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Trabalho Individual I (2017 2) –.

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13/12/2017 Revisar envio do teste: Trabalho Individual I (2017/2) –...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_57359068_1&course_id=_174345_1&content_id=_1762049_1&out… 1/12
Revisar envio do teste: Trabalho Individual I (2017/2) 
Usuário tatiana.alves2 @unipinterativa.edu.br
Curso Estudos Disciplinares XI
Teste Trabalho Individual I (2017/2)
Iniciado 13/10/17 13:20
Enviado 13/12/17 19:28
Status Completada
Resultado
da
tentativa
10 em 10 pontos 
Tempo
decorrido
1469 horas, 7 minutos
Instruções ATENÇÃO: a avaliação a seguir possui as seguintes configurações:
- Possui número de tentativas limitadas a 3 (três), não sendo possível excluir nenhum
envio nem aumentar o número de tentativas;
- Não apresenta as alternativas corretas, apenas informa quantos foram seus acertos
e/ou erros;
- Não apresenta as justificativas corretas;
- Não considera a “tentativa em andamento”, ou seja, não considera as respostas salvas
e não enviadas, resultando então em nota igual a 0 (zero);
- Possui um prazo limite para envio (acompanhe seu calendário acadêmico), sendo
impossível o seu acesso após esse prazo, então sugerimos o armazenamento e/ou
impressão para futuros estudos;
- Apresenta as questões de forma randômica;
- A não realização prevê nota 0 (zero) e/ou reprovação por frequência;
- Considera como final a nota de sua última tentativa;
- Entra no cálculo de notas e frequências de seu AVA (ambiente virtual de aprendizagem)
vide critério de promoção de seu curso.
Resultados
exibidos
Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente
Pergunta 1
Leia o texto a seguir:
 
Quem tem o direito de falar?
Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de seu grupo é uma
forma astuta de silenciamento.
 
A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou seja,
ela não se funda simplesmente em uma decisão a respeito de como as riquezas e
os bens devem circular, como eles devem ser distribuídos. Embora essa seja uma
questão central que mobiliza todos nós, ela não é tudo, nem é razão suficiente de
todos os fenômenos internos ao campo que nomeamos "política". Na verdade, a
política é também uma questão de circulação de afetos, da maneira com que eles
irão criar vínculos sociais, afetando os que fazem parte destes vínculos. 
A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos
capazes de ver, o que somos e não somos capazes de sentir e perceber. Definido
j i t b d fi d i h õ i
1 em 1 pontos
13/12/2017 Revisar envio do teste: Trabalho Individual I (2017/2) –...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_57359068_1&course_id=_174345_1&content_id=_1762049_1&out… 2/12
o que vejo, sinto e percebo, define-se o campo das minhas ações, a maneira com
que julgarei, o que faz parte e o que está excluído do meu mundo.
 Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a
circulação de uma mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio no
Mar Mediterrâneo. Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de
certos europeus que invadiram sites de notícias de seu continente com posts e
comentários. 
Uma quantidade impressionante deles reclamava daqueles jornais que decidiram
publicar a foto. Por trás de sofismas primários, eles diziam basicamente a mesma
coisa: "parem de nos mostrar o que não queremos ver", "isto irá quebrar a força
de nosso discurso". 
Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição de administrar
uma certa zona de invisibilidade. É necessário que certos afetos não circulem,
que a humanização bruta produzida pela morte estúpida de um refugiado não nos
afete. Todo fascismo ordinário é baseado em uma desafecção. Toda verdadeira
luta política é baseada em uma mudança nos circuitos hegemônicos de afetos.
Prova disso foi o fato de tal foto produzir o que vários discursos até então não
haviam conseguido: a suspensão temporária da política criminosa de indiferença
em relação à sorte dos refugiados. 
Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato,
sabemos como faz parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é visível
e qual é invisível. Mas, para tanto, devemos antes decidir sobre quem fala e quem
não fala, qual fala ouvirei e qual fala representará, para mim, apenas alguma
forma de ressentimento. 
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem não
tem direito à voz. Isso é o que nos lembram todos aqueles que se engajaram na
luta por grupos sociais vulneráveis e objetos de violência contínua (negros,
homossexuais, mulheres, travestis, palestinos, entre tantos outros). 
Mas há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala. Assim, um
será a voz dos negros e pobres, já que o enunciador é negro e pobre. O outro
será a voz das mulheres e lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A
princípio, isto pode parecer um ato de dar voz aos excluídos e subalternos,
fazendo com que negros falem sobre os problemas dos negros, mulheres falem
sobre os problemas das mulheres, e por aí vai. 
No entanto, essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais
atentos a tal estratégia de silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a
acreditar que negros devem apenas falar dos problemas dos negros, que
mulheres devem apenas falar dos problemas das mulheres. 
Pensar a política como circuito de afetos significa compreender que sujeitos
políticos são criados quando conseguem mudar a forma como o espaço comum é
afetado. Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas
quando aceito limitar minha fala pela identidade que supostamente represento,
não mudarei a forma de circulação de afetos, pois não conseguirei implicar quem
não partilha minha identidade na narrativa do meu sofrimento. 
Minha produção de afecções continuará circulando em regime restrito, mesmo
que agora codificada como região setorizada do espaço comum. Ser um sujeito
político é conseguir enunciar proposições que implicam todo mundo, que podem
implicar qualquer um, ou seja, que se dirigem a esta dimensão do "qualquer um"
que faz parte de cada um de nós. É quando nos colocamos na posição de
qualquer um que temos mais força de desestabilização de circuitos hegemônicos
de afetos.
O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na posição de qualquer um. 
Disponível em <goo.gl/oWm9nF>.
Acesso em 13 jun. 2016. 
Leia as afirmações a seguir:
I. Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, pois vivemos em
um regime autoritário, não democrático.
13/12/2017 Revisar envio do teste: Trabalho Individual I (2017/2) –...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_57359068_1&course_id=_174345_1&content_id=_1762049_1&out… 3/12
II. O autor defende que os políticos sejam os legítimos representantes dos grupos
minoritários, já que as minorias tendem a ser silenciadas na sociedade.
III. A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao tentar chegar à
Europa como imigrante, foi, segundo o texto, uma forma de sensacionalismo da
imprensa e, por isso, gerou conflitos políticos. 
Assinale a alternativa correta:
Resposta Selecionada:
e. 
Nenhuma alternativa é correta.
Pergunta 2
(Enade 2011). Leia o excerto a seguir:
A definição de desenvolvimento sustentável mais usualmente utilizada é a que
procura atender às necessidades atuais sem comprometer a capacidade das
gerações futuras. O mundo assiste a um questionamento crescente de
paradigmas estabelecidos na economia e também na cultura política. A crise
ambiental no planeta, quando traduzida na mudança climática, é uma ameaça real
ao pleno desenvolvimento das potencialidades dos países. O Brasil está em uma
posição privilegiada para enfrentar os enormes desafios que se acumulam. Abrigaelementos fundamentais para o desenvolvimento: parte significativa da
biodiversidade e da água doce existentes no planeta; grande extensão de terras
cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica variedade de reservas naturais. O
campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceitualmente dividido em 3
componentes: sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e
sustentabilidade sociopolítica. 
Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe:
Resposta
Selecionada:
b.
a redefinição de critérios e instrumentos de avaliação de custo-
benefício que reflitam os efeitos socioeconômicos e os valores
reais do consumo e da preservação.
 
Pergunta 3
Leia o texto a seguir:
 
Tá lá mais um corpo estendido no chão
Flavio Moura
 
Uma juíza de São Paulo mandou soltar o policial que matou o camelô Carlos
Augusto Muniz Braga durante ação na Lapa, no último dia 18. De acordo com a
ordem de soltura, o assassinato se deveu ao fato de que o braço esquerdo do PM
foi seguro “bruscamente”. E ainda à situação tensa em que ele se encontrava,
cercado de “populares insatisfeitos com a polícia no local”. 
O tumulto, no entender da juíza, justifica a necessidade de o policial “então
encontrar-se armado”. O vídeo circulou por todo canto. O policial aponta por três
minutos a arma em todas as direções. As pessoas em volta gritam “baixa a
arma!”, enquanto dois colegas seus tentam imobilizar um vendedor de rua no
chão. 
O vendedor se recusara a entregar os CDs piratas que tinha na mão. A polícia
partiu pra cima e a situação se criou.
1 em 1 pontos
1 em 1 pontos
13/12/2017 Revisar envio do teste: Trabalho Individual I (2017/2) –...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_57359068_1&course_id=_174345_1&content_id=_1762049_1&out… 4/12
Acuado, o assassino tira do bolso um spray de pimenta para dispersar o grupo ao
redor. Ato contínuo, Carlos Augusto tenta tirar o spray de sua mão. É o que basta
para ser executado. 
Ele ainda correu por alguns metros com a bala na cabeça, antes de tombar no
asfalto. Isso às 17h, numa rua movimentada de um bairro de classe média de São
Paulo. Não chega a surpreender a decisão da juíza (o nome da figura é Eliana
Cassales Tosi de Melo e ela faz parte da 5a Vara do Júri do Foro Central Criminal
de São Paulo). A lógica peculiar é praxe entre seus colegas. Basta lembrar o juiz
que recentemente queria manter preso o manifestante Fabio Hideki, detido
injustamente em manifestação durante a Copa do Mundo, por considerá-lo
“esquerda caviar”. 
O que assusta é a comoção relativamente branda em torno do episódio. Da
declaração tosca do prefeito, “foi um ato isolado”, aos indignados de plantão das
redes sociais, tudo se passou como se fosse mais um tropeço da polícia, entre
tantos outros. 
Fiquei pensando o que ocorreria se a cena fosse na Paulista, nas manifestações
de junho do ano passado. E se a vítima fosse um jovem de classe média
quebrando uma vitrine de loja ou banco (gesto a meu ver mais grave do que
vender CD pirata). O governo estadual corria o risco de ser deposto. 
Não custa lembrar que foi a violência policial o estopim para as manifestações de
junho de 2013. As primeiras passeatas foram pequenas e reprovadas pela
imprensa e pela maioria da população. Quando vieram à tona as cenas de
manifestantes feridos por balas de borracha, o cenário virou. Dali em diante, os
editoriais deram razão aos manifestantes e a classe média ganhou as ruas em
defesa do direito de protestar. 
O episódio da semana passada me fez lembrar uma declaração do poeta Sergio
Vaz, organizador dos saraus da Cooperifa. No documentário “Junho”, produzido
pela TV Folha e bom retrato das manifestações do ano passado, ele pondera.
“Bala de borracha? Se lá no meu bairro a polícia usasse bala de borracha meus
amigos ainda estavam vivos”.
Com todo respeito aos feridos em junho de 2013, o que se deu com o camelô
Carlos Augusto é motivo para alguns milhares de passeatas. 
A letalidade da polícia brasileira é quatro vezes maior que a dos EUA e 100 vezes
maior que a inglesa. Se antes o Rio era o palco dos principais descalabros da
corporação, esse posto agora parece ser ocupado por São Paulo. Na véspera do
assassinato na Lapa, a PM paulista transformou o centro da cidade num campo
de guerra, com gás lacrimogêneo e barricadas em chamas para despejar 200
ocupantes de um prédio vazio. 
Em apenas uma semana, a cidade viu repetir-se o despreparo e a truculência em
duas regiões próximas. Se voltamos para trás no tempo, há exemplos a perder de
vista. O governador segue blindado e na liderança das intenções de voto para as
próximas eleições. E o prefeito, que não tem responsabilidade direta pela ação da
PM, poderia retificar sua frase infeliz. 
Bem que a gente gostaria, mas o crime da semana passada não foi um ato
isolado. 
Disponível em <https://goo.gl/rvlYxd>.
Acesso em 7 nov. 2014.
 Com base na leitura, analise as afirmativas:
I. O autor mostra-se indignado com a banalização da morte, afirmando que as
pessoas não se mobilizam diante da violência da polícia, seja ela contra ricos ou
pobres.
II. O autor destaca que a violência policial contra os trabalhadores e contra os
moradores de periferia geralmente não ganha grande repercussão na mídia e não
estimula protestos populares.
III. O objetivo do texto é criticar a pirataria, que é crime e gera confrontos entre
ambulantes e policiais, espalhando violência pela cidade.
13/12/2017 Revisar envio do teste: Trabalho Individual I (2017/2) –...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_57359068_1&course_id=_174345_1&content_id=_1762049_1&out… 5/12
IV. O texto critica a violência da polícia brasileira, mas defende a atuação
repressiva diante de manifestações e crimes, uma vez que é esse o papel da
instituição.
Está correto o que se afirma em:
Resposta Selecionada:
e. 
II.
Pergunta 4
Leia o texto a seguir:
 
São Paulo, a capital mundial do grafite
 
A cidade mais populosa da América Latina concentra um dos mais
grandiosos museus a céu aberto de arte urbana do mundo. Quando estiver
andando por São Paulo, olhe para cima. Ou para os lados. Não importa muito se
está caminhando por um bairro de classe média ou pela periferia. Há uma
característica comum às diferentes regiões da maior cidade mais populosa da
América Latina: os grafites e pichações, que vêm tomando conta dos muros nos
mais de 1.500 quilômetros quadrados da área de extensão, estão transformando
São Paulo na capital mundial do grafite.
De maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os gostos. Mas é
unânime a opinião de que São Paulo é uma cidade cinza, e o grafite insere cor a
esse cenário. "O grafite é uma manifestação artística que faz parte do cotidiano de
todos, quer você goste ou não. Ele se impõe", dizem os irmãos Otávio e Gustavo
Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos. A dupla de artistas é conhecida, ao
redor do mundo, pelos trabalhos que misturam certo realismo fantástico com
personagens bem característicos, sempre com cores e figuras geométricas
parecidas.
Os irmãos começaram a grafitar em 1987 no bairro onde cresceram, o
Cambuci, na zona sul da capital paulista. "A arte não é para você gostar, é para
você refletir e pensar", completa Thiago Mundano, 27 anos, que se autointitula
“artivista”, por atrelar o grafite a ações sociais.
Na Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem próximo a uma
das duas rodoviárias da cidade, um grupo de 58 artistas fez 66 painéis, criando,
em 2011, o primeiro Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo (MAAU). Eles
levaram para as ruas uma das maiores características dessa arte: a
acessibilidade. "O fato de a arte estar na rua já é muito mais democrático. A
pessoa não precisa entrar numa galeria fechada para ver", diz a artista e grafiteira
Prila Paiva, 35 anos.
Organizado com autorizaçãoda Prefeitura, esse museu é uma exceção.
Como o grande negócio do grafite é ocupar a cidade, os artistas nem sempre
pintam em muros autorizados. Existe um aspecto de subversão, que envolve,
entre outras coisas, "a adrenalina de pichar", segundo Mundano. Para ele, tudo é
relativo. “Um outdoor é tão agressivo quanto um grafite. Eu posso achar ruim,
para a minha filha, por exemplo, abrir a janela de casa e dar de cara com uma
mulher de calcinha e sutiã numa propaganda para vender lingerie”.
São Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa, durante a
gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), proibindo a propaganda em
outdoors e em imóveis públicos e privados. Já em relação aos grafites, ainda não
houve um acordo entre artistas e o poder público. Por isso, de um lado, a
Prefeitura apaga, cobrindo com tinta cinza, muitos dos muros grafitados. De outro,
grafiteiros e pichadores pintam os locais apagados novamente. "Nunca sentimos,
por parte da prefeitura, interesse de entender e respeitar a cultura do grafite",
contam Os Gêmeos.
"Existem problemas sérios em São Paulo que precisam desse dinheiro do
contribuinte, em vez de ser investido em tinta cinza para apagar trabalhos de
t " M i fi l d tã d K b P f it bli i
1 em 1 pontos
13/12/2017 Revisar envio do teste: Trabalho Individual I (2017/2) –...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_57359068_1&course_id=_174345_1&content_id=_1762049_1&out… 6/12
arte". Mesmo assim, no final da gestão de Kassab, a Prefeitura publicou um guia
bilíngue de lugares para ver os grafites na cidade, com uma pequena ficha de
alguns artistas.
Por tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra está lá e no outro
pode já ter sido apagada, o consultor financeiro Ricardo Czapski e a produtora
cultural Marina Gonzalez tiveram a ideia de eternizar algumas pinturas. Eles
acabam de lançar o livro Graffiti em São Paulo, que nasceu de um acervo de mais
de dez mil fotos que Czapski tirou, por cinco anos, de muros grafitados. "O grafite
tem uma recepção muito boa em todos os níveis. Não tem mais aquela má
impressão da arte marginal", diz Gonzalez. Com o passar dos anos, além do
reconhecimento do público, o grafite foi se tornando um negócio mais rentável.
Hoje, a arte urbana está presente em galerias e exposições pelo Brasil e pelo
mundo.
Pimp My Carroça: Exemplo do cunho social que o grafite pode
desenvolver, em 2007, Thiago Mundano começou a pintar as carroças dos mais
de 20.000 catadores de lixo reciclável de São Paulo que transportam, em um
carrinho improvisado, toneladas de papelão, vidro e alumínio para os centros de
reciclagem. "Percebi que essas pessoas são invisíveis, ninguém olha para elas",
diz Mundano.
A meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o tempo, Mundano
viu que apenas pintar não bastava. As carroças precisavam de itens de
segurança, como tintas refletoras para a noite, espelhos retrovisores, luvas e
cordas para os catadores. Assim, nasceu o projeto Pimp My Carroça.
Por meio do site de crowdfunding Catarse, Mundano arrecadou 64.000
reais (27,8 mil dólares), de 792 apoiadores. O projeto cresceu, se transformou em
um evento no centro de São Paulo, onde as carroças foram pintadas e os
catadores ganharam camisetas, alimentos e uma consulta com um clínico geral.
De lá pra cá, o Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do Paraná, no Sul do
país, receberam uma edição do projeto, contabilizando mais de 120 voluntários e
um número já incontável de carroças pintadas. O próximo passo é desenvolver
um aplicativo para que qualquer um possa localizar os catadores que estiverem
mais próximos e entregar a eles o lixo reciclável. 
Disponível em <https://goo.gl/zuZU2e>.
Acesso em 05 jun. 2016 (com adaptações). 
Com base na leitura, analise as afirmativas:
I. Apesar de haver controvérsias quanto a aceitação do grafite e da pichação
como formas de arte, há indícios de que o reconhecimento dessas expressões
artísticas está aumentando, como a criação do Museu Aberto de Arte Urbana de
São Paulo.
II. O grafite agrava o preconceito social contra as pessoas mais pobres, uma vez
que se trata de uma manifestação popular que não alcança o prestígio das artes
oficialmente reconhecidas.
III. De acordo com o texto, o grafite e a pichação são comparáveis aos outdoors e
deveria haver uma legislação semelhante à Cidade Limpa para proibir essas
manifestações.
IV. A acessibilidade, a efemeridade e a relação com causas sociais são
características da arte urbana. 
Está correto o que se afirma em:
Resposta Selecionada:
d. 
I e IV.
 
Pergunta 5
(Enade 2011) Leia o poema a seguir: 
1 em 1 pontos
13/12/2017 Revisar envio do teste: Trabalho Individual I (2017/2) –...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_57359068_1&course_id=_174345_1&content_id=_1762049_1&out… 7/12
Retrato de uma princesa desconhecida
Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos
Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino 
ANDRESEN, Sophia. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 73. 
No poema, a autora sugere que:
Resposta
Selecionada:
d. 
o trabalho compulsório de escravos proporcionou privilégios
aos príncipes.
 
Pergunta 6
(Enade 2011). Leia o excerto a seguir:
Em reportagem, Owen Jones, autor do livro Chavs: a difamação da classe
trabalhadora, publicado no Reino Unido, comenta as recentes manifestações de
rua em Londres e em outras principais cidades inglesas. Jones prefere chamar
atenção para as camadas sociais mais desfavorecidas do país, que desde o início
dos distúrbios, ficaram conhecidas no mundo todo pelo apelido chavs, usado
pelos britânicos para escarnecer dos hábitos de consumo da classe trabalhadora. 
Jones denuncia um sistemático abandono governamental dessa parcela da
população: “Os políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade”, diz.
“Você não vai ver alguém assumir ser um chav, pois se trata de um insulto criado
como forma de generalizar o comportamento das classes mais baixas. Meu medo
não é o preconceito e, sim, a cortina de fumaça que ele oferece. 
Os distúrbios estão servindo como o argumento ideal para que se faça valer a
ideologia de que os problemas sociais são resultados de defeitos individuais, não
de falhas maiores. Trata-se de uma filosofia que tomou conta da sociedade
britânica com a chegada de Margaret Thatcher ao poder, em 1979, e que
basicamente funciona assim: você é culpado pela falta de oportunidades. [...] Os
políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade”. 
Suplemento Prosa & Verso, O Globo, Rio de Janeiro, 20 ago. 2011, p. 6
(adaptado).
 Considerando as ideias do texto, avalie as afirmações a seguir.
I. Chavs é um apelido que exalta hábitos de consumo de parcela da população
britânica.
1 em 1 pontos
13/12/2017 Revisar envio do teste: Trabalho Individual I (2017/2) –...
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II. Os distúrbios ocorridos na Inglaterra serviram para atribuir deslizes de
comportamento individual como causas de problemas sociais.
III. Indivíduos da classe trabalhadora britânica são responsabilizados pela falta de
oportunidades decorrente da ausência de políticas públicas.
IV. As manifestações de rua na Inglaterra reivindicavam formas de inclusão nos
padrõesde consumo vigente. 
É correto o que se afirma em:
Resposta Selecionada:
e. 
II, III e IV.
 
 
Pergunta 7
Leia o texto a seguir:
 
Geografia e meio ambiente: uma análise da legislação dos resíduos sólidos.
Fernanda Sampaio da Silva
 
O processo de industrialização foi responsável por grandes transformações
urbanas. Influenciou a multiplicação de diversos ramos de serviços que
caracterizam a cidade moderna. Também influenciou no desenvolvimento dos
meios de transporte e comunicação, que interligaram distintas regiões. Foi
responsável pela maior produtividade e pela consequente elevação da produção
agrícola. Contribuiu ainda com o êxodo rural. 
Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos hábitos de consumo, criou
novas profissões, promoveu uma nova estratificação da sociedade e uma nova
relação desta com a natureza. Algumas das tecnologias existentes hoje no
mercado ainda trazem problemas ao meio ambiente. 
Entre os resíduos gerados pelo avanço desenfreado da produção e do consumo
são encontrados os resíduos sólidos industriais, que podem trazer impactos com
consequências para a saúde das pessoas e ao meio ambiente, desde uma escala
local até mesmo global. 
Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos industriais, minimizando
possíveis impactos negativos ao meio ambiente, é necessário que haja um
processo de gestão para a diminuição de resíduos durante o processo produtivo
e/ou, quando possível, substituição do material utilizado, por outro que tenha
maior facilidade de ser reciclado. Portanto, a reciclagem é um elemento
importante para a minimização de resíduos em lixões e aterros sanitários. 
[...] Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos industriais em locais
inapropriados constituem um problema ambiental e, por isso, seu gerenciamento
deve ocorrer de forma correta e dentro da legislação, para que não seja
comprometida a qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente. 
O controle do acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos
sólidos perigosos deve ocorrer de acordo com a norma ABNT - NBR 1004 de
2004, que faz uma classificação dos resíduos. Os resíduos são classificados em
Classe I quando se trata de resíduos sólidos perigosos (classificados pelo seu
grau de risco a saúde pública) e Classe II quando são resíduos não perigosos. 
Os resíduos de Classe II são subdivididos em: Classe II A, quando não são inertes
e Classe II B, inertes. Os resíduos sólidos gerados devem ser controlados nas
indústrias, pois fazem parte do licenciamento pelo órgão ambiental competente. 
Por isso para que esse órgão tenha conhecimento dos resíduos gerados o
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https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_57359068_1&course_id=_174345_1&content_id=_1762049_1&out… 9/12
Por isso, para que esse órgão tenha conhecimento dos resíduos gerados, o
Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA dispõe de uma resolução com o
objetivo de inventariar os resíduos sólidos gerados em todo o país, para que seja
elaborado o Plano Nacional para Gerenciamento de Resíduos Sólidos Gerados. O
inventário é elaborado a partir de informações como quantidade, formas de
acondicionamento e armazenamento e destinação final, enviadas trimestralmente
ao órgão estadual competente (Resolução CONAMA Nº 313/2002). 
Disponível em < https://goo.gl/06swDe>.
Acesso em 12 nov. 2014 (com adaptações).
 Com base nas informações do texto, analise as afirmativas:
I. O controle da geração de resíduos sólidos industriais depende da
conscientização do consumidor a fim de que modifique seus hábitos.
II. A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada ao gerenciamento do
acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos classificados
como perigosos.
III. A resolução CONAMA Nº 313/2002, que trata do Plano Nacional para
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, tem como objetivo conscientizar a área
industrial para que exista a redução da geração de resíduos sólidos. 
Com base nas informações do texto, assinale a alternativa correta:
Resposta Selecionada:
e. 
Nenhuma afirmativa está correta.
Pergunta 8
Leia o texto a seguir:
 
O que Portugal tem a ver com o Brasil
Alexandra Lucas Coelho 
Os portugueses não parecem ter uma boa relação com os brasileiros,
disse-me uma alemã, conhecedora profissional de Portugal e Brasil. Estávamos
na Alemanha, o Brasil temia uma guerra civil, foi há dez dias. Agora, de volta a
casa, continuo a pensar na observação desta veterana, que nada tinha de
provocadora, era só vontade de entender. Mas é impossível ignorar o que se tem
manifestado em Portugal de equívoco face ao Brasil ao longo destes dias.
Segundo um desses equívocos, provável pai dos outros, o tema da
colonização encerrou-se, chega de falar dele, é passado. Penso o contrário, que
mal começamos, que é presente, e a atual crise brasileira acentua isso. Não só
pelo que expõe das estruturas brasileiras, como pelo que revelou do olhar de
Portugal sobre o Brasil, e sobre si mesmo.
Com esse nome, o Brasil viveu 322 anos de ocupação portuguesa e 194
de independência. Se alguém acredita que o tempo da independência poderia já
ter curado o tempo da ocupação, precisa de voltar à história luso-brasileira,
porque o alcance da violência vai longe, e em muitas direções.
Esses 322 anos atuam diariamente naquilo que é hoje o Brasil, na
clivagem entre São Paulo e o Nordeste, nos milhões que ainda moram em favelas
na relação Casa-Grande & Senzala das elites com os empregados, na violência
da polícia que continua a ser militar, no desmando oligárquico dos que controlam
aparelhos e estados, no saque catastrófico da natureza, na traição aos grupos
indígenas, na evangelização dos pobres, radicalizando o conservadorismo num
país onde se morre de aborto. Não é elenco para uma crônica, tem sido e será
para muitas, livros, bibliotecas.
O lulismo fez coisas importantes contra parte dessa herança (nas
desigualdades mais urgentes, na cultura), não fez o suficiente contra boa parte
di t ( d ã úd lí i ) f i i i t (
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disto (na educação, na saúde, na polícia), fez coisas que pioraram isto (um
capitalismo com consequências devastadoras no ambiente e nas questões
indígenas) e historicamente produziu uma geração que o critica e supera pela
esquerda num caldo inédito de periferias politicamente empoderadas e uma nova
faixa politizada vinda da elite.
A violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências fundadoras
da colonização portuguesa, extermínio indígena e escravatura africana. Os
portugueses não inventaram a escravatura, mas inauguraram o tráfico em grande
escala. Dos 12 milhões de indivíduos que as potências europeias deportaram de
África até ao século XVIII, 5,8 milhões foram traficados por Portugal. Isto significa
47 por cento, ou seja, quase metade do tráfico foi assegurado por Portugal, e a
maioria destinava-se a sustentar a colonização do Brasil.
A escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os séculos XV e
XVIII a forma portuguesa de a praticar foi secundada por ingleses, espanhóis,
franceses, holandeses, sim. Mas a Portugal coube esta iniciativa: deportação em
massa, para nela assentar a exploração brutal de um território gigante, à custa do
qual um território minúsculo viveu, como toda uma bibliografia tem mostrado de
forma cada vez mais desassombrada.
Não aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que a maior parte
dos portugueses faça ideia de que Portugal, sozinho, deportou tantos africanos
como os judeus mortos no Holocausto, com a ajuda teológica e logística daIgreja
Católica, depois de ter levado ao extermínio de ninguém sabe quantos índios,
provavelmente não menos de um milhão. 
Com base no texto, assinale a alternativa correta:
Resposta
Selecionada:
b.
Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas naturezas,
tiveram origem no sistema português de colonização do Brasil, cujos
reflexos são sentidos até hoje.
Pergunta 9
(Enade 2010) Leia o excerto a seguir: 
De agosto de 2008 a janeiro de 2009, o desmatamento na Amazônia Legal
concentrou-se em regiões específicas. Do ponto de vista fundiário, a maior parte
do desmatamento (cerca de 80%) aconteceu em áreas privadas ou em diversos
estágios de posse. O restante do desmatamento ocorreu em assentamentos
promovidos pelo INCRA, conforme a política de Reforma Agrária (8%), unidade de
conservação (5%) e em terras indígenas (7%). 
Disponível em <www.imazon.org.br>.
Acesso em 26 ago. 2010 (com adaptações).
 Infere-se do texto que, sob o ponto de vista fundiário, o problema do desmatamento
na Amazônia Legal está centrado:
Resposta
Selecionada:
c.
Nos posseiros irregulares e proprietários regularizados, que
desmataram mais, pois muitos ainda não estão integrados aos
planos de manejo sustentável da terra.
Pergunta 10
Leia o texto a seguir:
 
Energia solar contra a escuridão do Amazonas:
Brasil gera com placas fotovoltaicas apenas 0 02% da produção total de
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Brasil gera com placas fotovoltaicas apenas 0,02% da produção total de
eletricidade
Heriberto Araújo – 08 maio 2016.
 
A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em
que a pegada humana esteja entre as menores do planeta. Mas a vida na maior
reserva natural é dura para o homem, como Daniel Everett narrou em seu
clássico Don‘t Sleep, There are Snakes (Não durma, há serpentes, sem tradução
para o português).
Comunidades inteiras vivem completamente desconectadas, e não
apenas nas profundezas da selva, mas sim nas movimentadas margens dos rios
— únicas vias de comunicação, num ambiente em que a eletricidade é um bem
desejado, escasso e administrado a conta-gotas.
“No Estado do Amazonas há mais de dois milhões de pessoas sem
eletricidade de qualidade”, explica Otacílio Soares Brito, membro do Instituto de
Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. “A enorme área da floresta torna
inviável a criação de uma rede de distribuição, e os povoados só conseguem
produzir eletricidade das 6 às 10 da noite, com geradores a gasolina fornecidos
pelo Governo. Depois dessa hora acaba tudo: luz, refrigeração e lazer”, relata do
município amazônico de Tefé.
O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer
eletricidade por meio de painéis solares a dezenas de comunidades amazônicas
de pescadores e camponeses, com o objetivo de melhorar suas condições de
vida, segundo Soares Brito.
Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas — um sistema
flutuante, sobre boias no rio, e o outro no telhado de uma fábrica de gelo — para
permitir, um, o envio da água desde o leito do rio até as casas, e o outro, a
fabricação de barras de gelo. O fornecimento da água do rio por meio de uma
bomba elétrica alimentada por painéis permitiu, entre outras coisas, que as
crianças passassem a tomar quantos banhos quisessem sem que seus pais
fiquem com medo que um jacaré lhes tire a vida na escuridão das margens.
“Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também
queremos permitir que elas agreguem valor a produtos como polpa de frutas e
peixe. Sem gelo, esses produtos dificilmente podem ser comercializados no
exterior ou simplesmente conservados”, diz Soares Brito.
Os resultados positivos da fase experimental estão criando consciência
nessa imensa região normalmente esquecida pelos centros brasileiros de poder,
concentrados no Sudeste e que priorizam as políticas públicas nas regiões
densamente povoadas (de eleitores). Um grupo de pescadores da comunidade
amazônica de Boa Esperança pediu ao Mamirauá a construção de uma pequena
fábrica – prevista para abril – com três congeladores alimentados por painéis
solares para poder extrair das frutas a polpa, congelá-la e vendê-la em mercados
situados a horas de barco do povoado, como Manaus.
A revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil
durante a próxima década, após a implementação em 1º de março de novas
regras que permitem, pela primeira vez, a geração distribuída de energia e sua
ligação às redes de distribuição, trará consequências principalmente para os
grandes centros urbanos.
Depois de três anos de secas históricas e consequentes apagões, que
evidenciaram a excessiva dependência do Brasil de seu sistema hidroelétrico,
que gera cerca de 70% da eletricidade consumida, milhões de brasileiros
poderão se tornar agora prosumidores, neologismo que reflete o novo paradigma
sob o qual parece avançar a geração de eletricidade: o consumidor é o produtor
de pelo menos uma parte de sua demanda.
“Estamos diante do início de uma revolução, porque pela primeira vez a
sociedade brasileira pode participar diretamente da criação de uma nova matriz
energética”, diz Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia
Fotovoltaica (Absolar).
13/12/2017 Revisar envio do teste: Trabalho Individual I (2017/2) –...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_57359068_1&course_id=_174345_1&content_id=_1762049_1&ou… 12/12
As regras aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
permitem, segundo Sauaia, “a geração compartilhada de energia solar entre
vários clientes, que podem se agrupar em forma de consórcio ou de
cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas fotovoltaicos domésticos
ou comerciais à rede elétrica para abastecê-la quando os painéis produzirem
mais do que o que é consumido, e vice-versa”.
A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as
residências do país, a produção de energia abasteceria mais que o dobro da
totalidade da demanda dos domicílios brasileiros. Os especialistas indicam que a
região brasileira menos exposta à irradiação solar tem potencial para gerar pelo
menos 25% mais energia que a região mais favorecida na Alemanha, país que já
gera cerca de 7% de sua eletricidade com placas fotovoltaicas. 
Disponível em <https://goo.gl/xzTS3i>.
Acesso em 10 jun. 2016. 
Com base na leitura, analise as afirmativas:
I. O novo paradigma da geração de energia elétrica é o de que o próprio
consumidor produza 30% da sua demanda, tornando-se proconsumidor.
II. De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de painéis solares em
todas as residências do país faria com que a produção brasileira de energia
superasse a alemã em 18%.
III. O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como foco comunidades
da Amazônia, onde há aproximadamente dois milhões de pessoas sem acesso à
energia elétrica de qualidade.
IV. O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta sua produção
hidrelétrica e, por isso, a energia solar é uma boa alternativa. 
Assinale a alternativa correta:
Resposta Selecionada:
c. 
Apenas a afirmativa III é correta.

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