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A Abordagem Sistêmica Da Administração

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A Abordagem Sistêmica Da Administração
Segundo, Chiavenato (2003), a abordagem sistêmica da administração surgiu em 1951, Estados Unidos, tendo como primeiro aparecimento na Biologia, originado das pesquisas de Ludwig Von Bertalanffy a partir do estudos dos seres vivos e de sua dependência e adaptabilidade ao meio ambiente, acabou se estendendo a outras disciplinas cientificas, chegando a Administração. Tendo como enfoque na variável ambiente e teve variado representantes, entre os quais Katz, Khan, Kast, Rosenzweig, Churchman.
Com o advento da Teoria dos Sistemas, tornou-se evidente a natureza sistêmica das organizações em geral e das empresas em particular. Sendo, de tal forma, um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos dinamicamente inter-relacionados que desenvolvem uma atividade ou função para atingir um ou mais objetivos ou propósitos.
Conseqüentemente, a abordagem sistêmica, a teoria geral da administração sofreu a influencia de três princípios intelectuais:
O reducionismo: crença de que todas as coisas podem ser decompostas em seus elementos simples;
O pensamento analítico: baseado na decomposição do todo nas suas partes simples que são solucionadas ou explicadas para depois agregar respostas;
O mecanismo: baseado numa relação de causa e efeito.
Com a teoria geral dos sistemas, esses princípios passaram a ser substituídos pelos seus opostos:
	Abordagem Clássica
	Abordagem Sistêmica
	Reducionismo
	Expansionismo
	Pensamento analítico
	Pensamento sintético
	Mecanismo
	Teleologia
O expansionismo é o principio que sustenta que todo o fenômeno é parte de um fenômeno maior. O expansionismo não nega que cada fenômeno seja constituído de partes, mas sua ênfase reside na focalização do todo do qual o fenômeno faz parte. Ele se preocupa com o globalismo e com a totalidade, o tipo de visão voltada para o todo que denominamos como abordagem sistêmica.
O pensamento analítico seria o oposto do pensamento analítico, porque ele trabalha direto com o todo, por exemplo, uma montadora de automóveis, o pensamento sintético se preocuparia com os setores que são responsáveis pela montagem do veículo e não com os setores que descobrem os materiais para construção das peças para montagem do mesmo.
A teologia é o estudo do comportamento com finalidade de alcançar objetivos que passou a influenciar poderosamente as ciências. Na concepção teleológica, o comportamento é explicado por aquilo que ele produz ou por aquilo que é seu propósito ou objetivo de produzir. A partir desta concepção, os sistemas passaram a ser visualizados como entidades globais e funcionais em busca de objetivos e finalidades.
A teoria administrativa, absorvendo esses novos conceitos, adotou uma postura sistêmica. De acordo com Chiavenato, a abordagem sistêmica apresenta as teorias:
Tecnologia da informação e administração;
Teoria matemática da administração;
Teoria de sistemas.
Tecnologia da informação e administração.
A tecnologia da informação tem como origem a cibernética (ciência da comunicação e do controle), criada por Norbert Wiener, em meados da década de 1940, ao mesmo tempo em que Von Newman e Morgenstern criavam a teoria dos jogos e Von Bertalanffy definia a teoria geral dos sistemas.
A cibernética foi um movimento criado para esclarecer as chamadas “áreas brancas do mapa da ciência”. Este movimento teve a reunião de uma equipe de cientistas de diversas especialidades, cada autoridade em seu campo, mas com razoáveis conhecimentos nos campos dos seus colegas.
Posteriormente as aplicações da cibernética estenderam-se da engenharia para biologia, medicina, sociologia, chegando rapidamente à administração. As noções de sistema, retroação, homeostasia, e outros façam fazem partes integrantes dos termos utilizados na administração.
Definição de cibernética é a ciência da comunicação e do controle, seja no animal, seja máquina, que permite que conhecimentos e descobertas de uma ciência possam ter condições de aplicação a outras ciências, isto é, oferece sistema de organização e de processamento de informações e controles que auxiliam as outras ciências.
O campo de estudo da cibernética são os sistemas. Os sistemas seriam os elementos que estão dinamicamente relacionados entre si, formando uma atividade para atingir um objetivo. Há uma classificação arbitraria dos sistemas para facilitar o seu estudo, quanto à complexidade, os sistemas podem ser:
Complexos simples, mas dinâmicos,
Complexos descritivos são altamente elaborados inter relacionados;
Excessivamente complexos extremamente complicados e não podem ser descritos de precisa e detalhada.
Os principais conceitos relacionados com os sistemas são:
Entradas (inputs): o que alimenta o sistema para que ele possa operar.
Saídas (output): tudo o que o sistema produz, tratando ou transformando as entradas que recebe;
Caixa negra (Black Box): é um conceito que exprime todo o trabalho (processo) que o sistema executa internamente para produzir suas saídas, a partir das entradas que recebe;
Retroação (feedback): constitui-se no retorno de uma parcela da energia de saída de um sistema que volta à entrada, para informar e promover mudanças necessárias;
Homeostasia: equilíbrio dinâmico ou estado firme que o sistema persegue para continuar sobrevivendo, obtido pelo autocontrole;
Informação: é um processo de redução de incerteza.
Teoria da informação.
Shannon, Weaver e Wiener, nas suas investigações, tinham um objectivo instrumental – conseguir a máxima economia de tempo, energia e dinheiro no desenho dos sinais e canais técnicos de transmissão. Isto quer dizer: 1) problemas técnicos da transmissão; 2) semânticos – que significados se transmitem; 3) influência – o que afeta a mensagem no receptor. Contudo, o destaque da teoria da informação foi para as questões técnicas, sendo a primeira teoria a separar nitidamente a informação da significação.
A teoria da informação (TI) situa-se dentro da cibernética – a teoria do controlo e da comunicação na máquina e no animal, em que a informação se mostra como medida probabilística. A teoria da informação interessa-se pelo funcionamento dos sinais, pelas transformações energéticas mediante a codificação da mensagem e sua descodificação – e não pelos signos (significado/significante).
Opera com os seguintes conceitos:
Ruído; 
Redundância;
Entropia; 
Imprevisibilidade. 
Dion (1997: 135) considera que a noção de entropia se revelaria imediatamente apta para estudar as línguas. A teoria da informação não estuda uma língua pelo número de símbolos alfabéticos que a compõem, mas também pela análise à redundância na língua (o inverso da entropia é a redundância, ou neguentropia, enquanto caminho para a ordem). Uma língua entrópica dispõe de um vocabulário rico, com palavras diferenciadas, que mostram o poder das combinatórias; uma língua pouco entrópica é pobre e repetitiva.
A informação é uma medida (estatística) da probabilidade de ocorrência = grau de novidade ou imprevisibilidade. O bit (binary digit) é a unidade base de medida da informação entre duas alternativas igualmente prováveis. Exemplo: amanhã vai fazer sol/amanhã vai chover ↔ um bit de informação: sim/não.
Escreve Umberto Eco "Quando, entre dois eventos, sabemos qual deles irá acontecer, temos uma informação. (...) Se jogo para o alto uma moeda (e aposto cara ou coroa) tenho uma probabilidade de 1/2 para cada lado da moeda. No caso do dado e suas seis faces, tenho para cada face uma probabilidade de 1/6. (no xadrez, há) 64 probabilidade de diferentes realizações (por exemplo: qual das casas do tabuleiro de xadrez será a escolhida?) (...) para identificar, por exemplo, o evento número 5, são necessárias três escolhas binárias (...) A teoria da informação chama unidade de informação ou bit (de «binary digit», isto é, «sinal binário») à unidade de disjunção binária que serve para individualizar uma alternativa. Dir-se-á então que, no caso da individualização de um entre oito elementos, recebi 3 bits de informação; no casode sessenta e quatro elementos, eu recebera 6 bits".
Por seu lado, escreve Dion: "os acontecimentos e as mensagens surpreendentes são mais ricas de informação que os acontecimentos e as mensagens de rotina" (1997: 93). Ao mesmo tempo, Dion refere à informação como medida de redução da incerteza, como medida da complexidade, como integrada na problemática da ordem e da desordem (a partir da segunda lei da termodinâmica).
Teoria matemática.
A TGA recebeu muitas contribuições da Matemática sob a forma de modelos matemáticos para proporcionar soluções de problemas empresariais. Muitas decisões administrativas são tomadas com base em soluções contidas em equações matemáticas que simulam situações reais.
A Teoria Matemática aplicada a soluções dos problemas administrativos é conhecida como Pesquisa Operacional (PO), sendo uma corrente que localiza e que enfatiza o processo decisório e o trata de modo lógico e racional através de uma abordagem quantitativa, determinística e lógica.
A maior aplicação da Teoria Matemática está na Administração das Operações em organizações da manufatura e de serviços que envolvem atividades relacionadas com produtos e serviços, processo e tecnologia, localização industrial, gerenciamento da qualidade, planejamento e controle de operações. Os temas mais tratados pelas Administrações das Operações são as operações, serviços, qualidade, estratégia de operações e tecnologia.
A Teoria Matemática procura construir modelos matemáticos capazes de simular situações reais na empresa. A criação de modelos matemáticos focaliza a resolução de problemas de tomada de decisão, no qual é a representação de algo ou o padrão de algo a ser feito por meio do modelo que se faz representações da realidade. Problema estruturado é aquele que pode ser perfeitamente definido, pois suas principais variáveis conhecidas.
Problemas não-estruturados já são diferentes, eles não podem ser claramente definidos, pois uma ou mais de suas variáveis é desconhecida ou não pode ser determinada com algum grau de confiança.
Esses problemas podem ser resolvidos através de dois tipos de decisões: as programadas e as não-programadas. A decisão programada é aquela que é caracterizada pela rotina e repetitividade, com dados evidentes, certeza, são previsíveis. Já as decisões não programadas têm dados inadequados, unicos e imprevisíveis, elas têm dificil controle, pois sao problemas incomuns, incertos. A teoria matemática então aparece para resolver os problemas com julgamento objetivo e lógico, sem confiar na intuição ou criatividade para solucionar esses problemas.
Teoria dos Sistemas.
Desenvolvida pelo alemão Ludwing Von Bertalanffy na década de 1950, tem como objetivo classificar os sistemas e de que forma seus componentes se organizam e o padrão de comportamento de cada categoria.
"Conjunto de elementos interdependentes e interagentes ou um grupo de unidades combinadas que formam um todo organizado”. Sistema “é um conjunto ou combinações de coisas ou partes, formando um todo complexo ou unitário”.
 (Chiavenato p.545)
“Sistema é um todo complexo ou organizado; é um conjunto de partes ou elementos que formam um todo unitário ou complexo”. 
 (Maximiano p.356)
Características 
O sistema é um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas. Decorrem dois conceitos: o de propósito (ou objetivo) e o de globalismo (ou totalidade). Esses dois conceitos retratam duas características básicas do sistema.
Propósito ou Objeto – as unidades ou elementos definem um arranjo que visa sempre um objetivo a ser alcançado.
Globalismo ou Totalidade – todo sistema tem uma natureza orgânica, pela qual uma ação que produza mudança em uma das unidades do sistema, deverá produzir mudanças em todas as suas outras unidades.
O termo sistema é empregado no sentido de sistema total. Os componentes necessários à operação de um sistema são chamados subsistemas. A hierarquia dos sistemas e o número de subsistemas dependem da complexidade do sistema.
Tipos de Sistemas
 Os tipos de sistemas são:
Os sistemas podem ser físicos ou abstratos:
Sistemas físicos ou concretos: São equipamentos, máquinas, objetos, coisas reais, ou seja, “hardware”.
Sistemas abstratos ou conceituais: São os planos, as ideias, as hipóteses, são chamadas de “software”.
Quanto sua natureza, os sistemas podem ser fechados ou abertos:
Sistemas fechados: Não recebem influência do ambiente e não influenciam o ambiente. 
Sistemas abertos: Trocam matéria e energia regularmente com o meio ambiente. São adaptativos, isto é, para sobreviver devem reajustar-se constantemente às condições do meio.
 Fonte: (Chiavenato p.552)
 MODELO GENÉRICO DE SISTEMA ABERTO
Parâmetros dos Sistemas
Entradas ou insumo (input) – é a força ou impulso de arranque ou de partida do sistema que fornece o material ou a informação para a operação do sistema.
Saída ou resultado (output) – é a consequência para a qual se reuniram elementos e relações do sistema.
Processamento ou transformador (trhoughput) – é o fenômeno que produz mudanças, é o mecanismo de conversão das entradas em saídas.
Retroação ou retroalimentação – é a função de sistema que compara a saída com um critério ou padrão previamente estabelecido.
Ambiente – é o meio que envolve externamente o sistema. O sistema e o ambiente encontram-se inter-relacionados e interdependentes.
 Uma organização é um sistema composto de elementos ou componentes interdependentes.
A Organização como um sistema aberto
A organização é um sistema criado pelo homem e matém uma dinâmica interação com o meio ambiente, sejam clientes, fornecedores, concorrentes, entidades sindicais, órgãos governamentais e outros agentes externos. É um sistema integrado por diversas partes ou unidades relacionadas entre si, que trabalham em harmonia umas com as outras, com a finalidade de influenciar o meio externo e por ele ser influenciado.
Características das Organizações como Sistemas Aberto
Comportamento probabilístico e não determinístico: as organizações são sistemas abertos, são afetadas por mudanças em suas variáveis externas desconhecidas e incontroláveis em seu comportamento.
As organizações como partem de uma sociedade maior e constituída de partes menores: as organizações são vistas como sistemas dentro de sistemas.
Interdependência das Partes: a organização é um sistema social com partes independentes, mas inter-relacionadas.
Homeostase ou “Estado Firme”: a organização alcança um estado firme – ou seja, um estado de equilíbrio quando satisfaz dois requisitos: a unidirecionalidade e o progresso.
Fronteiras ou Limites: é a linha que demarca e define o que está dentro e o que está fora do sistema ou subsistema. Essas fronteiras não existem fisicamente.
Morfogenese: o sistema organizacional tem a capacidade de modificar a si próprio e a sua estrutura básica
Resiliência: é a capacidade de superar o distúrbio imposto por um fenômeno externo
 Fonte:(Chiavenato pag.552)
Principais representantes e suas contribuições
Edgard Schein – propõe aspectos que a teoria de sistemas considera na definição de organização como sendo um sistema aberto, com objetivos, é um conjunto de subsistemas em interação. 
Daniel Katz e Robert L. Kahn – desenvolveram um modelo de organização através da aplicação da Teoria dos Sistemas à teoria administrativa. No modelo proposto, a organização apresenta as características típicas de um sistema aberto.
Decorrências para a administração atual
Durante a Revolução Industrial, com o mecanicismoo homem era visto como parte integrante da máquina, era visto como um “bovino”, porém, com a automação provocada pela Cibernética, muitas tarefas que cabiam no cérebro humano passaram para a máquina. O computador tende a substituir o homem em diversas atividades, são elas: a automação e a informática.
Bibliografia
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6ª Ed. Rio de Janeiro : Campos,2000.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amauri. Teoria geral da administração: 4ª Ed. – São
Paulo : Atlas, 2004.

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