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Curso de Direito - UnC DIREITO PENAL - I TEORIA DO CRIME Noções gerais Infração x Crime x Contravenção x delito Sujeitos do delito: - Sujeito ativo - Sujeito passivo TEORIA DO CRIME 1 – Conceito de crime - Conceito analítico de crime Fato típico + Ilicitude + culpabilidade TEORIA DO CRIME 1.1) Fato típico - Conceito “...pode ser conceituado como a ação ou omissão humana, antissocial que, norteada pelo princípio da intervenção mínima, consiste numa conduta produtora de uma resultado que se subsume ao modelo de conduta proibida pelo Direito Penal, seja crime ou contravenção. Do seu conceito extraímos os seguintes elementos: conduta, nexo causal, resultado e tipicidade.” (Didier, 2014, p. 163). TEORIA DO CRIME 1.1) Fato típico Fato: evento/acontecimento. Tipo penal: descrição da conduta proibida. Fato típico: fato material correspondente a um tipo penal. FATO TÍPICO X TIPO PENAL TEORIA DO CRIME Tipo penal Art. 121. Matar alguém: Pena: reclusão de 6 a 20 anos. Elementares (...) TEORIA DO CRIME Fato típico TEORIA DO CRIME Tipo penal Art. 155: Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena: reclusão de 1 a 4 anos. Elementares (...) TEORIA DO CRIME Fato Típico TEORIA DO CRIME A) Elementos do fato típico - Conduta - Resultado - Nexo causal - Tipicidade TEORIA DO CRIME A.1) Conduta - Teorias * teoria causalista - conduta: movimento corpóreo. * teoria finalista - conduta: movimento corpóreo + finalidade. * teoria social - conduta: movimento corpóreo + finalidade socialmente reprovável. TEORIA DO CRIME A.1) Conduta - Formas de conduta quanto a execução - ação (comissão): comportamento positivo. - omissão própria: abstenção; pode ser qualquer pessoa (Ex. art. 135, CP). - omissão imprópria: o agente deve gozar “status” de garantidor. (Ex. § 2º do art. 13, do CP) TEORIA DO CRIME Omissão imprópria TEORIA DO CRIME A.1) Conduta - Formas de conduta quanto a voluntariedade - crime doloso - crime culposo - crime preterdoloso TEORIA DO CRIME Crime doloso - Espécies de dolo: - dolo direto - dolo indireto (alternativo ou eventual) - dolo específico TEORIA DO CRIME Crime doloso - Elementos do crime dolo: - conduta - resultado voluntário - nexo causal - tipicidade TEORIA DO CRIME Crime doloso - Elementos do crime dolo: - conduta - resultado voluntário - nexo causal - tipicidade TEORIA DO CRIME Crime culposo - Elementos: - conduta voluntária - resultado involuntário - violação do dever objetivo de cuidado - previsibilidade - tipicidade TEORIA DO CRIME Crime culposo - Espécies de culpa: - culpa própria: não quer e não assume o risco do “R”, mas dá causa por imprudência, negligência ou imperícia. - culpa imprópria: é a decorrente de erro (§ 1º do art. 20) - culpa inconsciente: não prevê o resultado. - culpa consciente: prevê, mas espera que não ocorra. TEORIA DO CRIME Crime culposo TEORIA DO CRIME Crime preterdoloso - espécie de crime agravado pelo resultado: - dolo (antecedente) + dolo (consequente) - dolo (antecedente) + culpa (consequente) - culpa (antecedente) + culpa (consequente) TEORIA DO CRIME Crime preterdoloso Elementos do crime preterdoloso - conduta dolosa visando um resultado; - resultado além do desejado (culposamente); - nexo causal; - tipicidade. TEORIA DO CRIME Crime preterdoloso TEORIA DO CRIME Crime preterdoloso TEORIA DO CRIME Crime preterdoloso (?) TEORIA DO CRIME A.2) Resultado - naturalístico (crime material, formal e de mera conduta) - jurídico TEORIA DO CRIME - Resultado naturalístico e jurídico (homicídio) TEORIA DO CRIME - Resultado apenas jurídico (falso testemunho) TEORIA DO CRIME A.3) Nexo de causalidade Conceito conduta------------------------------resultado TEORIA DO CRIME Nexo de causalidade - Teoria da conditio sine qua non + - processo hipotético de eliminação (Thirén) TEORIA DO CRIME Nexo de causalidade Ex: Sujeito “A” dispara tiros contra a vítima “B” I--------------I-------------I----------------I-------------I Pais do Fabricante comerciante da confeiteira disparos assassino da arma arma que fez o bolo na vítima Solução: dolo (elemento subjetivo) TEORIA DO CRIME - Concausas absolutamente independentes - Preexistentes Ex. “A” coloca veneno na bebida de “B” e “C” dispara tiros contra “B”: “B” morre pelo veneno. TEORIA DO CRIME - Concausas absolutamente independentes - Concomitantes Ex. “A” e “B” disparam tiros contra “C”, ao mesmo tempo: “C” morre pelo disparo de “A”. TEORIA DO CRIME - Concausas absolutamente independentes - Supervenientes Ex. “A” coloca veneno na bebida de “B” e “C” dispara tiros contra “B”: “B” morre pelos disparos. TEORIA DO CRIME - Concausas relativamente independentes - Preexistentes Ex. “A” desfere um facada no braço de “B” “B” é hemofílico. “B” morre em decorrência da hemofilia. TEORIA DO CRIME - Concausas relativamente independentes - Concomitantes Ex. “A” desfere um tiro contra “B” “B” tem problemas cardíacos. “B” morre de infarto. TEORIA DO CRIME - Concausas relativamente independentes - Supervenientes Ex. “A” desfere um tiro contra “B” “B” é levado ao hospital com vida. “B” morre de infecção hospitalar.
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