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Atividade Semana 3

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O Brasil precisa rapidamente se dedicar mais a investimentos em educação e tecnologia, pois a falta de verbas nessas duas vertentes tem atingido diretamente o mercado de trabalho para engenheiros no país. Isso se explica com diversos fatos. 
O engenheiro é um dos primeiros a sofrer com os cortes das empresas, historicamente sempre que o pais entra em recessão econômica o setor é o primeiro a sofrer, não por conta de salários altos, mas muito porque as maiores empresas são estatais ou estão ligadas diretamente a elas, e quando a economia vai mal tais empresas são as primeiras a acusarem o golpe. Até 2014 havia ainda um cenário positivo em relação aos postos de trabalho criados na área de engenharia. Copa do mundo e olimpíadas impulsionaram de maneira exponencial obras relacionadas principalmente a infraestrutura por diversos estados do país, o que acabou gerando postos de trabalho em todos os setores. Com toda a crise econômica que cerca o país atualmente houve forte retração, e desde 2015 a quantidade de engenheiros demitidos é maior do que a quantidade de engenheiros contratados. Isso ocorre porque não há o incentivo de empresas em pesquisa e desenvolvimento de empresas privadas no Brasil, haja visto a quantidade de patentes registrada pelo país com o passar dos anos. Estamos bem longe de países desenvolvidos.
Mesmo durante o período de retração a quantidade de engenheiros formados no Brasil ainda não é nem de perto a esperada, para falar a verdade, a retração econômica ajudou a diminuir a diferença entre engenheiros formados e a necessidade de mercado. Até 2014 existia um déficit de 20.000 postos de trabalho, cerca de 40.000 engenheiros se formavam e o mercado abria cerca de 60.000 postos anualmente. Hoje o número de postos de trabalho criados caiu pela metade. 
Se analisarmos a quantidade de engenheiros formados no Brasil no último ano, cerca de 42.000, vemos que também estamos muito atrás nesse quesito, pois a Rússia, um dos países emergentes, formou quase 450.000, e a China, outra economia em ascenção, formou 420.000, dez vezes mais que nosso país. Isso afeta diretamente o desenvolvimento, uma vez que a gama de profissionais na área é muito pequena, se nosso pais estivesse vivendo um momento econômico melhor e mais estável, com índices seguidos de crescimento do PIB, o quadro seria ainda mais alarmante. Mesmo em 2014, onde 68.000 estudantes se formaram engenheiros, ficamos bem atrás dos países citados.
Outro dado preocupante é a taxa de evasão de graduandos, que gira em torno de 50% desde os o começo dos anos 2000, isso tem a ver não só com a falta de recursos próprios para se financiar um curso de engenharia, mas também como fato de não haver uma base educacional sólida para a maioria das pessoas, pois o ensino público sofre com a falta de investimentos e qualidade há décadas, e quando os alunos migram das escolas para as universidades não conseguem acompanhar o ritmo e acabam desistindo.
Contudo, é preciso melhorar em muitos aspectos para que o mercado comece a andar nos trilhos e de fato faça jus ao posto que o Brasil almeja ocupar como potência.

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