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* Profª. Dra. Vanessa Marques Gibran Victório COMPORTAMENTO VERBAL E LINGUAGEM * Comportamento Verbal Comportamento Verbal tipo de comportamento operante Categoria comportamental mais ampla “Comunicação” Ocorre quando o comportamento de um organismo gera estímulos que afetam o comportamento de outro organismo * Comportamento Verbal Comunicação: Concepção convencional algo que é passado de uma pessoa para outra Etimologicamente “tornar comum” Idéia, mensagem, significado * Comportamento Verbal como Comportamento Operante Chamado de alarme padrão fixo de ação Falar comportamento operante Quando padrão fixo gera estímulos auditivos e visuais que afetam o comportamento dos outros pode ser chamado de comunicação Não é Comportamento Verbal * Comportamento Verbal como Comportamento Operante “Comunicação” é a categoria mais ampla Todo comportamento verbal comunicação Contrário não é verdadeiro Padrões fixo de ação dependem apenas de antecedentes Comportamento verbal pode ser tipo de comportamento operante dependendo de suas conseqüências * Comportamento Verbal como Comportamento Operante Comportamento Verbal (como comportamento operante) tende a ocorrer apenas no contexto em que tem probabilidade de ser reforçado Comunidade Verbal grupo de pessoas que se falam entre si e que reforçam as verbalizações umas das outras * Comportamento Verbal como Comportamento Operante Falante e Ouvinte: Skinner (1957) definiu comportamento verbal comportamento operante que exige a presença de outra pessoa para ser reforçado Outra pessoa reforça comportamento verbal do Falante é o Ouvinte Para que uma ação seja considerada verbal, seu reforço tem que ser dispensado por outra pessoa, o ouvinte * Comportamento Verbal como Comportamento Operante A maior parte do comportamento verbal depende do reforço social e condicional A modelagem da troca de papéis durante uma conversa provavelmente começa cedo O Comportamento Verbal exige apenas reforço intermitente para ser mantido (como qualquer outro comportamento operante) Comportamento verbal é extremamente persistente * Comportamento Verbal como Comportamento Operante Comportamento verbal exige menos reforço para se manter do que para ser adquirido É modelado ao longo dos tempos por aproximações sucessivas * O PAPEL DO OUVINTE Sem o ouvinte ou comunidade verbal comportamento verbal não poderia ser adquirido Aprendemos a responder às verbalizações que ouvimos dos outros como estímulos discriminativos verbais Discriminamos entre vocalizações e ruídos, e entre uma vocalização e outra * O PAPEL DO OUVINTE Ações do Ouvintes reforçam as verbalizações dos falantes De forma inconsciente O comportamento do Ouvinte é modelado e mantido por reforço Fruto de uma história de reforço * O PAPEL DO OUVINTE Junto com o falar, o ouvir é freqüente e generosamente reforçado em crianças pequenas Com o tempo, o reforço diferencial refina o ouvir da criança As ações do Ouvinte têm que se reforçadas tanto como dos Falantes para serem mantidas * A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA Mulher russa mulher brasileira Comportamento Verbal mulher russa foi reforçada em situações passadas por sua comunidade O Comportamento Verbal passa sem reforço em certas ocasiões É comportamento Verbal história de reforçamento por uma comunidade de falantes e ouvintes * A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA Mulher brasileira classe de estímulo ouvinte pela russa Falar em russo Generalização Discriminação falar com outra pessoa ou em outra língua Sem reforço da brasileira comportamento verbal da russa sobre extinção * GESTOS E LINGUAGEM DE SINAIS Gestos comportamento verbal Ex: indicar o pulso comportamento operante que é reforçado diante da sua presença Ouvinte mesmo que seja surdo! Comportamento verbal não precisa ser vocal, e pode inclusive ser escrito * GESTOS E LINGUAGEM DE SINAIS Comportamento Verbal comportamento operante cujo reforço requer a presença de outra pessoa (o Ouvinte) Ex: de comportamento verbal não-vocal linguagem de sinais O que faz o sinal silenciosamente falante O que responde o sinal (mesmo surdo) ouvinte Constituem uma comunidade Verbal * ANIMAIS NÃO-HUMANOS Definição de comportamento verbal não exclui os não-humanos Ex: miar do gato e reforço da comida Mas, é estranho considerá-los comunidade verbal Os papéis de falante e ouvinte nunca são trocados Chimpanzés que foram ensinados a se comunicar com sinais, formam com o ser humano uma Comunidade Verbal * ANIMAIS NÃO-HUMANOS Alguns pensadores defendem que a linguagem é especificamente humana Depende da definição de Linguagem Se limitar como Fala será apenas dos humanos Ênfase da Análise do Comportamento se afasta de distinções baseadas no fato de se pertencer a esta ou aquela espécie, e se volta para distinções baseadas na relação entre comportamento e ambiente * FALAR CONSIGO PRÓPRIO Instruções ou ordens a mim mesmo dita em voz alta ou privada (encoberta) pensar A fala consigo mesmo teria que modificar o comportamento do indivíduo (como ouvinte) comportamento verbal Auto-instruções e Autocomandos Ex: “Respire fundo quando entrar” * FALAR CONSIGO PRÓPRIO Cantar ou recitar poema não é comportamento verbal Ninguém está no papel de ouvinte Pode ser reforçado pelo som ouvido, mas o reforço não exige nenhum outro comportamento típico do ouvinte Nem todo comportamento verbal é vocal (sinais) e nem todo comportamento vocal é verbal * COMPORTAMENTO VERBAL X LINGUAGEM Comportamento Verbal diferente de linguagem Comportamento Verbal eventos concretos Linguagem abstração Língua Portuguesa conjunto de palavras e regras gramaticais para combiná-las definição rudimentar de Comportamento Verbal * COMPORTAMENTO VERBAL X LINGUAGEM Forma de falar de muitas pessoas Rudimentar pessoas falam de maneira peculiar Apesar da visão mentalista de “uso de linguagem”, quando dizemos que uma pessoa está usando linguagem, geralmente é comportamento verbal Ex: pág. 135 * UNIDADES FUNCIONAIS E CONTROLE DE ESTÍMULOS Comportamento Verbal atos que pertencem a classes operantes definidas funcionalmente sujeitas a controle de estímulos 2 noções que separam conceito de Comportamento Verbal das concepções tradicionais de Linguagem e Fala * UNIDADES FUNCIONAIS E CONTROLE DE ESTÍMULOS Todos os eventos têm uma estrutura Provavelmente cada evento tenha uma estrutura única Em contraste: As Unidades Funcionais não são eventos particulares, mas Classes de eventos particulares e são definidas por seus efeitos sobre o ambiente * UNIDADES FUNCIONAIS E CONTROLE DE ESTÍMULOS Um Operante Verbal é constituído por uma classe de atos que têm todos o mesmo efeito sobre o ouvinte Todos funcionam de modo equivalente Ex: diferentes maneiras de pedir alguma coisa Embora a Estrutura seja necessária, ela não nos diz nada sobre a função; que só pode ser compreendida a partir das circunstâncias e efeitos * UNIDADES FUNCIONAIS E CONTROLE DE ESTÍMULOS A ocorrência do operante verbal é mais ou menos provável dependendo das circunstâncias (dependendo dos Estímulos Discriminativos) A relação das circunstâncias com a probabilidade do comportamento verbal é uma relação de Controle de Estímulo e não de Eliciação * UNIDADES FUNCIONAIS E CONTROLE DE ESTÍMULOS Não existe uma correspondência estrita entre um estímulo discriminativo e um operante verbal Os estímulos discriminativos apenas modulam e tornam prováveis certas instâncias de comportamento verbal Estímulos Auditivos e Visuais da pessoa no papel de Ouvinte estímulos discriminativos mais importantes * UNIDADES FUNCIONAIS E CONTROLE DE ESTÍMULOS Todos os operantes dentro de um contexto e o efeito habilitador que o contexto tem sobre o operante provém da história de reforço associada a esse contexto Como outros operantes, o comportamento verbal não pode ser definido apenas em termos de suas conseqüências o contexto também precisa ser especificado * EQUÍVOCOS COMUNS Comportamento relacionado à Linguagem: ele é gerativo a fala pode se referir a si mesma a fala pode se referir a eventos futuros * SIGNIFICADO Teorias de Referências Símbolos e Léxicos a noção de referência sugere que as diferentes formas de uma mesma palavra falada, ouvida, escrita e vista são símbolos da categoria real A idéia de referência foi inventada, provavelmente, para explicar as equivalências * SIGNIFICADO As criaturas aprendem a se comportar da mesma forma ou de forma diferente frente a dois estímulos diferentes Chegamos a isso com o correr do tempo, depois de termos sido expostos a esses diferentes estímulos, e depois de uma história de reforço da resposta adequada Importância do Contexto * SIGNIFICADO COMO USO Em vez de falar sobre significado Behavioristas falam sobre o uso ou função de um ato ou verbalização O “significado” do comportamento verbal está em seu uso, suas conseqüências dentro do contexto “Significado” de significado * SIGNIFICADO COMO USO Perguntar qual o significado de um termo é perguntar qual é o contexto e quais as conseqüências de sua ocorrência O Comportamento Verbal depende de uma história de reforço O uso ou significado de um operante verbal está nas conseqüências dentro de um contexto sua ocorrência depende de uma história de tais conseqüências em tais contextos * MANDOS E TACTOS Operantes verbais servem para diversos fins: pedir informar Mando operante verbal especifica seu próprio reforçador Incluem: pedidos ordens perguntas conselhos * MANDOS E TACTOS A exata situação em que o pedido, a pergunta ou o conselho são emitidos pode variar amplamente e, no entanto, ainda seremos capazes de reconhecê-los como sendo o mesmo mando Quando o reforçador de um operante verbal é bem especificado, o operante é um mando * MANDOS E TACTOS Tacto operantes verbais que podem ser considerados informativos não especificam um determinado reforçador; ao invés, ocorrem na presença de determinados estímulos discriminativos Os tactos compreendem um variado conjunto de verbalizações: opiniões observações respostas a perguntas (freqüentemente) * DEFINIÇÕES DOS DICIONÁRIOS Quando me deparo com uma palavra desconhecida e consulto um dicionário obtenho um resumo de como a palavra é usada (exemplos, sinônimos, antônimos) não é o significado da palavra que aprendo Tudo isso ajuda a guiar meu comportamento como leitor, ouvinte, falante e escritor * DEFINIÇÕES DOS DICIONÁRIOS Dicionários não contêm significados São um exemplo da forma comum pela qual aprendemos como usar palavras, por ouví-las e vê-las em uso A maioria das palavras nunca foram procuradas no dicionário ele explica como se usa uma palavra em termos de outras já conhecidas * O COMPORTAMENTO DO CIENTISTA Ciências experimentais constroem-se e manipulam-se ambientes especiais. Experimento consiste em manipulação combinada com observação Análise do comportamento observação científica consiste na formação de discriminações Atividade mais básica da ciência é a identificação * O COMPORTAMENTO DO CIENTISTA A análise de dados também consiste na formação de discriminações Manipulamos números sob a forma de tabelas e gráficos, procurando padrões, e finalmente tirando conclusões que podem ser faladas ou escritas Ciência “criativa” combinação de ações que produzem estímulos e permitem discriminações baseada nos estímulos produzidos * O COMPORTAMENTO DO CIENTISTA Os cientistas são particularmente gratificados pela formação de novas discriminações que são chamadas de “descobertas” Diz-se que um cientista “sabe sobre” algo quando é capaz de falar (e principalmente responder perguntas) corretamente, dentro do contexto O comportamento verbal do cientista serve como estímulo discriminativo para que os outros afirmem que ele conhece determinado assunto * COMPORTAMENTO CIENTÍFICO E COMPORTAMENTO VERBAL Conhecimento científico é comportamento verbal de cientista em contexto científico Os cientistas são organismos que se comportam e que a ciência é um tipo de comportamento operante controlado pelo contexto e pelas suas conseqüências * PRAGMATISMO E CONTEXTUALISMO Pragmatismo verdade de uma teoria científica reside em sua utilidade Analista do comportamento a probabilidade do comportamento verbal depende do seu reforço Contextualismo teorias e pesquisas científicas têm de ser compreendidas dentro do contexto de seu tempo e cultura Rejeita a visão de uma ciência objetiva e independente de seus valores * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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