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sistematica do filo mollusca

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Introdução
Ao passear nas areias de uma praia, muitas pessoas gostam de admirar e pegar conchinhas trazidas pelas ondas. Essas conchinhas são de diversos tamanhos, formas e cores. Muitas vezes, se tornam bijuterias, pequenos enfeites, ou até mesmo elementos de uma coleção.
Os moluscos têm uma composição frágil, são animais de corpo mole, mas a maioria deles possui uma concha que protege o corpo. Nesse grupo, encontramos o caracol, o marisco e a ostra. Há também os que apresentam a concha interna e reduzida, como a lula, e os que não têm concha, como o polvo e a lesma, entre outros exemplos. 
A concha é importante para proteger esses animais e evitar a perda de água. Ela é produzida por glândulas localizadas sob a pele, uma região chamada de manto.
Ela não é uma parte viva do corpo do molusco; conforme o animal aumenta de tamanho, novo material é acrescentado à concha, que pode variar de forma e tamanho e ser formada por uma ou mais peças.
Você pode encontrar moluscos no mar, na água doce e na terra. Por exemplo: o caramujo e a lesma ficam em canteiros de  horta, jardim, enfim, onde houver vegetação e a terra estiver bem úmida, após uma boa chuva; ficam também sobre plantas aquáticas em lagos, beira de rios, etc. O grande caramujo marinho vive se arrastando nas rochas ou areias no fundo do mar. Já as ostras e o marisco fixam-se nas rochas no litoral, enquanto a lula e polvo nadam livremente nas águas marinhas.
Os moluscos têm corpo mole e a sua pele produz uma secreção viscosa, também conhecida por muco, que facilita principalmente a sua locomoção sobre troncos de árvores e pedras ásperas, sem machucar o corpo.
O corpo desse tipo de animal é composto por: cabeça, pés e massa visceral. A massa visceral fica dentro da concha e compreende os sistemas digestório e reprodutor.
 A forma e o tipo da concha são alguns dos critérios usados na classificação dos moluscos. Atualmente, esses animais estão divididos em cinco classes: 
Gastropoda;
Bivalvia;
Aplacophora;
Scaphopoda;
Polyplacophora.
Veremos cada uma dessas classes com sua caracterização e exemplificação a seguir.
Gastropoda
Os gastrópodes (do grego gastros, "ventre", e podós, "pé"), assim chamados em virtude da singular posição ventral de seu órgão de locomoção, formam a maior classe dos moluscos, com cerca de cinquenta mil espécies viventes e 15.000 fósseis. São os caramujos e caracóis em geral, dotados de conchas, e também as lesmas, cujas conchas se reduziram a um fragmento interno ou desapareceram ao longo da evolução.
	A concha única, em espiral, é característica típica do grupo dos gastrópodes. Por essa razão, são chamados univalves (uni significa "única", e valve, "peça").
A cabeça da lesma, do caracol e do caramujo possui dois pares de tentáculos, semelhantes na aparência a antenas. Os olhos ficam nas extremidades do par de tentáculos mais longos.
 
 
Caracol e seus tentáculos
 
Na boca, existe a rádula, um tipo de "língua raspadora" que facilita a alimentação desses animais, que apresentam variado hábito alimentar: podem ser herbívoros ou carnívoros, predadores ou parasitas, e alimentar-se de plâncton e de detritos.
Microscopia eletônica da rádula raspadora.
Subclasses
Prosobranquiados, que respiram por brânquias. 
Opistobranquiados, de concha geralmente reduzida ou ausente; 
Pulmonados (que inclui os caracóis), cujas brânquias desapareceram ao longo do processo evolutivo e foram substituídas, em sua função, por um pulmão.
Anatomia
O corpo dos gastrópodes compõe-se de quatro partes principais: a massa; o manto; a cabeça e o pé, grande, musculoso, tipicamente achatado e, assim como a cabeça, retrátil. 
Importância 
Várias espécies de gastrópodes são comestíveis, como as do gênero Haliotis, consumidas na Califórnia, e a Helix pomatia (escargot), servida na Europa como iguaria e exportada para outros continentes. Outros são usados como isca. Alguns gastrópodes são hospedeiros intermediários de vários parasitos do homem. Além disso, os gastrópodes pulmonados terrestres, conhecidos sob a denominação genérica de caracóis ou caramujos, constituem pragas da lavoura. Os mais comuns são os que atacam as culturas de alface (Bradybaena similaris) e de café (Oxystyla phlogera), este último chamado vulgarmente de caramujo do cafeeiro.
Helix pomatia
Escargot 
Triboniophorus aff. Graeffei 
– Lesma gigante
Biomphalaria
 sp
. – Hospedeiro intermediário 
schistosoma mansoni
Bivalvia.
Características
Todos aquáticos e em grande parte marinhos. 
O seu tamanho é muito variável, desde 1 cm até animais tropicais com 1,5 m de diâmetro e 250 Kg de peso.
O corpo encontra-se comprimido lateralmente, alojado numa concha bivalve, pelo que não apresentam cabeça distinta.
O pé tem forma de machado, sendo usado para cavar no lodo e na areia. 
As valvas da concha articulam-se na charneira e são fechadas por ação de fortes músculos a ela associados.
O manto reveste internamente a concha, delimitando a cavidade paleal, que comunica com o exterior por dois sifões, um de entrada – inalante - e outro de saída de água - exalante. Este fato permite que o animal mantenha o contato com a coluna de água, mesmo quando enterrado na areia ou no lodo.
Estes animais alimentam-se por filtração, não possuindo rádula.
Os sexos são separados, mas sem diferenciação morfológica, a fecundação é externa e o desenvolvimento é indireto. 
Estão nesse grupo, às vieiras, as amêijoas, os mexilhões, as ostras, os vôngoles e vários outros tipos de mariscos.
Mexilhões
Amêijoas
Ostra
Vôngoles
Importância
Os animais bivalves são uma importante fonte de alimento para peixes, aves e pessoas. Suas conchas também servem para a confecção de joias e de artesanato. O material brilhante que reveste algumas conchas por dentro, chamado madrepérola, serve para fazer botões e outras peças de decoração. Alguns mariscos bivalves formam pequenas esferas brilhantes de partículas de areia que entram em suas conchas. Essas esferas são chamadas de pérolas e são utilizadas em joias.
Bivalve (ostra) utilizado na alimentação.
Utilização de concha
s
 de bivalves para produção de joias
.
Ostreicultura
Definição e objetivo.
Trata-se da cultura de ostras e seu objetivo é oferecer ao cliente produtos com maior nível de qualidade a preços competitivos. Configura-se como um ramo da aquicultura que vêm se destacando como um negócio viável, para o desenvolvimento das comunidades de pescadores artesanais. 
Locais de produção
As ostras podem desenvolver-se em vários ambientes da costa brasileira. Entretanto, alguns fatores merecem maior atenção à medida que podem limitar o seu cultivo, de acordo com os Manuais BMLP de Maricultura (volume 2, 2003).
A ostra do Pacífico apresenta condições favoráveis de desenvolvimento e crescimento em ambientes com salinidade entre 18 a 32%. Quando ocorre variação neste percentual, o seu crescimento é afetado. Em relação à temperatura da água pode ocorrer influência no metabolismo das ostras. A ostra do Pacífico é proveniente de uma região com clima temperado, mas em temperaturas mais baixas, ela cresce melhor, pois a temperatura ideal da água é de 14,5º C. Quando 8 Ideias de Negócios - criacao-de-ostras as temperaturas sobem no verão, as ostras diminuem o seu crescimento e podem morrer.
As regiões sul e sudeste apresentam condições mais favoráveis para a produção de ostras, por agregarem ao fator qualidade as baixas temperaturas da água, por períodos mais prolongados.
Atualmente a China é líder em produção aquícola, detentora de 83% do total de ostras produzidas no mundo. O seu desenvolvimento é referência para países com potencial para o desenvolvimento desta atividade. 
O estado de Santa Catarina é o segundo maior produtor de moluscos bivalves (possuem duas conchas) da América Latina. No ano de 2008, a produção total de moluscos (mexilhões, ostras e vieiras) foi de 13.107,92 toneladas, apresentando o aumento de 29,33% em relação ao período anterior. O volume obtido gerou uma movimentação financeirabruta em torno de R$ 29.709.300,00 para o estado.
Os municípios de Florianópolis e Palhoça apresentam os maiores volumes de produção de ostras, em relação às demais regiões produtoras. Juntos, produzem aproximadamente 90% da produção estadual, sendo que em Florianópolis, o Ribeirão da Ilha é responsável por mais de 70% do município. (EPAGRI)
Tecnologias empregadas
A atividade de ostreicultura apresenta baixo nível tecnológico, pois depende em grande parte da habilidade da mão de obra. A definição das máquinas e equipamentos varia de acordo com as especialidades a serem ofertadas pela empresa. 
A tecnologia de produção avança à medida que as pesquisas das principais instituições de pesquisa evoluem no aperfeiçoamento da genética das espécies das ostras e suas adaptações ao ambiente de cultivo.
 Os equipamentos e utensílios a serem utilizados na produção são: Cabos long-line, Poitas, Flutuadores, Lanterna berçário, Lanterna intermediária, Lanterna definitiva, Motor 15HP, Balsa flutuante, Bomba hidrolavadora, Embarcação e Caixa plástica.
 A falta de mecanização e tecnologia associada ao processo produtivo é o principal motivo da baixa produtividade das famílias brasileiras dedicadas à criação de ostras, a maioria delas de baixo poder aquisitivo. Enquanto em outros países, como a Espanha, a produção por família média é de 80 toneladas por ano, no Brasil o volume é de 12 toneladas por ano.
Importância para o homem
É vista como uma oportunidade de negócios para associações, comunidades e empresas, contribuindo para a geração de empregos diretos e indiretos na área de transportes, gastronomia, turismo e insumos. Acrescenta-se a influência na área social, promovendo a integração da comunidade com o meio ambiente. Os resultados obtidos com programas desta natureza vêm promovendo o aumento da renda familiar mensal, a diminuição do uso da pesca extrativista pela comunidade local e o aumento da preocupação ambiental dos pescadores. A implantação de cultivos dessa natureza demonstra que a ostreicultura se configura como um importante instrumento de desenvolvimento sustentável. 
Produção de pérolas
As ostras não são os únicos moluscos que podem produzir pérolas: mexilhões e amêijoas (espécies de mariscos) também produzem pérolas, mas esta é uma ocorrência muito mais rara. A maioria das pérolas é produzida pelas ostras, tanto em ambientes de água doce quanto de água salgada. Para entender como as pérolas são formadas nas ostras, você deve primeiro entender a anatomia básica de uma ostra.
Ostras são bivalves, o que significa que suas conchas são formadas de duas partes, as valvas. As valvas das conchas são mantidas juntas por um ligamento elástico. Este ligamento é posicionado onde as valvas se juntam, e usualmente as mantêm abertas para que as ostras possam se alimentar.
Essas são as partes de uma ostra dentro da concha: boca (palpus), estômago, coração, intestinos, guelras, ânus, músculo abdutor e manto.
O manto é um órgão que origina a concha da ostra, usando os minerais dos alimentos. O material criado pelo manto é chamado madrepérola. A madrepérola alinha o interior da concha.
A formação de uma pérola natural começa quando uma substância estranha desliza para dentro da ostra, entre o manto e a concha, o que irrita o manto. A reação natural da ostra é cobrir esta irritação para se proteger. O manto cobre a irritação com camadas da mesma substância de madrepérola, que é usada para criar a concha. Isto eventualmente forma uma pérola.
Portanto, uma pérola é uma substância estranha coberta com camadas de madrepérola. A maioria das pérolas que vemos nas joalherias são objetos bem redondos, e são as mais valiosas, mas nem todas as pérolas se saem tão bem assim. Algumas pérolas possuem um formato irregular - estas são chamadas pérolas barrocas. 
 As perolas, como você provavelmente já notou, possuem grande variedade de cores, incluindo branca, preta, cinza, vermelha, azul e verde. 
A maioria das pérolas pode ser encontrada por todo o mundo, mas as pérolas pretas são nativas do sul do Pacífico.
As pérolas cultivadas são criadas pelo mesmo processo que as pérolas naturais, mas claro, com uma mãozinha dos criadores. Para criar uma pérola cultivada, o criador abre a concha da ostra e faz uma pequena fenda no tecido do manto. Pequenas irritações são então inseridas por baixo do manto. Em pérolas cultivadas em água doce, cortar o manto da ostra é o suficiente para induzir a secreção de madrepérola que produz uma pérola sem que para isso um corpo estranho tenha que ser inserido.
Apesar das pérolas cultivadas e naturais serem consideradas de igual qualidade, pérolas cultivadas tem geralmente um valor menor, já que não são tão raras.
Ostras perlíferas
Uma ostra perlífera é um molusco da classe dos Lamelibrânquios ou bivalves, com capacidade para produzir pérolas, existindo vários tipos. Somente as outras da família Pteriidae (que se reproduzem em água salgada) e Unionidae (que vivem em água doce) são capazes de produzir pérolas.
As mais procuradas ostras perlíferas são as Pinctada fucata a Pinctada martensii e a Pinctada margaritífera formando, em zonas de águas tropicais, grandes bancos naturais onde são pescadas por diversos procedimentos. 
A ostra perlífera é um animal gregário e a sua vida origina-se com o depósito dos óvulos e espermatozoides no mar que caem em zonas muito definida sendo a possibilidade de fertilização muito elevada. Após 24h, o ovo fertilizado desenvolve uma pequena concha bivalve que fica a flutuar levada pelas correntes marinhas. Ao fim de semana fixa-se em rochas ou sedimentos, que encontra no seu caminho. Nos primeiros dois anos, tem um crescimento rápido, passando a ser alvo de esponjas, raias, estrelas do mar, etc. que as procuram como alimento. Após a maturação, ficam aptas a produzir pérolas.
 
P. martensii P. margaritífera P.fucata
Produção de pérolas no Brasil e no mundo
O estudo da produção de pérolas artificiais iniciou-se na Europa, mas a produção estruturada só foi realizada inicialmente no Japão na era Meiji (1868-1911), cuja principal causa da necessidade do cultivo induzido ou artificial deve-se a extinção ou escassez das ostras Pinctada fucata, P. margaritifera e P. maxima na região sul devido à extração desordenada.
Kokiti Mikimoto (1858-1954) começou a estudar e desenvolver o cultivo de matrizes de Pinctada, primeiramente para aumentar o número populacional (em 1888) e depois desenvolver técnicas para a produção de pérolas, sob orientação dos professores Yanagui (1832-1891) e Mitsukuri Kakiti (1807-1909). Nas primeiras experiências conseguiram obter "meias - pérolas" ou núcleos nacarados grudados na base da concha, sem muito valor comercial.
Com o auxílio de Tokiti Nishikawa, Otokiti Kuwabara e Shinpei Minose, Mikimoto em 1893 obteve êxito na produção das primeiras pérolas inteiras e esféricas de grande valor comercial e em 1899 iniciou a industrialização no ramo de joalheria com arranjo de pérolas e ostras, entrando então no restrito mercado Europeu.
As pesquisas desenvolvidas por Masayo Fujita (1885-1968) utilizando núcleos de grande porte derivado de conchas de água doce (Unionidae) auxiliaram, no ano de 1913 os trabalhos de Mikimoto, de forma a obter maior número de pérolas esféricas e de tamanho comerciável, aumentando a produção em escala industrial. Em 1924 Masayo Fujita iniciou o cultivo de bivalves produtores de pérolas de água doce com exemplares de Cristaria plicata, Hyriopsis schlegelii e Margaritifera laevis no lago Biwa (Biwako em japonês), atualmente é o maior produtor deste tipo de pérolas e o lago Biwa produz cerca de 70% da produção local.
Há alguns anos houve uma tentativa de cultivo de pérolas no Brasil, no mar do Maranhão, onde as águas possuem temperaturas relativamente altas. Foram importadas ostras do Oriente, que acabaram morrendo devido à diferença de pH da água. 
Mas há uma espécie de ostra perlífera no litoral catarinense, a Pteriahirundo, que produz pérolas bonitas e ainda tem considerável valor gastronômico. O cultivo de ostras em Santa Catarina começou nos anos 80, com apoio da UFSC. Desde então a atividade vem se expandindo e constituindo alternativa de renda para muita gente, a ponto de ser considerada por muitos como o projeto da Universidade que mais trouxe impacto positivo para as comunidades litorâneas do estado. Mas a produção ainda não é suficiente para atender à escala comercial.
Importância
Além de processo de defesa dos bivalves as pérolas tem grande importância econômica, visto que seu comércio como joia é elevado.
Cephalopoda
Os seres que compõem a classe Cephalopoda são simétricos, vivem no mar e são bem desenvolvidos. São dioicos, com desenvolvimento direto. O pé é os braços transforma-se em enormes tentáculos que servem para a sua locomoção. A massa visceral é alongada e volumosa em sentido dorso-ventral. Sua concha é univalve, geralmente interna e reduzida. A cavidade paleal é encontrada na região caudal. Seus olhos assemelham-se aos dos vertebrados, grandes e capazes de diferenciar cores. 
São providos de uma glândula, encontrada no intestino, que produz uma tinta escura denominada sépia. Quando os cefalópodes se sentem ameaçados por predadores, eles liberam essa substância, formando uma mancha escura na água, permitindo-lhes fugir do predador. 
Como exemplo de cefalópodes pode citar: Nautilus,  Loligo;  Argonauta,  Octopus;  Sepia e Calamares. 
 
Argonauta Octopus
 sp.
 - polvo
 
Nautilus Loligo vulgaris – Lula comum 
Sepia
O sistema nervoso é desenvolvido, com maior tendência para a cefalização que os restantes grupos do filo Mollusca. Experiências tęm revelado um elevado grau de inteligência nestes animais, considerados os mais evoluídos nesse aspecto nos invertebrados. Os cefalópodes já revelaram ser capazes de resolver problemas e são, inclusive, capazes de brincar, um comportamento geralmente associado aos mamíferos.
Os únicos cefalópodes atuais que apresentam concha externa pertencem  ao género Nautilus. Neste gênero, a concha é enrolada em espiral e formada por câmaras contíguas, vivendo o animal apenas na última, que é a maior. As amonites eram cefalópodes fósseis que também apresentavam concha externa.
Além de excelentes predadores, são igualmente eficientes na fuga e na camuflagem, devido á sua  capacidade de mudar a cor e a textura do seu revestimento, bem como devido à bolsa do ferrado, que produz uma tinta negra que perturba um possível atacante.
Polvo camuflado.
Importância 
Além de muito importantes pra preservação do ecossistema marinho já que é uma classe de moluscos marinhos, os cephalopodes possuem grande importância econômica, pois, são utilizados tanto para consumo, como iscas para outras espécies de interesse na pesca.
Polyplacophora 
 (do grego polys, muitas + plax, placa + phora, portador).
Os Polyplacophora, considerados um dos ramos mais basais na linha evolutiva de Mollusca juntamente a Aplacophora, também são chamados de quítons, e são animais adaptados para viver aderidos a rochas e conchas de habitat marinho em diversas profundidades. A característica mais marcante do grupo é a presença de placas calcárias dorsais (comumente oito placas), podendo ou não ser recobertas pelo manto, que formam sua concha, permitindo-lhes flexibilidade ao enfrentar irregularidades do substrato rochoso. Os quítons possuem uma cabeça indistinta e muito pouco desenvolvida, possuem um manto espesso, pouco flexível e pesado cobrindo a superfície dorsal, no qual as placas calcárias estão aderidas e sobrepostas (placas imbricadas e articuladas), e o pé e amplo e achatado. O corpo desses animais e achatado dorsoventralmente e eles possuem estruturas exclusivas como o tegumento (que se encontra abaixo do perióstraco) e os estetos. São animais de hábitos vespertinos, e em sua maioria herbívoros de água salgada. São conhecidas aproximadamente 800 espécies sendo que cerca de 350 são fósseis.
Características gerais:
Moluscos alongados;
Achatados dorso-ventralmente; 
Pé ventral amplo e concha formada por 8 placas dorsais; 
Concha com articulação; 
Manto forma cinturão espesso, que margeia e pode cobrir parcial ou completamente as placas da concha; epiderme do cinturão geralmente com espinhos, escamas ou cerdas calcárias ou quitinosas; 
Cavidade do manto em torno do pé com 6 a mais de 80 pares de ctenídios; 
1 par de nefrídios; sem olhos, tentáculos ou estilete cristalino; 
Sistema nervoso sem gânglios distinguíveis, exceto na região bucal;
 Rádula presente; 
Marinhos.
Importância
Podemos citar sua importância como base alimentar para alguns nativos de determinadas regiões, como é o caso de Acanthopleura granulata que já foi observada sendo comida pelos nativos de Bermudas e Antilhas e Cryptochiton stelleri e Cryptochiton stelleri  que servem como base de alimento aos nativos do Alasca.
 
Acanthopleura granulata
 
 
Cryptochiton stelleri
 
 
Cryptochiton stelleri
 
Scaphopoda
Scaphopoda (do grego skaphe, pá + pous, podos, pé) é uma classe de moluscos marinhos, caracterizada pela presença de uma concha carbonatada em forma de cone e aberta dos dois lados. A maioria das espécies é pequena, as maiores medem 15 cm de comprimento, e tem modo de vida bentónico.
É a menor classe dentre os moluscos com algo em torno de 550 espécies em todo o mundo. No Brasil são conhecidas aproximadamente 30 espécies.
A concha destes organismos é ligeiramente recurvada, lembrando as presas de um elefante, apresenta duas aberturas, uma basal mais larga e a outra terminal bem mais estreita. As partes moles do animal estão confinadas à concha. O pé é alongado, cilíndrico e pontiagudo e usado para cavar, fixando o molusco na areia. Da abertura basal da concha, junto do pé saem vários tentáculos denominados captáculos que funcionam como órgãos tácteis e adesivos, para apreensão de alimentos. Não existe cabeça nem sistema circulatório organizado. Os escafópodes alimentam-se de detritos microscópicos existentes no fundo do oceano e de pequenos organismos como foraminíferos.
Os primeiros registros geológicos da ordem Scaphopoda surgiram no Ordovícico. Esta foi a última classe de moluscos a aparecer.
Os escafópodos são exclusivamente marinhos e a maioria vive enterrada na areia ou lodo. São popularmente conhecidos como concha-dente. Isso porque possuem uma concha cilíndrica que lembra um dente, ou presa. O pé desses animais é musculoso e adaptado a escavar o substrato.
Os adultos possuem sexos separados. As fêmeas liberam os ovos um por vez. O desenvolvimento é semelhante ao de vários outros moluscos. Do ovo eclode uma larva trocófora, que se transforma em um véliger. Após algum tempo nadando no plâncton, o véliger se dirige ao fundo, onde se transforma no adulto. Os adultos podem ser encontrados em fundos inconsolidados, lodo e areia, desde regiões de águas rasas até 4.755m de profundidade.
Dentalium 
sp
. 
Importância
Possuem importantes características ecológicas, como por exemplo:
Membros da endofauna de diversos tipos de fundos inconsolidados;
Preferência por regiões oceânicas profundas;
Papel na teia trófica como elo entre a microbiota e os macroconsumidores.
Aplacophora
Aplaco-phora, que significa "que não possui concha", são raramente coletados sem grande esforço e gastos. Por não possuírem uma concha, não são integrantes de coleções particulares.
Estes animais são mais parecidos com vermes, com uma cobertura brilhante composta de inúmeros espinhos ou escamas formados de carbonato de cálcio, também conhecidos como escleritos. Cada espinho é expelido de maneira extra celular como nos poliplacófora. O processo se inicia com o encapsulamento de uma célula individual que cresce através da cutícula.Estes espinhos são compostos de aragonita, com excessão das espécies de Notomenia, que não possuem Carbonato de Cálcio.
Abaixo desta capa está o que literalmente o identifica como um molusco, uma rádula (embora algumas espécies não possuam). A rádula não parece ter a mesma função de raspador, com excessão das espécies da família Prochaetodermatidae. Existe uma boca anterior e posteriormente uma pequena cavidade do manto.
Informações sobre crescimento e maturidade sexual são escassas. Sabe-se que espécies de Prochaetoderma youngei atingem o tamanho adulto e torno dos 2 meses e sua maturidade sexual em 1 ano. Estas são informações de animais mantidos em tanques, já que a espécie vive em profundidades em torno de 2000 metros.
	Esses animais podem ser encontrados desde a zona de marés até profundidades em torno de 9000 metros. Parecem ser bastante abundantes, embora sejam pouco estudados por viverem em águas profundas. Algumas espécies ocorrem em todo o mundo e algumas espécies até dominam a macro fauna local. Ocorrem desde o Ártico até a Antártida. Vivem em fundos lodosos, sobre hidróides ou octocorais.
	São animais que variam de 1mm até 30 cm. Seus corpos variam do quase esférico, alongado, achatado e estreito.
	São carnívoros e/ou onívoros que se alimentam de foraminíferos, detritos e cnidários.
A classe está dividida em dois grupos: Solenogastres (Neomeniomorpha) e Caudofoveata (Chaetodermomorpha).
Morfologia externa de aplacophora.
Solenogastres: possuem uma abertura ventral estreita onde está o pé, que não passa de uma protuberância ciliada sem músculos por onde se arrasta. São hermafroditas.
Caudofovetas: diferentemente dos Solenogastres estes não possuem um pé ou abertura ventral. São dióicos (sexos separados). A cabeça é geralmente separada do corpo por uma pequena constrição.
Curiosidades dos moluscos.
Os Moluscos são um dos melhores bioindicadores de poluição já conhecidos.
A amêijoa é um dos pratos favoritos da mais variada gama de animais!
A lesma-banana é amarela e vive na América do Norte. Esta cor afugenta os predadores e ela alimenta-se de musgo e plantas que ameaçam a existência das sequóias, que coexistem com a lesma. 
O cone é um caracol-marinho que usa o sifão (um tubo de respiração) para capturar as presas, graças a um arpão venenoso. Felizmente só existe nas costas da Austrália.
A lula-vampiro que tem barbatanas semelhantes a grandes orelhas que lembram a cabeça de um morcego.
Com quase 15 metros de comprimento e 450 kg no máximo a lula-gigante é o maior molusco de todos! 
O polvo-de-anéis-azuis é um exemplo australiano. Este polvo pode ter 10 centímetros de comprimento. No entanto não se deve tocar, pois transmite um veneno mortal que mata rapidamente.
Os polvos são muito inteligentes resolvendo cálculos matemáticos, comunicando entre si, aprendendo com os outros, atravessando labirintos e arranjando quaisquer maneiras de escapar de locais onde está preso e de arranjar comida. Isso não é de admirar, pois possui 9 cérebros, 3 corações a tal ponto que é quase tão inteligente como um cão.
 
Referencia bibliográfica
bivalve. In Britannica Escola Online. Enciclopédia Escolar Britannica, 2016. Web,
2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/article/480798/bivalve>. Acesso em:
12 de dezembro de 2016.
Idéias de negócios – criação de ostras. Sebrae, 2010. Web, 2016. Disponível em: http://www.almanaquedocampo.com.br/imagens/files/ostra%20sebrae.pdf. Acesso em: 12 de dezembro de 2016.
Gastrópodes, invertebrados. Web, 2016. Disponível em: http://www.biomania.com.br/bio/?pg=artigo&cod=3122. Acesso em: 13 de dezembro de 2016.
Formação de uma pérola, Moraes; Paula Louredo. Web, 2016. Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/formacao-uma-perola.htm. Acesso em: 13 de dezembro de 2016.
Ostra perlífera. Web, 2016. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ostra_perlífera. Acesso em: 13 de dezembro de 2016.
Cultivo de pérolas, Brito. Web, 2016. Disponível em: http://produtosmarinhos.blogspot.com.br/2010/06/perolas.html. Acesso em: 13 de dezembro de 2016.
Histórico, cultivo de conchas. Web, 2016. Disponível em: http://www.conchasbrasil.org.br/materias/perolas/. Acesso em: 13 de dezembro de 2016.
Moluscos, Classe cephalopoda. Web, 2016. Disponível em: http://www.colegioweb.com.br/moluscos/classe-cephalopoda.html 2012. Acesso em: 13 de dezembro de 2016.
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Mayara Pereira.
Sistemática do filo Mollusca
Exemplificação e caracterização de classes.
Licenciatura em Ciências Biológicas – 2º ano, Noturno. 
Professor: Ricardo Corrêa Diniz de Almeida.
Zoologia de invertebrados II.
Ponta Grossa – PR
Dezembro de 2016.

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