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Curso: Direito 2016.2
Disciplina: Processo Penal I
Professora: Isabelle Lucena Lavor
AÇÃO PENAL 
Art.24 a 62 CPP
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao legitimado ativo 
Ação penal de iniciativa pública
INCONDICIONADA
CONDICIONADA 
Ação penal de iniciativa privada
PROPRIAMENTE DITA
PERSONALISSÍMA 
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
Ob1: o termo “ação penal privada” é atécnico, pois toda ação penal é pública e varia é a legitimidade ativa.
Ob2: no silencio do Código a ação penal é pública INCONDICIONADA.
Ob3: Seja qual for o crime, se violar patrimônio ou interesse da União, dos Estados ou Município a ação penal será pública incondicionada art.24 §2º.
Obs4: todos os crimes da lei de licitações são de ação penal pública incondicionada.
AÇÃO PENAL POPULAR CONDENATÓRIA
Nesta ação qualquer pessoa pode ser legitimada ativa (embora não seja condenatória, exemplo dessa ação é o HC). Já houve na história do Brasil esse tipo de ação do art.157 da CF/1824: Juízes e oficiais de justiça comum.
Para posição majoritária STF – o disposto nos arts. 14, 41 e 75 da Lei 1079/50 (Impeachment) representa exemplo de ação penal condenatória popular. 
TEORIAS DA AÇÃO 
Teoria imanetista: o Direito de ação e o Direito material são a mesma coisa.
Polêmica Coindscheid Muther: em 1850 esta polêmica gerou o conhecimento de que a ação é autônoma em relação do Direito material.
Wach: em 1860 sustenta que a ação é um direito autônomo e concreto, embora autônoma em relação ao Direito material, só haverá ação em caso de procedência do pedido. 
Degenkolb e Plosz: em 1877 reconhecem que a ação é um direito autônomo e abstrato, ou seja, ainda que improcedente o pedido, houve ação. 
Liebman: sustenta que ação é um direito autônomo e abstrato, mas sujeito a condições, com ele surge a Teoria eclética da ação. 
CONDIÇÕES DA AÇÃO
Legitimidade ad causam: é a chamada pertinência subjetiva para ação, ou seja, em tese o autor pode ser autor e o réu pode ser réu.
Exemplos de ilegitimidade: réu menor que 18 anos ao tempo do fato/ MP movendo ação penal privada.
Consequências de ilegitimidade:
Inicio do processo haverá rejeição da denúncia.
Se essa verificação for feita posterior mente a consequência é a nulidade desde o inicio do processo nos termos do art.564 II do CPP. 
Interesse de agir
Necessidade significa que o processo é necessário para se obter o que se quer, no processo penal sempre existirá, pois não é possível aplicar pena sem processo. 
Adequação é a relação de pertinência entre a tutela pretendida e o procedimento utilizado. 
Ex: crime doloso contra a vida – Tribunal do Júri/ art.157 procedimento comum ordinário/ art.155 procedimento comum sumário. A consequência da falta dessa condição da ação é a rejeição da denuncia, ou se verificado posteriormente é a nulidade do processo. 
Utilidade o autor em tese deve poder obter posição jurídica mais favorável ao final do processo do que no seu inicio. Com base neste raciocínio o juiz pode rejeitar a denuncia quando estiver extinta a punibilidade. 
Possibilidade jurídica do pedido 
O pedido deve em tese estar formalmente previsto no sistema. Ex: pena de morte.
Consequências da falta dessa condição da ação:
Rejeição da denuncia art.395 do CPP
Absolvição sumária art.397 do CPP
Ao final do processo absolvição pelo art.386 do CPP
Justa causa
Deve haver suporte probatório mínimo para o recebimento da denúncia. 
Consequências da falta de justa causa:
Rejeição da denúncia 
Absolvição nos termos do art.386 do CPP
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
Legitimado ativo – MP
Veículo – denúncia art.41 do CPP
5 dias acusado preso
15 dias acusado solto
Contagem de prazo processual – exclui o dia de inicio e inclui o dia final.
Princípios da APPI
O BRIGATORIDADE (LEGALIDADE)
D IVISIBILIDADE 
I NDISPONIBILIDADE 
O FICIALIDADE E OFISIOSIDADE
Obrigatoriedade: o MP tem o dever funcional de oferecer denúncia contra todos os acusados. 
Atenção: no JECrim vale o principio da obrigatoriedade mitigada ou discricionariedade regrada – se cabível a transação penal o MP não oferece denúncia (art.76 da Lei 9.099/95). 
Divisibilidade: se o MP não oferecer denuncia contra todos, não haverá sanção. Comparar com o princípio da indivisibilidade da ação penal privada. 
Atenção: para Tourinho vale o principio da indivisibilidade, mas é posição minoritária. 
Indisponibilidade (indesistibilidade): o MP não poderá desistir da ação penal art.42 do CPP.
Atenção: o MP pode pedir absolvição do acusado, e o juiz pode mesmo assim condená-lo nos termos do art.385 do CPP. 
Oficialidade: a acusação é promovida por órgãos oficiais. Não existe previsão promotor Ad Hoc.
Oficiosidade: os órgãos de acusação atuam de oficio. 
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
É condicionada a representação ou a requisição do Ministro da Justiça. 
A natureza jurídica da representação/requisição é a de condição de procedibilidade (condições especiais da ação penal).
Legitimado ativo 
Para ação penal – MP.
Para a representação – o ofendido ou seu representante legal. 
Para requisição – o Ministro da justiça.
Veiculo
MP – denúncia.
Ofendido ou representante legal – representação.
Ministro da justiça – requisição. 
Atenção: a representação e a requisição NÃO vinculam o juiz, nem o MP e nem o delegado. A tipificação não obriga essas pessoas e também o MP pode até propor o arquivamento. 
Princípios – para o MP valem os mesmo da ação penal pública incondicionada. 
Atenção: Para o ofendido ou seu representante legal, vale o princípio da oportunidade.
Representação: trata-se de pedido/autorização feito pelo ofendido ou por seu representante legal ou pelo curador, em que se expressa o desejo de que a ação penal seja instaurada e se autoridade a sua instauração. (Mirabete) 
Obs: Necessária tanto para IP quanto para a Ação penal. 
Atenção: o JECrim há previsão específica de ser feita da audiência preliminar nos termos do art.75 da lei 9099/75. Também é conhecida como Delatio criminis postulatória. 
Eficácia objetiva da representação: a representação é feita em face de fatos e não de pessoas, por isso, se for feita a representação e no curso da investigação se descobrir novo autor de crime, não há necessidade de nova representação. 
Ex: 2 homens estupram uma menina maior de 18 anos (ação pública condicionada a representação), ocorre que ela só conhece um dos autores e oferece representação contra esse. No curso da investigação, o DP descobre o outro autor do crime, nesse caso, a vítima não necessita representar novamente.
Obs: A jurisprudência estabelece que não há necessidade para maiores formalidade para representação, basta que se depreenda a vontade de representar. No entanto o CPP estabelece alguns parâmetros para representação no art.39:
Pessoalmente ou por procurador com poderes especiais.
Conterá todas as informações que possam servir a apuração do fato e da autoria. 
Formas de representação art.39 do CPP: 
- Escrita
- Oral
Destinatários da representação: ao juiz, a autoridade policial e ao MP.
Atenção: é possível representação contra pessoa incerta para que seja investigado o fato e descoberto o autor.
Vinculação do MP: não há vinculação do MP à representação. 
Legitimidade ativa para a representação:
Ofendido maior que 21 anos (somente ele) art.34, 24, 33 e 37 do CPP.
Ofendido menor de 18 (somente o representante legal).
Ofendido maior de 18 e menor de 21 anos (duas posições):
CPP c1: legitimidade concorrente do ofendido e do representante legal.
Doutrina c2: diz que somente o ofendido pode oferecer a representação, pois não tem mais representante legal com o CC/02.
Prazo da representação: 6 meses a contar do conhecimento da autoria do crime, art.38 do CPP – prazo decadencial (por ser um por decadencial, é um prazo de Direito penal material).
Contagem: inclui-se o dia de inicio e exclui o dia final. Exemplo: descobre-se o autor do crime dia 11/4, o prazo se encerra dia 10/10.
Exceção (MAJORITÁRIA): quando o ofendidofor menor de 18 anos ao completar 18, poderá oferecer a representação, e o termo inicial é a data de seu aniversário. SÓ PODERA SER FEITA A REPRESENTAÇÃO NÃO A FEZ.
Atenção: o prazo prescricional não se altera seguindo as regras do CP. 
RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO 
É possível até o oferecimento da denuncia, nos termos do art.25 do CPP.
Exceção: Lei Maria da Penha Art.16 Lei 11.340/06.
É possível retratação da retratação?
11/4 |________|___________________|__________________|10/10 (FINAL)
 Retratação da repres. Nova Representação
É possível a retratação da retratação desde que dentro do prazo decadencial. O prazo decadencial não é alterado para retratação da retratação, finalizando no mesmo dia anteriormente estabelecido. 
Requisição do Ministro da Justiça

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