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Instrumentação Introdução

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LICOP - Laboratório de Instrumentação e Controle de Processos
SENAI / CETEL – Centro de Eletroeletrônica “César Rodrigues”
CONCEITOS
CONCEITOS BÁSICOS EM INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS 
LICOP - Laboratório de Instrumentação e Controle de Processos
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CONCEITOS
A necessidade do aumento na produção industrial visando atender à demanda sempre crescente, a busca contínua pelo baixo custo e a criação e fabricação de novos produtos, propiciou o aparecimento de um número cada vez maior de indústrias. Estas indústrias só puderam surgir devido ao controle automático de processos industriais, sem o qual a produção não seria de boa qualidade e mesmo alguns produtos não poderiam ser fabricados. 
INTRODUÇÃO:
O controle automático de processos industriais é cada vez mais empregado por aumentar a produtividade, baixar os custos, eliminar erros que seriam provocados pelo elemento humano e manter automática e continuamente o balanço energético de um processo. 
Para poder controlar automaticamente um processo precisamos saber como ele está se comportando para podermos corrigi-lo, fornecendo ou retirando dele alguma forma de energia, como por exemplo, pressão ou calor. Essa atividade de medir e comparar grandezas é feita por equipamentos ou instrumentos que serão nosso objeto de estudo. 
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CONCEITOS
INTRODUÇÃO (continuação):
As principais grandezas medidas e controladas dentro de um processo industrial são: PRESSÃO, NÍVEL, VAZÃO, TEMPERATURA, DENSIDADE, pH, etc.; as quais denominamos de variáveis de processo.
Nas indústrias de processos tais como siderúrgica, petroquímica, alimentícia, papel, etc., a instrumentação é responsável pelo rendimento máximo de um processo, fazendo com que toda energia cedida, seja transformada em trabalho na elaboração do produto desejado. 
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CONCEITOS
CONCEITOS EM INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE:
Instrumentação:
INSTRUMENTAÇÃO é a ciência que aplica e desenvolve técnicas para adequação de instrumentos de medição, transmissão, indicação, registro e controle de variáveis em processos industriais. É a arte e a ciência que projeta, constrói, instala, opera e mantêm estes instrumentos. 
Variável de Processo:
qualquer fenômeno físico ou físico/químico cuja quantidade, propriedade ou condição física é medida a fim de que se possa efetuar sua indicação e/ou o controle de um processo (também chamada de variável controlada). As principais variáveis de processos encontradas em ambientes industriais são: vazão, temperatura, pressão, nível, densidade, pH, etc.
Variável Manipulada: é a variável que é operada com a finalidade de manter a variável controlada no valor desejado.
Set Point: é um valor desejado estabelecido previamente como referência no qual a variável controlada deve permanecer.
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CONCEITOS
CONCEITOS EM INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
Processo:
Qualquer operação ou seqüência de operações envolvendo uma mudança de estado, de composição, de dimensão ou outras propriedades que possam ser definidas relativamente a um padrão. Pode ser contínuo ou em batelada.
Distúrbio: é uma condição que tende a afetar adversamente o valor da variável controlada.
Desvio: representa o valor resultante da diferença entre o valor desejado e o valor da variável controlada. Também chamado erro.
Ganho: representa o valor resultante do quociente entre a taxa de mudança na saída e a taxa de mudança na entrada que a causou. Ambas, a entrada e a saída devem ser expressas na mesma unidade.
Tomada de impulso:
Uma tomada de impulso é um determinado ponto em um processo industrial (torre, vaso, tubulação, etc.) em que se pode tomar uma medida de uma variável física qualquer, seja um valor de pressão, uma temperatura, uma densidade ou qualquer outra disponível.
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CONCEITOS
CLASSES DE INSTRUMENTOS APLICADOS A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS: 
Elemento Primário:
Parte de uma malha ou de instrumento que primeiro sente o valor da variável de processo e que assume uma correspondência pré-determinada de estado ou sinal de saída inteligível. O elemento primário é também conhecido como detector ou sensor. 
Indicador:
Instrumento que nos fornece o valor de uma variável de processo, na forma de um ponteiro e uma escala, ou números ou bar graph (gráfico de barras), etc.
Registrador:
Instrumento que registra o valor da variável de processo em uma carta gráfica, por meio de um traço contínuo ou pontos.
CLASSIFICAÇÃO POR FUNÇÃO: 
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CONCEITOS
Elemento Final de Controle:
Dispositivo que altera diretamente o valor da variável manipulada de uma malha de controle 
Controlador:
Dispositivo que tem um sinal de saída (MV) que é função da diferença entre o sinal de entrada (PV) e o valor desejado para a variável controlada (SP) quando em modo automático. Utilizado para alterar o estado de um elemento final de controle e sua variável manipulada visando manter a variável controlada dentro de limites especificados.
CLASSES DE INSTRUMENTOS APLICADOS A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS (continuação): 
Transmissor:
Dispositivo que detecta uma variável de processo por meio de um elemento primário e que tem uma saída cujo valor é proporcional ao valor da variável de processo. 
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CONCEITOS
Relé de computação:
Instrumento que recebe um ou mais sinais de outros instrumentos, realiza operações matemáticas, de lógica ou de seleção de sinais e envia o resultado a outro instrumento. 
Transdutor:
Termo genérico aplicado ao instrumento que pode não trabalhar com sinais padrões na entrada e saída. Como é possível observar, o elemento primário e o transmissor, entre outros, podem ser considerados transdutores, porém com funções específicas.
CLASSES DE INSTRUMENTOS APLICADOS A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS (continuação): 
Conversor:
Dispositivo que recebe uma informação na forma de um sinal, altera a forma da informação e o emite como um sinal de saída. O conversor trabalha com sinais de entrada/saída padrões em Instrumentação.
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CONCEITOS
CLASSES DE INSTRUMENTOS APLICADOS A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS: 
Os equipamentos podem ser agrupados conforme o tipo de sinal transmitido ou o seu suprimento. A seguir serão descritos os principais tipos, suas vantagens e desvantagens.
PNEUMÁTICO: neste tipo é utilizado um gás comprimido, cuja pressão é alterada conforme o valor que se deseja representar. Neste caso a variação da pressão do gás é linearmente manipulada numa faixa específica, padronizada internacionalmente, para representar a variação de uma grandeza desde seu limite inferior até seu limite superior. O padrão de transmissão ou recepção de instrumentos pneumáticos mais utilizado é de 0,2 a 1,0 kgf/cm2 (aproximadamente 3 a 15 PSI no sistema inglês). O gás mais utilizado para transmissão é o AR COMPRIMIDO, sendo também utilizado o NITROGÊNIO e em casos específicos o GÁS NATURAL (Petrobrás). A grande e única vantagem em se utilizar atualmente instrumentos pneumáticos está no fato de se poder operá-los com segurança em áreas onde existem riscos de explosão – áreas classificadas - como centrais de gás, por exemplo.
CLASSIFICAÇÃO POR SINAL DE TRANSMISSÃO OU DE SUPRIMENTO: 
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CONCEITOS
Desvantagens:
a) Necessita de tubulação de ar comprimido (ou outro gás) para seu suprimento e funcionamento.
b) Necessita de equipamentos auxiliares tais como compressor, filtro, desumidificador, etc., para fornecer aos instrumentos ar seco e sem partículas sólidas.
c) Devido ao atraso que ocorre na transmissão do sinal, este não pode ser enviado à longa distância, sem uso de reforçadores. Normalmente a transmissão é limitada a aproximadamente 100 m.
d) Vazamentos ao longo da linha de transmissão ou mesmo nos instrumentos são difíceis de serem detectados.
e) Não permite conexão direta aos computadores.
CLASSIFICAÇÃO POR SINAL DE TRANSMISSÃO OU DE SUPRIMENTO: 
PNEUMÁTICO (continuação):
NOTA: Os sinais de transmissão analógica normalmente começam em um valor acima do zero para garantir o rápido reconhecimento em casos de rompimento do meio de comunicação. É o chamado ZERO VIVO.
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CONCEITOS
HIDRÁULICO: similar ao tipo pneumático e com desvantagens equivalentes, o tipo hidráulico utiliza-se da variação de pressão exercida em óleos hidráulicos para transmissão de sinal. É especialmente utilizado em aplicações onde torque elevado é necessário ou quando o processo envolve pressões elevadas.
CLASSIFICAÇÃO POR SINAL DE TRANSMISSÃO OU DE SUPRIMENTO (continuação): 
Vantagens:
a) Pode gerar grandes forças e assim acionar equipamentos de grande peso e dimensões.
b) Resposta rápida.
Desvantagens:
a) Necessita de tubulações de óleo para transmissão e suprimento.
b) Necessita de inspeção periódica do nível de óleo bem como sua troca.
c) Necessita de equipamentos auxiliares, tais como reservatório, filtros, bombas, etc.
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CONCEITOS
ELÉTRICO: este tipo de transmissão é feito utilizando sinais elétricos de corrente ou tensão. Em face da tecnologia disponível no mercado em relação à fabricação de instrumentos eletrônicos microprocessados, hoje, é este tipo de transmissão largamente utilizado em todas as indústrias.
Assim, como na transmissão pneumática, o sinal é linearmente modulado em uma faixa padronizada representando o conjunto de valores entre o limite mínimo e máximo de uma variável de processo qualquer.
CLASSIFICAÇÃO POR SINAL DE TRANSMISSÃO OU DE SUPRIMENTO (continuação): 
Como padrão para transmissão a longas distâncias são utilizados sinais em corrente contínua variando de 4 a 20 mA e para distâncias até 15 metros aproximadamente, também utilizam-se sinais em tensão contínua de 1 a 5V.
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CONCEITOS
ELÉTRICO (continuação):
CLASSIFICAÇÃO POR SINAL DE TRANSMISSÃO OU DE SUPRIMENTO:
Vantagens:
a) Permite transmissão para longas distâncias sem perdas.
b) A alimentação pode ser feita pelos próprios fios que conduzem o sinal de transmissão.
c) Necessita de poucos equipamentos auxiliares.
d) Permite fácil conexão aos computadores.
e) Fácil instalação.
f) Permite de forma mais fácil a realização de operações matemáticas.
Desvantagens:
a) Necessita mão de obra especializada para sua instalação e manutenção.
b) Exige utilização de instrumentos e cuidados especiais em instalações localizadas em áreas de risco.
c) Exige cuidados especiais na escolha do encaminhamento de cabos ou fios de sinais.
d) Os cabos de sinal devem ser protegidos contra ruídos elétricos.
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CONCEITOS
RÁDIO: neste tipo, o sinal ou um pacote de sinais medidos são enviados à sua estação receptora via ondas de rádio em uma faixa de freqüência específica.
CLASSIFICAÇÃO POR SINAL DE TRANSMISSÃO OU DE SUPRIMENTO (continuação):
Vantagens:
a) Não necessita de cabos de sinal.
b) Pode-se enviar sinais de medição e controle de máquinas em movimento.
Desvantagens:
a) Alto custo inicial.
b) Necessidade mão de obra altamente especializada.
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CONCEITOS
MODEM: a transmissão dos sinais é feita através de utilização de linhas telefônicas pela modulação do sinal em freqüência, fase ou amplitude.
CLASSIFICAÇÃO POR SINAL DE TRANSMISSÃO OU DE SUPRIMENTO (continuação):
Vantagens:
a) Baixo custo de instalação.
b) Pode-se transmitir dados a longas distâncias.
Desvantagens:
a) Necessita de profissionais especializados.
b) Baixa velocidade na transmissão de dados.
c) Sujeito a interferências externas, inclusive violação de informações.
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CONCEITOS
TERMINOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
FAIXA DE MEDIDA (RANGE):
Conjunto de valores da variável medida, que estão compreendidos dentro do limite superior e inferior da capacidade de medida ou de transmissão do instrumento. O range é expresso determinando-se os valores extremos de sua faixa de trabalho.
Exemplo: 	Termômetro de 0ºC a 150ºC.
	Manômetro de – 10 a 100 PSI.
URL (UPPER RANGE LIMIT):
Limite superior da faixa nominal - máximo valor de medida que pode ser ajustado para a indicação de um instrumento de medir.
URV (UPPER RANGE VALUE):
Valor superior da faixa nominal - máximo valor que pode ser indicado por um instrumento de medir. O URV ajustado em um instrumento é sempre menor ou igual ao URL do instrumento.
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CONCEITOS
TERMINOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
LRL (LOWER RANGE LIMIT):
Limite inferior da faixa nominal - mínimo valor de medida que pode ser ajustado para a indicação de um instrumento de medir.
ALCANCE (SPAN):
É a diferença algébrica entre os valores superior e inferior da faixa de medida do instrumento.
Exemplo: 	Um termômetro com range de 100ºC a 500ºC tem um SPAN de: 500 – 100 = 400ºC.
	Um manômetro com range de 0 a 10.000mmH2O tem um SPAN de: 10.000 – 0 = 10.000 mmH2O.
LRV (LOWER RANGE VALUE):
Valor inferior da faixa nominal - mínimo valor que pode ser indicado por um instrumento de medir. O LRV ajustado em um instrumento é sempre maior ou igual ao LRL do instrumento.
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CONCEITOS
ERRO:
É a diferença entre o valor lido ou transmitido pelo instrumento em relação ao valor real da variável medida. 
Quando a variável estiver variando, pode-se ter tanto o erro dinâmico quanto o erro estático.
Quando a variável não estiver variando pode-se ter somente erro estático.
Quando tivermos a variável variando, teremos um atraso na transferência de energia do meio para o medidor. O valor medido estará geralmente atrasado em relação ao valor real da variável. Esta diferença entre o valor real e o valor medido é chamado de ERRO DINÂMICO.
Se tivermos o processo em regime permanente, chamaremos de ERRO ESTÁTICO, que pode ser positivo ou negativo, dependendo da indicação do instrumento (que pode estar indicando a mais ou a menos).
TERMINOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
EXATIDÃO:
É a aptidão de um instrumento de medição para dar respostas próximas a um valor verdadeiro convencional. A exatidão é um conceito qualitativo e
normalmente é dada como um percentual do fundo de escala do instrumento.		
CLASSE DE EXATIDÃO:
É a classe de instrumentos de medição que satisfazem a certas exigências metrológicas destinadas a conservar os erros dentro de limites especificados.
Observação: o termo exatidão não deve ser usado como sinônimo de precisão.
Exemplo: Um voltímetro com fundo de escala 10V e exatidão de (mais ou menos) 1%. O erro máximo esperado é de 0,1V. Isto quer dizer que se o instrumento mede 1V, o possível erro é de 10% deste valor (0,1V). Por esta razão é uma regra importante escolher instrumentos com uma faixa apropriada para os valores a serem medidos.
TERMINOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
PRECISÃO:
A precisão é o termo que descreve o grau de liberdade a erros aleatórios, ou seja, ao nível de espalhamento de várias leituras em um mesmo ponto. A precisão é freqüentemente confundida com a exatidão. Um aparelho preciso não implica que seja exato. Uma baixa exatidão em instrumentos precisos decorre normalmente de um desvio ou tendência (bias), o que poderá ser corrigido por um novo ajuste.
A repetitividade descreve o grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas de um mesmo mensurando efetuadas sob as mesmas condições de medição. Estas condições são denominadas condições de repetitividade e incluem o mesmo procedimento de medição, mesmo observador, mesmo instrumento de medição utilizado nas mesmas condições, mesmo local e repetição em curto período de tempo.
Os graus de repetitividade e de reprodutibilidade são maneiras alternativas de se expressar a precisão. Embora estes termos signifiquem praticamente a mesma coisa, eles são aplicados a contextos diferentes.
TERMINOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
PRECISÃO (continuação):
A reprodutibilidade expressa o grau de concordância entre os resultados das medições de um mesmo mensurando, efetuadas sob variadas condições de medição. Para que uma expressão de reprodutibilidade seja válida, é necessário que sejam especificadas as condições alteradas, que podem incluir o princípio de medição, padrão de referência, local, condições de utilização e condições climáticas.
A precisão pode ser expressa em:
Porcentagem do alcance (SPAN):
Um instrumento possui um SPAN de 100ºC e está indicando 80ºC. Sua precisão é de 0,5%. Assim, sabemos que a temperatura estará entre 79,5ºC e 80,5ºC.
Porcentagem do valor medido:
Precisão de (mais ou menos) 1%. Para 80ºC teremos uma margem de (mais ou menos) 0,8ºC.
Diretamente em unidades da variável:
Precisão de (mais ou menos) 2ºC.
TERMINOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
Porcentagem do valor máximo da escala do instrumento:
Precisão de 1%. Range de 50 a 150ºC.
A precisão será, então, de (mais ou menos) 1,5ºC.
Porcentagem do comprimento da escala:
Se o comprimento da escala de um instrumento fosse de 30 cm, com range de 50 a 150ºC e precisão de 1%, teríamos uma tolerância de (mais ou menos) 0,3 cm na escala do instrumento. 
Podemos ter a precisão variando ao longo da escala do instrumento, podendo o fabricante indicar seu valor em algumas faixas da escala do instrumento.
Exemplo: um manômetro pode ter uma precisão de (mais ou menos) 1% em todo seu range e ter na faixa central de sua escala uma precisão de 0,5%.
TERMINOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
RANGEABILIDADE:
É a relação entre o valor máximo e o valor mínimo lidos com a mesma precisão na escala de um instrumento.
Exemplo: um medidor de vazão com range de 0 a 200 m3/h com precisão de 1% do valor medido e rangeabilidade de 10:1 significa que a precisão de 1% do valor medido será respeitada entre os 200 m3/h e 20 m3/h, pois 200m3/h : 20 m3/h = 10:1.
TERMINOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
A rangeabilidade pode ser entendida também como a relação entre os valores máximo e mínimo em que a resposta de um dispositivo qualquer acompanha a sua curva ideal, obedecendo a um desvio máximo pré-definido.
Nas válvulas de controle, é a relação entre os valores máximo e mínimo em que a vazão real da válvula acompanha a característica de vazão inerente, dentro do desvio máximo tolerável (alcance de faixa inerente). Uma válvula que é capaz de manter controle satisfatório quando a vazão aumenta de 100 vezes em relação ao valor da vazão controlável mínima tem uma rangeabilidade inerente de 100:1. A rangeabilidade pode também neste caso, ser definida como a relação entre os coeficientes máximo e mínimo de vazão controlável.
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CONCEITOS
HISTERESE:
Diferença máxima que se observa nos valores indicados pelo instrumento, para um mesmo valor qualquer da faixa de medida, quando a variável percorre toda a escala tanto no sentido crescente como no decrescente. A histerese geralmente é expressa em porcentagem do alcance (SPAN).
No instrumento cuja curva de histerese está representada ao lado, e cujo range é de 0 a 200ºC a histerese é igual a 0,2% do SPAN.
TERMINOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
SENSIBILIDADE:
Valor mínimo que a variável deve mudar para obter-se uma variação na indicação ou transmissão. Normalmente expressa em porcentagem do alcance (SPAN). Ex.: um termômetro de vidro com range de 0 a 500ºC possui uma escala de leitura de 50cm. 
Sensibilidade = 50cm/500ºC = 0,1cm/ºC
RESOLUÇÃO:
É a menor diferença entre as indicações de um dispositivo mostrador que pode ser significativamente percebida. Para um dispositivo mostrador digital, é a variação na indicação quando o dígito menos significativo varia de uma unidade. 
ZONA MORTA:
É a maior variação permitida que não produza alteração perceptível na indicação do instrumento. Ex.: um instrumento com range de 0 a 200ºC, possui uma zona morta de 0,1% do SPAN = 0,2ºC. Portanto, se a temperatura variar em até 0,2ºC o instrumento não apresentará nenhuma alteração em sua indicação.
TERMINOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
RASTREABILIDADE:
Propriedade de um resultado de medição que consiste em poder referenciar-se a padrões apropriados geralmente internacionais ou nacionais por meio de uma cadeia de comparações, segundo uma hierarquia metrológica.
AJUSTE (de um instrumento):
Operação destinada a fazer com que um instrumento de medir tenha um funcionamento e justeza adequados à sua utilização.
CALIBRAÇÃO (de um instrumento):
Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões. O resultado de uma calibração permite tanto o estabelecimento dos valores do mensurando para as indicações, como a determinação das correções a serem aplicadas. Quando registrada em um documento, temos um certificado de calibração ou relatório de calibração.
TERMINOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
TEMPO DE RESPOSTA:
Intervalo de tempo entre o instante em que um estímulo é submetido a uma variação brusca e o instante em que a resposta alcança seu valor final e nele permanece, dentro de limites especificados.
TERMINOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
TENDÊNCIA DE UM INSTRUMENTO (BIAS):
É um erro sistemático da indicação de um instrumento que ocorre em toda sua faixa de indicação. A tendência é normalmente estimada pela média dos erros de indicação de um número apropriado de medições repetidas e poderá ser removida através de novo ajuste.
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CONCEITOS
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE:
Com objetivo de simplificar e globalizar o entendimento dos documentos utilizados para representar as configurações das malhas de instrumentação, normas foram criadas em diversos países.
No Brasil a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) através de sua norma NBR 8190 apresenta e sugere o uso de símbolos gráficos para representação dos diversos instrumentos e suas funções ocupadas nas malhas de instrumentação. 
Este trabalho mostra a seguir a essência da NBR 8190 de outubro de 1983, que está em conformidade com a S.5.1 (Instrumentation Symbols and Identification) da Instrument Society of America (ISA). 
A tabela a seguir mostra um resumo destas classificações. 
De acordo com esta norma, cada instrumento ou função programada será identificado por um conjunto de letras que o classifica funcionalmente. 
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CONCEITOS
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
Além do conjunto de letras, a identificação de um instrumento ou função programada será completada por um conjunto de números que indicarão a área de atividade a que pertence o instrumento e outro conjunto de números que indicarão a qual malha de controle o instrumento faz parte. Eventualmente, para completar a identificação, poderá ser utilizado um sufixo.
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
Exemplo de identificação de instrumento:
T: variável medida ou iniciadora: temperatura;
R: função passiva ou de informação: registrador;
C: função ativa ou de saída: controlador;
210: área de atividades, onde o instrumento ou função programada atua;
02: número seqüencial da malha;
A: sufixo.
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
A tabela abaixo mostra os símbolos gerais utilizados para representar instrumento ou função programada, de acordo com o tipo e sua localização.
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
A tabela abaixo mostra os símbolos gerais utilizados para representar as funções de processamento de sinais.
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
Os símbolos abaixo são utilizados para representar as linhas de interligação entre instrumentos.
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
As abreviações seguintes são sugeridas para especificar o tipo de alimentação: 
AS: ar de alimentação;
IA: ar de instrumento;
PA: ar da planta;
ES: alimentação elétrica;
GS: alimentação de gás;
HS: alimentação hidráulica;
NS: alimentação de nitrogênio;
SS: alimentação de vapor;
WS: alimentação de água.
Observação:
 O nível de alimentação pode ser adicionado à abreviação do tipo de alimentação. Exemplo: ES24VDC - Alimentação Elétrica de 24 Volts Contínua.
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
Alguns símbolos de instrumentos de acordo com a ABNT: 
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
SIMBOLOGIA APLICADA A INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE (continuação):
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CONCEITOS
Fluxogramas são as representações simbólicas do processo para fins de localização, identificação e análise do funcionamento de seus componentes. Os fluxogramas são desenhos esquemáticos sem escala que mostram toda a rede de tubulações e os diversos vasos, bombas, instrumentos e todo equipamento pertencente ao processo. 
FLUXOGRAMA DE PROCESSO E INSTRUMENTAÇÃO (P&I):
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CONCEITOS
Nos fluxogramas de processo deve estar contido o seguinte:
 Todos os equipamentos importantes (bombas, compressores, ejetores, filtros, trocadores de calor, etc) com indicação das características básicas como vazão, temperatura, pressão, carga térmica, etc.
 Todos os vasos (tanques, tambores, vasos, reatores) com indicação das características básicas, como tipo, dimensões principais, temperatura e pressão de trabalho, número de bandejas, etc.
 As principais válvulas de bloqueio, regulagem, controle, segurança, alívio, etc.
 As tubulações principais com indicação do fluido contido e do sentido do fluxo.
FLUXOGRAMA DE PROCESSO E INSTRUMENTAÇÃO (P&I) (continuação):
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CONCEITOS
Para todos os tipos usuais de válvulas, vasos, equipamentos, instrumentos, etc., existem convenções de desenho, geralmente de acordo com as convenções da Instruments Society of America – ISA – e podem ser encontradas nas documentações distribuídas por esta.
 Todos os instrumentos principais deverão estar indicados por sua simbologia e nomenclatura.
FLUXOGRAMA DE PROCESSO E INSTRUMENTAÇÃO (P&I) (continuação):
LICOP - Laboratório de Instrumentação e Controle de Processos
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CONCEITOS
SISTEMAS DE UNIDADES:
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CONCEITOS
SISTEMAS DE UNIDADES (continuação):
Definição das Unidades no Sistema Internacional (SI):
O Sistema Internacional de Unidades, abreviação SI, é o sistema desenvolvido pela Conferência Geral de Pesos e Medidas e é adotado em quase
todas as nações industrializadas do mundo. As correspondências de cada unidade fundamental no SI são:
METRO: é o comprimento igual a 1.650.763,73 comprimentos de onda no vácuo, de radiação correspondente à transição entre os níveis 2p10 e 5d5 do átomo de Criptônio - 86.
SEGUNDO: é a duração de 9.192.631.770 períodos de radiação, correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de Césio - 133.
QUILOGRAMA: é a massa do protótipo internacional do quilograma. Este protótipo é conservado no Bureau Internacional de Pesos e Medidas em Sèvre na França. .
NEWTON: é a força que dá a um corpo de um quilograma de massa, a aceleração de um metro por segundo ao quadrado.
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SISTEMAS DE UNIDADES (continuação):
Definição das Unidades no Sistema Internacional (SI):
WATT: é a potência que dá origem à produção de energia na taxa de um joule por segundo.
JOULE: é o trabalho realizado quando o ponto de aplicação de uma força igual a um Newton desloca-se de um metro na direção da força.
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO E REVISÃO
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CONCEITOS
FIM

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