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Contabilidade como ferramenta gerencial tcc

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ 
 
FABRÍCIO CONSTANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA GERENCIAL APLICADA EM UMA 
EMPRESA DO RAMO INDUSTRIAL-COMERCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ 
2010
FABRÍCIO CONSTANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA GERENCIAL APLICADA EM UMA 
EMPRESA DO RAMO INDUSTRIAL-COMERCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho elaborado para a disciplina 
de Estágio III do Curso de Ciências 
Contábeis do Centro Universitário 
Municipal de São José – USJ 
 
Prof. Esp. Alfredo Lohn Braun. 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ 
2010
FABRÍCIO CONSTANTE 
 
 
 
A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA GERENCIAL APLICADA A UMA 
EMPRESA DO RAMO INDUSTRIAL-COMERCIAL 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso elaborado como requisito final para a 
aprovação no Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Municipal 
de São José – USJ. 
 
Avaliado em 01 de dezembro de 2010 por: 
 
Membros da banca 
 
 
______________________________________ 
Prof. Esp. Alfredo Lohn Braun 
Orientador 
 
 
______________________________________ 
Prof. MSc Isair Sell 
 
 
______________________________________ 
Prof. MSc. Humberto R. Francisco
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus 
pais, Pedro Moisés Constante e 
Zenaide Maria Silveira Constante pela 
educação, amor, força, ensinamentos, 
oportunidade e incentivo que sempre 
me deram para prosseguir nesta 
caminhada. Ao meu irmão Rafael 
Constante pela motivação em todos 
os meus feitos. À minha noiva, 
Sabrina Santos da Silva, por sempre 
estar ao meu lado, dando apoio, 
garra, força e amor para a conclusão 
deste. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
O momento de escrever um trabalho como este é de suma importância, pois 
nos faz refletir sobre nosso passado, presente e futuro, trazendo a nossa frente um 
confronto entre os conhecimentos adquiridos na universidade e no ambiente de 
trabalho. Isso pode ser chamado de responsabilidade. A responsabilidade que bate 
a nossa porta, mostrando que já não somos mais um acadêmico, mas sim um 
profissional e que o peso da responsabilidade cai sobre nós, mas ao mesmo tempo 
trazendo uma satisfação jamais sentida. A satisfação de que vencemos um desafio, 
que chamo como o nosso primeiro degrau de uma escada composta de muitos 
deles, nos quais barreiras terão que ser enfrentadas e que com garra venceremos 
assim como vencemos o primeiro degrau de nossa escada. 
A toda esta satisfação, agradeço em primeiro lugar a Deus pelo dom da vida, 
aos meus pais e à minha noiva por sempre estarem ao meu lado dizendo que sim, 
você pode. E ao meu orientador por toda a força para a pesquisa de um caso real, 
dando a harmonia perfeita de união entre a teoria e a prática profissional à pesquisa 
realizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O estudo é um trabalho em que somos obrigados a pôr toda a 
nossa vontade para realizá-lo com o maior rendimento possível. 
Thomas Atkinson
RESUMO 
 
Esta pesquisa tem por objetivos justificar a necessidade da contabilidade gerencial 
para uma organização. Foram conceituadas neste a contabilidade e seus ramos, a 
contabilidade gerencial e a contabilidade de custos. Demonstrou-se através da 
pesquisa a relevância da informação alicerçada na contabilidade com a finalidade de 
orientar os gestores em suas decisões. A contribuição desta ferramenta ultrapassa 
às percepções de mera formação de preço, ajudando a desenvolver o entendimento 
de todo o processo produtivo da empresa, relacionando às entradas de recursos, à 
transformação destes e por fim à sua venda. Esta pesquisa científica foi elaborada 
sob a forma bibliográfica, documental e estudo de caso. 
 
Palavras-chave: Contabilidade gerencial. Contabilidade de custos. Informação.
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................10 
 
2 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................11 
 
3 PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS..........................................................................12 
3.1 Pergunta de Pesquisa.......................................................................................12 
3.2 Objetivos ............................................................................................................13 
3.2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................13 
3.2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................13 
 
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................14 
4.1 Modalidade da pesquisa...................................................................................14 
4.2 Coleta de Dados ................................................................................................15 
4.3 Análise e Interpretação.....................................................................................15 
4.4 Ambiente de Pesquisa ......................................................................................15 
 
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................17 
5.1 Pré-História Brasileira e Escrita Contábil........................................................17 
5.2 Introdução da Contabilidade no Brasil............................................................17 
5.3 O que é Contabilidade.......................................................................................18 
5.3.1 Objetivos da Contabilidade...............................................................................18 
5.3.2 Função da Contabilidade..................................................................................19 
5.4 Informação Contábil para Alcance de Objetivos e Metas de uma Entidade 19 
5.5 A Contabilidade e seus Usuários.....................................................................20 
5.6 Contabilidade Gerencial ...................................................................................21 
5.6.1 Contabilidade Gerencial versus Contabilidade Financeira ...............................22 
5.6.2 Sistema de Gestão e Contabilidade .................................................................23 
5.6.3 Conceito de Gestão..........................................................................................24 
5.6.4 Análise SWOT..................................................................................................24 
5.6.5 Áreas nas quais a Contabilidade Gerencial Pode Atuar...................................24 
5.7 Contabilidade de Custos ..................................................................................25 
5.7.1 Objetivos da Contabilidade de Custo ...............................................................27 
 
 
5.7.2 Formação dos Custos ......................................................................................27 
5.7.3 Custos Variáveis ..............................................................................................29 
5.7.4 Custos Fixos.....................................................................................................29 
5.7.5 Custos e Controle.............................................................................................29 
5.7.6 Valor Final dos Custos para quem Produze para quem Consome..................30 
5.7.7 Métodos de Custeio..........................................................................................31 
5.7.7.1 Custeio por Absorção....................................................................................31 
5.7.7.2 Custeio por Atividades – ABC .......................................................................32 
5.7.7.3 Custeio Variável ............................................................................................32 
5.8 Orçamento .........................................................................................................33 
 
6 PLANO DE AÇÃO: CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO .....34 
6.1 Itens etapa estrutural ........................................................................................36 
6.2 Itens etapa aplicação ........................................................................................38 
6.3 Itens etapa controle...........................................................................................39 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................41 
 
8 REFERÊNCIAS......................................................................................................42 
 
 10 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A competição globalizada entre os mercados faz com que as empresas 
busquem maior qualidade e melhorem seu desempenho, aproveitando melhor os 
recursos adquiridos, assim gerando melhores produtos. 
A contabilidade não pode ser utilizada somente como atendente das 
necessidades fiscais, mas como uma importante ferramenta para a gestão e tomada 
de decisão. As companhias buscam respostas no tempo certo, com qualidade. Tais 
respostas possibilitarão melhores performances. 
A contabilidade gerencial é apresentada como uma ferramenta fundamental, 
pois gera as informações de valor agregado para ajudar nas decisões do gestor. 
Os gestores encontram várias dificuldades durante o exercício de suas 
funções. Terão de Gerenciar subordinados e processos de produção. As 
informações necessárias para todas estas operações são fornecidas pela 
contabilidade. 
A presente pesquisa é aplicada com abordagem do problema de forma 
qualitativa. A coleta de dados foi realizada através de bibliografias em livros, sítios 
da Internet, artigos, revistas e documentos internos da empresa. 
 
 11 
2 JUSTIFICATIVA 
 
 
A contabilidade gerencial, tema escolhido para esta pesquisa científica foi 
devido a necessidade dos resultados que são produzidos por esta área, bem como a 
sua importância como ferramenta para os gestores, onde eles necessitam de 
informações a respeito de suas atividades de forma organizada, com qualidade, para 
que possam tomar decisões mais ágeis, fazendo seus negócios de maneira mais 
competitiva. Porém para isso, é necessário que os gestores tenham a clara 
percepção e entendimento do que é contabilidade gerencial, para assim aplicar às 
empresas um modelo de gestão tendo como ferramenta a contabilidade, mais 
precisamente a contabilidade gerencial. 
A informação, dado trazido pela contabilidade, é o elemento necessário para 
a tomada de decisão com maior qualidade, trazendo resultado mais eficaz. Para 
Davis (Apud NAKAGAWA 2007, p. 60) “A informação é o dado que foi processado 
de uma forma compreensível para o seu recipiente e que apresente um valor real ou 
percebido para suas decisões correntes ou prospectivas”. 
A contabilidade gerencial consegue medir a situação econômica da empresa, 
bem como a rentabilidade de seus bens e serviços. 
Para Padoveze (2009, p. 36): 
 
Contabilidade gerencial é relacionada com o fornecimento de informações 
para os administradores, isto é, aqueles que estão dentro da organização e 
que são responsáveis pela direção e controle de suas operações. A 
contabilidade gerencial pode ser contrastada como contabilidade financeira, 
que é relacionada com o fornecimento de informações para os acionistas, 
credores e outros que estão de fora da organização. 
 
A contabilidade gerencial participa integralmente do processo de gestão, 
analisa continuamente o fluxo dos recursos de uma empresa, do momento em que 
são adquiridos até o seu consumo. 
Portanto, esta pesquisa foi elaborada no intuito de demonstrar quanto é 
importante para o gestor ter o entendimento da contabilidade gerencial para as suas 
atividades, onde assim terá um maior controle perante suas atividades para que seu 
rendimento como gestor seja eficaz com resultado desejado alcançado, bem como 
elaborar e propor um modelo de gestão para a empresa em estudo. 
 12 
3 PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS 
 
 
A seguir serão traçados a problemática de pesquisa onde trás à tona os 
problemas vivenciados pelas empresas e os objetivos que na qual se espera 
alcançar. 
 
3.1 Pergunta de Pesquisa 
 
Os problemas vivenciados nas empresas são ocasionados pela falta de 
utilização das informações que deveriam ser produzidas pela contabilidade. 
Grande parte dos gestores, principalmente das pequenas organizações, cuja 
cultura lhe apresenta a contabilidade como mero meio de atendimento das 
obrigações fiscais, tem abdicado da oportunidade de melhorar seu desempenho 
quando da não utilização dos dados gerados pela contabilidade para a tomada de 
decisão. Há o entendimento que o profissional da área contábil é uma extensão do 
fisco. Como capitulado na introdução, a contabilidade, em sua essência, é 
fundamental para a imposição e manutenção de uma vida saudável à organização. 
A aplicação da contabilidade, com a função gerencial e de controle, cria 
transparência, sistematiza os processos, o que melhora a qualidade das ações do 
gestor, criando valor e com este a satisfação de todo o meio ambiente que o cerca. 
Uma empresa que não tem controle de sua gestão pode acabar ficando sem 
recursos financeiros, o que se considera como um dos problemas mais comuns que 
as microempresas e empresas de pequeno porte encontram. 
Esta pesquisa traz a contabilidade de gestão como tema principal. Sua 
aplicação aconteceu em uma pequena empresa no ramo do comércio e indústria 
situada em São José (SC). 
O mercado impõe suas exigências, maior qualidade em seus bens e serviços 
produzidos. Sendo assim, se o gestor aplicar à organização um sistema de gestão 
eficaz, ele poderá fazer novos investimentos, e assim proporcionar o aumento de 
sua riqueza. Criará diferencial para seus clientes, aumentando a capacidade de 
atingir outras parcelas do mercado. 
 13 
Como a gestão influencia fortemente nos resultados de uma empresa, veio a 
seguinte proposta de trabalho: Como elaborar um modelo de Contabilidade de 
Gestão para uma pequena empresa do segmento industrial-comercial? 
 
3.2 Objetivos 
 
3.2.1 Objetivo Geral 
Elaborar um modelo de análise dos dados em nível gerencial para uma 
pequena empresa industrial e comercial. 
 
3.2.2 Objetivos Específicos 
• Conceituar contabilidade gerencial demonstrando como é importante a sua 
utilização para os gestores; 
• Contemplar atividades da empresa dentro do sistema de gestão; 
• Sugerir a implantação de uma contabilidade em nível gerencial como 
ferramenta para os gestores. 
 14 
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
 
Neste item será apresentado o tipo de metodologia, traçando a linha de 
estudo para a elaboração desta pesquisa científica. 
4.1 Modalidade da pesquisa 
 
Do ponto de vista da natureza da pesquisa, foi utilizado a forma aplicada, pois 
tem o interesse de aplicar as descobertas na prática da empresa. Sendo assim, 
tendo o interesse em resolver problemas através das descobertas. 
Teve como procedimento técnico a pesquisa bibliográfica, utilizando como 
base material já publicado, como livros, artigos e até mesmo informações 
disponibilizada na Internet, pelo seufácil acesso. Segundo Köche (1997, p. 122) a 
pesquisa bibliográfica “é a que se desenvolve tentando explicar um problema, 
utilizando o conhecimento disponível a partir das teorias publicadas em livros ou 
obras congêneres”. Essa forma de pesquisa se dará através de obras publicadas 
que se caracterizarem no tema abordado. 
A pesquisa bibliográfica para Fachin (2006, p. 122) “são todas as obras 
escritas, bem como a matéria constituída por dados primários ou secundários que 
possam ser utilizados pelo pesquisador ou simplesmente pelo leitor”. 
Também foi utilizada a pesquisa documental, isto é, documentos internos da 
própria empresa, como balancetes, balanços, demonstração do resultado do 
exercício e planilhas de estoque. 
Esta pesquisa é um estudo de caso, onde se aprofunda em uma forma mais 
completa no caso a ser pesquisado. Gil (1999, p. 73) explica que: 
 
O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um 
ou de poucos objetos, de maneira a permitir conhecimentos amplos e 
detalhados do mesmo, tarefa praticamente impossível mediante os outros 
tipos de delineamentos considerados. 
 
O estudo de caso faz o pesquisador obter várias fontes de informações para a 
coleta de dados, fazendo aparecer novos elementos para a indagação do 
desenvolvimento da pesquisa. 
 
 15 
 
4.2 Coleta de Dados 
 
A coleta de dados se deu inicialmente através de conversas informais com o 
gestor da empresa no intuito de obter as primeiras informações, como a história de 
como e porquê do surgimento da empresa, e principalmente com a coleta de 
informações através das demonstrações e relatórios contábeis disponibilizados pela 
organização para a obtenção de dados para a elaboração do mapeamento da forma 
a ser aplicada na organização. 
 
 
4.3 Análise e Interpretação 
 
Os dados obtidos foram analisados e interpretados na forma qualitativa, no 
intuito de aplicar os resultados na atual situação em que a empresa se encontra. Ou 
seja, fazer que o processo de produção da empresa tenha maior qualidade através 
desta pesquisa. 
Os livros, artigos e materiais publicados na Internet tiveram sua importância 
no tocante da teoria, ou seja, para assim melhor avaliar e analisar os dados, 
relacionando a teoria com a prática da empresa. 
 
4.4 Ambiente de Pesquisa1 
 
O sócio-administrador da empresa começou sua vida profissional trabalhando 
como autônomo, porém percebeu que precisava de um salário fixo, para poder 
assim alcançar seus objetivos. Foi, então, que surgiu uma proposta de emprego em 
meados da década de 80 para trabalhar com vendas em uma determinada empresa. 
Trabalhou como vendedor interno, único da empresa trabalhando nesta área 
e foi adquirindo conhecimento e experiências, pois os demais vendedores eram 
externos. 
 
1
 Informações coletadas através de conversas informais com o administrador da empresa, Delmo dos 
Santos, em São José – Santa Catarina, em 21 de novembro de 2009. 
 
 16 
Pelo seu profissionalismo, começaram a surgir novas ofertas de emprego, 
motivo da sua saída após quase três anos na empresa em que, até então, 
trabalhava, indo trabalhar em uma empresa que fabricava lavajato, direcionado ao 
setor de mangueiras. 
Como não havia muitos vendedores nesta área de mangueiras e conexões, 
resolveu sair da empresa para trabalhar novamente como autônomo. 
Com os rendimentos obtidos foi comprando materiais e armazenando na 
residência de seus pais, onde morava. Trabalhava até tarde, não deixando nenhum 
cliente sem seus produtos. 
Com o aumento da carta de clientes, que estavam cada vez mais satisfeitos 
com seus produtos sentiu a necessidade de formalizar-se, constituindo então em 01 
de setembro de 1997 na casa de seus pais, bairro do Balneário do Estreito – 
Florianópolis/SC uma firma individual. 
Com o crescente aumento de seus clientes, houve a necessidade de um 
espaço maior, alterando assim seu endereço para o bairro Serrarias, São José/SC, 
onde seu pai tinha uma fábrica de sabão já desativada. Adequou o local para 
estabelecer sua empresa. 
Em 18 de junho de 2003, resolveu fechar a empresa para abrir uma empresa 
limitada no mesmo local. 
Houve falta de capital de giro, então, toda receita obtida foi utilizada para 
investimento na empresa. 
Hoje, sua carteira de clientes está em aproximadamente 6.000 (seis mil) 
clientes. 
Um de seus objetivos é terminar sua nova sede, que está em construção no 
mesmo terreno da atual, até o final do ano 2011. 
 17 
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
Nesta parte origina-se o referencial teórico de pesquisa, para trazer 
conhecimento, visando mais clareza e entendimento para a elaboração do estudo de 
caso. 
 
5.1 Pré-História Brasileira e Escrita Contábil 
 
A contabilidade surge na época em que os homens habitavam cavernas, 
onde através de desenhos, pinturas e sinais repetitivos por traços, pontos, grades e 
similares, registravam o controle de seus mantimentos (SÁ, 2008). 
No território nacional, estendem-se os maciços de rochas calcárias, onde 
existem grandes números de grutas, servindo de abrigo para o homem primitivo. 
Dentre estas grutas, temos a de São Domingos em Minas Gerais, no vale do rio 
Urucuia. Nesse maciço, localizam-se mais de 40 grutas onde se encontram formas 
gráficas rupestres e pinturas. Ali, encontram-se várias pinturas que se identificam 
com natureza contábil, devido às formas das contas encontradas na Europa. 
Segundo Sá (2008, p. 16): 
 
Os signos, desenhos e pinturas que foram identificadas nas grutas de 
Montalvânia, no Vale do Peruaçu, em Minas Gerais, aquelas das lápides em 
Pedra Furada no Parque das Antas no Piauí, evidenciam uma vida primitiva 
muito antiga, possuindo, todavia, acentuada semelhança com os signos das 
grutas européias. 
 
As inscrições brasileiras são fortes indícios de evolução racional e é 
considerado como um ato de inteligência direcionado ao patrimônio (SÁ, 2008). 
 
 
5.2 Introdução da Contabilidade no Brasil 
 
O cargo de contador já existia em Portugal deste os meados de 1319. O mais 
alto cargo do Governo, Contador-Mor, foi instituído desde 1389, com a criação do 
primeiro, pode se dizer, tribunal de contas, onde era feita a contabilidade do Rei. 
 18 
Com a transferência da corte de Portugal para o Brasil, este traz junto o 
ensino contábil. 
A criação do Conselho da Fazenda para administração, arrecadação, 
distribuição, contabilidade e assentamento do real patrimônio e fundos públicos do 
Estado do Brasil e Domínios Ultramarinos foi em 1808. 
5.3 O que é Contabilidade 
 
A contabilidade pode ser resumida como a escrituração dos atos e fatos 
ocorridos nas entidades e a informação gerada referente a atual situação 
econômico-financeira das entidades para auxiliar os gestores nas tomadas de 
decisões, bem como mensurar o real valor dos patrimônios das entidades. 
Válido salientar que a contabilidade não é uma ciência exata, mas sim uma 
ciência social aplicada. 
Para Gouveia (1975, p. 1): 
 
Contabilidade é uma arte. É a arte de registrar todas as transações de uma 
companhia, que possam ser expressas em termos monetários. E, é também 
a arte de informar os reflexos dessas transações na situação econômico-
financeira dessa companhia. 
 
A contabilidade estabelece em sua parte teórica, os princípios e regras de 
conduta a serem seguidas pelos profissionais da área contábil, assim padronizando 
procedimentos por eles adotados. 
Segundo Ferreira (2004, p. 1), a contabilidade em perspectiva teórica pode 
ser definida como “a ciência que estuda o patrimônio do ponto de vista econômico e 
financeiro, bem como os princípios e as técnicas necessárias ao controle, à 
exposição e à análise dos elementos patrimoniais e de suas modificações.”. 
 
 
5.3.1 Objetivosda Contabilidade 
 
A contabilidade objetiva detalhar a situação do patrimônio e analisar a sua 
evolução. 
Para Iudícibus, Martins e Gelbcke (1994, p. 58), a contabilidade tem por 
objetivo “um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários 
 19 
com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de 
produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.” 
 
5.3.2 Função da Contabilidade 
 
A contabilidade tem como função controlar o patrimônio, apurar o lucro ou o 
prejuízo. 
Segundo Iudícibus, Martins e Gelbcke (1989, p. 60), “sua função principal é a 
mensuração do lucro e o reporte da posição patrimonial em determinados 
momentos.” 
A contabilidade registra todos os fatos e atos ocorridos. Ela os controla de 
forma a organizá-los, posteriormente os analisa através dos demonstrativos, com a 
finalidade de obter a situação econômico--financeira que a organização apresenta 
em determinado período. 
 
 
5.4 Informação Contábil para Alcance de Objetivos e Metas de uma Entidade 
 
 Segundo Horngren, Sundem e Stratton (2004, p. 5): 
Para realmente saber se uma informação contábil ajuda ou não uma 
entidade a alcançar seus objetivos e metas é necessário que sejam 
respondidas três tipos de questões: 
1. Questões de registro: Estou agindo bem ou insatisfatoriamente? 
Scorekeeping (manter um registro) é a acumulação e 
classificação dos dados. Esse aspecto da contabilidade permite aos 
usuários internos e externos avaliar o desempenho organizacional. 
2. Questões de direção de atenção: Quais problemas devo examinar? 
Direção de atenção significa relatar e interpretar informações que 
ajudam os gestores a focalizar problemas, imperfeições, 
ineficiências e oportunidades operacionais. Dirigir a atenção 
associa-se, geralmente, com planejamento e controle atuais e com 
análise e investigação de relatórios contábeis internos rotineiros e 
recorrentes. 
3. Questões de solução de problemas: Das diversas maneiras de fazer 
um trabalho, qual é a melhor? O aspecto da solução de problemas 
da contabilidade quantifica os resultados prováveis dos possíveis 
cursos de ação e, frequentemente, recomenda o melhor curso a 
seguir. 
 
A contabilidade somente trará informações com importância valia para a 
tomada de decisão se os documentos forem lançados adequadamente e que o 
registro dos atos e fatos seja feitos coerentemente. 
 20 
5.5 A Contabilidade e seus Usuários 
 
A contabilidade gera informações e estas são utilizadas para diversas 
questões, pois diversos são seus usuários. Caso uma empresa necessite pedir 
empréstimo junto ao banco, esta fará uso dos relatórios contábeis para mostrar ao 
banco como está a sua atual situação financeira e econômica. Podemos citar 
também o governo e as entidades públicas a ele relacionadas, os funcionários da 
organização, os fornecedores, os clientes. 
Para Horngren, Sundem Stratton (2004, p. 4), os usuários da informação 
contábil enquadram-se em três categorias: 
 
1. Gestores internos que usam a informação para o planejamento e 
controle, a curto prazo, de operações rotineiras. 
2. Gestores internos que usam a informação para tomar decisões não 
rotineiras (por exemplo, investir em equipamentos, determinar o preço 
de produtos e serviços, decidir a que produtos dar relevo ou não) e 
formular as políticas gerais e planos de longo prazo. 
3. Usuários externos, tais como investidores e autoridades 
governamentais, que usam a informação para tomar decisões a respeito 
da empresa. 
 
Independente de serem usuários internos ou externos, ambos usam as 
informações contábeis, porém cada um a sua maneira, que se aplica a sua 
necessidade. 
Segundo Horngren, Sundem e Stratton (2004): 
 
Os usuários externos como acionistas, fornecedores, bancos e agências 
regulatórias do governo utilizam as informações geradas pela contabilidade 
financeira enquanto que os usuários internos utilizam as informações 
geradas pela contabilidade gerencial. 
 
Para suporte externo, como por exemplo: a empresa necessita de um 
financiamento, se a empresa ter sua contabilidade em dia será mais fácil para que 
ela consiga o financiamento. E certamente, se a empresa não ter uma boa 
contabilidade que traga demonstrativos de como está a sua situação para que ela, a 
empresa, possa tomar suas decisões, não haverá quem queira investir. 
 21 
5.6 Contabilidade Gerencial 
 
A contabilidade gerencial é tratada como ferramenta voltada para a gestão 
das empresas, que ao utilizar destes mecanismos prospectam a eficácia de seus 
processos. 
Os gestores necessitam de tomadas de decisões com agilidade, para que não 
acabe deixando passar uma oportunidade que a organização poderia ter. Para isso 
há a necessidade de informações provindas da contabilidade. Mas não é o que, em 
muitos casos, temos visto nos escritórios de contabilidade, pois o que vemos são 
contadores atendendo o fisco. Isso acaba passando para os usuários da 
contabilidade que o contador seja apenas um atendente do fisco. Mostra uma visão 
de contabilidade sutil, sem saber a sua verdadeira importância, que na qual são os 
auxílios para a tomada de decisão. 
Conforme Atkinson et al (2008, p. 37) “Sistemas de contabilidade gerencial 
eficazes podem criar valor considerável pela informação a tempo e com precisão 
sobre as atividades exigidas para o sucesso das organizações de hoje.” 
Os gestores almejam chegar ao resultado esperado, mas para isso as 
atividades devem ser bem controladas. Um sistema de contabilidade gerencial 
possibilita o controle destas atividades, para que assim, os resultados almejados 
sejam alcançados. 
Segundo Iudícibus (1986, p. 15): 
 
A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como 
um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis 
já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de 
custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa 
perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de 
apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes 
das entidades em seu processo decisório. 
 
Sendo assim, a contabilidade gerencial tem como característica colocar os 
dados das diferentes áreas da contabilidade de forma que sirva como informação 
aos gestores para que possam, tomar suas decisões com a menor margem de erro 
possível. 
Para Iudícibus (1986, p. 16): 
 
De maneira geral, portanto, pode-se afirmar que todo procedimento, técnica, 
informação ou relatório contábil, feitos ‘sob medida’ para que a 
 22 
administração os utilize nas tomadas de decisões entre alternativas 
conflitantes, ou na avaliação de desempenho, recai na contabilidade 
gerencial. 
 
A informalidade, a corrupção ativa e passiva, são limitadores da utilização da 
contabilidade em sua plenitude. 
Para Barbosa (2006, p. 17) “Não se pode imaginar o gerenciamento eficaz de 
uma célula social sem a presença da informação contábil”. 
A contabilidade gerencial tem função de auxilio na controladoria das 
organizações, melhorando o controle operacional, bem como analisando os custos 
melhorando os níveis estratégicos. 
Jiambalvo (2002 p. 4) diz que a contabilidade gerencial “enfatiza as 
informações que são úteis aos gerentes internos para o planejamento, o controle e a 
tomada de decisão.” 
Ao utilizar dados da contabilidade para criar informações relevantes para 
tomada de decisão, os gestores geram benesses para as suas organizações, 
resultando em ganhos de qualidade que melhoram os processos e 
conseqüentemente o seu desempenho. 
Para o gestor, tem grande valia a contabilidade gerencial, pois ela irá auxiliar 
em tomadas de decisões com maior qualidade, para que assim, o gestor tenha um 
retorno desejado, um resultado quena qual foi planejado. Através da contabilidade 
gerencial há mais chance de chegar ao resultado planejado do que meramente o 
gestor tomar decisões baseadas em fatos não organizados, gerando informações 
confusas, tornando essas informações de pouca valia para o alcance do resultado 
esperado. 
A contabilidade gerencial, portanto, organiza os dados, analisa-os, mensura-
os, para que o gestor tenha o devido entendimento do que está passando sobre um 
todo, para que assim tome decisões mais concretas e até mesmo nortear o gestor 
para que saiba aonde investir e também se houver algum problema, identificando 
este problema, trazendo assim para a organização, uma contabilidade como 
ferramenta gerencial, fazendo a controladoria de fato da organização. 
 
5.6.1 Contabilidade Gerencial versus Contabilidade Financeira 
 
 23 
A contabilidade gerencial, identifica, analisa as informações financeiras e 
econômicas convertendo-as em informação de valor agregado para a tomada de 
decisão. A contabilidade financeira fornece informação sobre a entidade para os 
usuários externos, como os acionistas, investidores, bancos e outros. 
 Segue quadro referente às distinções entre a contabilidade gerencial e a 
contabilidade financeira: 
 
Contabilidade Gerencial Contabilidade Financeira 
Usuários primários 
Gestores da organização em 
vários níveis. 
Usuários externos, como 
investidores e agências 
governamentais, mas também 
gestores das organizações. 
Liberdade de escolha 
Sem restrições, exceto custos em 
relação a benefícios de melhores 
decisões gerenciais. 
Restringida pelos princípios de 
contabilidade geralmente aceitos. 
Implicações 
comportamentais 
Preocupação com a influência que 
as mensurações e os relatórios 
exercerão sobre o comportamento 
cotidiano dos gestores. 
Preocupação em mensurar e 
comunicar fenômenos 
econômicos. As considerações 
comportamentais são secundárias, 
embora a compensação dos 
executivos baseada em resultados 
relatados possa ter impacto em 
seu comportamento. 
Enfoque de tempo 
Orientação para o futuro: uso 
formal de orçamentos, bem como 
de registros históricos. Ex.: 
orçamento de 20x2 comparado 
com o desempenho real de 20x1. 
Orientação para o passado: 
avaliação histórica. Ex.: 
desempenho real de 20x2 
comparado com o desempenho 
real de 20x1. 
Horizonte de tempo Flexível, com uma variação que vai de horas a 10 ou 15 anos. 
Menos flexível, geralmente um ano 
ou um trimestre. 
Relatórios 
Detalhados; preocupam-se com 
detalhes de partes da entidade, 
produtos, departamentos, 
territórios etc. 
Resumidos; preocupam-se 
primeiramente com a entidade 
como um todo. 
Delineamento de 
atividades 
Campo de ação se define com 
menos precisão. Uso mais intenso 
de disciplinas como economia, 
ciências de decisão e 
comportamentais. 
Campo de ação se define com 
maior precisão. Menor uso de 
disciplina afins. 
Quadro 1 Distinção entre a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira. 
Fonte: Horngren, Sundem e Stratton (2004, p. 5) 
 
5.6.2 Sistema de Gestão e Contabilidade 
 
 Os gestores se beneficiam, quando a contabilidade fornece informações que 
auxiliem suas tomadas de decisões. 
Horngren, Sundem e Stratton (2004, p. 8) dizem que: 
 
O processo de gestão compreende uma série de atividades em um ciclo de 
planejamento e controle. Tomada de decisão – a decisão com propósito de 
selecionar entre um conjunto de cursos alternativos de ação projetados para 
atingir algum objetivo – é o núcleo do processo de gestão. As decisões 
 24 
variam entre rotineiras (programar a produção diária) e não-rotineiras 
(lançar uma nova linha de produtos). 
 
Então, pode ser dito que o processo de gestão é dividido em dois tipos, o 
primeiro em planejamento e o segundo em controle. Cabe ressaltar que quando se 
tratar de gestão, é importante atenção em uma das duas partes, para assim 
simplificar a análise. 
 
5.6.3 Conceito de Gestão 
 
Segundo Nakagawa (2007, p. 39), “gestão é a atividade de se conduzir uma 
empresa ao atingimento do resultado desejado (eficácia) por ela, apesar das 
dificuldades”. 
Gestão é o ato de gerir, método utilizado por um indivíduo para chegar ao 
resultado desejado dentro de uma organização. 
 
5.6.4 Análise SWOT 
 
É importante que uma empresa em sua gestão saiba mensurar quais são 
seus pontos fracos e fortes bem como quais são as suas ameaças e oportunidades. 
A análise SWOT é a área que trata sobre esses aspectos. Conforme Megginson, 
Mosley e Pietri (1998, p. 179): 
 
A análise SWOT é uma forma útil para ajudar as organizações a 
identificarem fatores externos e internos, assim como salientar 
oportunidades em potencial. A análise SWOT é o processo de identificar 
sistematicamente as forças (strengths), fraquezas (weaknessas), 
oportunidades (opportunities) e ameaças (threats). 
 
Sendo assim, a análise SWOT auxilia no conhecimento dos pontos internos e 
externos que a empresa convive. 
 
5.6.5 Áreas nas quais a Contabilidade Gerencial Pode Atuar 
 
Conforme apresentado anteriormente, a contabilidade gerencial atua dentro 
das organizações dando auxílio para a tomada de decisão no âmbito de suas 
atividades. 
 25 
Conforme Padoveze (2009, p. 39), as áreas de atuação da contabilidade 
gerencial são divididas em três blocos de informações para suprir cada um dos 
níveis hierárquicos, como segue: 
 
1. Gerenciamento contábil, objetivando canalizar informações que 
sejam apresentadas de forma sintética, em grandes agregados, 
com a finalidade de controlar e planejar a empresa dentro de uma 
visão de conjunto; 
2. Um segundo bloco de informações que suprirão a média 
administração, ou, caso necessário, seguimentos que a empresa 
definiu em termos de divisões ou linhas de produtos. São 
informações para canalizar os conceitos de contabilidade por 
responsabilidade. Denominamos esse segmento de gerenciamento 
contábil setorial. 
3. Um terceiro bloco de informações para gerenciar cada um dos 
produtos da companhia, de forma isolada. Denominamos esse 
segmento da contabilidade gerencial de gerenciamento contábil 
específico. São informações que descem a um grau maior de 
detalhamento, em nível operacional. 
 
Ao entender, a contabilidade gerencial deve atender todas as atividades da 
empresa, mas cada área deve ser particularmente apreciada a ponto de elencar qual 
a parcela de contribuição que cada uma oferece na geração de um todo. 
 
 
5.7 Contabilidade de Custos 
 
A contabilidade de custos é uma área da contabilidade que estuda o 
comportamento dos custos inerentes à produção dos bens e serviços. O resultado 
de sua aplicação contribui na qualificação dos processos sendo importante 
ferramenta para o controle do desempenho. Segundo Leone (1985, p. 12) “as 
técnicas de Contabilização dos Custos constituem um poderoso instrumento nas 
mãos do administrador para o eficiente desempenho de suas funções”. 
Conforme Cashin e Polimeni (1982, p. 573): 
 
No estudo de gerência, aquele que toma as decisões deve compreender a 
relação entre o custo para fazer negócios e a receita gerada pelas vendas 
da empresa. A relação é importante porque em sua forma mais simples é a 
definição de lucro. Os contadores são os únicos qualificados para 
desenvolver e usar esta relação. 
 
 26 
Por vezes, a contabilidade gerencial e a contabilidade de custos se 
confundem. Acredita-se mesmo que tenham funções semelhantes e que a própria 
contabilidade gerencial seja o que chamamos de contabilidade de custos. 
Conforme Atkinson et al (2000, p. 125) 
 
Sistemas de contabilidade coletam e analisam dados de custo para servir 
de apoio às tomadas de decisão gerencial. Custo é definido como o valor 
monetário de bens e serviços gastos para se obter benefícios reais ou 
futuros.A contabilidade de custos gera diversas informações em níveis gerenciais 
para uma empresa, pois quando os gestores têm o conhecimento de qual é o custo 
que ele detém para produzir uma determinada mercadoria ou para prestar um 
serviço, há como precificar seus produtos a um valor acessível, sem diminuir a sua 
qualidade. 
Para Leone (2006, p. 19): 
 
A contabilidade de Custos é o ramo da contabilidade que se destina a 
produzir informações para diversos níveis gerenciais de uma entidade, 
como auxílios às funções de determinação de desempenho, de 
planejamento e controle das operações e de tomada de decisões. 
 
A contabilidade de custos nos traz informações relacionadas ao custo da 
mão-de-obra aplicada na produção de uma determinada mercadoria, ou na 
prestação de serviços, quanto ao número de horas trabalhadas para a produção 
destes. 
Leone (2006, p. 20) relata que: 
 
Outra particularidade da contabilidade de Custos é que ela trabalha dados 
operacionais de vários tipos: os dados podem ser históricos, estimados 
(futuros), padronizados e produzidos. Aqui reside, também, uma das fortes 
vantagens da Contabilidade de Custos. Ela pode (e deve) fornecer 
informações de custos diferentes para atender as necessidades gerenciais 
diferentes. São muitas as necessidades gerenciais. Apenas como forma de 
atender a uma exigência didática, os estudiosos classificaram as 
necessidades gerenciais em três grandes grupos: 
1. informações que servem para a determinação da rentabilidade e do 
desempenho das diversas atividades da entidade; 
2. informações que auxiliam a gerência a planejar, a controlar e a 
administrar o desenvolvimento das operações; 
3. informações para a tomada de decisões. 
 
 27 
Uma das informações geradas pela contabilidade de custos é a combinação 
de dados monetários e físicos que produzem indicadores gerenciais importantes 
para o processo de gestão da organização. 
 
5.7.1 Objetivos da Contabilidade de Custo 
 
Os objetivos da contabilidade de custos varia conforme cada necessidade das 
empresas, variando conforme suas atividades. 
Leone (2006, p. 21) nos traz que: 
 
Os objetivos da Contabilidade de Custos serão fixados de acordo com as 
necessidades apresentadas pelos diversos níveis gerenciais. Embora o 
contador de custo não estabeleça previamente quais são os objetivos de 
sua atividade, a grande maioria dos estudiosos do assunto os estabelece 
apenas para atender as exigências de ordem didática, uma classificação de 
objetivos em três grandes grupos, já citados anteriormente. São eles: (a) o 
objetivo da determinação da rentabilidade, esta num sentido bem amplo, 
que considera o desempenho da entidade e de seus componentes em todos 
os sentidos; (b) o objetivo que se traduz pelo controle dos custos das 
operações de cada atividade no sentido de minimizá-los pela comparação 
constante entre os dados previamente estabelecidos (como orçamentos, 
estimações e padrões) e os dados que realmente ocorreram. A procura pela 
redução de custos deve passar obrigatoriamente pela análise das causas 
das variações ocorridas. Tais causas sempre são decorrência de disfunções 
operacionais. O objetivo final é descobrir esses erros, avaliá-los 
economicamente e propor medidas corretivas; (c) o objetivo de fornecer 
informações, normalmente não recorrentes, aos diversos níveis gerenciais 
que as solicitam para atender a suas funções de planejamento e de tomada 
de decisões. 
 
 A contabilidade de custos como instrumento de controladoria auxilia na busca 
de problemas eventuais, encontrando suas causas e assim podendo sugerir as 
unidades corretivas. 
 
5.7.2 Formação dos Custos 
 
Para haver produção é necessária a aquisição de recursos que denominamos 
de matéria-prima aliados a outros componentes que sofrerão o processo de 
transformação que posteriormente será vendida. Este processo envolve uma série 
de pessoas desde o fornecimento, a elaboração até a venda, em alguns casos na 
pós-venda. 
Para Horngren, Datar e Foster (2004, p.26) 
 28 
A apropriação de custos é um termo geral que engloba (1) o 
rastreamento de custos acumulados que tenham relacionamento 
direto com o objeto de custo e (2) apropriação de custos acumulados 
que tenham relacionamento indireto com um objeto de custo. 
 
Para a efetiva acumulação dos custos, utilizam-se os métodos de custeio. 
Antes, porém, se faz necessário a apresentação de algumas nomenclaturas que 
facilitarão o seu entendimento. 
 
Nomenclatura dos custos 
 
I. Receitas: entrada de bem e ou direito (recursos) no Patrimônio Líquido, 
correspondendo à venda de um produto ou à execução de um serviço. 
 
II. Gastos: é o sacrifício que uma empresa deve tomar para que seja possível a 
obtenção de produto e ou serviço. 
Os gastos dividem-se em: Custos, Despesas e Investimentos. 
 
� Custo: é o gasto necessário na produção de um produto ou serviço. 
Assim sendo, custo é o gasto envolvido na produção, como exemplo, 
temos a mão-de-obra envolvida na produção de um produto. 
 
� Despesa: é o gasto necessário sob a forma direta ou indireta para 
adquirir receita. Ou seja, as despesas são relativas à administração, 
como exemplo, temos a depreciação do computador do gerente 
financeiro. 
 
� Investimento: é o gasto que vai diretamente para o ativo e que é 
“baixado” apenas no momento da venda, consumo ou desvalorização. 
Os investimentos, em seu primeiro momento, serão colocados no 
estoque (ativo) para depois serem transferidos para o resultado, 
originando um custo ou uma despesa. Exemplo: aquisição de um 
computador para o gerente financeiro (primeiro momento investimento, 
ao passar para o resultado virará despesa). 
 
 29 
5.7.3 Custos Variáveis 
 
São os custos que variam com a quantidade de mercadorias a ser produzida, 
como, por exemplo: matéria-prima, mão-de-obra por unidade, energia elétrica pelo 
consumo que aumenta, quando o volume a ser produzido aumenta. 
Conforme Martins (2000, p. 54): 
 
O valor global de consumo dos materiais diretos por mês depende 
diretamente do volume de produção. Quanto maior a quantidade fabricada, 
maior seu consumo. Dentro, portando, de uma unidade de tempo (mês, 
nesse exemplo), o valor do custo com tais materiais varia de acordo com o 
volume de produção; logo, materiais diretos são Custos Variáveis. 
 
Sendo assim, como exemplo: para a fabricação de 20 camisas são 
necessários 120 botões, agora se a produção de camisas aumentar em 50% 
(cinqüenta por cento) a quantidade de botões aumentará para 240 botões. 
 
5.7.4 Custos Fixos 
 
São os custos necessários para haver uma produção, mas que não estão 
diretamente relacionados a ela. Ou seja, independente do volume a ser produzido, o 
custo continuará com valores constantes, como exemplo pode ser citado o aluguel 
da fábrica, salário do supervisor, serviço de vigilância, entre outros. 
Segundo Martins (2009, p. 50) “o aluguel da fábrica em certo mês é de 
determinado valor, independentemente de aumentos ou diminuições naquele mês 
do volume elaborado de produtos. Por isso, o aluguel é um Custo Fixo.”. 
 
5.7.5 Custos e Controle 
 
A contabilidade de custos é uma área que está relacionada à gestão de 
controle de uma empresa. Segundo Martins (2009, p. 22), “O conhecimento dos 
custos é vital para saber se, dado o preço, o produto é rentável; ou, se é possível 
reduzi-los (os custos)”. 
A contabilidade de custos apresenta uma proposta de controle, fatores como 
preço, quantidade e qualidade dos bens e serviços estão intrinsecamente 
relacionados aos métodos de custeio aplicados. Para Martins (2009, p. 305), 
“Controlar significa conhecer a realidade, compará-la com o que deveria ser, tomar 
 30 
conhecimento rápido das divergências e suas origens, e tomar atitudes para sua 
correção”. 
Porém, Martins (2009, p.305) também fala que: 
 
Nenhum Sistema de Custo, por mais completo e sofisticado que seja, é 
suficiente para determinar que uma empresa tenha total Controle deles. 
Principalmente, porque a fase mais importante do ciclo para essa finalidade 
é a tomada de decisões com respeito à correção dos desvios. Mas 
podemos concluir que um Sistema de Custos pode ser de grande 
importância para que se consiga obter Controle, desde que devidamente 
completado por essa fase de correção. Podemos até dizer que dispor de um 
bom sistema de custos é condição não suficiente, mas necessária. 
 
Um sistema de custeio bem definido para a empresa, a leva para um nível de 
controle essencial para uma produção sadia, agregando qualidade ao produto 
desenvolvido. 
 
5.7.6 Valor Final dos Custos para quem Produz e para quem Consome 
 
Quanto maior for o lucro que o produtor tiver, maior serão os seus custos, 
pois aumentará a mão-de-obra, aquisição de matéria-prima, salário do pessoal, 
entre outros. 
Porém, para que o produto seja vendido, há a necessidade de perceber quem 
será seu público alvo, pois se o preço do produto for elaborado para atender as 
pessoas de renda alta, mas as necessidades dos produtos serem para os de baixa 
renda, os produtos não serão vendidos. Portanto, é de suma importância que antes 
de estabelecer os preços, deve ser feito um estudo para desmistificar quem serão 
seus consumidores, para que os produtos sejam além de necessários, fáceis de 
vender. 
Agora o que fazer, se o produto não for bem aceito pelos consumidores 
devido o preço ser elevado? Aí se o produto não deixar de existir, o seu preço terá 
que ser menor, mas para a redução do preço terá de reduzir os custos, como, por 
exemplo, o corte de salários dos funcionários, entre outros. 
Conforme Florentino (1981, p. 15): 
 
Não havendo possibilidade de venda do produto, por falta de receptividade 
dos consumidores, ou o produto desaparecerá do mercado, ou então o seu 
preço de custo será reduzido com sacrifício de uma das remunerações 
(redução dos salários, dos lucros, dos juros e aluguéis ou dos impostos). 
 31 
 
Quando os produtos não são bem recepcionados pelos consumidores, 
existem outros métodos a utilizar, como diz Florentino (1981, p. 15): 
 
Quando as empresas não têm receptividade de seus produtos, elas utilizam 
os seguintes métodos: 
a) racionalizar a produção e combater desperdícios; 
b) aumentar a quantidade produzida, com os mesmos elementos que 
possuem, planejando a melhor utilização desses elementos. 
 
A contabilidade de custos para redução de desperdícios é uma peça 
fundamental, pois ela avalia e controla os custos necessários para a produção de 
uma determinada mercadoria. 
 
5.7.7 Métodos de Custeio 
 
Custear é apropriar os custos ao processo de produção, ou uma forma de 
alocar os custos aos produtos. Há diferentes critérios para ratear os custos aos 
produtos, como custeio por absorção, variável, ABC, RKW, este último originou o 
custeio por absorção, entre outros. 
 
5.7.7.1 Custeio por Absorção 
 
Esta forma de custeio, única aceita pelo fisco, apropria todos os custos da 
produção aos produtos. De acordo com Viceconti e Neves (2003, p. 33): 
 
Custeio por absorção é um processo de apuração de custos, cujo objetivo é 
ratear todos os seus elementos (fixos ou variáveis) em cada fase da 
produção. Logo um custo é absorvido quando for atribuído a um produto ou 
unidade de produção, assim cada unidade ou produto receberá sua parcela 
no custo até que o valor aplicado seja totalmente absorvido pelo Custo dos 
Produtos Vendidos ou pelos Estoque Finais. 
 
Conforme Sá (1990, p. 109) custeio por absorção é a: 
 
Expressão utilizada para designar o processo de apuração de custos que se 
baseia em dividir ou ratear todos os elementos do custo, de modo que, cada 
centro ou núcleo absorva ou receba aquilo que lhe cabe por cálculo ou 
atribuição. 
 
 32 
Sendo assim, neste custeio são considerados inventariáveis todos os custos, 
sejam fixos ou variáveis como diretos e indiretos. 
 
5.7.7.2 Custeio por Atividades – ABC 
 
É um custeio que surge devido às necessidades das organizações se 
atualizarem às novas tecnologias de produção. E tendo como foco reduzir as 
distorções causadas pelos custos indiretos fixos (CIF), ou seja, alocar os custos 
indiretos fixos aos produtos e serviços prestados. 
Conforme Martins (2009, p. 87): 
 
Com o avanço tecnológico e a crescente complexidade dos sistemas de 
produção, em muitas indústrias os custos indiretos vêm aumentando 
continuamente, tanto em valores absolutos quanto em termos relativos, 
comparativamente aos custos diretos (destes, o item Mão-de-obra Direta é 
o que mais vem decrescendo). 
 
No custeio por atividades, os recursos não são consumidos por seus produtos 
e sim por suas atividades. 
Segundo Nakagawa (apud LEONE 2006, p. 255): 
 
No método de custeio baseado em atividades, ou ABC, assume-se, como 
pressuposto, que os recursos de uma empresa são consumidos por suas 
atividades e não pelos produtos que ela fabrica. Os produtos surgem como 
consequências das atividades consideradas estritamente necessárias, 
expectativas e anseios de clientes. 
 
Neste sistema de custeio, temos então que, as mercadorias se originam a 
partir do momento que há uma atividade exercida. 
 
5.7.7.3 Custeio Variável 
 
Neste custeio, aparecem apenas como custos de fabricação os custos 
variáveis, independentemente de serem diretos ou indiretos. 
Custeio variável, para Horngren, Foster e Datar (2000, p. 211), “é o método 
de custeio de estoque em que todos os custos de fabricação variáveis são 
considerados custos inventariáveis. Todos os custos de fabricação fixos são 
excluídos dos custos inventariáveis: eles são custos do período em que ocorreram”. 
 33 
Já para SÁ (1990, p. 108), custeio variável é “o processo da apuração de custo que 
exclui os custos fixos”. 
 
 
5.8 Orçamento 
 
Esta tem sua importância como uma ferramenta de controle dentro de uma 
organização. Interage diretamente com o custo-padrão. Conforme Martins (2009, p. 
319) “O custo-padrão não deixa de ser uma espécie de orçamento, apenas que 
tende a forçar o desempenho da produção por ser normalmente fixado com base na 
suposição de melhoria de aproveitamento dos fatores de produção”. 
Tendo o custo-padrão inserido na organização, acaba ficando fácil a 
elaboração do orçamento para a produção, pois custo-padrão é o mesmo que dizer 
ser o custo ideal de produção de um bem ou serviço. Segundo Martins (2009, p. 
329), “vemos que acaba o Custo-padrão podendo servir também como elemento de 
base para a elaboração daquela peça de controle global tão importante; 
simplificando-lhe sobremaneira a própria construção”. 
 
 
 34 
6 PLANO DE AÇÃO: CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO 
 
 
A empresa, já qualificada nesta pesquisa, não utilizava os dados produzidos 
pela contabilidade. A gestão da organização era uma extensão do modelo aplicado à 
vida de seus sócios. 
Quanto às decisões, pode-se afirmar que eram tomadas sem a aplicação dos 
conceitos e critérios conhecidos. Sendo as decisões tomadas com base nas 
especulações informais e meios paliativos, que outrora tiveram uma razão relativa, 
mas que agora não fazem mais sentido (Exemplo: Comprar mercadorias em 
quantidade e ou valor superior ao giro em razão dos níveis de estoque, 
considerando o gestor, possíveis aumentos de preço ou a falta destes itens). 
Embora fisicamente existam departamentos, verificou-se a falta da 
departamentalização contábil sistêmica. Sua estrutura física está compreendida em 
aproximadamente 80 m², no qual comporta as atividades de compra, recebimento 
das mercadorias, vendas, execução de montagens e consertos, remessa de 
mercadorias, emissão de notas fiscais de vendasdos bens e serviços. 
O empreendedor vem investindo na nova estrutura física, que comportará 
todos os setores existentes da empresa e outros, especificamente, os de controle. É 
importante afirmar que esta preocupação sempre esteve compreendida no conjunto 
de objetivos do empreendedor. 
A organização possui um controle de estoque2 desordenado e arbitrário. As 
decisões, acerca dos mesmos, também são arbitrárias sem uma justificativa 
científica pertinente. 
Diante do que foi contextualizado, de acordo com o embasamento teórico 
estudado, traçou-se um plano de nível gerencial para que este venha a servir de 
ferramenta estratégica, tornando as ações do gestor mais racionais e equilibradas. O 
termo racional pressupõe que antes da ação é necessário medir quais são os 
objetivos quando da utilização dos recursos da empresa, enquanto o equilíbrio 
medirá se o que se deseja consumir será suficiente para atingir os objetivos 
propostos. Segue abaixo modelo de gestão: 
 
2
 Os estoques não possuem controle automatizado sendo feito o controle periódico uma vez a cada 
término de exercício. Testes efetuados pela contabilidade demonstram falhas nos procedimentos de 
contagem manual. 
 35 
 
Figura 1: Proposta de Modelo de Gestão. 
Fonte: Elaborado pelo Autor 
 36 
A coleta dos dados se dará a cada trimestre. O método de análise deste 
modelo de gestão se dará da seguinte forma: 
 
1. Estrutural: Irá mensurar se as condições tanto internas quanto 
externas estão sendo satisfatórias para a empresa. 
2. Aplicação: Identificará dentro do processo de produção os problemas 
e as qualidades, onde no controle terá as respostas para a resolução 
dos problemas. 
3. Controle: Analisará por meio de índices financeiros como a empresa 
está em dado momento, bem como se o estoque está suprindo 
satisfatoriamente as necessidades da empresa. Investigará como 
alcançar as oportunidades e como conviver com as ameaças, melhorar 
os pontos fortes e evitar os pontos fracos, para assim obter os 
resultados esperados, buscando com a retroalimentação, produtos com 
maior qualidade e assim solucionar os problemas encontrados. 
 
 
6.1 Itens etapa estrutural 
 
1. Concorrentes: Medirá a quantidade de concorrentes e os níveis de 
qualidade, satisfação de cada um deles. 
Forma de avaliação: Quantidade de novos concorrentes e os níveis de 
concorrência em: Competitivo, intermediário e não competitivo. 
 
2. Fornecedores: Mensurará se os preços são justos pela mercadoria 
adquirida, bem como identificar novos fornecedores para ter o conhecimento sobre o 
preço das mercadorias. 
Forma de avaliação: Mostrará os preços dos fornecedores por unidade de 
mercadoria. 
 
3. Clientes: Medirá os níveis de satisfação dos clientes, sendo de 
atendimento e qualidade dos produtos; 
Forma de avaliação: Excelente, bom, satisfatório e ruim. 
 
 37 
4. Processo produtivo: Analisará todo o processo de produção, buscará 
passar para seus funcionários o entendimento de todo o processo. Investigará 
custos desnecessários. 
Forma de avaliação: Dirá se houve entendimento ou não dos funcionários 
frente ao processo de produção. E mostrará se houve custos desnecessários ou 
não, os apresentando, quando tiver. 
 
5. Mão-de-obra: Irá analisar se está satisfazendo ou não a demanda. 
Forma de avaliação: Mostrará o rendimento de cada funcionário em: 
Excelente, bom e ruim. 
 
6. Matéria-prima: Medirá se os produtos são de boa qualidade. 
Forma de avaliação: Boa qualidade, má qualidade e encontrado novo 
fornecedor. 
 
7. Equipamentos: Analisará se estão em boas condições de uso, para trazer 
produtos seguros e de qualidade, segurando as boas condições dos trabalhadores. 
 Forma de avaliação: Boas condições, em condições e troca de 
equipamento. 
 
8. Tempo de produção: Identificará se o tempo de produção realmente é o 
tempo necessário. 
Forma de avaliação: Apresentará os dados em horas por produção. 
 
9. Manutenção de equipamentos: Obterá informações referente ao tempo 
de manutenção e quantas vezes cada equipamento teve que ir para manutenção, 
apresentando relatório dos custos por manutenção. 
Forma de avaliação: Quantidade de horas de equipamentos em 
manutenção, anexando relatório dos custos de cada manutenção por equipamento. 
 
10.Ambiente: Analisará se o ambiente de trabalho está em condições de 
segurança para os funcionários. 
Forma de avaliação: Perfeitas condições, boas condições e necessário 
melhorias no ambiente. 
 38 
 
 
6.2 Itens etapa aplicação 
 
1. Estudo dos custos: Análise para a descoberta se haverá algum custo que 
poderá ser reduzido ou cortado da produção. 
Forma de avaliação: Apresentará os custos que estão sendo reduzidos ou 
cortados da produção. 
 
2. Política de compras: Equilíbrio entre as saídas e as demandas. 
Forma de avaliação: Mostrará em dados financeiros (moeda) a quantidade 
de entradas (compras) para o estoque. 
 
3. Política de vendas: Apresentará a quantidade de recebimento à vista e a 
prazo. 
Forma de avaliação: terá de ser elaborado um relatório apresentando o 
montante de recebimento a vista e, quando a prazo, mostrando os dias de 
recebimento e em quantas vezes foram feitas as vendas. 
 
4. Mensuração de entradas de recursos: Medir a quantidade de recursos 
que estão entrando na empresa. 
Forma de avaliação: em números. 
 
5. Mensuração de produtos em elaboração: Equilíbrio da produção, 
entrando aqui o item “6” Mensuração de produtos elaborados e o item “7” 
Demanda de produção, para assim haver o equilíbrio entre demanda e produção. 
Forma de avaliação: Diagnóstico da quantidade de produtos em elaboração 
com os já elaborados, para satisfazer a demanda. Apresentando os números de 
produtos elaborados e em elaboração juntamente com o número de pedidos. 
 
8. Inovações tecnológicas: Buscar se atualizar referente a novos 
equipamentos, buscando um diferencial para aumentar o nível de competitividade. 
 39 
Forma de avaliação: Apresentará se houve inovações, se sim, colocar qual 
equipamento, trazendo um relatório mostrando suas principais mudanças quanto ao 
processo de produção agregando qualidade ao produto. 
 
9. Bloqueio dos funcionários frente ao modelo de análise: Como todo 
processo de mudança, de quebra de conceito existente dentro de uma empresa, 
sempre há uma barreira a ser quebrada. 
Forma de Avaliação: Pensando nisso, este item trás a identificação de quais 
funcionários não estão concordando com o novo método de controle. Procurando 
entender o lado do funcionário, ouvindo-o para que assim sejam resolvidos os 
desvios, os bloqueios. 
 
10. Treinamento e suporte técnico aos funcionários: Busca o aprendizado 
do funcionário para o novo método. Aqui entra também para se houver novas 
tecnologias para os equipamentos, dando curso aos funcionários e suporte técnicos. 
Forma de avaliação: Avaliará se os funcionários estão evoluindo frente as 
mudanças através dos seguintes níveis: Ótimo, bom, satisfatório, ruim. 
 
 
6.3 Itens etapa controle 
 
1. Controle do estoque: Elaborar pela média ponderada a quantidade de 
estoque no final de cada trimestre. 
Forma de avaliação: Colocará a quantidade de estoque em cada trimestre. 
 
2. Orçamento: Analisar bem antes de passar o orçamento, para não acabar 
passando um valor inferior ou superior, e cuidar dos descontos concedidos. 
Forma de avaliação: Fará a observação dos orçamentos passados 
equivocadamente e a porcentagem de descontos concedidos. 
 
3. Oportunidades: Identificará as oportunidades que a empresa vem a ter. 
Forma de avaliação: Quantas oportunidades a empresa teve, quantas ela 
aproveitou e quantas deixou de aproveitar e quais foram. 
 
 40 
4. Ameaças: Identificaçãodas ameaças ocorridas na empresa. 
Forma de avaliação: Quais foram as ameaças e se algumas delas teve 
influência na empresa. 
 
5. Pontos fortes: Identificará os pontos fortes da empresa, e tão depois 
buscar melhorar esses pontos fortes. 
Forma de avaliação: Referente ao melhoramento: Ótimo, relevante e ruim. 
 
6. Pontos fracos: Identificará quais pontos podem trazer riscos a empresa. 
Forma de avaliação: Apresentará quais são os pontos que a empresa deve 
ter cuidado em especial para evitar de incorrer riscos. 
 
7. Controle de entradas – Financeiro: Mostrará qual foi a entrada total de 
receita durante cada trimestre. E mostrará como está sendo distribuído este valor 
para a empresa. 
Forma de avaliação: Colocará de fato o valor de receita no trimestre. 
 
8. Controle de saídas – Financeiro: Apresentará para onde estão indo as 
entradas (receita). 
Forma de avaliação: Apresentará em porcentagem pra cada destino da 
receita, identificando cada destino. 
 
9. Controle de qualidade: Identificar se estão havendo melhorias no 
processo de produção, agregando qualidade aos produtos. 
Forma de avaliação: Em “SIM” ou “NÃO”. 
 
10. Retorno das informações de controle (feedback): Buscar junto aos 
clientes respostas referente ao atendimento e a qualidade do produto. 
Forma de avaliação: Neste item o gestor colocará as opiniões dos seus 
clientes sobre seu produto, para assim dar mais zelo e qualidade ao seu produto. 
 
Este é um modelo flexível de gestão, ou seja, havendo a necessidade de 
mudança, por qualquer motivo que demonstre ser necessário para a melhor gestão 
da empresa, será feito. 
 41 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Através desta pesquisa científica, foram apresentados conceitos importantes 
para utilização da contabilidade em nível gerencial; gerou-se conhecimento acerca 
da gestão da organização; estudou-se a contabilidade gerencial como uma 
ferramenta que conduz a geração de valor. Valor este que aumenta a saúde da 
empresa e por conseguinte a longevidade. 
Analisou-se, ainda, que a tomada de decisão sem aproveitamento das 
informações geradas pela contabilidade, inevitavelmente, conduz a empresa ao 
fracasso. 
Sob o aspecto do aproveitamento das informações da contabilidade, estas 
sendo gerenciais, pode-se dizer que reduzirá os riscos, dando assim um nível de 
segurança para a empresa, com tomadas de decisões alicerçadas e fundamentadas. 
Assim, os aspectos de controle evidenciados pela qualidade das informações, ficam 
mais transparentes, facilitando a visualização dos objetivos por parte dos gestores. 
Com este modelo de gestão, a empresa pode conhecer seus aspectos 
positivos e negativos, tendo a possibilidade de fornecer melhores produtos e 
serviços, com maior valor agregado. 
Ao se propor um modelo de gestão, concebeu-se a possibilidade de medir 
periodicamente o desempenho da empresa em seus níveis distintos (Estratégico, 
Tático e Operacional). 
Este trabalho científico não se restringe apenas a esta empresa, pois abre 
mais uma possibilidade de pesquisa continuada, podendo contribuir para futuros 
estudos. Sugere-se, no entanto que sejam aplicados modelos semelhantes na 
intenção de colher seus resultados, com a finalidade de aperfeiçoá-lo, criando fonte 
sólida de pesquisa e de aplicação. 
 42 
8 REFERÊNCIAS 
 
 
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Contabilidade Gerencial. 12. ed. São Paulo: Prendice Hall, 2004. 
 
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9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. 
 
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demais sociedades. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989. 
 
IUDICIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. 
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NAKAGAWA, Masayuki. Introdução à Controladoria: Conceitos, sistemas, 
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PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: Um enfoque em 
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VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez; NEVES, Silvério das. Contabilidade de 
Custos: Um enfoque direto e objetivo. 7. ed. São Paulo: Frase Editora, 2003.

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