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Neurologia veterinaria

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Sistema nervoso - Dividido entre Central e Periférico.
O Sistema Nervoso Central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos envolvidos e protegidos por três membranas denominadas meninges.
O encéfalo está localizado na caixa craniana e apresenta três órgãos principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico;
Cérebro - órgão mais importante e volumoso, pois ocupa a maior parte do encéfalo, está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo. Assim, a camada mais externa, chama-se córtex cerebral, o responsável pelo pensamento, visão, audição, tato, paladar, fala, escrita, etc. Também é sede dos atos conscientes e inconscientes, da memória, do raciocínio, da inteligência e da imaginação, e controla ainda, os movimentos voluntários do corpo.
Cerebelo - Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, e coordena os movimentos precisos do corpo, mantém o equilíbrio e regula o grau de contração dos músculos em repouso. 
Tronco Encefálico – Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa. Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as atividades vitais como os movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro e a deglutição.
SARA – Sistema Ativador Reticular Ascendente – Também localizado dentro do tronco encefálico, é uma malha de neurônios que capta os estímulos que vem dos nervos cranianos e envia para o córtex cerebral processar (informação sensitiva) e enviar uma resposta motora. Também é responsável pela ativação cortical e consequente estado de vigília, por isso quando esta região é lesada a atenção do animal fica comprometida. 
Medula Espinhal - é um cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna vertebral. Na parte superior está conectada ao tronco encefálico. Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e coordenar os atos involuntários (reflexos). A via aferente (sobe) é sensitiva e a via eferente (desce) é motora.
Sistema Nervoso Periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula espinhal. Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.
Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para as áreas da cabeça, pescoço e face. Dez pares estão no tronco encefálico e dois (1º olfatório e 2º óptico) ficam no diencéfalo.
Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São formados de neurônios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurônios motores que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas.
De acordo com a sua atuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo.
Sistema Nervoso Somático: regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo.
Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu funcionamento.
De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias. Enquanto o sistema nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contrai a pupila e diminui os batimentos cardíacos. Enfim, a função do sistema nervoso autônomo é regular as funções orgânicas, para que as condições internas do organismo se mantenham constantes. 
Dentro desse sistema temos o sistema límbico que é a unidade responsável pelas emoções e comportamentos sociais (nem todos os animais possuem esse sistema).
O SNC divide-se em encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo, e tronco cefálico, que se divide em: BULBO, situado caudalmente; MESENCÉFALO, situado cranialmente; e PONTE, situada entre ambos.
Telencéfalo (cérebro) - é dividido em dois hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos. Nestes, situam-se as sedes da memória e dos nervos sensitivos e motores. Entre os hemisférios, estão os VENTRÍCULOS CEREBRAIS (ventrículos laterais e terceiro ventrículo); contamos ainda com um quarto ventrículo, localizado mais abaixo, ao nível do tronco encefálico. São reservatórios do LÍQUIDO CÉFALO-RAQUIDIANO, (LÍQÜOR), participando na nutrição, proteção e excreção do sistema nervoso. 
Diencéfalo (tálamo e hipotálamo) - O tálamo é responsável por receber as informações e passar para o hipotálamo processar e enviar uma resposta. A função do tálamo é executar esta resposta no tecido ou na glândula. Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral. O tálamo atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. Ele é responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processados. O tálamo também está relacionado com alterações no comportamento emocional; que decorre, não só da própria atividade, mas também de conexões com outras estruturas do sistema límbico (que regula as emoções).
Hipotálamo - É o principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas. É o hipotálamo que controla a temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de água no corpo, o sono e está envolvido na emoção e no comportamento sexual. Tem amplas conexões com as demais áreas do prosencéfalo e com o mesencéfalo. 
Bulbo - é a própria continuação da Medula Espinhal e possui muitos núcleos de nervos cranianos baixos e importantes centros reguladores de funções fisiológicas básicas, como a respiração e o ritmo cardíaco.
Ponte - é uma zona de transição por onde passam inúmeros feixes de fibras nervosas que se dirigem ao Cérebro ou que saem dele para alcançar outras regiões do corpo e do próprio Sistema Nervoso Central. De certa forma, as funções da Ponte são similares às do Bulbo, envolvendo o controle do ciclo sono-vigília, a coordenação motora em conjunto com o Cerebelo e o controle de funções viscerais. 
Mesencéfalo - é subdividido em teto e tegmento pelo aqueduto cerebral. No teto estão os colículos; os superiores relacionados com a visão, os inferiores com a audição. O tegmento está relacionado com núcleos motores que geram respostas reflexas dos olhos, orelhas e pescoço, além do controle da dor e respostas emocionais. 
Áreas corticais (córtex) – cérebro – áreas mais recentes.
Áreas corticais – funções vitais.
Áreas subcorticais - hipotálamo e tálamo.
▸ Áreas mais antigas (medula espinhal ; tronco encefálico e áreas subcorticais: cerebelo, SARA, tálamo, hipotálamo, amígdala, hipocampo). 
- funções vegetativas ,atividades motoras básicas e comportamento instintivo.
▸ Áreas mais recentes (Córtex - hemisférios cerebrais) - atividade motora fina - raciocínio - planejamento – emoções.
Neurônios
Os neurônios são células nervosas, que desempenham o papel de conduzir os impulsos nervosos. Possuem três partes principais: dendritos (onde ocorre a recepção das informações); corpo celular(responsável pela integração das informações) e axônios (transporta o impulso nervoso de um neurônio para outro ou de um neurônio para uma glândula ou fibra muscular).
Sinapse - A sinapse é o local de contato (comunicação) entre dois neurônios. A transferência do impulso nervoso nas sinapses ocorre graças aos neurotransmissores. 
Os dendritos ficam dentro do sistema nervoso central (medula espinhal) e o axônio e a porção terminal fazemparte do sistema nervoso periférico.
Arco reflexo (junção neuromedular)
O arco reflexo é a resposta imediata à excitação de um nervo, sem a vontade ou consciência do animal, ou seja, é um estímulo que não chega até o encéfalo, ele recebe resposta na medula.
Um arco reflexo é constituído de:
Receptor: reage ao estímulo. 
Condutor aferente: transmite os impulsos para um centro reflexo. 
Centro reflexo: local onde os estímulos recebidos dos receptores ou de outros centros podem modificar o efeito do estimulo recebido. 
Condutor eferente: conduz a resposta para o órgão efetor.
Órgão efetor: produz a reação ou reações.
Diferente dos reflexos, o movimento voluntário é assim denominado porque temos consciência do que está sendo realizado, porque é nossa vontade, nosso desejo que o comanda.
MENINGES
O sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas meninges que são classificadas como três: dura-máter, aracnoide e pia-máter. 
Dura-máter:
É a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É formada por dois folhetos: um externo e um interno. O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio.
Aracnoide:
É uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena quantidade de líquido necessário á lubrificação das superfícies de contato das membranas. A aracnoide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnoideo que contem liquor, havendo grande comunicação entre os espaços subaracnoideos do encéfalo e da medula. 
Pia-máter:
É a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais. 
LIQUOR:
É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnoideo e as cavidades ventriculares. Fica entre a meninge aracnoide e a piamater. Sua principal função é nutrir e proteger a região cerebral e espinhal. Ele é produzido pelos ventrículos laterais por células especializadas chamadas de plexo coroide. O excesso na produção desse liquido ou obstrução em sua circulação pode causar uma doença chamada hidrocefalia.
Córtex cerebral - Hemisférios 
O corpo caloso e a comissura anterior fazem comunicação entre os dois hemisférios
Funções dos hemisférios cerebrais : 
Modulação da atividade neuronal, resposta adequada aos estímulos, raciocínio, estratégia e pensamento lógico, estado de vigília e atividade motora fina contralateral.
Lesões no córtex cerebral 
Convulsão, andar compulsivo para o lado da lesão, head press (incapacidade de desviar de obstáculos), obnubilação (sonolência), alteração de comportamento e estado mental, déficit de reação postural contralateral (sinais em membros do lado oposto da lesão).
Lesão cerebelar 
Desequilíbrio, incoordenação motora, dismetria (transtorno que causa uma interpretação errônea da distancia, desorientação espacial e incapacidade para alcançar com precisão um ponto determinado), hipermetria (alta amplitude de movimento) , hipometria (baixa amplitude de movimento), tremor de intenção (imprecisão no movimento em direção a um alvo),sinais de lesão contralateral em membros.
Lesão de tronco encefálico
Déficits de reação postural ipsilateral (para o mesmo lado), hemi ou tetraparesia (paralisia parcial de uma das metades do corpo ou de ambas), alteração de nervos cranianos (do 3º ao 10º), alteração de estado mental.
Lesão na medula
Érnia de disco – a lesão começa na raiz ventral (motora) da medula espinhal e conforme evolui, afeta a via dorsal (sensitiva). A região da medula que é mais facilmente atingida é a próxima aos membros pélvicos e torácicos. 
Paresia (redução na atividade motora caudal à lesão) ou plegia (perda total mais grave). 
Geralmente é tetraparesia/plegia (todos os membros são afetados) e raramente é monopresia/plegia (somente um membro afetado). 
Ausência de outros déficts neurológicos.
Quatro segmentos:
C1 – C5 – Cervical - Reflexo em membros torácicos e pélvicos.
C6 – T2 – Cérvico-torácico – Reflexo somente em membros pélvicos.
T3 – L3 – Toracolombar – Reflexo em movimentos torácicos e pélvicos. 
L4 – S3 – Lombossacral – Reflexo somente em membros torácicos.
O reflexo é um movimento involuntário.
A sensibilidade é um movimento voluntário (chega até o córtex).
Caminho que o estímulo percorre:
Via voluntária – musculo recebe o estimulo -> via aferente (sensitiva) -> medula espinhal (via dorsal) -> tronco encefálico -> cérebro (processa a informação, envia resposta motora) -> cerebelo (coordena resposta)-> T.E. -> via eferente ventral -> resposta muscular. 
Resumo
Fisiologia do potencial de membrana e neurotransmissores
A bainha de mielina é uma estrutura que envolve os axônios, muito parecida com o isolamento em torno de um fio elétrico. Ela facilita e acelera a propagação do estímulo elétrico (condução saltatória).
Nos nervos periféricos a bainha é formada pelas células de Schwann e no sistema nervoso central por células chamadas oligodendrócitos. Em relação as fibras que não possuem mielina, a condução é mais ágil.
A condução saltatória aumenta a velocidade de condução, gasta menos energia e protege as fibras nervosas (isolamento).
Células da glia 
- Células de Scwann (SNP) – revestimento e nutrição de apenas um axônio.
- Células oligodendrócitos (SNC) – revestimento e nutrição de vários axônios. Quando lesado desmieliniza vários axônios.
- Células ependimárias, micróglia e astrócitos fazem sustentação e nutrição do SNC.
 
Sistema nervoso – sinapses
A comunicação do sistema nervoso é feito por sinapses. Para ocorrer a sinapse é necessário um potencial de ação (impulso nervoso).
A maioria das sinapses são químicas e envolve um neurotransmissor e uma proteína receptora unidirecionais (impulso vai do neurônio pré sináptico ao pós sináptico).
A despolarização ocorre em uma célula única. Os neurônios são liberados da célula pré sináptica para a pós sináptica para se propagar na fenda sináptica e retransmitir a informação. Pode ser um estimulo excitatório ou inibitório.
Os neurotransmissores abrem canais iônicos para continuar a despolarizando a informação.
Potencial de membrana
▹canais sem comporta
▸estão sempre abertos (aquaporinas)
▹canais com comportas
▸são ativados ou abertos por:*
*estímulo químico (neurotransmissor)
*estímulo elétrico (voltagem-dependente)
*estímulo físico (receptor sensitivo de tato)
Fase 1: -90 ou -70: potencial de repouso de uma célula. É dado um estímulo nesta célula (liberação de neurotransmissor).
Fase 2: Abrem-se os canais de sódio voltagem dependente. À medida que os íons de sódio entram na célula o potencial de membrana vai ficando menos negativo (mais positivo), mais canais de sódio voltagem-dependentes se abrem, causando um influxo de íons de sódio cada vez maior. Vai ocorrendo a despolarização.
O canal de sódio é mais rápido, o canal de potássio é mais lento.
Fase 3: +35 pico de ultrapassagem. 
Fase 4: Repolarização, quando todo o sódio está dentro e o potássio começa a sair. Bomba de sódio potássio (proporção 3 sódios para fora para 2 potássios para dentro) vai repolarizando.
Fase 5: ocorre a hiperpolarização completa.
Célula entra em repouso novamente (polarizada). Os canais de voltagem dependente de sódio só são reabertos após voltar ao potencial de repouso. 
A bomba gasta muita energia, necessário ATP.
	
Canal iônico catiônico
Permite a passagem de íons positivos (Na e Ca)
Efeito excitatório – despolarização (carrega a informação).
Canal iônio aniônico
Permite a passagem de íons negativos, principalmente Cl.
Efeito inibitório – hiperpolarização (não carrega a informação).
Sistema nervoso autônomo (SNA)
Controla todas as atividades do corpo, como órgãos e glândulas, de maneira inconsciente (involuntário).
O SNA simpático e parassimpático funcionam em conjunto, simultaneamente e geralmente de forma antagônica.Dependendo dos estímulos do meio ambiente, pode haver o predomínio de um deles.
Se a via parassimpática é dominante, denominamos de tônus parassimpático.
Se a via dominante for simpática é denominada de tônus simpático.
Simpático – Associado a situações de estresse. É responsável por manter o corpo alerta e consciente e está muito envolvido no intuito de “luta ou fuga”. Causa midríase (pupila dilatada), aumento da frequência cardíaca e respiratória, aumento da pressão arterial e inibição da função excretora.
Parassimpático – Associado a manutenção da atividade e economia de energia. Regula as funções como a digestão e eliminação do corpo, bem como as que ocorrem durante os períodos de repouso. Causa miose (retaliação da pupila), braquicardia, aumento da motilidade gastrointestinal.
Inervações
As inervações de ambas as vias possuem um ponto de partida e um ponto de chegada que sempre será um órgão efetor que estará realizando o comando. 
As conexões entre as fibras ganglionares são feitas em gânglios.
Então teremos a fibra pré ganglionar – gânglio (liberação de neurotransmissores) – fibra pós ganglionar. 
Via simpática (A)
Emerge da medula espinhal a partir da coluna torácica (SNC).
As fibras pré ganglionares são curtas, e as pós ganglionares são longas. Os neurotransmissores liberados na pré são chamados de acetilcolina e os liberados no pós são chamados de noroadrenalina.
Via parassimpática (B)
Emerge do nervo vago, que localiza-se no bulbo do tronco encefálico, e da região lombar.
As fibras pré ganglionares são longas, e as pós ganglionares são curtas. Os neurotransmissores liberados tanto na pré como na pós são chamados de acetilcolina.
*A glândula adrenal faz parte do sistema nervoso autônomo, e é responsável pela liberação de importantes hormônios. Essa via é a única do SNA que tem uma única fibra (longa) até o órgão efetor. 
Sistema sómatico (voluntário)
Controla a inervação muscular e esquelética.
Fibra única (longa), sendo o final dela o órgão efetor. Os neurotransmissores enviados chamam-se acetilcolina e os receptores pós ganglionar são chamados nicotínicos, que são específicos para acetilcolina.
Neurotransmissores envolvidos
*Acetilcolina (Ach) 
A acetilcolina é o neurotransmissor que se liga aos receptores para absorção de cálcio nos gânglios pós-ganglionares para fazer a despolarização (transmissão de informações).
Após isso, ela é degradada na fenda sináptica pela acetilcolinesterase e é reabsorvida na fibra pré-ganglionar.
Receptor: nicotínicos e muscarínicos
*Noroadrenalina (NA)
Inativada na fenda sináptica pelo Monoamina Oxidase (MOA) ou recaptada. Clinicamente importantes nas intoxicações.
Receptor: Alfa 1 e 2, Beta 1 e 2.
Resumindo.....
Via simpática 
Fibra pré ganglionar curta (liberação de acetilcolina) – (receptor nicotínicos) fibra pós ganglionar longa -> liberação de noroadrenalina -> receptores alfa e beta.
*As glândulas sudoríparas (no simpático) são as únicas que possuem receptores muscarínicos.
Via parassimpática
Fibra pré ganglionar longa (liberação de acetilcolina) – (receptor nicotínicos) fibra pós ganglionar curta -> liberação de acetilcolina -> receptor muscarínico.
Função dos receptores 
▹ACETILCOLINA (ACH)
▸receptores nicotínicos (atividade voluntária)
- mm. estriada esquelética
▸receptores muscarínicos (atividade involuntária)
- neurônio pós ganglionar
- mm. lisa
- mm. cardíaca
- glândulas
Função dos receptores adrenérgicos (simpático)
Alfa 1 – vasoconstrição, midríase, aumento do tônus do esfíncter da bexiga. 
Alfa 2 – Inibe a alfa 1, quando há muita noroadrenalina liberada (feedback negativo).
Beta 1 – Localizados principalmente no coração e no rim. Aumento da frequência cardíaca e força de contração. Aumento da condutibilidade do nodo atrioventricular (impulso elétrico).
Liberação da renina pelas células justaglomerulares (aumento de pressão).
Beta 2 - Acomodação da pupila e fluxo de humor aquoso (líquido que preenche o globo ocular), broncodilatação, diminui a motilidade do trato gastrintestinal. No fígado faz a
glicogênese e glicogenólise (quebra que transforma gordura em glicose).
Pares de nervos cranianos
São nervos periféricos, onde seu núcleo se localiza no tronco encefálico (com exceção do I e II par, que se localizam no diencéfalo).
Lesões nesses nervos causam alterações na face, língua, atividade motora e sensitiva, pálpebras e globo ocular, etc.
Periférica – nervos que liberam atividade motora.
Central – nervos que captam informações sensitivas.
Primeiro par (I) – olfatório.
Sensorial. Possui seu núcleo no diencéfalo. 
lesões: anosmia (perda da percepção olfativa) / hiposmia (pouca percepção olfativa).
Segundo par (II) – óptico. 
Sensorial. Possui seu núcleo no diencéfalo. Lesões: cegueira uni ou bilateral.
Terceiro, quarto e sexto par III, IV e VI(motor): Localizados dentro do tronco encefálico, e possuem a mesma função de movimentação do globo ocular.
Terceiro (III) – oculomotor – região dorsal, ventral e medial do olho. Lesão: estrabismo ventrolateral.
Quarto (IV) - troclear – ação oblíqua. Lesão: estrabismo rotacional. 
Sexto (VI) par – abducente - região lateral. Lesão: estrabismo medial.
Quinto par (V) – trigêmeo.
Três ramos – oftalmo, maxilar e mandibular. 
Sensorial - Responsável pela sensibilidade da face.
Motor – somente nos músculos mastigatórios (mandibular e maxilar).
Lesão: perda da força unilateral e mandíbula caída (bilateral), ou alteração de sensibilidade da face. Não tem função sensitiva nos músculos mastigatórios.
Sétimo par (VII)- facial
Atividade motora da face, com exceção dos músculos de mastigação.
Lesão: halitose (mau hálito), sialorreia (produção excessiva de saliva), ptose (queda) da região labial ou palpebral, atrofia muscular, assimetria de face.
Oitavo par (VIII) – vestibulococlear 
Responsável pela audição (porção coclear) e equilíbrio (porção vestibular).
Lesão: 
Na porção coclear causa surdez uni ou bilateral, a qual deve ser testada com sons abruptos. 
Na lesão vestibular que é caracterizada por cabeça pendente (head tilt), tendência a andar em círculos pequenos e quedas ou rolamentos para o lado da lesão.
Juntamente com a porção vestibular, o cerebelo e o tronco encefálico são responsáveis pelo equilíbrio.
- Ouvido externo: orelha, canal vertical e canal horizontal.
- Membrana timpânica : divide o ouvido externo do médio.
- Ouvido médio: caixa timpânica (ossículos: martelo, bigorna e estribo).
- Ouvido interno: labirinto (canais semicirculantes), cóclea.
Os canais semicirculares possuem a endolinfa e os cílios que captam a posição da cabeça e enviam um estímulo elétrico (vibracional) para o ramo vestibular, e posteriormente para o tronco encefálico. 
A cóclea é responsável pela audição.
Lesões podem causar nistagmo, que é um revirar de olhos incessante e involuntário, sendo uma compensação do organismo pela falta de equilíbrio. 
Lesões em ouvido interno podem ser causadas por otite. 
Lesões em orelha média podem estar associadas a síndrome de horner (afeta pálpebras, globo ocular) e vestibulopatia (afeta o equilíbrio). 
Coadjuvantes (nervos que passam próximos e podem ser afetados em caso de lesão).
-nervo facial.
-simpático.
Nono par (IX) - Glossofaríngeo.
Região faríngea.
Décimo par (X) – Vago.
Inerva faringe, laringe, esôfago e traqueia. Responsável por mastigação, fonia, deglutição.
Lesão: Pode apresentar regurgitação, disfagia (dificuldade de comer), disfonia (dificuldade de produzir som).
Décimo primeiro par (XI) – Acessório.
Inerva a musculatura cervical, mantendo a integridade da musculatura.
Lesão: atrofia, redução do tônus muscular do segmento cervical.
Décimo segundo par (XII) – hipoglosso.
Responsável pela movimentação da língua.
Lesão: desvio inicialmente contralateral (nas primeiras semanas) e posteriormente ipsilateral.
Pode acontecer atrofia em caso de lesão aguda. 
2º Bimestre 
Fisiologia do sistema endócrinoResponsável por:
-Homeostase: manutenção do organismo.
-Integração e regulação do crescimento e desenvolvimento.
-Controle e manutenção de aspectos reprodutivos. 
Endocrinologia: estudo dos hormônios.
Para cada função um determinado tipo de hormônio.
Os hormônios são substâncias químicas produzidas por tecidos específicos, transportados em baixas concentrações pelo sistema vascular para agir sobre outros tecidos.
Funções:
- Inibir, estimular ou regular a atividade funcional de órgãos ou tecido-alvo.
Tipos de hormônios:
Energético -> quebra a gordura para produzir energia. Ex: liberação de glicose, insulina, glucagon (aumento da taxa de glicemia), cortisol, adrenalina.
Mineral -> captação de eletrólitos. Ex: parotôrmonio (aumento da concentração de cálcio), angiotensina, renina, calcitonina.
Aldosterona -> aumenta a reabsorção de sódio no túbulo contorcido distal e ducto coletor (néfron). 
ADH -> antidiurético, aumenta a reabsorção de água, no TCD e ducto coletor. 
São ativados em situação de queda de pressão.
Crescimento -> Crescimentos dos ossos, etc. Ex: T3, T4, GH.
Reprodução -> Comportamento reprodutivo, sexual, etc . Ex: androgênio, LH, FSH, progesterona, prolactina, ocitocina. 
SRAA (resumo para relembrar)
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA:
Em caso de queda de pressão, as células são estimuladas a liberarem a renina.
A renina converte o angiotensinogênio (liberado pelo fígado) em angiotensina I. 
A angiotensina I é convertida em angiotensina II pela ECA (Enzimas conversoras de angiotensina, liberadas pelos pulmões e rins).
A angiotensina II tem a função de aumentar a pressão arterial. Sendo:
Vasoconstritora de arteríolas renais – diminui a quantidade de urina.
Aumenta a capacidade simpática (vasoconstrição /pressão arterial).
Estimula a produção de aldosterona;
Os hormônios agem de duas maneiras:
Ação local -> geralmente um único tecido.
Ação à distância -> em vários tecidos corporais. 
Hipotálamo -> produz hormônio para ativar a Hipófise (ação local).
Hipófise -> produz hormônio para ativar a Glândula (ação à distância).
Ação hormonal
Os hormônios só agem em células específicas. Após uma célula secretora endócrina liberar um hormônio, este somente irá agir nas células com receptores específicos para este hormônio, não afetando em nada outras células. 
Atividades hormonais
Endócrina -> libera o hormônio que irá cair na circulação para achar a célula alvo em algum lugar (sistêmico).
Parácrina -> célula endócrina produz um hormônio e manda para a célula vizinha que é a célula alvo.
Autócrina -> ação local. A célula endócrina produz o hormônio e o recepta. 
Classificação dos hormônios
Quanto a sua estrutura química
Hormônios esteroidais
- núcleo esteroidal e geralmente derivados de uma molécula de colesterol.
- Secretados pelo córtex da glândula adrenal + gônadas.
- Lipofílicos
O colesterol é o precursor das cincos principais classes de hormônios esteróides: progestagênios, glicocorticóides, mineralocorticóides, androgênios e estrogênios. A progesterona, um progestagênio, prepara o revestimento interno do útero para a implantação de um ovo. A progesterona é também essencial para a manutenção da gestação. Os androgênios (tal como a testosterona) são responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas, enquanto os estrogênios (como a estrona) são necessários para o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários femininos. Os estrogênios, junto com a progesterona, também participam do ciclo ovariano. Os glicocorticóides (como o cortisol) promovem a gliconeogênese e a formação de glicogênio e aumentam a degradação de lipídios e proteínas. Capacitam os animais a responder ao estresse. Os mineralocorticóides (primariamente a aldosterona) atuam nos túbulos distais dos rins para aumentar a reabsorção de Na+ e a excreção de K+ e H+, o que leva a aumento no volume de sangue e na pressão arterial. Os principais locais de síntese dessas classes de hormônio são: 
corpo amarelo, progestagênios;
ovário, estrogênios;
testículos, androgênios; 
córtex adrenal, glicocorticóides e mineralocorticóides.
Derivados da tirosina
-Tireoideanos: T3, T4 e catecolaminas.
-Adrenais: adrenalina e noroadrenalina.
Uma outra classe de hormônios são os derivados da tirosina. A tirosina é um aminoácido que é precursor de hormônios da tireóide, tiroxina e triidotironina, e dois principais hormônios das medulas supra-renais, adrenalina e noradrenalina.
A formação destes hormônios a partir da tirosina ocorre no citoplasma da célula por ações enzimáticas, após isso eles ficam armazenados em vesículas até receberem o estímulo para serem secretados. 
Proteicos e peptídicos
São armazenados em grânulos secretores antes de sua liberação por exocitose.
Armazenamento e controle
Produzidos e armazenados nas células, em vesículas intracitoplasmáticas.
Liberados quando recebem estímulo.
A quantidade necessária para fazer efeito é pequena.
O controle de produção e secreção específico – feedback.
O estímulo irá ser captado pelo hipotálamo. O hipotálamo irá produzir uma resposta na hipófise, e a hipófise na glândula. Isso se chama feedback positivo.
O feedback negativo é quando o estímulo cessa, não chegando mais informação no hipotálamo, e não sendo mais produzida nenhuma resposta.
Transporte sanguíneo
- Hormônios proteicos são hidrofílicos, transportados no plasma em forma dissolvida (livre, não necessitam de carreadores).
- Hormônios Esteroidais e derivados da tirosina são lipofílicos e transportados no plasma associados às proteínas ligadoras.
Há pouco hormônio ativo livre. 
Sistema endócrino
Recebe influência e interage com o sistema nervoso.
Hipotálamo: coordena a atividade da glândula hipófise por meio da secreção de peptídeos e aminas. Principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal. Interação do sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na atividade de diversas glândulas endócrinas. 
Funções:
Controla a temperatura corporal.
Regula o apetite.
Regula o balanço de água no corpo.
Regula o sono.
Envolvimento da emoção e do comportamento sexual.
Controla as ações diversas das glândulas endócrinas, através da liberação de hormônios chamados de “tróficos”, como:
-Hormônio tireotrófico.
-Hormônio adrenocorticotrófico.
-Hormônio Gonadotrófico.
-Hormônio somatotrópico.
	Hipotálamo
	Sigla
	Nome completo
	Ação na hipófise
	GRF
	Fator de liberação da somatotropina
	Estimula a secreção de GH
	TRF
	Fator de liberação da tireotropina
	Estimula a secreção de TSH
	CRF
	Fator de liberação da corticotropina
	Estimula a secreção de ACTH
	LRF
	Fator de liberação da gonadotropina
	Estimula a secreção de FSH e LH
	PIF
	Fator de inibição da prolactina
	Inibe a secreção de prolactina
Hormônios terminados em tropina significam que são liberados pelo hipotálamo para estimular a hipófise. 
Hipófise anterior – estimulação da glândula.
Hipófise posterior (neurohipófise) – não secreta ->armazena e libera na anterior. 
Hipófise
Controlada pelo hipotálamo, uma estrutura pertencente ao sistema nervoso central, a qual a hipófise está ligada.
Fatores de liberação (estimulantes ou inibidores) hipotalâmicos, que regulam a síntese de hormônios hipofisários.
Na região de união entre hipotálamo e hipófise, uma rica rede de vasos sanguíneos favorece a chegada dos fatores de liberação hipotalâmicos as células.
Função: Controlar as ações diversas glândulas endócrinas através da liberação de hormônios chamados “tróficos”.
Adenohipófise (hipófise anterior)
Possui 5 tipos de células secretoras:
Somatotrópicas – hormônios de crescimento.
Corticotrópicas – ACTH.
Mamotrópicas – prolactina.
Tireotrópicas – hormônio estimulante da tireóide (TSH).
Gonadotrópicas – hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH).
Neurohipófise (hipófise posterior)ADH/ vasopressina: controla a reabsorção renal de água, logo, a concentração da urina e o equilíbrio osmótico do organismo.
Oxitocina / ocitocina: estimula as contrações do parto e a formação do leite materno.
Ambos os hormônios têm origem no hipotálamo, sendo conduzidos até a hipófise posterior, onde são armazenados e posteriormente liberados na circulação pela hipófise anterior.
Glândula Adrenal
São duas, sendo a direita mais cranial.
Localização: crânio-medial aos rins, em contato direto com o parênquima renal (suprarrenais)
Produção de cortisol (glicocorticoide) e aldosterona (mineralocorticoide) a partir da molécula de colesterol.
Não possuem armazenamento, são liberados diretamente na circulação.
Compostos para a produção e manutenção da homeostase e metabolismo (eletrólitos, aumento da frequência cardíaca, vasoconstrição).
Hormônios esteroides
Cortisol e aldosterona.
Lipídeos sintetizados a partir do colesterol.
Não são armazenados.
Regulação e secreção de glicocorticoides
Controle hipotalâmico.
Liberação de corticotropina (CRF).
Lobo anterior da hipófise.
Liberação de adrenocorticotrópico (ACTH).
Controle por retroalimentação negativa – cortisol.
Inibição de CRF / ACTH. 
O hipotálamo estimula a hipófise liberando a corticotropina. 
A hipófise libera adrenocorticotrópico para estimular a glândula adrenal a produzir o cortisol (feedback positivo).
Fisiologia e metabolismo – resumindo. 
Hipotálamo -> CRF -> hipófise -> ACTH -> glandula adrenal -> hormônios = feedback positivo.
Hormônios em excesso -> cessa os estímulos = feedback negativo. 
Síntese de hormônios adrenocorticais (local da glândula onde são produzidos)
Córtex:
Zona glomerulosa -> produz a aldosterona para ser liberada no túbulo contorcido distal e ducto coletor.
Zona fasciculada -> glicocorticoide (cortisol).
Zona reticular -> andrógenos (testosterona/estradiol).
Medula:
Produção de catecolaminas: noroadrenalina, adrenalina (aumenta a FC, FR, vasoconstrição e midríase).
Biosíntese dos esteroides
Derivam de uma molécula de colesterol. A conversão enzimática irá definir qual hormônio será formado.
Hormônios esteroides
Transporte: depende de proteínas carreadoras plasmáticas.
Cortisol - transportado por: 75% transcortina, 15% albumina e 10% livre.
Aldosterona – transportado por : 50% albumina, 10% transcortina e 40% livre.
Ação após ligação com receptores intracelulares.
Cortisol
Principais funções:
Glicocorticoide: antagonista a função do ADH (reabsorção de água). Aumenta a urina (poliúria) e a sede. Liberação também em situação de estresse.
Manutenção da glicemia: gliconeogenese. 
Lipólise e síntese de triglicérides.
Proteólise.
Ação anti-inflamatória: inibe a fosfolipase A2.
Imunossupressor: inibe a proliferação linfócitos e eosinófilos.
Hematopoiese.
Diurese: inibe ADH.
Ação dos glicocorticoides (cortisol)
Estimulação de gliconeogênese.
Catabolismo para a produção de moléculas de glicose pela quebra de gordura.
Aumentam catabolismo de proteínas.
Diminuem a utilização da glicose.
Aumentam a lipólise.
As proteínas, lipídeos e carboidratos são ingeridos na alimentação.
A quebra de proteínas resulta em aminoácidos.
A quebra de lipídeos resulta em ácidos graxos.
A quebra de carboidratos resulta em glicose.
Essas quebras são feitas no fígado, e esses componentes são transportados pelo hormônio hipoglicemiante (insulina), sendo utilizados nas células (ATP) e armazenados no tecido adiposo e músculos (PTN) em forma de glicogênio.
Na falta de energia, os hormônios cortisol e glucagon quebram o glicogênio transformando-o em aminoácidos, ácidos graxos e glicose, que irão ser utilizados como energia.
Ácidos graxos irão dar origem aos triglicérides e colesterol.
A quebra pelo cortisol e glucagon chama-se lipólise. 
Efeitos anti-inflamatórios:
Síntese de lipocortina, inibidor da fosfolipase A2 (precursor para síntese das prostaglandinas).
A Cox1 é responsável por fazer perfusão tecidual, manutenção do trato gastrintestinal e vasodilatação, ou seja, a proteção do organismo.
A Cox2 é a liberação de mediadores químicos em resposta inflamatória.
Ambas são responsáveis pela prostaglandinas. 
Por isso o excesso de cortisol pode causar efeito anti-inflamatório.
Funções das prostaglandinas
As prostaglandinas estão envolvidas em diferentes processos fisiológicos e patológicos, incluindo vasodilatação ou vasoconstrição, contração ou relaxamento da musculatura brônquica ou uterina, hipotensão, ovulação, metabolismo ósseo, aumento do fluxo sanguíneo renal (resultando em diurese, natriurese, caliurese e estímulo de secreção de renina), inibição da secreção gástrica de ácido, resposta imunológica, hiperalgesia, regulação da atividade quimiotática celular, resposta endócrina e angiogênese, entre outros.
No trato gastrintestinal, as prostaglandinas I2 e E2 são citoprotetoras da mucosa gástrica - por inibirem a secreção ácida, aumentarem o fluxo sanguíneo local, promoverem a produção de muco, aumentarem a síntese de glutation (e conseqüentemente a capacidade de eliminar radicais livres) e por aumentarem a síntese de bicarbonato e o fluxo sanguíneo para as camadas superficiais de mucosa gástrica. Nos rins, aumentam a filtração glomerular, por seu efeito vasodilatador. Por fim, no sistema cardiovascular, podem apresentar vários efeitos, como a ação vasodilatadora. Promovem também o relaxamento do músculo liso. O tromboxano A2 (substância que favorece a coagulação) é produzido a partir da Cox plaquetária, e age como potente agente agregante.
As prostaglandinas também têm efeitos fisiopatológicos, como eritema e aumento do fluxo sanguíneo local, hiperalgesia por provável sensibilização de receptores da dor e elevação da temperatura corpórea no hipotálamo por estímulo de citocinas. Quando sua produção é aumentada, ocorre maior sensibilidade à dor e à febre e incremento da resposta inflamatória. Entretanto, as prostaglandinas também podem ter ação antiinflamatória pela supressão da síntese de IL-1 e do TNF.
Supressão da resposta imune:
Inibem a produção de interleucina II-2 e linfócitos T.
A interleucina é um sinalizador de resposta inflamatória.
O excesso de cortisol pode causar queda de imunidade, devido a inibição desses dois processos imunológicos.
Variação da pressão arterial sistêmica
- Suprarregula os receptores a1, nas arteríolas, potencializando a ação vasoconstritora de norepinefrina.
A liberação de cortisol está diretamente relacionada com o aumento ou diminuição da pressão arterial.
Mineralocorticóides (aldosterona)
Está sobre controle tônico do ACTH, porém é regulada separadamente pelo SRAA.
*Aumento da reabsorção renal de sódio (TCD e coletor).
*Excreção renal de potássio (TCD e coletor).
*Excreção renal de hidrogênio (TCD e coletor).
Aldosterona
- Mineralocorticoide
- Atua na bomba sódio, potássio e ATPase.
- Controle da homeostase hidroeletrolítica.
- Rim: reabsorve sódio, cloro e água, elimina potássio e hidrogênio.
Secreção de aldosterona
- Pelo SRAA: sistema renina angiotensina aldosterona, ativada na queda de pressão. 
- Elevações de concentrações plasmáticas de potássio -> camada glomerulosa.
- Hiponatremia – baixa de sódio circulante. 
 
Glândula tireoide
- Caudalmente à traqueia, na altura do primeiro ou segundo anel traqueal.
- Dois lobos, dispostos em ambos os lados da traqueia.
- Glândula endócrina mais importante para a regulação metabólica.
- Em sua alteração há aceleração ou redução do metabolismo celular.
Secreção
- Dois hormônios principais, tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), armazenados e liberados mediante estimulação do hipotálamo e hipófise (feedback positivo).
Corte histológico de uma tireoide normal
→Células parafoliculares ou células C → são células da paratireoide.
→Folículo tireoideano, composto pelas células tireoideanas responsáveis pela produção dos hormônios.
→Substância coloide (moléculas armazenadas que irão compor os hormônios tireoideanos).Regulação da secreção
TRH – hormônio tripeptídeo secretado pelo hipotálamo, promove a secreção de TSH.
TSH – secretado pela hipófise sob a estimulação do TRH, promove a secreção de T4 e T3.
Portanto...
Hipotálamo irá perceber a falta de T3 e T4 (feedback positivo).
Hipotálamo irá liberar TRH para estimular a hipófise a liberar TSH.
O TSH irá estimular a glândula tireoide a produzir T3 e T4.
Síntese de hormônios tireoideanos
*Cada etapa da síntese é estimulada pelo TSH.
*Hormônio ativo armazenado em forma de coloide.
*Duas moléculas são importantes: tirosina e iodo.
Monoiodotirosina = tirosina + uma molécula de iodeto.
Diiodotirosina = tirosina + duas moléculas de iodeto.
Triiodotironina (T3) = monoiodotirosina + diiodotirosina
Tetraiodotironina ou tiroxina (T4) = diiodotirosina + diiodotirosina.
Armazenamento
Armazena grande quantidade de hormônios.
Cada molécula de tireoglobulina contém cerca de 30 moléculas de tiroxina e algumas de triiodotironina.
São armazenados nos folículos em quantidade suficiente para suprir as necessidades normais de 2 a 3 meses.
Permanecem no lúmen até a sua liberação.
Efeitos fisiológicos gerais
Aumento da transcrição de um grande número de genes.
Aumento da atividade metabólica celular (aumenta o número e a atividade das mitocôndrias e o transporte de íons através das membranas).
Efeito sobre o crescimento -> importante no crescimento e desenvolvimento do cérebro durante a vida fetal e pós natal. Fornece energia pela quebra de gordura. 
Efeitos fisiológicos específicos
Estímulo do metabolismo de carboidratos:
*Promove a captação rápida de glicose pela célula.
*Aumenta: glicólise, gliconeogênese, taxa de absorção do TGI e secreção da insulina. →maior fornecimento de energia.
Efeito sobre os lipídios plasmáticos e hepáticos:
*Reduz as concentrações de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos.
Estimulo do metabolismo de lipídios:
*Aumento da mobilização de lipídios do tecido adiposo.
*Reduz o acúmulo de gordura.
*Aumenta a concentração de ácidos graxos livres.
→Quebra de gordura.
Necessidade aumentada de vitaminas.
Aumento da taxa metabólica basal.
Redução do peso corporal.
Aumento do fluxo sanguíneo e debito cardíaco.
Aumento da frequência cardíaca.
Aumento da força de contração cardíaca.
(Pressão arterial normal)
Aumento da motilidade gastrointestinal.
Efeitos excitatórios do SNC.
Se os níveis de T3 e T4 no sangue estão baixos, o corpo funciona mais lentamente. Esta condição se denomina hipotireoidismo.
Se existe um aumento dos níveis dos hormônios no sangue, o corpo trabalha mais rapidamente. Esta condição se denomina hipertireoidismo.
Se há um nódulo na tireoide e são produzidos excessos de T3 e T4, é possível perceber uma baixa de TRH e TSH estimulante, por ser um feedback negativo, a fim de cessar o estímulo na glândula.
Se a disfunção acontecer no hipotálamo ou na hipófise, haverá uma queda ou aumento da produção dos hormônios. Tudo irá depender do tipo de lesão. 
Pâncreas 
Funções exócrinas:
Produção de enzimas que atuam no processo de digestão (suco pancreático).
Funções endócrinas:
Produção e liberação de hormônios representados pelas ilhotas de Langerhans (3 tipos de células).
Células alfa – na borda externa, secretam glucagon (hiperglicemiante – quebra de gordura, aumentando a glicose na corrente sanguínea).
Células beta – na parte central, secretam insulina (hipoglicemiante – transporte de gordura para dentro das células e tecido adiposo). *Insulina coloca a glicose dentro da célula junto com o potássio, como co-transporte.
Células delta – misturadas, secretam somatostatina (hormônios do crescimento) e gastrina (Hcl - digestão). 
Glucagon
Ação do glucagon
- Hiperglicemiante -> aumenta a glicogenólise (quebra de gordura) e impede a reciclagem da glicose em glicogênio (estocagem de gordura).
- Aumento da concentração de ácidos graxos e de cetoácidos (aumenta a lipólise), providos da quebra de gordura excessiva – acidose metabólica.
- Aumento da produção de ureia (resultantes da utilização de aminoácidos na gliconeogênese).
Tipos de diabetes
Tipo I -> não tem produção de insulina suficiente, por uma autoimune que destrói as células beta. 
Tipo II -> Produz insulina, porém há impedimento do receptor de se conectar com a insulina.
A diabetes causa perda de peso, poliúria, polidipsia e polifagia. A fome não é saciada devido ao não transporte de glicose para dentro da célula.
Insulina
- Hipoglicemiante -> aumenta a captação de glicose pela célula alvo e promove a formação de glicogênio (estocagem de gordura), diminui a gliconeogênese.
- diminui as concentrações sanguíneas de ácidos graxos e cetoácidos.
- diminui a concentração sanguínea de K - potássio (aumenta a captação celular de K).
Fatores estimulantes da secreção da insulina (estimulada após ingestão de alimento):
Glicose, aminoácidos, ácidos graxos, gastrina, secretina, glucagon, acetilcolina (hormônios da digestão).
Fatores inibidores:
Somatostatina, epinefrina e norepinefrina (hormônios do crescimento e hormônios liberados em situação de estresse – é preciso aumentar a energia para essas situações, então a glicose não deve ser armazenada).
Glicemia elevada – estimula a produção de insulina.
Glicemia baixa – estimula a produção de glucagon.
Hiperglicemia – estimula as células beta e inibe as células alfa. Menos glucagon, mais insulina.
Hipoglicemia – estimula as células alfa e inibe as células beta. Mais glucagon e menos insulina.
Glândula paratireoide
Localizada na tireoide.
Responsável pelo metabolismo de cálcio e fósforo. 
Proporção duas moléculas de cálcio para uma de fósforo.
Regulação do cálcio e fosfato
Concentração extracelular de cálcio (absorção intestinal, excreção renal, captação e liberação óssea).
Composição e localização:
A maioria dos animais domésticos possui quatro pares, localizados nos polos dos dois lobos da glândula tireoide.
Importância:
Principal órgão envolvido no controle do metabolismo do cálcio e fosforo.
Histologia:
- células principais = processo ativo de secreção.
- células oxifilicas = inativas ou degeneradas.
Secreção:
- hormônio proteico denominado paratormônio (PTH).
Efeito do paratormônio 
Elevar a concentração de cálcio e reduzir a de fosfato nos líquidos extracelulares.
- Tecido ósseo: aumento da atividade osteoclástica (reabsorção da matriz óssea – tirando do reservatório) e inibição osteoblástica (produção de matriz óssea) pela liberação de cálcio e fosfato.
- Rins: aumenta a absorção de cálcio pelo túbulo contorcido proximal, reduz a reabsorção do fosfato e ativa à vitamina D (responsável pela captação de cálcio no organismo).
 
Regulação do paratormônio 
Através das concentrações de cálcio livre (ionizado) no sangue:
Ca baixo – estimulam o PTH.
Ca alto – inibem o pth. 
Calcitonina
Regulação de níveis altos de cálcio no organismo.
Hormônio peptídeo.
Produzido pelas células da glândula tireoide – células parafoliculares.
Reduz a concentração plasmática do cálcio e fosfato (efeito oposto ao paratormônio).
Efeito principalmente sobre os ossos.
Reduz a atividade gastrintestinal (hormônios estimulantes: gastrina, colecistocinina, secretina e glucagon).
Aumenta a excreção renal de cálcio e fósforo.
- Tecido ósseo: aumento da atividade osteoblástica e inibição da osteoclástica.
Vitamina D
Importante na absorção de cálcio no intestino.
Similar a um esteroide.
Local de síntese: toda vitamina D é produzida na pele.
É ativada no parênquima renal, tendo ação na reabsorção de cálcio intestinal e renal.
Aumento da absorcao do calcio do TGI
Estimula a sintese proteica nas celulas mucosas
Atua nos ossos, promovendo a movimentacao de ions de calcio do osso para o liquido extracelular e a reabsorcao ossea.
Aumenta os efeitos do PTH no metabolismo osseo
Regulacao: Realizado pelo PTH e pelo fosfato
Raios UVA e UVB -> D3 (forma inativa) e Dieta -> D2 (inativa) e D3 (inativa).
D2 e D3 passam pelo parênquimahepático e são sintetizados por uma enzima que o transforma na molécula 25D (circulante) -> passa pelo parênquima renal, com a ação do paratormônio transforma-se em 1,25D (forma ativa da vitamina).
1,25 D – estimula os osteoclastos e aumenta a reabsorção de cálcio intestinal.

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