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Anemia Hemolítica Profa Eloisa Elena ±120 dias –removidos extravascularmente pelos macrófagos do SRE na MO, fígado e baço Devido a falta de núcleo – enzimas são degradadas e não são repostas, tornando os eritrócitos inviáveis Catabolismo do heme libera: Fe para recirculação – destino: MO (eritroblastos) Protoporfirina–bilirrubina –destino: excreção via urobilinogênio e estercobilinogênio Globina –aa–destino: síntese de novas proteínas Destruição normal dos eritrócitos Classificação Achados laboratoriais Rt , LDH, esquizócitos no sangue periférico Síndromes de fragmentação eritrocitária Anemias hemolíticas hereditárias – Defeitos de Membrana Anemias hemolíticas hereditárias – Defeitos Enzimático Anemia Hemolítica Auto-Imune A anemia hemolítica auto-imune (AHAI) é caracterizada pela destruição precoce das hemácias devido à fixação de imunoglobulinas e/ou complemento na superfície da membrana eritrocitária Teste da Antiglobulina Direto positivo (Coombs) Anemia hemolítica adquirida Anemia hemolítica crônica adquirida rara, de curso clínico extremamente variável. Apresenta-se freqüentemente com infecções recorrentes e surge em associação com outras doenças hematológicas, especialmente com síndromes de insuficiência medular, como anemia aplásica e síndromes mielodisplásicas Hemoglobinúria Paroxística Noturna Causada pela expansão clonal não-maligna de uma ou mais células-tronco hematopoéticas que adquiriram mutação(ões) somática(s) no gene da fosfaditilinositolglicana classe-A (phosphatidyl inositol glycan-class A, PIG-A), localizado no cromossomo X Estas mutações resultam no bloqueio precoce da síntese de âncoras de glicosilfosfaditilinositol (GPI), responsáveis por manter aderidas à membrana plasmática dezenas de proteínas com funções específicas. Hemoglobinúria Paroxística Noturna Dentre as proteínas ancoradas pela GPI estão os CD55 14 e CD59, que têm o importante papel de controlar a ativação da cascata do complemento. Assim, a hemólise da HPN resulta do aumento da susceptibilidade de eritrócitos clonais ao complemento, pela redução ou ausência completa das proteínas regulatórias na superfície celular Hemoglobinúria Paroxística Noturna Diagnóstico A citometria de fluxo é o exame de escolha na investigação de HPN, por ser capaz de avaliar a expressão de proteínas ancoradas pela GPI com alta sensibilidade e especificidade Hemoglobinúria Paroxística Noturna Formação de imunocomplexos (quinidina, fenacetina) Mais frequente Droga se fixa a proteína plasmática – formação de Acs (IgM) – formação de imunocomplexos Ac + droga + proteína – ativação do complemento – lise intravascular Fixação a receptores da membrana eritrocitária (penicilina, cefalotina, estreptomicina) Altas doses por via i.v – ligação da droga + proteína da membrana eritrocitária – formação de Acs IgG – não há ativação do complemento Modificação da membrana dos eritrócitos Lesão dos eritrócitos com hemólise Ac do tipo IgG Indução da formação de auto-Acs pela droga alfametildopa – Aldomet Acs (IgG) atuam diretamente nos eritrócitos, sem a necessidade da presença da droga Anemia hemolítica imune induzida por drogas Imunização materna ao antígeno D (Rh) presente nas hemácias do feto Mãe Rh negativo e feto Rh positivo Mãe produz Ac anti-D (IgG) = provocam hemólise no feto, grande número de eritroblastos no sangue – por isso eritroblastose fetal Casos mais graves – hidropsia fetal Casos menos graves – icterícia, hepato e esplenomegalia, grande aumento da bilirrubina indireta no sangue (falta de conjugação devido à imaturidade hepática) Doença Hemolítica do Recém-nascido (DHRN) Transfusão de sangue incompatível Esfregaço: auto-aglutinação e esferocitose Anemia hemolítica isoimune Hemoglobinopatias Anemia Falciforme Profa Eloisa Elena Doença genética e hereditária - herança autossômica dominante. A hemoglobina produzida é anormal e é chamada de S (onde a letra S deriva da palavra inglesa sickle, que em português traduz-se como foice). Anemia Falciforme Quando a pessoa recebe de um dos pais a hemoglobina A e de outro a hemoglobina S, ele é chamado de “traço falcêmico”, sendo representado por AS. Forma heterozigota – assintomática, apenas 1% das células mostram alteração Quando uma pessoa recebe de ambos, pai e mãe, a hemoglobina S, ela nasce com Anemia Falciforme cuja representação é SS. Forma homozigota Anemia Falciforme Alteração genética ocorre no cromossomo 11 No caso na anemia falciforme a mudança de nucleótidos no gene mutante é rigorosamente conhecida: a sequência GAG é substituída por GTG numa determinada posição na cadeia de DNA que codifica a cadeia ß da hemoglobina (substituição do ácido glutâmico pela valina). Anemia Falciforme Hemoglobina mutante (α2/βS2) Possui propriedades físico-químicas bastante diferentes da hemoglobina normal Devido à perda de duas cargas elétricas por molécula de hemoglobina (por causa da perda do ácido glutâmico). Exibe diferente estabilidade e solubilidade Forte tendência à formação de polímeros. Anemia Falciforme A hemoglobina S no estado de baixa tensão do oxigênio sofre uma modificação na sua conformação molecular devido à presença do aminoácido valina, que interage com o receptor fenilalanina (β-85) e leucina (β-88) na molécula adjacente de hemoglobina S. Formação de polímeros enovelados entre si - processo de nucleação. Hemácia em forma de foice Anemia Falciforme Outras alterações: Perda do poder deformatório o que lhe impossibilita transpor o menor diâmetro dos capilaresda microcirculação. Perda da elasticidade da célula Devido ao incremento da concentração de HbS intracelular Maior adesão do eritrócito falcizado ao endotélio. Mediada pelo complexo de integrina α4β1, fator de von Willebrand e fibronectina Favorecem a formação de trombos na micro e na macrocirculação (vasoclusão) Anemia Falciforme Resultados Laboratoriais Anemia Falciforme/β+Talassemia Contagem de reticulócitos Reticulocitose é comum nas doenças das células falciformes Tem importância como marcador biológico do grau da eritropoiese. A pesquisa de corpos de Heinz (precipitados de globina alfa ou beta que se aderem à membrana do eritrócito) Avalia a contagem de reticulócito Fornece subjetivamente o grau de oxidação da Hb S Anemia Falciforme RETICULOCITOSE E CORPOS DE HEINZ Eletroforese de Hemoglobina Avaliação qualitativa que determina a presença ou ausência de Hb S nos eritrócitos. Seu princípio se baseia na indução da falcização por meio da desoxigenação da hemoglobina por drogas redutoras num microambiente formado no espaço entre lâmina e lamínula. Teste de Falcização Hemoglobinopatias Talassemias Profa Eloisa Elena Deficiência parcial ou total de cadeias α ou β Consequências: Redução da síntese de Hb normal Desequilíbrio entre produção das cadeias globínicas Talassemias Causadas por deleção de genes alfa; Normal = 4 cópias do gene de α-globina 2 cópias do pai e 2 da mãe A gravidade da clínica pode ser classificada conforme o número de genes que faltam ou estão inativos; As talassemias alfa se devem à deleção de um gene alfa (-,a/a,a), deleção de dois genes alfa (-,-/a ,a ) ou (-,a /-,a ), de três (-,-/-,a ) e de quatro (-,-/-,-). Essas deleções podem atingir parte do gene alfa, diminuindo a sua síntese de globina alfa, e é por isso representado por a +. Quando, a deleção atinge integralmente o gene alfa, bloqueando totalmente a síntese de globina alfa, representa-se por a 0 Alfa -Talassemia Genética da globina alfa Portador silencioso (αα/α-) Traço talassêmico alfa (α-/α-) ou (αα/--) Talassemia alfa menor Doença da Hb H (α-/--) Tetrâmero de globina beta (β4) Hidropsia fetal (--/--) = incompatível com a vida Tetrâmero de globina gama (γ4) – Hb Bart’s Talassemia alfa maior Talassemia alfa 49 Anemia microcítica, hipocrômica, moderadamente severa (Hb 7-11 g/dL) Inclusões (Hb H, corpúsculo de Heinz) Células em alvo Talassemia alfa Talassemia Caracterizam-se por uma alteração quantitativa da síntese de globinas beta e são classificadas como talassemias beta zero (ou talassemia β 0) quando não há síntese de globinas, e talassemias beta mais (ou talassemia β+) quando há alguma taxa de síntese. As globinas alfa, que são sintetizadas normalmente, acumulam-se nos eritrócitos, durante a eritropoiese, causando agregação e precipitação. Os precipitados, formados em quantidades variáveis, danificam a membrana e destroem prematuramente essas células provocando a anemia. Talassemia beta homozigota – Talassemia maior Talassemia beta heterozigota - Talassemia menor Beta Talassemia Genética da globina beta Diagnóstico laboratorial Hemograma: Hb, VCM, HCM reticulócitos e eritroblastos Células em alvo Pontilhado basófilo Corpos de Howell Jolly Biópsia medular Talassemia Pontilhado basófilo Talassemia Talassemia Transfusões – 2 a 3 unidades a cada 4 a 6 semanas Ácido fólico para reposição Quelantes de ferro Esplenectomia pode ser necessária para diminuir a necessidade de transfusões Tratamento Outras Hemoglobinopatias
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