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principios, fundamentos e objetivos fundamentais (1)

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PARTE 2
A CONSTITUIÇÃO DE 1988: PRINCÍPIOS E OBJETIVOS FUNDAMENTAIS. 
Princípios são mandamentos nucelares de um sistema (Celso Antônio
Bandeira de Mello). Núcleos de condensação que confluem valores (carga
valorativa). Maior Abstração. Canotilho entende que dispomos de um “sistema
normativo aberto de regras e princípios”. 
A doutrina diverge acerca dos princípios integrarem as normas jurídicas.
Majoritariamente entende-se que os princípios e as regras são espécies de
normas, com características diferentes, que se completam, de modo que um
sistema jurídico não pode ser composto só por princípios os só por regras. Um
sistema só de princípios seria demasiadamente flexível, já um sistema só de regras
seria demasiado rígido. 
ESPÉCIES DE NORMAS
PRINCÍPIOS REGRAS
Flexibilidade Rigidez
Grau de abstração elevado Grau de abstração reduzido
Carecem de mediação 
(aplicador)
Aplicação Direta
São modelos (standard) Conteúdo funcional 
São fundamentos para regras São fundadas nos princípios
Mandamentos de otimização. Mandamentos de definição 
(determinações)
Conflito – técnica da 
ponderação. 
Conflito – técnica da especialidade.
Teoria da derrotabillidade (ou superabilidade) das regras (Herbert Hart,
1948), utilizada para afastar a aplicação da lei, porém a decisão deve estar
fundamentada no sistema jurídico, sobretudo nos princípios. A decisão precisa
apresentar coerência, fundamentação condizente. 
O STF ainda não utilizou a expressão “derrotabilidade ou suprabilidade”,
embora já existam decisões fundamentadas na ideia. 
Ex. Ministro do STF - Eros Roberto Grau 
Ensaio e Discurso sobre a interpretação /aplicação do Direito.
O poder legislativo cria o texto.
A norma é criada pelo intérprete.
Não interpreto a norma, interpreto o texto, e dele retiro a norma.
Artes Alográficas e Autográficas
Exemplos: 
Partitura musical, peça teatral, recital poesia (declamação). Necessita de um 
intérprete. – alográficos.
Quadro – Paisagem. Não precisa de interprete. – autográficas. 
O direito é alográfico e não autográfico...precisa de um intérprete. 
Interpretação deve estar no caso concreto.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE ORDEM POLÍTICA
Como o título já indica, constituem objeto deste tópico os princípios que
instituem a nossa organização política, majoritariamente agrupados nos dois
primeiros títulos da Constituição — Dos Princípios Fundamentais e Dos Direitos e
Garantias Fundamentais.
Princípio republicano - Estampado no caput do Art. 1º da Constituição de
1988, esse princípio traduz a opção por uma república constitucional.
Princípio do Estado Democrático de Direito - Considerado um dos
fundamentos da República, esse princípio estruturante do Estado brasileiro figura no
caput do primeiro artigo da Constituição de 1988. Em que pesem pequenas
variações semânticas em torno desse núcleo essencial, entende-se como Estado
Democrático de Direito a organização política em que o poder emana do povo, que o
exerce diretamente ou por meio de representantes.
 Mais ainda, já agora no plano das relações concretas entre o Poder e o
indivíduo, considera-se democrático aquele Estado de Direito que se empenha em
assegurar aos seus cidadãos o exercício efetivo não somente dos direitos civis e
políticos, mas também e dos direitos econômicos, sociais e culturais.
Princípio da dignidade da pessoa humana – adequado analisar a dignidade
da pessoa humana como um dos princípios — desde logo considerado de valor pré-
constituinte e de hierarquia supraconstitucional — em que se fundamenta a
República Federativa do Brasil.
Princípio da separação dos Poderes - Para avaliarmos a importância desse
princípio, nada melhor que invocar as palavras de Montesquieu, um dos seus
formuladores e, certamente, o maior responsável pela sua expansão: 
"Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais
ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer as
leis, o de executar as resoluções públicas, e o de julgar os crimes ou as
divergências dos indivíduos"
Na Constituição do Brasil, esse princípio, que está estampado no seu art. 2,
onde se declara que são Poderes da União — independentes e harmônicos — o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário, é de tamanha importância que possui o status
de cláusula pétrea, imune, portanto, a emendas, reformas ou revisões que tentem
aboli-lo da Lei Fundamental.
Inicialmente formulado em sentido forte — até porque assim o exigiam as
circunstâncias históricas — o princípio da separação dos poderes, nos dias atuais,
para ser compreendido de modo constitucionalmente adequado, exige
temperamentos e ajustes à luz das diferentes realidades constitucionais, num
círculo hermenêutico em que a teoria da constituição e a experiência constitucional
mutuamente se completam, se esclarecem e se fecundam. Nesse contexto de
"modernização", esse velho dogma da sabedoria política teve de flexibilizar-se
diante da necessidade imperiosa de ceder espaço para a legislação emanada do
Poder Executivo, como as nossas medidas provisórias — que são editadas com
força de lei — bem assim para a legislação judicial, fruto da inevitável criatividade
de juízes e tribunais, sobretudo das cortes constitucionais.
Princípio do pluralismo político - Embora a Constituição brasileira, assim
como tantas outras, utilize a expressão pluralismo agregando-lhe o adjetivo político,
fato que à primeira vista poderia sugerir tratar-se de um princípio que se refere
apenas a preferências políticas e/ou ideológicas, em verdade a sua abrangência é
muito maior, significando pluralismo na polis, ou seja, um direito fundamental à
diferença em todos os âmbitos e expressões da convivência humana — tanto nas
escolhas de natureza política quanto nas de caráter religioso, econômico,
social e cultural, entre outras. 
Atente-se, a propósito, a fim de melhor delinearmos esse princípio, para o que
disse Paul Ricoeur a respeito das fases por que passou o pluralismo até chegarmos
aos dias atuais, em que se proclama o direito à diferença como inerente à própria
dignidade da pessoa humana: 
a) inicialmente, tolera-se aquilo que se desaprova, mas não se pode
impedir;
b) a seguir, tenta-se compreender as convicções contrárias às nossas, mas
sem aderir a elas;
c) e, finalmente, reconhece-se o direito de todo indivíduo de acreditar no que
bem entender e de levar a vida como lhe convier, com a só condição de que as suas
escolhas pessoais não causem prejuízo a outrem, nem impeçam o exercício de igual
direito pelos demais integrantes do grupo. 
O mesmo se diga da ideia de tolerância — correlata ao conceito de pluralismo
—, a significar que ninguém pode ser vítima de preconceitos, de ódio ou de
perseguição pelo simples fato de ser diferente, como tem acontecido no curso da
História, em que pesem os esforços de quantos nos advertem de que o normal é
ser diferente e que os traços característicos de cada indivíduo não devem ser
vistos como estigmas mas, antes, como expressão da sua metafísica singularidade
Princípio da isonomia - Quanto ao princípio da isonomia, significa em
resumo tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida
da sua desigualdade. Como, por outro lado, no texto da nossa Constituição, esse
princípio é enunciado com referência à lei — todos são iguais perante a lei —,
alguns juristas construíram uma diferença, porque a consideram importante,
entre a igualdade na lei e a igualdade diante da lei, a primeira tendo por
destinatário precípuo o legislador, a quem seria vedado valer-se da lei para fazerdiscriminações entre pessoas que mereçam idêntico tratamento; a segunda, dirigida
principalmente aos intérpretes/aplicadores da lei, impedir-lhes-ia de concretizar
enunciados jurídicos dando tratamento distinto a quem a lei encarou como iguais.
Essa diferença, José Afonso da Silva, entende desnecessária.
De qualquer forma, para que se tenha presente o seu relevo nos regimes
democráticos, vale lembrar, com Forsthoff, que o Tribunal Constitucional da
Alemanha, repetidas vezes, afirmou que o princípio da igualdade, como regra
jurídica, tem um caráter suprapositivo, anterior ao Estado, e que mesmo se não
constasse do texto constitucional, ainda assim teria de ser respeitado.
Princípio da legalidade - Quanto ao princípio da legalidade, significa, nos
termos do art. 5°, inciso II, da nossa Constituição, que ninguém será obrigado
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei , um
preceito multifuncional cujo núcleo essencial se espraia e se especifica no âmbito
do ordenamento jurídico, dando origem a múltiplas expressões — processo
legislativo, devido processo legal, supremacia da lei, perante a lei, reserva de
lei, anterioridade da lei, vigência da lei, incidência da lei, retroatividade e ultra
atividade da lei, repristinação da lei, lacunas da lei, legalidade administrativa,
legalidade penal e legalidade tributária, entre outras — as quais, embora distintas
em sua configuração formal, substancialmente traduzem uma só e mesma ideia, a
de que a lei é o instrumento por excelência de conformação jurídica das relações
sociais. 
Apesar dessa sobrevalorização da lei, compreensível no contexto da luta pela
implantação do Estado liberal burguês, como toda forma histórica, também esse
modelo de Estado de Direito, em dado momento, começou a dar sinais de
esgotamento, cedendo lugar ao chamado Estado constitucional, assim denominado
porque em seu âmbito a Constituição, outrora um documento meramente
simbólico e desprovido de força normativa, veio a se materializar e tornar-se
operativa, passando inclusive a controlar a própria validade da leis e, nos casos
difíceis, servir como fórmula de busca de soluções circunstancialmente adequadas.
Embora ultrapassada em sua antiga visão como instrumento de autogoverno
popular, juristas-filósofos observam que, mesmo assim, a Lei não perdeu a sua
importância como expressão de direitos democráticos, razão por que deve ser
reconhecida como um valor em si mesmo, independentemente dos seus
conteúdos e dos vínculos de derivação que mantém com os preceitos
constitucionais. 
Para valer ou entrar em vigor, a Lei não depende de nenhuma legitimação
substantiva ou de conteúdo, ainda que possa vir a sei invalidada por contradizer a
Constituição; ela vale em linha de princípio porque é lei e não pelo que disponha
(presume-se Constitucional). 
TRABALHANDO O TEXTO CONSTITUCIONAL – ART 1º DA CF. 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
OBS – Territórios Federais não são entes federativos. 
FUNDAMENTOS - SO – CI – DI – VA – PLU
SOBERANIA – Poder Político supremo (não está limitado) e independente (não se
sujeita a outros).
CIDADANIA – Conceito mais amplo que titular de direitos políticos – participar do
Estado. Integrado a sociedade estatal. Funcionamento do Estado deve estar
submetido a vontade do cidadão (direitos e deveres fundamentais).
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA – valor supremo – conteúdo de todos os direitos
fundamentais do homem. (teoria da proibição do retrocesso).
VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA – Fundamentos da
Ordem Econômica. Liberdade de iniciativa econômica (liberalismo – capitalismo –
modo de produção – exploração do trabalho – mais valia), harmonizada com a
proteção do trabalhador (direitos sociais). 
PLURALISMO POLÍTICO – Não restringir ao pluripartidarismo – Pluralismo político
implica em pensar uma democracia pluralista (não monista) categorias, classes,
grupos, econômicos, culturais, ideológicos. Significa acolher uma sociedade
conflitiva, com interesses contraditórios e antagônicos. Dever Político – medidas
judiciais, legislativas e administrativas para construir equilíbrio. Ex. Liberdade de
Reunião, de opinião, de religião, de associação, de partidos políticos. 
No parágrafo único do artigo 1º temos:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 1º § único – DEMOCRACIA - DIRETA OU INDIRETA. (REPRESENTATIVA). 
 Exercício por Representantes eleitos (Democracia representativa) –
executivo e legislativo são eleitos pelo povo, exercem o poder
representando o povo.
 Exercício direto nos termos da CF - Iniciativa popular (14, III e 62 § 2º)
– referendo (14, II e 49 XV) – plebiscito (14, I) – ação popular (5º
LXXIII). 
TRABALHANDO O TEXTO CONSTITUCIONAL – ART 2º DA CF. 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
SEPARAÇÃO DE PODERES – TEORIA GERAL 
As primeiras bases teóricas para a “tripartição dos Poderes” foram
lançadas na Antiguidade Grega por Aristóteles, em sua obra Política, através da
qual o pensador vislumbrava a existência de três funções distintas exercidas pelo
poder soberano. Assim Aristóteles contribuiu no sentido de identificar o exercício de
três funções estatais distintas, apesar de exercidas por um único órgão. 
Montesquieu  muito tempo depois, a teoria de Aristóteles seria aprimorada pela
visão precursora do Estado liberal burguês desenvolvida na obra “O Espírito das
Leis”. O mérito de Montesquieu não foi a identificação do exercício de três funções
estatais, mas sim o de afirmar que tais funções estariam intimamente conectadas a
três órgãos distintos, autônomos e independentes entre si. 
O sistema de separação de poderes, consagrado nas Constituições de quase
todo mundo, foi associado à ideia de Estado Democrático e deu origem a uma
engenhosa construção doutrinária, conhecida como sistema de freios e
contrapesos. 
Segundo essa teoria os atos que o Estado pratica podem ser de duas
espécies: ou são gerais ou são especiais. Os atos gerais, que só podem ser
praticados pelo poder legislativo, constituem-se na emissão de regras gerais e
abstratas, não se sabendo, no momento de serem emitidas, a quem elas irão atingir.
Dessa forma, o poder legislativo, que só pratica atos gerais não atua concretamente
na vida social, não tendo meios para cometer abusos de poder nem para beneficiar
ou prejudicar a uma pessoa ou a um grupo em particular. Só depois de emitida a
norma geral é que se abre a possibilidade de atuação do poder executivo, por meio
de atos especiais. O executivo dispõe de meios concretos para agir, mas está
igualmente impossibilitado de atuar discricionariamente, porque todos os seus atos
estão limitados pelos atos gerais praticados pelo legislativo. E se houver
exorbitância de qualquer dos poderes surge a ação fiscalizadora do poder
judiciário, obrigando cada um a permanecer nos limites de sua respectiva
esfera de competência. (Dalmo Dalari)
Atualmente, há um abrandamento na separação dos poderes, sendo que
além do exercício de funções típicas ou função precípua (predominantes),inerentes e ínsitas à sua natureza, exerce, também, uma função atípica de natureza
executiva e outra função atípica de natureza jurisdicional. Tal situação não gera
qualquer prejuízo a teoria da separação dos poderes tendo em conta que é
autorizada pelo poder constituinte:
PODER LEGISLATIVO
Funções típicas: legislar, fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial
do Executivo.
Funções atípicas: natureza executiva: ao dispor sua organização provendo cargos,
concedendo férias, licenças a servidores etc. 
Natureza Jurisdicional: o Senado julga o Presidente da República nos crimes de
responsabilidade (art. 52, I).
PODER EXECUTIVO
Funções típicas: prática de atos de chefia de Estado, chefia de governo e atos de
administração.
Funções atípicas: Natureza legislativa: O Presidente da República, por exemplo,
adota medida provisória, com força de lei (art. 62). Natureza jurisdicional, o
Executivo Julga, apreciando defesas e recursos administrativos. 
PODER JUDICIÁRIO
Funções típicas: julgar (função jurisdicional), dizendo o direito no caso concreto e
dirimindo os conflitos que lhe são levados, quando da aplicação da lei. 
Funções atípicas: natureza legislativa: regimento interno de seus tribunais (art. 96, I,
“a”); natureza executiva: administrativa, ao conceder licenças e férias aos
magistrados e serventuários (art. 96, I, “f”).
A SEPARAÇÃO DOS PODERES É CLÁUSULA PÉTREA - ART. 60, § 4º, III.
Alguns autores como Pedro Lenza (2012, p. 483) afirmam que é inapropriado
o uso da expressão “Poderes”, já que o Poder é uno e indivisível, não sendo,
portanto, possível reparti-lo em três, assim sendo o que se reparte são as funções
decorrentes do Poder. 
Marçal Justen Filho (2006, p. 27) afirma categoricamente que:
No Brasil é evidente a existência de cinco Poderes, na medida em que nem
o Ministério Público e nem o Tribunal de Contas podem ser reputados como
integrados em um dos outros três poderes. 
 
Ou seja, as atribuições do MP e do Tribunal de Contas não podem ser
exercidas senão por eles mesmos, e ainda, ambas as instituições possuem estrutura
organizacional própria e autônoma.
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Podemos dizer que objetivos fundamentais são metas a serem atingidas,
orientadores das políticas públicas. Por óbvio, não cabem na Constituição todos os
objetivos da uma república, razão pela qual foram listados os chamados
“fundamentais”. 
TRABALHANDO NO TEXTO DA CONSTITUCIONAL 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
 III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
OBJETIVOS 
CON – GA – ERR– PRO 
ou 
CON - GARRA - ERRA - POUCO
CONSTRUIR GARANTIR ERRADICAR PROMOVER
Note que estamos falando de objetivos, que pressupõe algo a ser feito, razão pela
qual são verbos indicativos de uma ação a ser realizada. Verbos no infinitivo, com
terminação (ar, er, ir).
PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS – Art. 4º
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à
formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Independência nacional 
Prevalência dos direitos humanos 
Autodeterminação dos povos
Não intervenção 
Igualdade entre os Estados 
Defesa da paz
Solução pacífica dos conflitos
Repudio ao terrorismo e ao racismo.
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade
Concessão de asilo político.
Para ajudar a lembrar – crie uma estória (como o exemplo abaixo), de repente te ajuda a lembrar dos
princípios que regem nosso país nas relações internacionais. 
A presidente lhe chamou para uma reunião, disse que estava pensando em vender ou alugar
nosso país, e perguntou o que vc achava, vc respondeu que tal procedimento não era possível pois o
Brasil possui independência nacional. Ela então perguntou o que vc achava de então invadir o
Paraguai, e tomar conta de tudo o que ele tem, poderíamos dizer a eles o que fazer, e os que não
acatassem seriam espancados. Você responde que não podemos invadir o Paraguai pois pregamos
a não intervenção nos países, e que também não poderíamos dizer aos paraguaios o que fazer pois
acreditamos na auto determinação dos povos, e não poderíamos espancar ninguém, pois para nos
prevalecem os direitos humanos. Ela falou que não entende como um país como o nosso, tão
melhor que o Paraguai não pode intervir, vc responde que não somos melhores e nem piores, já que
acreditamos na igualdade entre os Estados. Ela então tem outra ideia brilhante, simular uma
guerra, dizer que temos um problema de “muamba” vinda do Paraguai, e declarar o ataque. Você
então relata que nós pregamos a solução pacífica dos conflitos, tudo em defesa da paz. Ela então
perguntou....e se “acidentalmente” caí uma bomba neles, não faria diferença, eles são uns índios
feiosos, você olha com cara de reprovação e diz que repudiamos racismo e terrorismo, portanto,
nada de bomba ou discriminações. Ela disse que não tem nada a ver com isso pois são povos pobres
e é assim mesmo, e vc então destaca que cabe a nós cooperar para a o progresso deles, e não
lhes destruir. Sem saber o que perguntar mais ela olha e te diz: - E agora, que faço, a situação está
ficando ruim para mim aqui no Brasil!. E vc dá a dica: - “asilo político”, de repente no Paraguai eles
lhe concedem asilo político, igual aqui. Ela lhe agradeceu, e disse que a conversa foi 10. (são dez
princípios).

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