NEGATIVAS
OBRIGAÇÃO DE NÃO
FAZER: o devedor
compromete-se a
não praticar certo
ato que poderia ser
praticado, se não
fosse a obrigação
assumida
Quanto aos seus 
elementos 
SIMPLES: um credor, um 
devedor, e um objeto
✓ Pluralidade de objetos: 
cumulativa e alternativa 
COMPOSTA: 
pluralidade de
✓ Credores 
✓ Devedores –
solidariedade 
Quanto aos 
elementos 
acidentais 
Puras, condicionadas, a termo ou modais
Outras modalidade Liquidas e ilíquidas 
Divisíveis indivisíveis
De resultado ou de meio ou de garantia
Principais e acessórias 
Propter rem- hibridas, parte de direito real parte de 
direito pessoal (ex.: condomínio )
Naturais - dívidas prescritas 
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FORMAS DE EXTINÇÃO (ADIMPLEMENTO) DAS OBRIGAÇÕES
1.PAGAMENTO POR CONSIGNAÇÃO
O devedor deposita a coisa devida, liberando-se de obrigação líquida e
certa.
2.IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO
Há a identidade de devedor e de credor, a existência de dois ou mais
débitos da mesma natureza, bem como o fato de as dívidas serem líquidas
e vencidas. A imputação ao pagamento visa favorecer o devedor ao lhe
possibilitar a escolha do débito que pretende extinguir. Se o devedor não
fizer qualquer declaração, transfere-se o direito de escolha ao credor.
3.PAGAMENTO COM SUB- ROGAÇÃO
Regra especial de pagamento ou forma de pagamento indireto, pela mera
substituição do credor, mantendo-se os demais elementos obrigacionais.
O Código civil, trata à transação e a arbitragem como formas de contrato e
não como formas de pagamento.
As formas de extinção sem pagamento: remissão, o compromisso e a
transação.
4.DAÇÃO EM PAGAMENTO - Art. 356 a 359
É uma forma de pagamento indireto em que há um acordo privado entre
os sujeitos da relação obrigacional, pactuando-se a substituição do objeto
obrigacional por outro. É necessário o consentimento expresso do credor,
o que caracteriza o instituto como um negócio jurídico bilateral.
5.NOVAÇÃO - Art.360 a 367
É uma forma de pagamento indireto em que ocorre a substituição de uma
obrigação anterior por uma obrigação nova, diversa da primeira criada
pelas partes. Seu principal efeito é a extinção da dívida primitiva, com
todos os acessórios e garantias, sempre que não houver estipulação em
contrário.
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6.CONFUSÃO Art. 381 a 388
Está presente quando na mesma pessoa confundem-se as qualidades de
credor e devedor. EX: A deve uma quantia a seu pai, e este morrer ou for
declarado morto por ausência, A será credor e devedor em decorrência da
sucessão.
7.COMPENSAÇÃO Art. 360 a 367
Ocorre quando duas ou mais pessoas forem ao mesmo tempo credoras e
devedoras umas das outras.
8.DA REMISSÃO DE DÍVIDAS Arts. 385 a 388
A remissão é o perdão de uma dívida, constituindo um direito exclusivo do
credor de exonerar o devedor. Não se confunde com remição, pois, esta
para o direito civil significa resgate.
INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
Modalidades:
1.Inadimplemento parcial ou Mora - é a hipótese em que há apenas um
descumprimento parcial da obrigação, que ainda pode ser cumprida.
2.Inadimplemento total ou Absoluto - é a hipótese em que a obrigação não
pode ser mais cumprida, tornando-se inútil ao credor.
Juros
Podem ser conceituados como sendo frutos civis ou rendimentos, devidos
pela utilização de capital alheio.
Cláusula Penal
É a penalidade de natureza civil, imposta pela inexecução parcial ou total
de um dever patrimonial assumido. Trata-se de uma obrigação acessória
que visa a garantir o cumprimento da obrigação principal, bem como fixar,
antecipadamente, o valor das perdas e danos em caso de
descumprimento.
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QUESTÃO 1
Assinale a alternativa que contemple exclusivamente obrigação propter
rem:
(A) a obrigação de indenizar decorrente da aluvião e aquela decorrente da
avulsão.
(B) a hipoteca e o dever de pagar as cotas condominiais.
(C) o dever que tem o servidor da posse de exercer o desforço possessório
e o dever de pagar as cotas condominiais.
(D) a obrigação que tem o proprietário de um terreno de indenizar o
terceiro que, de boa-fé, erigiu benfeitorias sobre o mesmo.
Comentário: a alternativa correta é a de letra D! A obrigação do
proprietário em indenizar o possuidor de boa-fé decorre do artigo 1219 do
CC:O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias
necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem
pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá
exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e
úteis.
Deixando clara a relação decorrente da propriedade, adequando-se ao
conceito de propter rem.
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
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QUESTÃO 2
Maria celebrou contrato de compra e venda do carro da marca X com
Pedro, pagando um sinal de R$ 10.000,00. No dia da entrega do veículo, a
garagem de Pedro foi invadida por bandidos, que furtaram o referido
carro. A respeito da situação narrada, assinale a alternativa correta.
(A) Haverá resolução do contrato pela falta superveniente do objeto,
sendo restituído o valor já pago por Maria.
(B) Não haverá resolução do contrato, pois Pedro pode alegar caso
fortuito.
(C) Maria poderá exigir a entrega de outro carro.
(D) Pedro poderá entregar outro veículo no lugar no automóvel furtado.
Comentário: A questão indica que o automóvel foi furtado dentro de uma
garagem, presume-se a invasão de um local fechado, sugerindo diligência
mínima do devedor na guarda e zelo do bem, afastando a discussão de
culpa do devedor. Diz o Art. a seguir:
“Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente,
ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em
um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.” Resposta correta:
alternativa A.
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Contratos Parte Geral
CONCEITO
Acordo de vontade que visa a criação, modificação ou extinção das
relações jurídicas de natureza patrimonial
ELEMENTOS CONSTITUÍVEIS
- Duas ou mais pessoas
- Capacidade
- Formas prescrita e defeso em lei
- Objeto licito, possível e determinado determinável
- CONSENTIMENTO
PRINCÍPIOS
1.Da Autonomia da vontade - Liberdade para estipular o que lhes convir.
2.Da Função Social dos Contratos - É um princípio de ordem pública, pelo
qual o contrato deve ser, necessariamente, interpretado e visualizado de
acordo com o contexto da sociedade.
3.Da força obrigatória do contrato - Preconiza que tem força de lei o
estipulado pelas partes na avença, constrangendo os contratantes ao
cumprimento do conteúdo completo do negócio jurídico.
4.Da Boa-fé Objetiva - As partes devem agir com lealdade e confiança
recíproca, é uma exigência de conduta legal entre os contratantes.
5.Relatividade dos efeitos contratuais - O contrato, em regra, só vincula as
partes que nele intervierem.
FORMAÇÃO
O contrato nasce da conjunção de duas ou mais vontades coincidentes.
Sem o mútuo consenso não haverá contrato. O contrato possui duas fases:
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1.Fase de negociações preliminares ou de puntuação - fase em que
ocorrem debates prévios, entendimentos, tratativas ou conservações
sobre contrato preliminar ou definitivo.
2.Fase de proposta, policitação ou oblação - constitui a manifestação da
vontade de contratar, por uma das partes, que solicita a concordância da
outra.
3.Fase de contrato preliminar - é um pré contrato, uma fase não
obrigatória.
4.Fase de contrato definitivo ou de conclusão do contrato - é a fase do
contrato definitivo, quando ocorre o choque ou encontro de vontades
originário da liberdade contratual ou autonomia privada.
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS:
Unilaterais: Apenas um dos 
contratantes assume obrigações 
em face do outro.
Bilaterais ou Sinalagmáticos: 
Direitos e obrigações para ambas 
as partes. 
Gratuito: Oneram somente uma 
das partes. 
Oneroso: Ambas as assumem 
obrigações. 
Comutativos: As prestações das 
partes são conhecidas e 
equivalentes. 
Aleatórios: Uma das prestações 
não é conhecida no momento do 
contrato. 
Nominado: Denominação prevista 
em lei. 
Inominados: são os contratos 
criados pelas partes, não havendo 
tipificação legal. 
Paritários: Os interessados 
discutem as cláusulas contratuais 
em pé de igualdade. 
Adesão: uma das partes só faz 
aderir as cláusulas já estabelecidas 
pela outra. 
Consensuais: Se caracterizam pelo 
simples acordo de vontade. 
Solene: A lei exige forma especial 
para a celebração. 
Principais: Existem por si só, 
independente de outro. 
Acessório: Sua existência supõe a 
do principal. 
Pessoal: intuitu personae - A 
pessoa do contratante é 
fundamental para a sua realização. 
Impessoais: A pessoa do 
contratante não faz diferença a 
conclusão do negócio. 
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EFEITOS DOS CONTRATOS
1.Exceção de contrato não cumprido
Nenhum dos contratantes poderá, antes de cumprir sua obrigação, exigir a
do outro.
2.Direito de retenção
Permite ao credor conservar coisa alheia em seu poder além do momento
em que devia restituir até o pagamento do que lhe é devido.
3.Revisão dos contratos
Imprevisão, onerosidade excessiva, rebus sic ; ocorre quando uma das
partem vem a ser prejudicada por uma alteração na conjuntura
econômica.
VÍCIOS REDIBITÓRIOS (Arts.441 a 446)
Podem ser conceituados como sendo os defeitos que desvalorizam a coisa
ou a tornam imprópria para uso. Não se confunde com o erro pois, no vício
redibitório o problema atinge o objeto do contrato, ou seja, a coisa. No
erro o vício é do consentimento, atingindo a vontade, pois a pessoa se
engana sozinha em relação a um elemento do negócio celebrado.
EVICÇÃO (Arts.447 a 457)
É a perda da coisa diante de uma decisão judicial ou de um ato
administrativo que a atribui a um terceiro. Quanto aos efeitos da perda, a
evicção pode ser total ou parcial.
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
1.Extinção Normal do Contrato - pelo cumprimento da obrigação.
2.Extinção por fatos anteriores à celebração - decorrente de :
2.1.Invalidade Contratual - nos casos envolvendo o contrato nulo e o
contrato anulável;
2.2.Cláusula de Arrependimento - os contraentes estipulam que o negócio
será extinto, mediante declaração unilateral de vontade, se qualquer um
deles se arrepender;
2.3.Cláusula resolutiva expressa - um evento futuro e incerto que
acarretará na extinção do contrato
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3.Extinção por fatos posteriores à celebração - nas hipóteses em que uma
das partes sofre prejuízo, é a denominada rescisão contratual.
4.Extinção por morte - ocorre nos casos em que uma das partes assume
uma obrigação personalíssima, denominada cessação contratual. Nesses
casos o contrato se extingue de pleno direito.
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Principais Espécies 
de Contrato
Compra e venda - Arts. 481 a 532, CC
Um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o
outro, a pagar-lhe o preço em dinheiro. Não transfere domínio. Este é
transferido pela tradição (bens móveis) ou pelo registro do título aquisitivo
no Cartório de Registro de Imóveis (bens imóveis).
Troca ou permuta - Art. 533, CC
As partes obrigam-se a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro.
Operam-se, ao mesmo tempo, duas vendas, servindo as coisas trocadas de
compensação recíproca.
Contrato Estimatório ou Venda em Consignação - Arts. 534 a 537, CC
Umas das partes (consignatário) recebe de outra (consignante) bens móveis,
ficando autorizada a vendê-los, obrigando-se a pagar um preço estimado
previamente se não restituir as coisas consignadas dentro do prazo ajustado.
Doação - Arts. 538 a 564, CC
Uma pessoa por liberdade, transfere de seu patrimônio bens ou vantagens
para outra, sem a presença de qualquer remuneração.
Locação - Arts. 565 a 578 e 593 a 626, CC
Uma das partes, mediante remuneração, compromete-sea fornecer à outra,
por certo tempo, o uso de uma coisa, a prestação de um serviço ou a
execução de determinado trabalho.
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Há três espécies de Locação:
Locação de coisas - Uso e gozo de bem infungível
Locação de obras ou empreitada - Execução de obra ou trabalho.
Locação de serviços - Prestação de serviços economicamente apreciáveis
Pela disposição atual no Código civil, a prestação de serviços e a
empreitada não são espécies de locação, e sim contratos autônomos.
Fique sabendo!
Empréstimo - Arts. 579 a 592
Alguém entrega uma coisa para outrem, gratuitamente, obrigando-se este
a devolver a mesma coisa ou devolver outra da mesma espécie e
quantidade.
Há duas espécies:
Comodato - Empréstimo de bem infungível e inconsumível, em que a coisa
emprestada deverá ser restituída findo o contrato.
Mútuo - Empréstimo de bem fungível e consumível, em que a coisa é
consumida e desaparece, devendo ser devolvida outra de mesma espécie
e quantidade.
Da Prestação de Serviço - Arts. 593 a 609 do CC
É o negócio jurídico pelo qual alguém, o prestador, compromete-se a
realizar uma determinada atividade com conteúdo lícito, no interesse de
outrem, o tomador, mediante certa e determinada remuneração.
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Depósito - Arts. 627 a 652
Uma pessoa (depositária) recebe de outra (depositante) um objeto móvel
para guardá-lo, temporariamente e gratuitamente, até que o depositante
o reclame.
Mandato - Arts. 653 a 709
Alguém (mandatário) recebe de outrem (mandante) poderes para, em seu
nome (em nome do mandante), praticar atos ou administrar interesses.
Fiança - Arts. 818 a 839
Também chamada caução fidejussória, é a promessa feita por uma ou mais
pessoas de garantir ou satisfazer a obrigação de um devedor se este não a
cumprir, assegurando ao credor seu efetivo cumprimento.
- Garantia real(res = coisa) a coisa garante a divida = Penhor, hipoteca,
anticrese,
- Garantia fidejussória= garantia prestada por pessoas = Fiança e aval
A fiança é um contrato acessório, logo, não existe sem um contrato, no
qual constará a obrigação que estará sendo garantida pela fiança.
Unilateral gera obrigação apenas para o fiador que se obriga para com o
credor, mas este nenhum compromisso assume em razão aquele.
Gratuito, em regra, o fiador não recebe remuneração apenas ajuda o
devedor.
SUMULA 214 DO STJ o fiador na locação não responde por obrigações
resultantes de aditamento ao qual não anuiu.
Empreitada - Arts. 610 a 626 do CC
Por meio desse negocio jurídico uma das partes (empreiteiro ou
prestador) obriga-se a fazer ou a mandar fazer determinada obra,
mediante uma determinada remuneração, a favor de outrem (dono de
obra ou tomador).
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QUESTÃO 1
É a operação que consiste na tomada de uma posição no mercado futuro 
aproximadamente igual – mas em sentido contrário – àquela que se detém 
ou que se pretende vir a tomar no mercado à vista. É uma forma de o 
investidor se proteger contra os feitos da oscilação de preço.” O conceito 
acima, extraído do Vocabulário do Mercado de Capitais, expedido pela 
Comissão Nacional de Bolsas de Valores em 1990, corresponde a que tipo 
de contrato relacionado à compra e venda empresarial?
(A) Hedging ou hedge.
(B) Contrato estimatório.
(C) Venda com reserva de domínio.
(D) Preempção.
Comentário: Alternativa correta A; Hedge É a Operação financeira
realizada com o intuito de proteger um investimento, diminuindo seu
risco. Esse movimento de proteção é chamado, no jargão do mercado, de
“fazer um hedge” ou “se hedgear”. Na prática, o hedge pode ser feito
através de operações nos mercados derivativos (opções e futuros) ou
ainda assumindo uma posição em outro ativo que tenha comportamento
inverso ao do ativo que se queira proteger. Dessa forma, o ganho que se
teria no ativo que está sendo “hedgeado” será menor, mas, em
contrapartida, seu risco também será diminuído.
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dos Últimos Exames
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Direito das coisas
Os direitos podem ser classificados em:
Pessoais
- Relações entre pessoas, abrangendo o sujeito ativo, o passivo e a prestação
que o segundo deve ao primeiro (ex.: contratos).
Das coisas
- Relação entre o homem e a coisa que se estabelece diretamente (ex.
propriedade), contendo três elementos: o sujeito ativo, a coisa e a relação
(ou o poder) do sujeito ativo sobre a coisa (domínio).
Conceito
Conjunto de regras que regulamentam as relações jurídicas entre o homem
e as coisas determinadas ou determináveis.
Conteúdo do direito das coisas
1. Posse
2. Direitos Reais - Propriedade / Direitos reais sobre a coisa alheia
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Posse
Arts. 1.196 a 1.227
CONCEITO
É o domínio fático que a pessoa exerce sobre a coisa.
TEORIAS
Subjetiva ou Subjetivista
Entende a posse como o poder direto que a pessoa tem de dispor
fisicamente de um bem com a intenção de tê-lo para si e de defendê-lo
contra a intervenção ou agressão de quem quer que seja. Essa teoria não foi
adotada.
Objetiva ou Objetivista
Para a constituição da posse basta que a pessoa disponha fisicamente da
coisa, ou que tenha a mera possibilidade de exercer esse contato. O código
civil adota a teoria objetiva
FÂMULO DE POSSE
Detém a coisa em virtude de dependência econômica ou vínculo de
subordinação (Art. 1.198).
ELEMENTOS
Sujeito capaz; objeto lícito e possível; forma livre; relação dominante entre
sujeito e coisa.
OBJETO
Em regra envolve coisas corpóreas.
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CLASSIFICAÇÃO:
Direta
Exercida por quem detém 
materialmente a coisa.
Indireta
Posse exercida por meio de outra 
pessoa, ex.: proprietário que tem a 
coisa por meio do inquilino.
Justa
Adquirida sem vícios.
Injusta
Adquirida com violência, às 
escondida ou com abuso de 
confiança.
De boa-fé
O possuidor ignora os vícios que 
impedem sua aquisição legal.
De má-fé
O possuidor tem ciência dos vícios.
Nova Velha
AQUISIÇÃO DA POSSE
Posse é adquirida quando se tem poder sobre uma coisa física, no momento
que se torna possível o exercício de qualquer dos poderes da propriedade.
Apreensão da coisa, exercício do direito, disposição da coisa, tradição e
constituto-possessório (art. 1.205).
QUEM PODE ADQUIRIR A POSSE
A própria pessoa, representante (procurador) e terceiro (gestor de
negócios).
EFEITOS DA POSSE
Ameaça > Interdito proibitório
Turbação > Manutenção da pose
Esbulho > Reintegração de posse
Nunciação de obra nova > Impedir obras
Dano infecto > Caução de futuros e eventuais danos
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2. PERCEPÇÃO DOS FRUTOS
Possuidor de boa-fé
- Tem direito aos frutos percebidos, ao uso e gozo da coisa, às despesas de
produção; não tem direto aos frutos pendentes quando cessa a boa-fé.
Possuidor de má-fé
- Responde pelos prejuízos, pelos frutos colhidos e percebidos e pelos
frutos que por sua culpa se perderam, mas tem direito às despesas de
produção.
DEFESA DA POSSE
Judicial
- Interdito proibitório;
- Manutenção da posse;
- Reintegração de posse;
- Nunciação de obra nova;
- Dano infecto;
- Embargos de terceiro.
Direta, pessoal
- Legítima defesa da posse para manter-se (na turbação);
- Desforço imediato para restituir-se (no esbulho).
PERDA DA POSSE
- A posse é perdida quando se cessar os poderes inerentes ao possuidor.
Ex: abandono, tradição, perda ou destruição, posse de outrem e constituto
possessório. A permissão ou a tolerância não geram a perda da posse.
COMPOSSE
Duas ou mais pessoas possuem simultaneamente coisa indivisiva.TRANSMISSÃO DA POSSE
Pode ocorrer por ato entre vivos (locação, comodato, depósito, usufruto,
etc) ou por causa mortis (em decorrência do óbito de alguém, e
consequentemente o ato sucessório).
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QUESTÃO 1
Com a ajuda de homens armados, Francisco invade determinada fazenda e
expulsa dali os funcionários de Gabriel, dono da propriedade. Uma vez na
posse do imóvel, Francisco decide dar continuidade às atividades agrícolas
que vinha sendo ali desenvolvidas (plantio de soja e de feijão). Três anos
após a invasão, Gabriel consegue, pela via judicial, ser reintegrado na
posse da fazenda. Quanto aos frutos colhidos por Francisco durante o
período em que permaneceu na posse da fazenda, afirmativa correta.
A) Francisco deve restituir a Gabriel todos os frutos colhidos e percebidos,
mas tem direito de ser ressarcido pelas despesas de produção e custeio.
B) Francisco tem direito aos frutos percebidos durante o período em que
permaneceu na fazenda.
C) Francisco tem direito à metade dos frutos colhidos, devendo restituir a
outra metade a Gabriel.
D) Francisco deve restituir a Gabriel todos os frutos colhidos e percebidos,
e não tem direito de ser ressarcido pelas despesas de produção e custeio.
Comentário: A alternativa correta é a A. Francisco é possuidor de má-fé. E,
nos termos do art. 1216,CC, deve restituir todos os frutos percebidos e
colhidos, sendo assegurado ressarcimento das despesas de custeio e
produção.
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Direitos Reais de 
Propriedade
Arts. 1.228 a 1.368
CONCEITO
Direito que a pessoa física ou jurídica tem de usar, gozar (ou fruir), dispor de
um bem ou reivindicá-lo de quem injustamente o possua.
Reafirma-se a função social da propriedade acolhida no artigo 5°, XXIII, da
constituição federal.
CLASSIFICAÇÃO
Plena
- Quando presentes todos os elementos da propriedade:
Uso, gozo, disposição e reivindicação.
Limitada
- Quando recai sobre ela algum ônus (ex.: hipoteca) ou é resolúvel.
Restrição ao direito de propriedade
- Constitucionais
- Administrativos
- Militares
- Civis
PROPRIEDADE IMÓVEL
Perda da propriedade
- Alienação, renúncia, abandono, perecimento, desapropriação e
transferência (inter vivos).
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Aquisição da Propriedade
Acessão
- Ocorre quando a um bem imóvel acrescenta-se outro bem imóvel. São
elas: Formação de ilhas (apenas as que se formarem em correntes comuns
ou particulares), Aluvião( acréscimo paulatino de terras às margens do rio
mediante lentos depósitos naturais ou desvio de águas), Avulsão(
repentino deslocamento de uma porção de terra por força natural
violenta, desprendendo-se de um prédio e juntando-se a outro);
Abandono Álveo (rio que seca ou desvia totalmente o seu curso); e
Acessões Artificiais (acréscimos feitos pelo homem: plantações e
construções).
Usucapião
Adquire-se por duas formas:
- Extraordinário: 15 anos (o prazo cai para dez anos se o possuidor
estabelecer moradia ou realizar obras de caráter produtivo.
- Ordinário: 10 anos e prova de boa-fé (o prazo cai para cinco anos se o
móvel foi adquirido onerosamente, estabelecendo moradia ou
investimento de caráter econômico).
Aplicar-se-ão a usucapião de bens móveis as mesmas regras concernentes
à usucapião de bens imóveis no que tange á acessão de posses e às causas
de suspensão e interrupção dos prazos da prescrição aquisitivas.
Modos derivados
- Sucessão hereditária (causa mortis) e registro de transferência (inter
vivos).
Direitos de vizinhança
Trata-se de direito real existente em razão do seu titular estar em prédio
confinante ou contíguo a outro prédio, gerando para ele direitos e
obrigações em razão de seu direito real. Uso nocivo da propriedade,
árvores limítrofes, passagem forçada, águas, limites entre prédios e
construção (devassamento, águas e beirais, paredes divisórias e tapagem.
Condomínio
Ocorre quando duas ou mais pessoas são proprietárias de um mesmo bem
divisível ou indivisível.
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- Convecional
- Edilício
AQUISIÇÃO E PERDA
Derivada
- Especificação (transformação de coisa móvel em espécie nova), confusão
(mistura entre coisas líquidas), comistão (mistura entre coisas sólidas),
adjunção, tradição e herança.
Originária
- Ocupação e usucapião (extraordinário, cinco anos; ordinário, três anos).
PROPRIEDADE RESOLÚVEL
- É a que se extingue com a ocorrência de uma condição resolutiva ou de
um termo final
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Direitos Reais Sobre 
Coisas Alheias
Arts. 1.369 a 1.510, CC
DIREITOS REAIS DE GOZO E FRUIÇÃO
1. Servidão predial - Arts. 1.378 a 1.389, CC
Conceito:
Trata-se de direito real sobre a coisa alheia através do qual um prédio passa
a ser denominado de serviente, servindo a outro prédio que passa a ser
denominado de dominante, a fim de proporcionar-lhe determinada utilidade
ou comodidade.
Características
- Os prédios devem pertencer a proprietários diferentes;
- Serve à coisa e não ao dono;
- Não se presume, deve ser expressa;
- É indivisível e inalienável.
Classificação
- Quanto à natureza:
- Rural ou urbana
- Quanto ao modo de exercício:
- Contínua ou não;
- Quanto à exteriorização:
- Aparente ou não;
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Constituição - Contrato, testamento, usucapião ou sentença judicial.
Extinção - Renúncia do dono do prédio dominante, resgate, confusão, não
uso durante dez anos consecutivos.
2. USUFRUTO- Arts. 1.390 a 1.411,CC.
Conceito
Direito real sobre coisa alheia por meio do qual o proprietário de um bem,
concede a um terceiro os direitos de usar e fruir de um determinado bem.
Partes
- Usufrutuário
Aquele que tem direito de usar a coisa
- Nu proprietário
Dono da coisa
Classificação
- Quanto a extensão:
Universal ou particular
- Quanto a duração:
Temporário ou vitalício
Objetos
- Móveis
- Imóveis
Constituição - Contrato, testamento ou por força da lei.
Extinção - Morte do usufrutuário, término do prazo, destruição da coisa,
consolidação, prescrição, renúncia ou desistência.
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Direito real sobre coisa alheia
Direito real de uso
Gratuito
Direito no qual alguém se utiliza de coisa alheia, temporariamente, na
medida de suas necessidades e de sua família
Oneroso
É um direito real que incide sobre bens corpóreos e incorpóreos, é
temporário, restringe-se ao direito de usar, não podendo tirar frutos das
coisas
É indivisível, intransmissível, e personalíssimo, nem o exercício pode ser
cedido o uso é feito pelo usuário pessoalmente ou por sua família.
Direito real de habitação
É o direito real, temporário, personalíssimo, que consiste no direito de
habitar gratuitamente casa alheia com sua família. Seu objeto só pode ser
bem imóvel(diferentemente do uso que possibilita tanto bens móveis
quanto imóveis)
Características
- Restringe-se ao direito de moral, pessoalmente ou com sua família.
- É temporário e gratuito.
- O bem não pode ser utilizado para outro fim, como comércio, indústria,
etc.
- Não pode ser cedida a terceiro, tampouco seu exercício. Logo, não pode
ser alugada.
- Prescreve pelo não uso como moradia.
- Precisar ser transcrito no registro de imóvel.
Distinção entre Uso e Usufruto
O uso distingue-se do usufruto pela intensidade do direito, enquanto o
usuário só pode utiliza-lo limitadamente à sua necessidade e de sua
família, o usufrutuário retira toda utilização do bem.
ATENÇÃO
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Direitos reais de garantia
Hipoteca- Trata-se de direito real sobre a coisa alheia por meio do qual o devedor
de uma obrigação oferece ao seu credor um bem imóvel como garantia de
cumprimento de sua obrigação.
Perempção :
- Extinção da hipoteca pelo decurso de 20 anos.
Penhor
Transferência da posse da coisa móvel ou mobilizável realizada pelo
devedor ao credor, para garantir o pagamento de seu débito.
Espécies:
Comum - ocorre quando o bem empenhado tiver a sua posse direta
transferida do devedor ao credor, ficando o credor como fiel depositário
da coisa empenhada.
Especial - rural, industrial, mercantil de veículos.
Anticrese
- Ocorre quando o devedor de uma obrigação oferece a um credor dessa
obrigação um bem, geralmente, imóvel a fim de que o mesmo retire do
bem seus frutos e redimentos a fim de compensar sua dívida.
- Vínculo real: o próprio bem é que garante a divida.
- Credito real: O que se funda na garantia sobre coisa imóvel ou direito
real (hipoteca, penhor, anticrese).
- Direito de excussão: é o direito que tem o credor de se fazer pagar
pelo produto da venda da coisa dada em penhor ou hipoteca.
Fique sabendo!
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Direitos da Família
CONCEITO
É o conjunto de formas que regulam o casamento, a união estável, adoção, o
poder familiar, os alimentos, a tutela e a curatela.
Natureza jurídica Extrapatrimonial
- Patrimoniais
- Assistenciais
- Pessoal e afetiva
OBSERVAÇÃO
Tendo em vista que o Direito de Família, não se limita apenas a questões de
cunho patrimonial, como o regime de bens, mas envolve um conceito
muito mais abrangente, e por consequência requer regras próprias,
diferentes das aplicadas ao direito obrigacional.
Isso porque, tal direito tem seu escopo, na proteção da família, como base,
no qual está assentada a sociedade , de acordo com o Art. 225 da CF.
TIPOS DE FAMÍLIA
Família Matrimonial - É aquela que decorre do casamento;
Família Informal - Decorre da união estável;
Família Monoparental - É aquela que decorre da união de qualquer dos pais
e seus ascendentes
Família substituta -É aquela que decorre da guarda ou tutela
Famílias plurais - Abrange as uniões fundada no afeto, tais como as famílias:
ANAPERENTAL: sem pais, parentes ou amigos
HOMOAFETIVAS: união de pessoas do mesmo sexo
EUDEMONISTA: baseada no afeto, sem compromisso.
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A UNIÃO ESTÁVEL HOMOAFETIVA
O STF reconheceu, no sentido de dar uma interpretação conforme a CF,
PARA EXCLUIR qualquer significado do artigo 1.723 do CC que impeça o
reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade
familiar. Fundamentando essa decisão no art.3º, IV, da CF, no qual veda
qualquer tipo de discriminação.
Além do mais, o STJ decidiu no sentido de admissão do casamento
direto(sem necessidade de ter havido antes a união estável para poder
converter em casamento) de pessoas do mesmo sexo.
VALE LEMBRAR que o STF não deu seu posicionamento definitivo,
limitando-se a reconhecer que essa união terá idêntica proteção a união
estável de pessoas de sexo diferentes.
CASAMENTO
CONCEITO
É o vínculo jurídico entre um homem e uma mulher, estabelecido
mediante intervenção estatal e que cria deveres de comunhão de vida e
constitui família. É uma comunhão plena de vida pautada na igualdade de
direitos e deveres ente os consortes. É visto pela doutrina majoritária do
Brasil como um contrato, assim sendo, tem validade e eficácia.
NATUREZA JURÍDICA
TEORIA CONTRATUALISTA: O casamento é um contrato , mas não condiz
com a natureza do casamento e sua necessidades de regramento próprio.
TEORIA INSTITUCIONAL: O casamento é uma instituição social e jurídica
própria, no qual possui regra diferenciadas e de ordem pública. O contrato
estará presente na vontade inicial de contrair matrimonio, depois disso
quem dita as regras é a lei.
TEORIA ECLÉTICA: O casamento é um ato complexo, podendo ser
considerado um contrato na sua formação, mas uma instituição no seu
conteúdo.
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Da Capacidade para o Casamento
Antigo dispositivo:
“Art. 1.518. Até à celebração do casamento podem os pais, tutores ou
curadores revogar a autorização.”
Novo dispositivo advindo da lei nº 13.146/2015:
“Art. 1.518. Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores
revogar a autorização.”
O legislador revogou a legitimidade do curador para revogar a autorização
de casamento.
Da Invalidade do Casamento
“Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:
I – pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da
vida civil;
II – por infringência de impedimento.”
O inciso I foi revogado pela lei nº 13.146/2015. O casamento contraído por
enfermo mental, desde que possa emitir sua vontade ou por meio de seu
curador ou responsável, não será hipótese de nulidade.
CAUSAS SUSPENSIVAS - Art.1523 do CC
São os fatos que suspendem o processo de celebração do casamento a ser
realizado, se arguido antes das núpcias , o que torna o casamento
irregular, se realizado, gerando sanções para os nubentes.
“Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não 
fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido 
anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da 
sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a 
partilha dos bens do casal;
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IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, 
cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não 
cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes 
sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste 
artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o 
herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso 
do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de 
gravidez, na fluência do prazo.”
Há dois tipos de consequências jurídicas quando estiver presente uma causa
suspensiva:
Depois do casamento ter ocorrido
Será considerado um casamento irregular, que tem por sanção a
obrigatoriedade do regime de separação absoluta.
Antes do casamento ter ocorrido
Se o casamento ainda não tiver sido realizado este ficará suspenso até que a
causa suspensiva deixe de existi.
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS - Art. 1521 do CC
Os impedimentos são questões de ordem pública, afirmando que qualquer
pessoa capaz pode arguir os impedimentos até o momento do casamento,
assim, acaso violado, ocorre a nulidade absoluta do casamento, assim como
também ocorre com casamento realizado por pessoa com enfermidade
mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil.
“Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer
inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido
anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da
sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a
partilha dos bens do casal;
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IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos,
cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto
não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas
contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes
sejam aplicadas as causas suspensivas

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