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avicultura e suinocultura

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Inseminação artificial em suínos
Vantagens: 
1 - Diminuição do número de machos à reprodução.
2 - Melhor aproveitamento de machos geneticamente superiores (agregação de características desejáveis padronizando animais para abate).
3 – Maior segurança sanitária.
4 – Maiores cuidados higiênicos na cobertura.
5 – Ejaculados impróprios são eliminados.
6 – Evolução técnica dos funcionários (fisiologia/ anatomia).
Desvantagens:
1 – Estrutura laboratorial mínima (coleta, avaliação, limpeza e esterilização).
2 – Mão-de-obra qualificada.
3 – Curto período de armazenamento do sêmen (máximo de 72horas).
A sala de coleta deve conter um manequim fixo onde é colocada urina de fêmea em cio, tábua de manejo e barras de ferro para contenção do macho, tapete, pia e piso com leve rugosidade.
Treinamento dos machos
Com seis meses e meio o macho começa a ser treinado pela Companhia de Inseminação Artificial (CIA).
Chegando, eles são colocados em quarentena e o treinamento é realizado após este período e feito exames andrológicos.
7% dos machos podem ser reprovados no exame andrológico (libido frente ao manequim).
20% podem apresentar espermatozoides insuficientes ou deficientes.
Material necessário para coleta do sêmen
*Copo de plástico descartável para coleta.
*Suporte para isolamento térmico dos recipientes de coleta (é preciso manter o sêmen aquecido para não haver choque térmico).
*Gaze para reter a fração gelatinosa (2/3 finais da ejaculação). Somente é utilizado a parte líquida. 
*Luvas de látex para coleta.
*Luvas descartáveis para higiene prepucial.
A pipeta deve ser levemente introduzida na fêmea, dirigida para cima girando-a para a esquerda até fixá-la na cérvix. 
Cuidados com o sêmen
*Higienização prepucial.
*O copo de coleta com temperatura 32-35ºC e sobre sua abertura uma gaze dupla evitando a fração gelatinosa.
*Transportar o sêmen com cuidado em caixa de isopor geladeira.
*Enviar o sêmen para análise em laboratório.
*Diluir o sêmen com água destilada e outros nutrientes, envasar e refrigerar em geladeira para conservação (15 a 18ºC – não é congelado, apenas refrigerado) por três dias no máximo.
*Pré aquecê-lo para inseminar.
*Caso o sêmen chegue em más condições não deve ser utilizado.
Cuidados com a fêmea
Antes do cio é dada ração de lactação à vontade, para que a fêmea entre no cio rapidamente.
Nas primíparas é feito o flushing para aumentar a taxa de ovulação.
Detectar a fêmea no cio (RTH e RTM). Quanto mais tarde o cio acontecer, menor a chance de RTM positivo.
Efetuar a limpeza da vulva, cauda, etc com água, solução desinfetante, papel toalha.
Retirar a proteção das pipetas sem tocar na região que será introduzida.
Pegar a dose seminal e colocar um pouco na pipeta externamente para lubrificar.
Adaptar o frasco à pipeta, introduzir o sêmen (período de 4 a 7 minutos - 5 minutos em média).
Retirar a pipeta girando no sentido horário.
Relação intervalo desmame estro (IDE) e ovulação
Porca em estro precoce (ideal): 3 a 4 dias. Detectar o RTM positivo, esperar 24 horas, detectar o RTH positivo, esperar 24 horas, fazer a primeira inseminação, esperar 12 horas, fazer a segunda inseminação.
Porca em estro intermediário: 5 dias. Detectar o RTM positivo, esperar 24 horas, detectar o RTH positivo, esperar 12 horas, fazer a primeira inseminação, esperar 12 horas, fazer a segunda inseminação.
Porca em estro tardio: 6 a 7 dias. Detectar o RTM positivo, esperar 24 horas, detectar o RTH positivo, fazer a primeira inseminação imediata, não efetuar outra inseminação.
Avicultura
Instalações e biossegurança (vale para suinocultura também)
Terreno e instalações
Área plana ou ligeiramente ondulada (no máximo 6% de declividade), para facilitar a mão de obra e transporte dos animais. 
Área adjacente ao sistema deve ser gramada (ausente de terra).
Sentido leste-oeste:
*maior aproveitamento da incidência de ventos.
*maior conforto térmico aos animais, evitando estresse.
*evita a incidência direta do sol.
Construções distantes de estradas e outras granjas (mínimo 1km)
Cercar a granja com tela de alambrado:
*impedir a entrada de animais selvagens ou outros animais.
*impedir a entrada de pessoas não autorizadas.
Isolamento da granja
*Carregamento e descarregamento externo (junto à cerca de limite), portanto veículos (de animais, insumos ou visitantes) não deve ter acesso. Isso porque os animais, principalmente as aves são muito sensíveis a infecções e doenças.
*Permitir a entrada de visitas e pessoal técnico somente após banho e troca de roupa.
*Rodolúvio - utilizado em veículos que precisam entrar na granja. É um local com água hiperclorada ou desinfetante onde o caminhão estaciona suas rodas e o veículo é higienizado por uma espécie de vap.
São utilizadas rampas e plataformas para acesso dos animais da granja aos caminhões de transporte, e vice versa. Os insumos devem ser descarregados por uma área externa.
Afastamento entre edificações
Objetivo: facilitar a ventilação natural.
Deve ser suficiente para que uns não atuem como barreira de ventilação natural dos outros.
Recomenda-se:
*Entre os dois primeiros aviários – afastamento de 10 vezes a altura da construção entre os dois primeiros.
*Do segundo aviário em diante o afastamento deverá ser de 20 à 25 vezes esta altura.
Pé direito do galpão
O pé direito é a parte mais alta do galpão.
Elemento importante:
*favorecer a ventilação do aviário.
*reduzir a quantidade de energia radiante vinda da cobertura sobre as aves.
Portanto, quanto maior o pé direito da instalação, menor é a carga térmica recebida pelas aves.
O pé direito do aviário é estabelecido em função da largura adotada.
Os dois parâmetros (largura e pé direito) devem favorecer a ventilação natural no interior do aviário. Quanto mais largo for o aviário, maior será a sua altura.
Largura do galpão
A largura do aviário está relacionada com o clima da região onde o mesmo será construído.
Recomenda-se: largura até 10m – clima quente e úmido. Largura de 10m a 14m para clima quente e seco.
A largura de 12m é utilizada com mais frequência, pois possibilita um acondicionamento térmico natural, desde que associada à presença de lanternim mais altura do pé direito adequadamente dimensionado.
Comprimento do galpão
Não deve ultrapassar 200m.
Na prática, 100 a 125m são satisfatórios. Porém, é aconselhado divisórias internas ao longo do aviário, em lotes de até 2.000 aves. Isso é aconselhado para diminuir a competição e facilitar o manejo das aves. As divisórias devem ser removíveis e com telas, para não impedir a ventilação. A altura de 50cm para facilitar o deslocamento do avicultor.
Piso
De material lavável, impermeável, não liso com espessura de 6 a 8cm de concreto revestido com argamassa.
Inclinação transversal – 2% do centro para as extremidades do aviário.
Sem ralos, para evitar entrada de roedores e insetos.
Fechamento 
A parede protege os frangos contra a radiação solar, mas reduz a movimentação do ar.
Por isso, em vez da parede, deve ser construída na área da instalação, uma mureta com altura de 20 a 30 cm. Assim, permite a entrada de ar, evita a entrada de chuva e que a cama (maravalha) seja jogada para fora do aviário.
As muretas deverão ter a parte superior chanfrada, pois facilita a limpeza e não permite o empoleiramento de aves.
Entre a mureta e o telhado deve ser colocado tela.
Instalar cortinas (plástico, lona ou PVC) nas laterais – evita a penetração de sol, chuva e controla a ventilação no interior do aviário.
Portas
Extremidades para facilitar ao avicultor o fluxo interno e as práticas de manejo. Uma porta de entrada e outra de saída. A porta de entrada deve ser para:
*Medicamentos.
*Insumos
*Carregamento/ descarregamento de aves.
*Carga nova
A porta de saída:
*Descarga da cama velha. 
*Animais mortos
*Insumos não consumidos. 
O pedilúvio é utilizado para fazer higienização dos pés dos funcionários na entrada da granja. É utilizado em uma espécie de tapete. Éfixo, ultrapassa a largura das portas. Pode ser de madeira ou inox, com cal ou substância desinfetante. 
Cobertura 
O telhado recebe a radiação do sol, emitindo-a tanto para cima como para o interior do aviário.
- Recomendável: telha de cerâmica (material com grande resistência térmica). Porém é comum telhas de cimento amianto (mais barato, porém de baixo conformo térmico e é tóxico).
-Evitar telhas de alumínio ou zinco (barulho durante chuvas = estresse às aves).
Higienização
A limpeza do galpão pode ser feita duas vezes por semana, apenas para remover a placa escura formada por maravalha suja e preencher com maravalha nova. 
A higienização do galpão deve ser feita a cada 42 dias, quando os animais vão para o abate. A granja é lavada, desinfetada, vassoura de fogo e fumigada, inclusive nas cortinas. Após isso 10 dias de vazio sanitário para receber novas aves.
As aves chegam na granja com 1 dia de vida e até os 42 dias devem atingir 2,4kg para abate.
Recebimento dos pintos
Dez dias antes: Vazio sanitário por 10 dias, podendo se estender até 15 dias. Procedimentos: limpeza, desinfecção (água, sabão e cloro), vassoura de fogo e fumigação.
Dois a três dias antes: Realizar a última limpeza e desinfecção do galpão e dos equipamentos.
Preparar pedilúvio (Recipiente com desinfetante para a desinfecção dos calçados colocado na porta dos aviários).
Duas a três horas antes verificar o funcionamento das campânulas (aquecimento).
Círculos de proteção: é um círculo montado com chapas de compensados ou folhas metálicas, com altura de 0,40 a 0,60 m, cercando cada um deles uma área de aproximadamente 7 m2 para 500 pintos. O círculo de proteção tem como função proteger os pintos de correntes de ar e limitar a área disponível aos mesmos, mantendo-os mais próximos da fonte de aquecimento, água e ração.
*evita corrente de ar, contenção do calor (T= 28ºC a 32ºC).
*diâmetro: 3,0m.
*altura: 50cm
*material: Eucatex, papelão ou plástico.
*densidade: 500 aves/ círculo.
Acesso à água e ração.
O pinto perde 6% peso vivo no transporte -> administrar água + solução de açúcar 5% e/ou vitaminas para evitar diarreia.
Uma hora antes: Abastecimento dos bebedouros e comedouros.
Na chegada deve-se: Registrar número de pintos, data de alojamento, ração, mortalidade.
Observar – refugos (pernas retorcidas, cabeças e olhos defeituosos, bicos cruzados e aspecto da inviabilidade de sobrevivência. Anotar o total de pintos com problemas)
Alojar aves – sistema TD/ TF (todos dentro, todos fora).
Aquecimento
Iniciar três horas antes da chegada dos pintos.
Inverno: manter até 15 – 20 dias de idade.
Verão: dispensado a partir da 2ª semana. 
*Controle da temperatura: feito através do comportamento dos pintos.
32ºC = 1º dia.
30ºC = 2º ao 7º dia.
29ºC = 2º semana.
27ºC = 3º semana.
24ºC = 4º semana (temp. ambiente).
Campânulas
1 – Encontram-se longe da fonte de aquecimento central, certamente a temperatura do local está muito elevada. Recomenda-se elevar a altura da campânula.
2 – Os pintos encontram-se sob a campanula, agrupados para se aquecer. Recomenda-se abaixar a campânula.
3 – Encontram-se agrupados em um lado do circulo indicando a presença de corrente de ar frio.
4 – Distribuição homogênea dentro do circulo de proteção = conforto.
Abertura do círculo de proteção:
Total de 03 aberturas, a partir do 3º dia de vida – gradativamente.
Sendo:
Verão: 
1ª abertura = 2 – 3 dias de vida.
2ª abertura = 4 – 5 dias de vida.
3ª abertura = 8 – 10 dias de vida.
Inverno: 
1ª abertura = 4 – 5 dias de vida
2ª abertura = 2 – 8 ou 10 dias de vida
3ª abertura = 12 – 15 dias de vida.
Espaçamento entre os comedouros e bebedouros deve ser feito ao mesmo tempo da abertura dos círculos, de forma a deixá-los equidistantes uns dos outros.
No 8º - 10º dia (verão) ou 12º - 15ºC (inverno), os círculos de proteção estão completamente abertos. No 28º dia de vida, todo o espaço do aviário estará ocupado.
Manejo das cortinas
Objetivo:
Conforto aos animais.
Saída dos gases e poeira.
Fechadas:
1ª semana de idade = totalmente fechadas (manutenção da temperatura).
2ª – 3ª semanas idade = fechadas à noite.
4ª semana idade = depende do clima.
Abertas (preferencialmente do lado que não recebem vento):
*dias quentes, porém evitar incidência de sol no interior do galpão.
*aviário abafado.
*cheiro de amônia de manhã.
*revolver a cama.
Iluminação 
Programa de luz: número de horas de iluminação correspondente a idade do pinto X região X época do ano, visando melhorar o desempenho das aves:
*1º dia = 24 horas.
*2º dia = 22 horas.
*3º dia = 20 horas. 
*4º dia em diante = 18 horas.
A iluminação é utilizada para estimular o consumo do alimento pelas aves, para engorda e abate. 
Bebedouros
Fase inicial: bebedouro e comedouros estão distribuídos nos círculos de proteção.
Após a abertura dos círculos de proteção, os bebedouros e comedouros devem ser movimentados, buscando distribuição uniforme para todo o galpão.
Nos primeiros dias: utilizados bebedouros tipo pressão (capacidade para 3 litros de água).
Proporção 1 bebedouro para cada 80 pintos.
A partir do 3º ou 5º dia de idade: Substituir os bebedouros gradativamente pelos pendulares (permanentes). Proporção: 1 bebedouro para 80 pintos.
Limpeza: diária (pó e dejetos das aves).
Pressão da água: Regulada de acordo com a idade da ave e época do ano (inverno e verão).
Evitar cama molhada.
Regulagem da altura na altura do peito do animal: Garantir que o pinto possa beber confortavelmente e evitar o desperdício de água, empastamento e apodrecimento da cama. 
Comedouros
Primeiros dias de idade: Comedouro tipo bandeja.
Proporção – 6 para 500 pintos ou 1 para 80.
Limpeza: peneirar a alimentação 2x ao dia para retirada de fezes, partículas da cama, etc.
Mexer a ração de 5 a 6 vezes por dia para estimular o consumo dos pintos. Alguns comedouros possuem um dispositivo automático para mexer a ração.
Administração:
A ração diária deve ser feita em maior número de vezes e em quantidades menores. Ração à vontade em todo o crescimento das aves.
A partir do 4º dia – troca por comedouros tubulares definitivos.
Proporção – 1 comedouro para 40 aves.
Manter, a partir da 2ª semana, a base dos comedouros na altura do peito.
Cama
Deve ser de distribuição homogênea, com profundidade de 8 a 10cm. Compacta
Material ideal – maravalha, casca de arroz.
Não recomendável – casca de amendoim (tóxico), serragem (pó que pode causar sufocamento).
Revolvimento da cama: durante todo o período de criação, no sentido de evitar que a mesma se torne úmida, propiciando a formação de placas com cheiro de amônia forte – o que pode causar óbito nos animais. 
Alimentação
Representa 70% do desempenho da produção.
Consumo de água diária: 
Até 7º dia de vida = 40gr.
45º dia de vida = 200gr.
	Idade (dias)
	Ração
	Finalidade
	PB (%)
	Consumo diário (gr)
	0 - 12º
	Pré-inicial
	Aumento de massa corpórea em até 4 vezes
	22
	400
	12 - 23º
	Inicial
	Crescimento mais ativo e CA melhor
	20
	1200
	23 - 40º
	Engorda
	Formação esquelética
	20
	2000
Densidade
Em geral 12 frangos/m², com produção de 25 a 30kg de carne/m².
A densidade varia com a época do ano, com o peso e idade das aves ao abate.
Retirada do lote
Objetivo: estabelece o calendário e proporciona a logística para a retirada das aves nas granjas.
Para administrar essa etapa é necessário conhecer:
*distribuição física das granjas.
*distâncias entre granja e abatedouro.
*tipo de pavimento da estrada de acesso.
*número de aves alojadas -> informações fundamentais para estabelecer:
- tempo padrão de envio de cada caminhão.
- tempo de viagem até o abatedouro.
Jejum
Período de jejum para transporte: 6 a 12 horas (inclui o tempo de espera na granja, o transporte e a espera na plataforma de abate). O objetivo é esvaziamento do trato digestivo das aves.
*Não ter perdas excessivas por mortalidade (estresse).
*Reduzir o conteúdo gastrointestinalpara diminuir a contaminação da carcaça na eventração.
Água: retirada somente no momento do carregamento para que as aves fiquem o mínimo possível sem disponibilidade de água.
Apanha (pegar os animais para o transporte)
Horários: horas mais frescas do dia, manhã ou final de tarde.
*Proporcionar o mínimo de estresse possível às aves, perda de peso e aumento das contusões.
*Cercar um número de aves por vez, 200 a 250 aves. Isto auxilia na apanha e reduz o impacto da movimentação das aves.
*Utilizar luz azul, pois a capacidade visual das aves é anulada. Elas não se agitam com movimento do apanhador e ficam imóveis, facilitando a apanha.
*Levar as caixas até os frangos, nunca levar os frangos até as caixas. 
A apanha implica em sérios riscos para a integridade da carcaça, em especial o peito, as pernas e as asas, devido ao manejo inadequado das aves. Há dois tipos de apanha:
Pelo dorso: Apanhada pelo dorso, por sobre as asas com firmeza. Estressa menos as aves e trabalhadores.
Objetivo: melhor qualidade de carcaça, maior rendimento pela redução de lesões físicas, redução de perda.
Pelo pescoço: técnica que vem crescendo, porém exige treinamento da equipe.
São apanhadas 2 a 3 aves em cada mão.
Desvantagem: número de arranhões no dorso e coxas que são feitos quando há introdução da ave na caixa, a qual já tem outras, mais estresse. 
Abate
CA (conversão alimentar): 1,8. A conversão alimentar é a quantidade de alimento sobre o peso do animal.
Mortalidade 3% (total do lote).
Peso vivo do frango de corte = 2.400gr (42 dias).
Peso vivo do galeto: 1,500gr.
Manejo de poedeiras (aves de postura)
As aves produzem um ovo ao dia. Logo, o ideal é que a produção esteja por volta de 240 ovos ao ano.
Fases da criação
Fase da cria: pintos com 1 dia de vida até 6 semanas de idade.
Fase da recria: 1ª a 28ª semana de idade (aparelho reprodutor amadurecendo).
Fase da pré-postura: 12ª a 23ª semana de idade.
Fase de postura: 24ª semana de idade (início da postura).
O pico da produção de ovos ocorre na 40ª semana de idade.
Tipos de manejo
Há dois tipos de manejo para aves de postura:
1 – Transferir todos os pintos de um dia de idade para as gaiolas ANTES do período de pré-postura. É pouco utilizado, pois se faz necessário outro galpão para a transferência das aves.
2 – No momento do recebimento dos pintos de um dia, transferi-los às gaiolas, já tendo a disponibilidade da quantidade de aves/cm², quando estas atingirem a fase de postura. É o manejo mais adequado, menos mão-de-obra e menos estresse aos animais. 
Padrões recomendados para sistemas de criação em gaiolas
A densidade deve permitir:
*movimento das aves e espaço para que todas possam se deitar com conforto.
*livre acesso para comedouros e bebedouros.
A gaiola possui medidas 45 x 50 = 2250cm². Recomenda-se:
- 375cm²/ave (brancas). Máximo de 6 aves por gaiola.
- 450cm²/ave (vermelhas). 3 a 5 aves por gaiola (média de 4 aves). 
A proporção recomendada de comedouros e bebedouros:
- comedouro calha: de 8 a 10cm por ave
- bebedouro nipple: 1 para cada 6 aves (todas as aves devem ter acesso).
Inclinação do piso da gaiola não deve ser superior a 8º ou 13% para que os ovos deslizem sem danificar (levemente inclinado).
Tipos de gaiolas
1 – Gaiolas em escada.
Ocorre melhor aproveitamento do galpão. As fezes não caem por cima das outras aves. O arraçoamento (alimentação dos animais) é manual e automatizado.
2 – Gaiolas na horizontal.
Não há bom aproveitamento do galpão, porém, as aves das gaiolas superiores defecam por cima das inferiores. O arraçoamento pode ser automatizado.
Padrões recomendados para sistemas de criação em piso com cama
Neste sistema de criação, as aves poedeiras não possuem gaiolas. Deve haver disposição de ninhos.
Todas as aves devem dispor de espaço suficiente para se movimentar, bater as asas, empoleirar ou deitar-se sem dificuldade. Sendo assim, às vezes tem maior conforto em relação às gaiolas, porém a contaminação dos ovos é maior.
Comedouros e bebedouros devem estar acessíveis e em quantidades suficientes, sem induzir competição entre os animais. 
A densidade recomendada em cama é de:
- 10 aves/m²(brancas)
- 8 aves/m² (vermelhas).
A proporção de comedouros e bebedouros recomendada:
-Comedouros calha: 8 cm/ave branca e 10cm/ave vermelha.
-Comedouro tubular: 1 para cada 20 aves (mais utilizado).
- bebedouros pendulares: 1 para cada 50 aves (mais utilizado).
- bebedouros nipple: 1 para cada 8 aves (mais utilizado).
- bebedouros calha: 8cm/ave branca e 10cm/ave vermelha.
Manejos da cama
A cama deve ser de boa qualidade e capacidade de absorção. Não deve exceder 35% de umidade.
O material de cama utilizado no piso dos aviários deve proporcionar conforto e higiene, devendo ser mantido seco, solto e limpo (maravalha ou casca de arroz). No caso de formação de placas, revolver ou retirar, dependendo da quantidade de sujeira.
A ventilação é muito importante para evitar o cheiro de amônia dos dejetos e intoxicação das aves.
Monitorar a cama e retirar aves mortas evitando contaminação.
Ninhos
Dimensão dos ninhos: 35 x 35cm, 2 andares.
Material – metal, madeira ou alvenaria.
A cama deve ser colocada com 15 semanas de idade e ser renovada uma vez ao mês, proporcionando conforto e higiene às aves.
Recomenda-se a provisão de 1 boca de ninho para cada 4 aves.
Poleiros
Neste sistema há disposição de poleiros, os quais devem ser distribuídos adequadamente.
Os poleiros devem ser posicionados de forma a evitar que fezes das aves nos níveis superiores caiam sobre as aves dos níveis inferiores.
O espaço oferecido para cada ave no poleiro é de no mínimo 15 cm.
Avaliação e verificação de não conformidade
A empresa deve manter um sistema de avaliação do programa de bem-estar das aves desde sua chegada à granja até o seu descarte, a fim de promover melhoras contínuas.
O comportamento das aves e o comportamento dos trabalhadores em relação às mesmas devem ser monitorados e toda não conformidade que interfira no bem-estar das aves deverá ser registrada para que seja implementadas uma ação corretiva.
Debicagem
*Melhorar o desempenho produtivo;
*Diminuir a bicagem de ovos.
*Menor desperdício de ração;
*Melhor conversão alimentar.
*Reduzir o canibalismo e consequentemente a mortalidade.
A debicagem mal feita é sinônimo de prejuízos. Haverá sofrimento a ave gerando o canibalismo.
A debicagem correta não causa danos à saúde do animal ou sofrimento. Permite que ele se alimente normalmente em todo seu ciclo de produção evitando o canibalismo em condições de estresse.
Quando deve ser feita?
A galinha de postura deverá ser debicada entre o 7º e o 10º dia de idade.
O segundo passo é redebicar moderadamente as galinhas na fase de recria, entre as 10
ª e 11ª semanas de idade.
Objetivo da redebicagem é corrigir falhas da primeira debicagem. É feita com lixa ou na própria máquina. 
Aspectos importantes a serem observados durante a realização da debicagem: 
1 – horário: inicio da manhã ou ao entardecer. Evitar períodos mais quentes que aumentam o estresse, mantendo sempre disponível água fresca para as aves.
2 – aves doentes não devem ser debicadas. Aguardar se recuperarem.
3 – não ter pressa para realizar o procedimento.
4 – utilização de profissionais bem treinados.
5 – a lâmina de debicagem deve estar na temperatura correta. Lâminas muito quentes resultam na formação de neuromas no bico que se tornam muito sensíveis causando desconforto e reduzindo o desempenho das aves.
6 – contenção correta da ave. O dedo indicador do operador deve ser posicionado sobre a garganta da ave de forma a promover a retração da língua, evitando o corte.
7 – a debicagem deve ser feita lentamente, para que a lamina cauterize o bico e a borda do mesmo deve ser arredondada para eliminar arestas.
8 – Não puxar o bico da ave antes que o mesmo tenha sido completamente cortado, pois pode prejudicar a qualidade da debicagem.
9 – conferir cuidadosamente a debicagem de cadaave. Realizar retoques se necessário.
Manejo pré e pós debicagem
Diminuir o estresse da ave quando debicada, previne a perda de peso e diminuição no consumo da ração. 
1 – uma semana antes e uma semana após, evitar outras práticas de manejo que possam causar estresse nas aves.
2 – três dias antes e três dias depois da debicagem fornecer vitamina K na ração, para minimizar problemas de hemorragia.
3 – Nos primeiros dias após a debicagem – manter os comedouros cheios para que a ave não bique o fundo e se machuque.
4 – estimular sempre o consumo de água e alimento (mexer a ração nos comedouros).
Referências de debicagens:
Realizar o corte de um terço do bico superior e apenas a extremidade distal (pontinha) do inferior com alicate.
Na máquina, realizar o corte dos dois bicos na mesma porporção (um terço do bico inferior e do superior, a uma distância de 2mm dos orifícios nasais).
A debicagem em galinhas de postura ainda é um tema em ampla discussão na indústria avícola já que este procedimento compromete o bem-estar animal.
Muda forçada
Visa um novo ciclo de produção de ovos.
Normalmente a ave produz um pico de ovos em 40 semanas, após esse período (até a 70ª em média) o ciclo começa a decair. A muda forçada faz com que a ave produza por mais um ciclo de 25 a 30 semanas, podendo atingir novo pico de produção em torno de 85% em relação ao que era produzido antes.
Ocorre:
*Redução do consumo de alimento.
*Regressão acentuada no peso corporal e no trato reprodutivo.
*Perda de penas.
Quando é realizada?
Final do primeiro ciclo de postura, em torno de 70 semanas de idade.
A ave entra em jejum sem alimento, somente com água, não sendo fixo e dependendo da gordura acumulada e da capacidade da linhagem em perder peso.
Deve-se voltar a alimentar as aves quando o lote perder em torno de 25% a 30% do peso em que se iniciou a muda.
A decisão em efetuar um programa de muda forçada deve-se levar em conta: disponibilidade e custo da cria e recria em frangas para reposição, comparado ao custo de manutenção das poedeiras por um período não produtivo em torno de 10 semanas.
Proposta para a prática de execução da muda forçada
*fornecer água a vontade.
*retirar a luz do 1º ao 20º dia de muda.
*reiniciar o programa de luz a partir do dia 21 até atingir 17h de luz.
*manter 17h de luz natural + artificial/dia constante até o final da produção.
*do dia 1 ao dia 9 deixar sem alimento, retornar o alimento gradativamente. 
*dia 10 oferecer 20g de milho/ave/dia.
*do dia 11 ao dia 19 aumentar 4g de milho/ave/dia.
*interromper o fornecimento de milho e fornecer ração balanceada de postura.
 
*do dia 61 em diante oferecer ração de acordo com a produção de ovos.
*A ave volta a produzir após os 60 dias e produz mais 30 semanas.
Programa de luz
Objetivo: estimular e controlar a maturidade sexual da fêmea (não antecipar).
O programa de luz deverá levar em consideração:
*fotoperíodo diário da região.
*intensidade luminosa a ser aplicada no lote.
*idade para inicio do programa.
O programa de luz deve ser crescente, gradual e deverá fornecer à galinha em produção de 16 a 17 horas de luz diária, considerando o período de luz natural.
A luz atua como estímulo responsável pela ovulação da galinha.
Deve-se considerar a somatória da luz natural mais a artificial.
Frangas nascidas de março a agosto:
*1º dia = 23 horas de luz.
*2º dia = 18 horas de luz.
*A partir do 3º dia até 9ª semana = criar as frangas somente com a luz natural.
*10ª a 18ª semanas= 14 horas de luz constante (natural + artificial).
*a partir da 19ª semanas = fornecer luz crescente (2 a 3 watss/m²), até atingir 17h (natural+ artificial) ao dia mantendo constante até o final da produção.
Frangas nascidas entre setembro e fevereiro:
*Fornecer somente luz natural.
O programa de luz quando aplicado de forma incorreta no lote afeta o bem estar da ave e pode conduzir a:
*bicagem
*canibalismo.
Ambas afetam a região da cloaca, mas podem se estender para outras partes do corpo (pontas de asa ou dorso).
Canibalismo
Aparece como um reflexo de algum fator que esteja prejudicando o bem estar da galinha (manejo incorreto, principalmente no que se refere à nutrição e manejo dos equipamentos).
Pode ter inicio desde os primeiros dias de idade, devido à falta de ração nos comedouros. Os pintos começam a bicar os dedos uns dos outros, e uma ave machucada torna-se alvo de seus companheiros que buscam pelo sangue de algum ferimento.
Fatores responsáveis pela bicagem e desenvolvimento do canibalismo:
-Hereditariedade (material genético).
-Luminosidade.
-Temperatura.
-Alojamento das aves.
-Comedouros e bebedouros insuficientes.
-Rações de baixa qualidade nutricional.
-Ração em quantidade insuficiente.
-Excesso de gordura abdominal.
-Piolhos e outros ectoparasitas.
-Mudança de manejo.
-Rações com baixos teores de sal.
-Debicagem incorreta.
Em poedeiras, a deficiência de sódio resulta em decréscimo ou cessação da postura, retardo no crescimento e canibalismo. Em dietas básicas e balanceadas com milho, soja e núcleo contendo sal comum, esta exigência é praticamente atendida.

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