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MATERIA DIREITO TRIBUTARIO UNIARA ANO TODO

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AULA 1
Código Tributário Nacional e CF.
Direitos de 1ª geração: individuais
Direitos de 2ª geração: Estado – econômicos e sociais.
Direitos de 3ª geração: não estão desenvolvidos suficientemente na Doutrina. 
Abordagem no âmbito do direito de fraternidade e difusos. 
Desenvolvimento sobre o ponto de vista econômico e não jurídico. 
Livros
Direito Tributário
Profª. Carla Rister
Dra. Direito Econômico – Financeiro
Direito ao Desenvolvimento – Antecedentes, significados e conseqüências. Ed. Renovar – RJ. 
Curso de Direito Tributário Completo – Leandro Paulsen 
Ed. Livraria do Advogado – Ed. 2017 (7ª edição).
Delegacia de Julgamento – 1ª Instância
Conselho de Contribuintes, que passou a ser:
CARF – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – membros que além de julgar podiam advogar. 
Intervenção deste Conselho por Joaquim Levi.
Atualmente os membros deste Conselho não podem advogar.
Modos que o Estado tem de auferir recursos. A tributação é inerente ao Estado para que este possa prestar o serviço público.
Dois grandes sistemas protetivos:
- Previdência Social: contributiva, exceto benefícios da assistência social
- Sistema único de saúde
Seguridade social engloba saúde, previdência e assistência social, de modo que a assistência social prevê um beneficio ao idoso e ao deficiente, cuja subsistência não possa ser provida pela sua família, este sim, não tem caráter contributivo.
Estado de bem-estar social: vem do Direito Europeu Estado tem que ter recursos para prover estes benefícios.
CTN é de 1966.
Arrecadação: um dos meios do Estado obter recursos. 
O Estado tem alguns meios universais para auferir o dinheiro necessário à despesa pública (Aliomar Baleeiro).
Quais seriam?
- Doações ao Estado;
- Extorsões sob outros povos (ilícito, ocorreu no passado, no sistema colonialista);
(Refugiados econômicos) crises econômicas estão exportando pessoas que esbarram em problemas legais e na condição de vida que terão nestes Estados.
- Recolhimento das rendas produzidas pelos bens e empresas do Estado, que pode exercer a atividade econômica, de maneira subsidiária, pontuada pela CF no capítulo da ordem econômica. Ramos em que se entende que a presença do Estado é fundamental. 
- Exigir coativamente os tributos. 
O Direito Tributário apenas se preocupa com a arrecadação, mas devido a sua autonomia com o tempo, hoje se questiona dentro do DT a aplicação destes recursos, ou seja, os gastos que antes eram estudados apenas pelo Direito Financeiro. 
- Tomar empréstimos;
- Fabricam dinheiro metálico ou de papel, que não pode ser infinita, pois há a necessidade do lastro de recurso (lastro ouro de antigamente). A verdade é que o Estado não pode fabricar o tanto de papel moeda que quiser. O dinheiro tem que estar lastreado. 
Medidas de contenção da inflação que são impopulares, porque tira dinheiro dos mais necessitados, se mal feita. Boa política monetária tem reflexos sociais interessantes. 
Modelo fundado no consumo via endividamento.
O modo de obter recurso, portanto, não é somente pela tributação, mas o Estado faz má gestão de recursos e quer somente aumentar tributos, perdendo o respaldo popular e a desvalorização da moeda. 
Limites à tributação: CF e leis vigentes. Como conter o ímpeto de tributação por parte do Estado. 
AULA 2 – 27/01/2016
Sobre o avanço da necessidade de tributação, quando há excessos, há a ocorrência de rebeliões e movimentos contrários a essas atitudes do Estado.
Exemplo da Inglaterra com a “Magna Carta”.
Magna Carta de 1215
Rei João Sem Terra
Rei impopular chamado João que quis aumentar o número de tributos. Há época houve uma grita pelas pessoas. Isso resultou num movimento para a elaboração deste documento e que trouxe alguns parâmetros para a instituição de tributos, entre eles, a necessidade de aprovação por parte do Parlamento Princípio da Separação dos Poderes. 
Esse rei capitalizou este movimento e ele foi lembrado por ter concordado com este movimento e com esta Carta. 
Essa Carta entrou em vigor, foi revogada, mas depois foi novamente revigorada. Teve influência em outras declarações de direitos, consagrou vários pilares do sistema jurídico, como o contraditório e a ampla defesa. Esses pilares serviram de inspiração para outras Cartas, como a das colônias americanas (independência dos EUA) e a Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão. 
Representa o feixe de direito dos contribuintes contra os arbítrios do Estado. 
Nosso sistema vem da codificação francesa. Tradição romana, francesa, canônico e lusitano.
O Brasil está incorporando alguns institutos, como compliance, mas ainda estamos fundados na codificação.
Carga tributária demasiada pode ocasionar algumas revoltas.
Ex:
Derrama
Inconfidência Mineira
Cobrança abrupta e violenta dos quintos atrasados. 
Quintos: forma de tributação em que cobrava um quinto para Portugal de toda a produção de ouro e minério produzido no Brasil.
A cobrança passou a ser de forma sanguinária.
E foi o que resultou na própria inconfidência mineira.
Outro exemplo foi a Revolução Farroupilha, movimento separatista do Rio Grande do Sul, pelo excesso de tributação. 
Questão da autonomia dos ramos dos Direito
Autonomia seria aquele ramo ter princípios próprios. Não se confunde com independência. É a figura da árvore jurídica com seus ramos. Se você cortar o tronco, os galhos morrem. Os ramos estão interligados. O direito tributário derivou do direito financeiro, mas foi um ramo crescido e desenvolvido que veio do direito financeiro.
Não mais se discute a autonomia.
Autonomia dos ramos:
D. Tributário
D. Financeiro
D. Econômico
Art. 24, I, da C.F. 
Competência concorrente sobre direito tributário, econômico e financeiro.
O Direito Tributário pressupõe conhecimento de alguns outros ramos. Saber conceitos da contabilidade, conceito de propriedade e bem imóvel. 
 
Diferenças do Direito Financeiro com o Direito Tributário
O Direito Financeiro abarca sobre o sistema normatizador de toda a atividade financeira do Estado. Tem por objeto a disciplina do orçamento público, das receitas públicas, da despesa pública e da dívida pública. Toda a atividade financeira, tanto as entradas quanto as saídas. 
Ramo do Direito Público.
O Direito Econômico versa sobre a atividade econômica do Estado e as relações aos particulares. 
Título VI – Da Tributação e do Orçamento – arts. 145 a 169 (Direito Financeiro e Tributário).
Ordem Econômica – art. 170 em diante.
O Sistema Tributário Nacional ocupa o primeiro capítulo – arts. 145 a 162.
Caráter cogente das normas tributárias: Direito Público.
A relação do DT com outros ramos do Direito.
Direito Constitucional: grande parte do regramento tributário tem a matriz na CF que não cria tributos, apenas distribui competências. “Cada ente federado poderá criar tal tributo sobre”. O exercício desta competência é feito por leis ordinárias e, em alguns casos expressamente previstos, por lei complementar. 
Direito Administrativo: processo administrativo fiscal, atividade do auditor fiscal. O processo de quantificação dos tributos devidos é do processo administrativo. 
Direito Civil: normas de competência. Ex: quando a CF fala em tributação de operação de compras e vendas de imóveis – ITBI (competência municipal). Tem que se respeitado o instituto do direito civil. Não se pode alterar a competência de bens imóveis para móveis porque o responsável por esta tributação é o estado e não o município. O artigo que proíbe que haja uma alteração da natureza dos institutos é o art. 110 CTN.
Isso é para se evitar a invasão de competência. 
Impossibilidade de uma norma de direito tributário alterar a natureza de um instituto privado.
Direito Comercial: em relação às sociedades comerciais. Dependendo do tipo de sociedade, o sócio responde de uma maneira ou de outra. Responsabilização dos sócios da pessoa jurídica. Mesmo sendo de iniciativa, ele está instado ao instituto da norma, porque a empresa pode ser responsabilizada. Conforme otipo de sociedade há diferença na tributação, na apuração dos lucros.
Direito do Trabalho: muitas vezes conforme a caracterização do vinculo da relação de emprego, se vai incidir ou não contribuição previdenciária. 
Direito Internacional: aborda a questão dos tratados internacionais para evitar a bitributação. Ex: jogador de futebol que trabalha na Europa, não lhe será tributado duas vezes o mesmo bem ou a mesma renda. No máximo há uma competência de alíquotas. Estabelecimento de mercados comuns, como União Européia e Mercosul. Direito Internacional Tributário sub-ramo.
Direito Penal: ilícitos tributários. Ex: descaminho (tentar entrar com mercadoria estrangeira dentro do território nacional). 
Direito Processual Civil: modos como se vai fazer valer os direitos pleiteados. Direito líquido e certo mandado de segurança. Direito que não é liquido e certo e que demande provas, ação ordinária. Ação de repetição de indébito, declaração de inexigibilidade de valores cobrados, anulatória de auto de infração, cautelar fiscal para garantir que a empresa não se desfizer dos bens, permitindo seu bloqueio.
Direito Processual Penal: persecução penal. 
Relação do DT com a economia e com a contabilidade
Economia: prevê a maneira pela qual os bens serão distribuídos, em virtude da escassez. A disputa pelos bens faz com que haja a necessidade de regramentos e, a própria tributação implica na expropriação de uma parte desta riqueza para o Estado, de maneira cogente e compulsória. Portanto, com uma carga tributária demasiada, a economia pode arrefecer e impedir de fazer esta riqueza circular, empregar pessoas e distribuir bens.
O que se questiona é a justiça da tributação. O sistema é justo? Divide a carga tributária entre a população?
Isso pode comprometer a livre iniciativa que compreende um dos fundamentos da ordem econômica juntamente com a valorização do trabalho humano.
Quanto maior a carga tributária, maior o custos de transação. 
Contabilidade: retrato da empresa em alguns momentos. Livros contábeis e registrá-los para que ao final do exercício se tire o balanço que se vai ver apurar inclusive quanto foi o lucro e qual o tributo vai incidir sobre esse lucro. A contabilidade vai munir a tributação. Dependendo da categoria da empresa, muda a tributação com alíquotas diferenciadas, como o SIMPLES NACIONAL. 
AULA 3 – 02/02/16
Prova: CTN e CF.
Tributos
- Definição: art. 3º, CTN.
Estudos dos tributos. 
Tributo prestação pecuniária compulsória porque não é voluntária. Ninguém paga porque quer. Ex: IPTU. 
Em moeda: não pode ser pago em trabalho. 
Cai na prova: não constitui sanção por ato ilícito. Penalidade não é tributo. A pessoa sofre penalidade por descumprimento. Tributo não é sanção por ato ilícito.
Prevista em lei: princípio da legalidade.
Tributo tem que ser instituído por lei.
Com processo e cobrança: exercício anual, lançamento pelo fisco, exigência por meio administrativo ou por ação. 
- Espécies tributárias: 5 espécies tributárias
 Teoria pentapartite: prevalece esta teoria
Espécies tributárias: taxas, impostos, contribuições de melhoria (art. 145, CF), (teoria tripartite competência comum) contribuições especiais (art. 149, CF) e os empréstimos compulsórios (art. 148, CF) competência exclusiva. CAI NA PROVA. 
CF/ 88: a CF não institui tributo. Ela apenas atribui poder para que os entes tributários o façam. A CF não institui IPVA, ICMS. 
Os entes tributários são: União, Estados, DF e municípios.
A CF delega as competências, o que cada ente vai poder instituir, para evitar conflito de competência, para que o mesmo tributo não seja instituído por dois entes. 
Não constitui tributos.
Competência Tributária: 
Sistema tributário rígido: a distribuição de competências tem caráter rígido prevalecendo o disciplinado no texto constitucional. Se a CF diz que a União institui o IR, um município não o poderá.
Conceito: é a prerrogativa atribuída aos entes da federação para instituir e disciplinar os tributos através do poder legislativo, no âmbito e estritos aos limites de seu poder de tributar. 
Aspectos importantes: se complementam
I – Indelegável: em hipótese alguma pode ser violada a vontade constitucional. Qualquer pretexto para se transferir o poder de tributar é inaceitável. Se a CF fala que cabe a União os compulsórios, nenhum outro ente poderá ter essa competência, sob pena de tal lei ser inconstitucional. 
A competência tributária é diferente de capacidade tributária ativa.
A capacidade tributária ativa é delegável. A competência tributária não. 
Capacidade tributária ativa consiste no poder de exigir o cumprimento da obrigação tributária. Ex: o art. 153, da CF traz quais são os tributos de competência da União. Inciso VI ITR compete a União instituir e disciplinar o ITR imposto federal. 
EC 42/2003 delegou esta capacidade tributária para o município.
Mas, quem cobra é o município através de suas procuradorias, por meio de ação. 
Art. 149: contribuições para classe profissional. Quem institui é a União, quem cobra é a OAB, CREA.
II – Incaducável: não tem prazo, não caduca o seu exercício. Não caduca o direito do ente de poder exigir, legislar, instituir o tributo. Ex: imposto sobre grandes fortunas que ninguém nunca aprova.
III – De exercício facultativo: a União delega as competências, mas cada ente político vai exercer ou não as competências. O ente político não está obrigado a exaurir a sua competência. Art. 8, CTN: não é porque a União não instituiu este imposto que os outros podem instituir. Ex: imposto sobre grandes fortunas. 
IV – Inampliável: não pode ampliar por meio de lei ou outro meio legislativo alterar a CF, só por meio de emenda 
V – Irrenunciável: o ente político não pode abrir mão da competência tributária em caráter definitivo. A União não pode dizer que nunca vai instituir um poder que a CF deu. 
Espécies de competência: a Doutrina não é harmônica. 
1º: Cumulativa ou comum: instituída no art. 145 da CF, competência atribuída a uma ou mais entidades políticas. 
Cada ente político poderá instituir imposto especificado pela CF.
2ª Privativa ou exclusiva: é atribuído específica e exclusivamente a um ente público. Ocorre quando algum ente público poderá instituir determinado tributo.
3ª Residual: é o poder de instituir outros tributos não previstos na CF. Só a União detém esta competência –art. 154, CF. Este imposto tem que ter um fato gerador e base de cálculo distintos dos demais. 
4ª Especial ou extraordinária: a CF atribui à União a possibilidade de instituir imposto extraordinário ou de guerra art. 154, II. Imposto especial criado naquela situação e deixado de cobrar se a situação parar. Pode ter competência distinta da competência da União sobre um fato gerador de um tributo que não seria dela.
5ª Cumulativa: duas situações
Art. 147, CF: nos territórios não tem estado, quem cobraria o imposto estadual é a União. Se o território não for dividido em município, a União cobraria o IPTU também. 
Art. 32, CF: competem ao DF os impostos estaduais ou municipais, porque o DF não está dividido em municípios. 
mariana@pss.adv.br
AULA 4 – 03/02/2016
IMPOSTOS
- Uma das espécies tributárias de competência comum. A distribuição da CF adota alguns critérios.
- Critérios para distribuição das competências
1º critério material
A CF estabeleceu a competência de cada uma das pessoas políticas de tal forma que uma não pode invadir a esfera da outra. Assim, cada ente político só poderá tributar os fatos descritos na hipótese de incidência dos seus impostos. 
Hipótese de incidência? Situação hipotética. Ex: cabe a União instituir imposto de grandes fortunas. Se for criado este imposto, a situação hipotética (fato gerador é ter grande fortuna).
Já estão estabelecidas pela CF todas as hipóteses (163, CF) 7 situações em que União poderá instituir impostos: produtos importados, produtos a serem exportados, renda, produtos industrializados, operações financeiras, território rural e grandes fortunas.O critério material dos estados está definido no artigo 155, CF.
Assim, evita-se a bitributação, que dois entes políticos tributem sobre o mesmo fato gerador.
2º critério territorial
A pessoa política somente poderá tributar os fatos ocorridos em seu território. O município só vai tributar imóvel rural que esteja dentro de seu limite. A União só pode tributar renda de brasileiros.
Gera muita polêmica. Ex: ISS – competência municipal. 
Tributa-se no local do domicílio do escritório, por exemplo, não importando onde o serviço advocatício foi prestado.
Ex: IPVA estadual – briga fiscal entre os estados nas divergências entre alíquotas. Exige-se que você tenha o endereço físico naquele estado para evitar que as pessoas comprem carros em outros estados com alíquotas menores.
Bitributação internacional: se não forem definidas as situações hipotéticas. Ex: multinacionais. Isso se resolve através dos tratados e convenções internacionais. 
DOS IMPOSTOS DA UNIÃO OU IMPOSTOS FEDERAIS 
Art. 153, CF.
II: Imposto de importação (de produtos estrangeiros) – o regramento básico está nos arts. 19 a 22 do CTN que traz as regras básicas. O fato gerador está definido no artigo 19, CTN: entrada do produto estrangeiro no território nacional. Esse momento é no registro da declaração de importação, porque as empresas quando importam, elas tem que declarar. Os contribuintes estão definidos no art. 104 do regulamento aduaneiro. 
IE: Imposto de exportação
Estes dois impostos têm característica extra fiscal: finalidade além da arrecadatória. Utilizados como instrumento de atuação do governo do comércio exterior e interior forma de atuar no comércio, na finalidade econômica do país. 
Fiscal é quando o tributo é arrecadatório, ganhar dinheiro para os cofres públicos, ex. IR.
Art. 23, CTN: fato gerador saída para o estrangeiro de produto nacional ou nacionalizado.
Quando é essa saída? Jurisprudência e Doutrina: na data do registro da exportação no SISCOMEX.
IR: tem característica fiscal. A CF traz princípios próprios dele: generalidade (todos devem arcar com estes impostos sem haver desigualdade fiscal, deve ser o mais amplo possível), universalidade (direito do Estado de exigir de todos os membros da coletividade este imposto), progressividade (a carga tributária do IR deve aumentar à medida que cresça a renda possuída pelo contribuinte) – CAI NA PROVA este último princípio. A União cumpre isso na alíquota das porcentagens e faixas de contribuição. 
Art. 43, CTN: fatos geradores do IR.
IPI: imposto sobre produtos industrializados. Segundo a CF, obrigatoriamente tem que se submeter ao princípio da essencialidade. Terão alíquotas menores os produtos mais essenciais e alíquotas maiores os produtos supérfluos. Princípio da não-cumulatividade: permite a compensação do que for devido em cada operação com o montante recolhido em operações anteriores. Na prática, a montadora compra o motor, peça, pneu do fornecedor. Todos os fornecedores já pagaram IPI. A montadora quando for vender para a concessionária, ela desconta os valores já pagos por IPI dos fornecedores, para evitar a bitributação. 
IOF: Imposto sobre operações financeiras incide sobre varias operações (art. 153, V, CF): crédito; câmbio; seguros. Característica extra fiscal intervenção no domínio econômico e mercado financeiro. A CF permite que o poder Executivo altere as alíquotas de IOF por meio de Decreto. 
Fato gerador: 63, CTN.
ITR: a competência de disciplinar é da União, mas a capacidade tributária ativa é dos municípios (EC 42/2003).
Art. 29, CTN dispõe sobre o ITR: fator gerador domínio útil e posse do imóvel fora da zona urbana do município.
I. Sobre grandes fortunas: CF atribui competência para a União, mas até não foi instituído. 
AULA 5 – 10/02/16
DOS IMPOSTOS ESTADUAIS E DO DF
Art. 155, CF.
ITCMD: Imposto sobre transmissão causa mortis e doação. Art. 35, CTN compete aos estados instituir sobre a transmissão de bens imóveis e bens relativos a estes. Agora, de acordo com a CF, versa sobre quaisquer bens e direitos, não só bens imóveis (CAI NA PROVA). Art. 155, I, CF.
Se a transmissão é inter vivos não incide mais ITCMD, incide ITBI, que é municipal. Mas, só se a transmissão é financeira, de compra e venda que incide ITBI. 
O ITBI incide apenas sobre bens imóveis. 
Se for doação ou causa mortis, é ITCMD. 
Os contribuintes estão no artigo 42, do CTN: qualquer das partes da operação tributada não se sabe se é quem doou quem recebeu, quem faleceu. Aí os estados fazem a legislação própria. Ver a o estado de São Paulo: Lei nº 10.705/2000, art. 7. 
ICMS (Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS exportação) – Art. 155, CF: é o que proporciona maior arrecadação para o Brasil, para os entes políticos. Embora de competência estadual, na divisão das receitas vai uma parcela para os municípios. 
Os serviços são taxativos: transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Todos os demais serviços são tributados pelo ISS que é municipal.
Antes CF/88 = ICM
CF: LC 87/96 de caráter nacional. Todos os estados ao instituir o ICMS deverão observar o contido na LC, evitando que os estados atribuam alíquotas menores que os permitidos por essa lei. 
Pode ser seletivo: para produtos mais essenciais a tributação é mais baixa como no IPI. Mas, aqui ele pode ser seletivo, o estado pode optar por alíquotas menores, mas não é obrigado. 
Não cumulativo: em cada operação se desconta o que foi pago na tributação anterior, para evitar a bitributação na circulação de mercadorias – art. 155, § 2º, I, CF. 
Definição de Contribuinte do ICMS art. 4º, da LC 87/96. 
Toda pessoa física ou jurídica que faça essa circulação com caráter habitual e visando lucro. 
IPVA: Imposto sobre a propriedade de veículos automotores. 
No CTN não há nada sobre o IPVA, porque ele é de 1966 e o IPVA foi criado em 1985.
CTN não faz menção
Imposto real: incide sobre a coisa, assim como o IPTU.
Os impostos reais podem ser progressivos, os pessoais não. Progressivo porque se paga de acordo com o valor do veículo progressividade, pois a alíquota é a mesma.
Progressivo e periódico: periódico, porque é pago a cada ano.
Caráter fiscal: arrecadatório visa arrecadar dinheiro. 
SP: Lei nº 13296/08. Imposto estadual, portanto, cada estado segue sua lei que o rege. Atualizada pela Lei 16029/15.
Contribuinte é todo proprietário do veículo automotor.
DOS IMPOSTOS MUNICIPAIS
Art. 156, CF.
Os municípios ficaram com os impostos que arrecadam menos, por isso ficam com uma parte do ICMS.
I – IPTU: imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. Imposto real que incide sobre a coisa. 
CTN, art. 32 trata deste imposto.
Fato gerador: proprietário/ possuidor, de imóvel localizado em zona urbana. 
Art, 32, § 1º: define o que é zona urbana.
“Construídos e mantidos pelo poder público”: porque às vezes o dono da fazenda faz os melhoramentos, mas aí é ITR. 
Art. 32, § 2º vilas fora do município, desde que cumpridos os requisitos de zonas urbanas, são consideradas urbanas.
Progressividade no tempo (182, § 4º, II da CF): para aqueles imóveis que não são edificados, utilizados ou subutilizados (que não cumprem a sua função social). Terrenos baldios.
Progressividade em razão do valor venal: incluída pela EC 29/2000 que deu nova redação ao artigo 156, §1º, da CF.
Quanto maior o valor venal, paga mais IPTU.
- Alíquotas diferenciadas quanto à localização ou uso: localizado no centro ou em periferia (alíquotas diferentes). A CF permite que o imóvel utilizado por uma fundação, hospital tenha uma alíquota diferenciada do que se fosse um imóvel comercial.
Por mais que a CF diga, tudo deve estar disciplinado por lei municipal que regulamente.
Art. 33, CTN: base de cálculo, que é o valor venal do imóvel.
Art. 34, CTN: contribuinte do IPTU proprietário,titular do domínio útil ou possuidor por qualquer título.
II – ITBI: Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis
Incide sobre a transferência jurídica da propriedade ITBI, exceto no caso de doação e causa mortis.
Não incide sobre garantia, penhor, hipoteca, porque não está havendo a transferência definitiva do bem.
Não cabem alíquotas progressivas, apenas alíquotas fixas (Araraquara é 2%).
Não importa a localização ou uso, a alíquota é sempre a mesma.
Situação do bem onde está localizado o imóvel o município que arrecada.
O CTN art. 35: não é de competência dos estados, a CF que é posterior ao Código alterou para a competência dos municípios.
Fato gerador: transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso de bens imóveis. Exceto garantia, cessão de crédito. 
Registro no CRI: Cartório de Registro de Imóveis. 
Os municípios cobravam quando da lavratura da escritura no Cartório de Notas.
O STJ pacificou que o imposto incide no registro de imóveis.
Art. 38, CTN: base de cálculo valor venal do bem ou do direito transmitido (usufruto, arrendamento). 
STJ decidiu que a base de cálculo pode ser arbitrada com base no valor de mercado, por causa da discrepância entre valor venal e real. 
O Tabelião pode lavrar com o valor real. 
Art. 42, CTN: o contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada. A lei municipal disporá se será o comprador ou o vendedor.
III – ISS: Imposto sobre serviço ou ISSQN – de qualquer natureza
ISS x ICMS
O serviço de transporte intermunicipal e interestadual e comunicação é ICMS, o restante é tributado pelo ISS. 
O transporte municipal é ISS!
Só vai tributar sobre os serviços dispostos na lei disposição expressa (LC 116/2003).
Traz uma lista taxativa de quais serviços serão tributados por ISS.
Há serviços que não são tributados nem por um nem por outros porque não estão no rol taxativo.
Alguns serviços geram dúvidas se é ISS ou ICMS: operações mistas. Ex: baladas sobre a bilheteria e a música paga ISS, sobre a bebida vendida paga ICMS.
Tem que ver qual é a preponderância do serviço. 
O judiciário vai definir.
Se o serviço for personalizado, é ISS. Ex: software, cortina.
Bar e restaurante incide ISS, porque a pessoa vai para lá por causa da prestação do serviço global.
Fato gerador LC 116/03: prestação de serviços constante no rol taxativo da lei complementar.
Base de cálculo é o preço do serviço (de 2 a 5%). Alíquotas diferenciadas em razão do serviço prestado. 
O contribuinte é sempre o prestador de serviço.
A sociedade de profissionais paga ISS fixo. Ex: escritório de advocacia e de contabilidade. Recolhe valor fixo pelo numero de profissionais que eles têm art. 9º, § 3º, do Decreto Lei nº 406/68. 
AUALA 6 – 16/02/16
PROCESSO DE CODIFICAÇÃO 
Tentativa de sistematização mais racional do sistema tributário. Surgiu pela necessidade de consolidar leis esparsas em código, porque o código representa racionalidade a um sistema. Os valores mais importantes devem constar no Código garantem mais previsibilidade e segurança às transações.
Em matéria tributária essa previsibilidade e segurança significam saber com antecedência o quanto vai se gastar com os tributos.
Isso vem da tradição das constituições modernas.
Esses sistemas considerados de direito positivo, colocado através de normas escritas e aprovadas por ritos próprios têm como fonte básica a lei.
No direito tributário a fonte básica é a lei.
Art. 59, § único: disposição sobre lei complementar que disporá sobre a elaboração das leis. 
Essa LC é a 95/98. Quando a CF disser que há necessidade de lei complementar ela fará de forma expressa.
Quando ela disser “lei”, entenda-se lei ordinária.
Esse mundo dos códigos é o mundo da segurança jurídica. 
Codificação e ramos do direito: sistematização de normas e regras mais importantes e comuns a ramos do Direito.
O que não foi mais importante é previsto em leis esparsas.
O princípio da legalidade em matéria tributária é de suma importância, porque ele traz o anteparo ao poder real e vem concretizar o princípio da separação dos poderes no sentido de freios e contrapesos de Montesquieu.
Princípio da estrita legalidade diz que é necessária lei para regrar os principais aspectos em relação à cobrança dos tributos e isto está detalhado no artigo 97, do CTN.
Quando vigorar o princípio da legalidade estrita não se admite que um ato infralegal possa tratar do tema. Exceções no artigo 97: o que significa que este princípio da legalidade estrita veio mitigado comportou exceções.
Há tributos de caráter extrafiscal reflexos de políticas econômicas que poderiam conter inobservância à regra de alíquotas.
Para instituir e extinguir tributos é necessária lei, Mas, para fato gerador, majoração de tributos não (são exceções que são até postas no texto da CF).
Exemplo: possibilidade de aumento de alíquotas por algum decreto e não por lei.
O CTN é de 1966 e nesse aspecto foi um diploma que teve partes positivadas na CF, de modo que o que conflita com a CF não foi recepcionado.
Existem outras fontes que não a lei jurisprudência, doutrina, costumes, que exercem papel de proeminência que tentam dar maior fixação à norma tributária que é abstrata.
Art. 100, III, CTN. No direito tributário a maior proeminência está nas leis. Mas, o próprio CTN fala neste artigo em normas complementares que são diferentes das leis complementares.
As leis complementares complementam a CF.
As normas complementares complementam as leis propriamente ditas. 
Art. 100, CTN:
Inciso I: Normas complementares: instruções normativas, portarias, atos normativos. 
Inciso II: consulta tributária feita pela Administração que decide sobre tal assunto de tal maneira esta decisão tenha eficácia normativa atribuída pela lei. 
Inciso III: se algo for praticado de maneira reiterada pela Administração quer dizer que o costume está sendo utilizado como norma complementar.
Inciso IV: convênio entre entes tributadores. Ex: convênio para entrada e saída de mercadorias entre os estados para que não haja bitributação.
Fontes do direito tributário:
Lei partindo da CF. Inicialmente normas constitucionais estruturantes do sistema tributário. A CF distribui competências e institui limitações ao poder de tributar.
Diz quem é que vai poder cobrar e de que maneira será essa cobrança. 
Instituição por lei ordinária. Quando houver necessidade de lei complementar a CF será expressa.
Lei Complementar exige quórum qualificado. Conteúdo não é arbitrário e nem se presume. A própria CF é prevê a necessidade. Somente é necessário LC quando a CF expressamente a requer “matéria sob reserva de lei complementar”.
Artigos que fazem menção à LC: 146, incisos I a III, CF; 154, I, CF; 155, §2º, XII; 156, III.
A Lei Complementar não é superior a Lei Ordinária.
Se a CF não exige lei complementar significa que lei ordinária pode dispor sobre o tema e não há hierarquia formal entre lei ordinária e lei complementar o que significa que já aconteceu de uma lei ordinária revogar uma lei complementar (pois não é necessário LC para aquele assunto). 
No passado, a lei ordinária 9430/96 revogou a isenção da COFINS que havia sido concedida por lei complementar 70.
Diz que a lei é formalmente complementar e materialmente ordinária.
LC é usada para harmonização de entes federados para se evitar guerra fiscal e limitações no direito de tributar. Atua no sentido de balizamento, de norma geral.
Normas gerais: são aptas a vincular todos os entes federados e os administrados. São diferentes de genéricas (Min. Joaquim Barbosa).
AULA – 07 – 17/02/16
Normas Gerais são aptas a alcançar todos os entes federados, quanto os administrados. Isto acaba sendo uma limitação à competência legislativa dos entes federados que devem observar as normas gerais tributárias. 
Leis complementares: complementam a CF e atua na harmonização da tributação entre os entes federados forma federativa.
Art. 146, III, CF: exemplificativo, que matérias da CF podem e devem ser veiculadas por normasgerais, ou seja, através das LCs. 
O STF já reconheceu inconstitucionalidade em leis ordinárias que não observaram as regras gerais (estabeleceram prazos decadenciais diferentes, por exemplo).
Não há hierarquia formal entre LC e LO.
Cabe à LC definir os modelos possíveis e os principais aspectos dos diversos impostos.
Ex: LC 87/96 – ICMS (em face do que é dito na CF).
LC 116/2203 para o ISS. 
A validade da legislação ordinária fica condicionada ao previsto nestas leis complementares. 
RESOLUÇÕES DO SENADO
(ato proveniente da casa legislativa – Senado) é mais fácil de ser aprovada. 
O Senado é a Casa dos estados federados e a Câmara dos Deputados representam o povo. 
As resoluções do Senado são particularmente importantes, em matéria de tributos estaduais. Ou seja, até no sentido de conferir limites a estes tributos. 
ITCMD – Art. 155, § 1º, IV, da CF necessidade de fixar alíquotas máximas (“terá suas alíquotas fixadas pelo Senado” entenda-se Resolução do Senado).
Isso é para evitar que os estados fixem alíquotas muito diferenciadas e muito altas.
Outro exemplo (ICMS) é aquele que o Senado aplica às alíquotas interestaduais e de importação. 
Senado estabelece as alíquotas aplicáveis às operações interestaduais e de exportação – art. 155, § 2º, IV, da CF. 
Por quê? Porque da mesma forma estas alíquotas definem o movimento de mercadorias entre os estados e sem essa limitação, geraria uma guerra fiscal para se atingir uma alíquota mais favorável. Os estados iriam guerrear para atrair estas alíquotas e as operações todas para si. 
Inciso V, “a” e “b”: facultado ao Senado Federal que pode estabelecer alíquotas mínimas.
(Res. 22/1989 e Res. 13/2012 para se evitar a guerra dos portos: da mesma forma os portos dos estados poderiam estar brigando para oferecer uma alíquota mais baixa sobre as alíquotas estaduais de exportação).
É facultado ao Senado estabelecer alíquotas mínimas e máximas de ICMS de operações internas (art. 155, § 2º, V, “a” e “b”).
Observar que estas resoluções têm caráter impositivo ou facultativo. Exercida esta faculdade, os estados estão vinculados a ela. 
CONVÊNIOS
São acordos celebrados entre os estados “tratados” internos. 
Estes acordos são celebrados no âmbito no CONFAZ – Conselho Fazendário Representantes das Fazendas dos Estados. Reúnem-se periodicamente em Brasília, onde celebram estes convênios. 
Tipos de convênios: 2
1 – Convênios de cooperação: relativos à permuta de informações entre os entes federados e assistência mútua para fiscalização. Ex: questão do IPVA para quem tem domicílio em SP porque licencia o carro no Paraná. Fiscalização para evitar a mudança de endereço fraudulenta para se evadir dos impostos.
O planejamento tributário é lícito: se a empresa tiver uma parte das operações no Paraná ela poderia licenciar os veículos no Paraná, mas se ela se mudou para lá apenas para fugir dos impostos, ela cometeu abuso de direito.
 
2 – Convênios de Subordinação: dizem respeito a algumas matérias que a CF faz menção para dar validade para as leis estaduais. Se o estado celebra um convênio com outro, ele tem que cumprir, via legislação estadual. 
Se existe um convênio entre os estados, ele tem que cumprir, assim como os tratados internacionais.
Dizem respeito às matérias reservadas constitucionalmente para deliberação entre os Estados – condicionam à validade das leis estaduais.
Art. 155, § 2º, XII, “g”: benefícios fiscais (ICMS).
“mediante deliberação dos estados e do DF” – entendam-se convênios.
Deliberação sobre a concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais de ICMS.
Se o estado conceder um incentivo que contrarie o convênio, poderá ser invalidado.
Ministro Hermam Benjamim: tratamento fiscal uniforme em matéria de ICMS (Recurso Mandado de Segurança 39554/ 2013/CE). 
O estado muitas vezes vai discutir no STF algum estado que estejam descumprindo o acordo. 
TRATADOS INTERNACIONAIS
Esses tratados consistem em acordos celebrados entres os países (pessoas jurídicas de direito público externo). 
Em matéria tributária podem ser veiculados em bloco econômicos - MERCOSUL. E pode haver tratados que sejam bilaterais, para se evitar a bitributação. Ex: pessoa domiciliada no Brasil que vai trabalhar no exterior --: acordos de bitributação.
Ex: jogador de futebol que joga na Itália que declara seu imposto de renda aqui no Brasil. E os seus rendimentos na Itália?
É feito então, um acordo de bitributação: diferença de alíquotas do que é permitido aqui e do que é exigido no exterior, mas para isso é necessário o acordo.
Cumpre uma complexa série de atos até que entrem em vigor. 
Esses tratados só produzem efeitos internamente após uma complexa seqüência de atos.
Estes atos são: previstos nos dispositivos constitucionais. 
Negociação: surge a necessidade de se celebrar um tratado em uma reunião (negociação prévia que poderá vir a ser tema de tratado no futuro).
Escolhem um lugar aprazível – Fórum econômico mundial na Suíça recentemente.
Diplomacias dos países.
Negociações e assinatura do Tratado pelo Presidente da República.
Aprovação: pelo Congresso por Decreto Legislativo. O Congresso vai analisar aquilo que foi assinado. 
Ratificação: pelo presidente da república mediante depósito do instrumento. O que é isso? O CN aprovou via DL, o presidente acaba tendo que depositar algo aprovado formalmente pelo CN e volta ao âmbito externo, porque cada estado terá que ratificar depois. 
Promulgação: do Decreto Presidencial – ato do poder executivo. É o texto final do tratado.
Publicação: do texto do Tratado.
Todos estes atos são para internalizar o texto do tratado.
Uma vez incorporados à legislação interna, passam a fazer parte da legislação tributária. O art. 96 do CTN faz menção ao texto dos Tratados.
A discussão que existe é sobre a proeminência dos tratados a respeitos dos direitos humanos. Haveria necessidade ou não de internalização por conta do art. 5º, CF?
Alguns discutiam a necessidade de se dar todo este procedimento para internalizar o tratado. Este procedimento é necessário, porém em direitos humanos, ele é específico, se tratar de garantia e direitos fundamentais. 
AULA 8 – 23/02/16
Uma vez internalizado o tratado, este passa a integrar a legislação tributária por força do art. 96, do CTN tratados e convenções internacionais.
Qual seria o patamar que esses tratados seriam integrados à legislação interna?
Redação anterior do art. 5º, § 2º que versa sobre tratados em matéria de direitos humanos. Antes da EC 45/2004, somente havia o § 2º, acrescentou o § 3º que definiu o quórum de votação nos mesmos moldes da ECs. 
Havia uma discussão sobre que patamar esses tratados seriam incluídos no ordenamento jurídico. 
Direitos humanos: equiparados à ECs.
Nem todos tratados estão afeitos a direito fundamental. 
O STF à época entendia que os tratados em matéria tributária são incorporados como leis ordinárias.
Se assim fosse, poderiam ser revogados a qualquer tempo. Como um país celebra tratado e não cumpre? – denúncia dos tratados. 
Existe a responsabilidade do país pelo não cumprimento de tratados multas.
Discussão: é norma constitucional ou ordinária? 
Advento do § 3º: para ter status de norma constitucional quórum de votação nos mesmos moldes das ECs.
Mas, especificamente em matéria tributada?
CTN – art. 98: as normas veiculadas pelos tratados revogam a legislação interna, no que forem conflitantes. 
Expressão “revogam”: Crítica da Doutrina expressão imprópria. Por quê?
Não é revogação, porque a alteração muitas vezes não se refere a todos os produtos, países ou blocos. 
Neste caso, há um tratamento específico para determinada situações e produtos, sendo que a lei interna geral continua aplicável. Isso faz com que não seria um critério de revogação. 
Segundo, Regina Helena Costa (ministra do STJ): diz que os tratados funcionam como normas especiais. 
Qual seria sentido disso? Regramento específico para determinada situação princípio da especialidade, conflito de uma lei geral com especial,prevalece lei especial (tratamento majoritário).
Ricardo Lobo Torres entende que existe uma suspensão da eficácia. Aproximação do direito tributário dos direitos fundamentais. Sinaliza para que haja uma suspensão de eficácia das outras normas (norma tributária nacional que adquire aptidão para surtir efeitos quando o tratado for denunciado).
Artigo de lei previdenciária que considera e regrou o tema (art. 85 – A, da lei 8212/91 com alterações da lei 9876/99).
Esse artigo diz que os tratados, convenções ou acordos internacionais que versem sobre matéria previdenciária serão interpretados como lei especial.
A CF veda as isenções heterônomas. O que é isso?
Significa o Estado conceder isenção para a esfera de outro ente federado. Ex: a União conceder isenção do ICMS. Cada um concede isenção no âmbito de sua competência, ICMS é tributo estadual.
Art. 151, inciso VI, CF: veda a isenção heterônoma. Refere-se ao âmbito das entidades federadas entre si. Isso que dizer que os entes internos (estados) não há hierarquias entre eles e a União, mas uma vez que estes estados se reúnem e seu representante máximo (presidente da república) que tem competência constitucional de celebrar tratados chefe do poder executivo país no âmbito externo.
Este artigo refere-se à União, como pessoa jurídica de direito público interno. A União, enquanto ente federal. 
Se houver um tratado internacional que a União celebra (pessoa de direito público externo república federativa), neste caso é possível conceder uma isenção heterônoma. 
Este artigo aplica-se às entidades federadas entre si (União Direito Público Interno) e não à República Federativa do Brasil (União pessoa jurídica de direito público externo). 
Quando há um tratado internacional, o presidente está como representante máximo de todos os entes federados e aí sim, pode haver isenção no âmbito interno. 
Isso traz complexidade ao sistema tributário nacional.
Quais as abordagens que envolvem a celebração de tratados em matéria tributária?
- Acordos de bitributação: esses acordos buscam evitar a bitributação que oneraria as operações estrangeiras. Ex: do jogador de futebol. 
- Acordos que visam o estabelecimento de mercados comuns: blocos econômicos que entre si tem alguns benefícios por estarem agrupados (arts. 7º e 8º Tratado de Assunção).
Art. 7º: se é concedido um benefício para um produto que venha de um Estado, deve ser concedido aos outros também, sob pena de discriminação.
Art. 8º: não pode haver tratamento discriminado em função da origem nem se conceder vantagem para países que não estejam na organização. 
Tratado de Assunção que celebrou o Mercosul. Este tratado teve funções limitadas pela Argentina que celebrou outros acordos bilaterais com outros países, além do Mercosul.
A entrada da Venezuela no bloco e há vários indícios de que está ocorrendo violações à democracia a ponto de o presidente ter se munido de poderes de instituir um congresso paralelo. 
O Mercosul pressupõe obediência aos valores democráticos.
Parlamentares brasileiros foram hostilizados lá, porque eles foram para averiguar as irregularidades. 
GATT (1947) – Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio. Veio para ajudar na livre circulação de mercadorias para romper alguns entraves à negociação. Proíbe a concessão de impostos sociais. Ex: aqueles subsídios agrícolas. Tratamento tributário mais favorável e que coloca estes produtos numa competição desleal em detrimento das produções agrícolas de outros países. 
Ex: caso do algodão nos EUA que havia concessão aos produtores locais. Mas, como celebrou acordo de livre comércio não deveria conceder este subsídio no âmbito da OMC, o que gerou uma ação neste órgão, onde o Brasil sagrou-se vencedor e conseguiu uma indenização considerável que seria utilizada para aperfeiçoar a produção de algodão no Brasil. 
OCDE – Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (Brasil não faz parte, mas adota alguns protocolos que o coloca em vantagem comercial). 
O poder aumenta com negociações em blocos, desde que o país cumpra com aquilo que celebra.
Exemplos do Chile e do Peru, países mais abertos a negociações em blocos.
Estes acordos têm que ser cumpridos seguindo o princípio do pacta sunt servanda. 
AULA 9 - 24/02/16
Capítulos 1, Capítulo 9, 
Dia 09/03/16 – Trabalho em sala. Tema a ser definido. 
Interpretação do texto Tratados internacionais
Art. 98: afirmar a primazia dos tratados sobre a lei interna. Na edição do CTN o STF tinha esse entendimento que após foi modificado. 
O tratado como lei especial: conflito de normas. Se a lei interna tributa certa situação e o tratado outra conflitante, como se resolve? Lei especial sobre a norma geral. Aplicação do critério da especialidade. 
Tentar harmonizar os tratados com a lei interna. 
O tratado não cria tributo, mas pode dentro daquela autorização legal existente, modificar e tendo esse negativo, mas o fundamento é sempre a lei interna da cobrança.
Quem determina a cobrança é a lei interna, mesmo que houvesse autorização por tratado, sem a lei nada se poderia cobrar.
Se o tratado for revogado, passa-se a se cobrar nos moldes anteriores, sem necessidade de elaboração de nova lei interna o tratado não revoga lei interna.
O tratado cria em algumas situações, exceções à aplicação da lei interna e a revogação do tratado restabelece a lei interna. 
Se o tratado for revogado, a lei interna restabelece não é repristinação. 
Nem precisaria o artigo 98 do CTN para dizer que o tratado prepondera. O que está posto, positivado, norteia melhor a aplicação do Direito. Deixar para a Doutrina, se dá dubiedade. 
Existem 2 teorias do direito internacional. Para a teoria monista existe uma só ordem: direito internacional e o direito interno formam a ordem, não sendo necessário internalizar os tratados. Para a dualista: o tratado (ordem externa) deve ser internalizado à ordem interna. 
 A questão seria constitucional e nem do artigo 98, do CTN. A CF fala de tratados em direitos humanos e é omissa quanto aos de ordem tributária.
O CTN à época que foi editado não tinha patamar de Lei Complementar. Foi assim, recepcionado pela CF como Lei Complementar.
O autor defende que o art. 98 nem precisaria ser editado, mas nesta época o STF defendia a proeminência dos tratados.
Conclui-se pela idéia posterior de que leis internas poderiam contrariar tratados. 
No plano externo, lei ordinária revogando tratado corresponderia a denúncias e sanções previstas no tratado. 
 O autor repisa que o princípio da especialidade resolveria, sem a necessidade do artigo 98.
Tratado e tributos estaduais e municipais
O tratado pode ou não dispor sobre tributos estaduais ou municipais. Sob a égide a CF anterior permitia-se que a CF concedesse isenção, através de LC. De alguma maneira ainda prevalece, vide ICMS (LC que dá validade às leis estaduais). A LC em termos de ICMS e de ISS funciona como se fosse um “tratado interno”. 
Não seria necessário o 151, III, CF porque decorre da mera decorrência do sistema constitucional de partilha de competência, cada somente poderia dispor dos tributos da sua competência. 
As isenções só podem se tratadas por lei específica (art. 150, §6º). EC 3/93 leis não propriamente tributárias, legislem sobre matéria tributária.
O autor defende a inaplicabilidade dos tratados nas isenções estaduais e municipais, pois não é lei específica.
O autor chega à conclusão que só a União pode representar os estados para firmar tratados, mas no plano externo. Ele dá a primazia dos tratados com base numa outra explicação, em termos da soberania da república federativa do Brasil para firmar tratados, porque nenhum dos demais entes internos pode firmar tratados, só a União pode. 
AULA 10 – 01/03/16
Trabalho de direito tributário dia 09/03/16.
Temas: fontes do direito tributário (tratados internacionais).
Leis ordinárias e medidas provisórias
A lei é a fonte básica do Direito Tributário. Quando a CF não diz nada, entenda-se lei ordinária. Quando é LC a CF já fazmenção própria.
Exige-se lei ordinária tanto para instituição quanto para aumento (majoração) do tributo como para a qualquer modalidade da exoneração da obrigação de pagar tributo. 
Essa necessidade para exoneração da obrigação de pagar está no artigo 150, §6º, CF. Essa exoneração é que quando você concede um benefício ou isenção é necessária lei específica para evitar a inserção de exonerações da obrigação de pagar em leis genéricas. Não se discute a matéria. Havia uma tendência de se colocar matéria tributária numa outra lei que não tivesse nada a ver com aquilo, para que passasse despercebida na aprovação do Congresso. Isto porque a desoneração afeta a todos os contribuintes pagam indiretamente. Ex: desoneração na folha de pagamento afetou o caixa da previdência. Daí a necessidade de uma lei específica não pode ser uma lei que trate de outros assuntos.
A lei para instituir ou majorar decorre do próprio artigo 5º, 150, I, CF.: contem as limitações do poder de tributar. 
Para estabelecer penalidades pelo descumprimento das obrigações de pagar art. 97, V, CTN.: para cobrança de penalidades somente a lei poderá estabelecer.
E também é necessária lei ordinária para estabelecer fato gerador, base de cálculo, isenções/ concessões de créditos presumidos.
Créditos presumidos: são impostos que incidem sobre a circulação de mercadorias (ICMS) que incide em cadeia (produtiva). Aquela pessoa que compra a mercadoria e vende depois. A idéia é que ele não seja cumulativo. Imagine pagar sobre o produto todo e sobre o preço de venda. Só incide tributo na diferença. 
O crédito presumido em impostos em cadeia é um benefício tributário para o comerciante.
Crédito tributário decorre da formalização da obrigação tributária.
Legalidade estrita ou absoluta 
- A lei deverá dispor por completo sobre tais matérias que demandem tratamento por lei, não deixando ao Executivo a possibilidade de regulamentação que não se transige por ato infra-legal.
No caso de obrigação de pagar refere-se à necessidade de lei prevendo todos os seus aspectos.
Legalidade relativa
Seria para algo de menor importância em matéria tributária. É possível no caso das obrigações acessórias. Não há necessidade de lei de maneira exaustiva, o que significa que algo pode ser previsto por decreto em que o Executivo poderá especificar ou detalhar. 
A obrigação da declaração do IR é acessória porque você informa ao fisco quanto você terá que pagar depois.
Se não apresentar a declaração de IR multa.
Ex: qual formulário utilizado para a declaração do IR; a data do vencimento do tributo poderá ser prevista por obrigação acessória.
O Código define que tudo que não for obrigação de pagar é obrigação acessória.
Atenção: o assunto não pode estar sob o regulamento/ reserva de lei complementar.
As medidas provisórias têm força de lei artigo 62, CF.
Provém do poder executivo. Que anteparo seria esse? É como se houvesse uma burla ao sistema.
Mas, elas são aprovadas pelo Congresso Nacional, mas não se prescinde a isso para que surtam efeitos.
As MPs são aceitas em matéria tributária.
A reedição das MPs causava muita insegurança jurídica. 
Mas, hoje em dia, as MPs têm que ser aprovadas no próprio ano para surtirem efeitos no ano seguinte (EC/32 para regrar as medidas provisórias).
Principais aspectos da EC/32
Art. 62, CF com a redação da EC 32/2001
- não se pode veicular MPs para matéria que deveria der tratada por lei complementar. Podem dispor sobre matéria, sob reserva legal, mas não sobre matérias sob reserva de lei complementar. Art. 62, § 1º, III.
- Art. 62, § 2º: para que a MP surta efeitos em matéria de instituição ou majoração tributária no exercício financeiro seguinte (principio da anterioridade) a medida provisória deve ser convertida em lei no mesmo ano que for editada, sob pena de não ser eficaz no exercício seguinte. 
Exceções: impostos de importação, exportação, IPI, IOF e outros destinam-se a extrafiscalidade. Política extafiscal não propriamente arrecadatórias. Ex: quer-se desestimular o consumo de automóveis, aumenta-se o IPI. 
Essa EC veio para sanar situações de insegurança jurídica de se legislar por medida provisória.
Com este regramento mais restrito, ficou mais complicado.
A MP deve ser usada para matéria de relevância e urgência para suprimir o rito processual do processo legislativo.
A EC 32 vetou a MP para algumas matérias, porque estava havendo abusos. Ex: matéria penal. 
O prazo passou para 60 dias prorrogáveis por mais um período apenas.
Art. 62, § 1º: vedações da MP. Alínea d: poderia haver alguma manipulação por parte do executivo no tange a manipulação do direito financeiro. Pedaladas fiscais que envolvem gastos públicos. 
§ 3º: as MPs perdem eficácia se não convertidas em lei no prazo de 60 + 60 dias.
Se ela perder eficácia e aquilo que aconteceu antes de ela perder eficácia a cargo do CN.
§ 4º: não conta o prazo durante o recesso parlamentar.
§ 5º: relevância e urgência pressupostos constitucionais. 
§ 6º: regime de urgência, após o 45º de publicação trancamento da pauta. MPs sobrestará outras matérias até que se aprove ou não a MP. 
§ 7º: Prorroga uma única vez: 60 dias. A votação inicia na Câmara. 
Apreciada pelas Comissões Mistas (§ 9º). 
AULA 11 – 02/03/16
Mesmo rejeitadas pelo CN as MPs ainda surte efeitos por um prazo (60 dias) período de hibernação. É algo questionado pela Doutrina (§ 11º).
Acontece a mesma coisa quando há modificação do texto: vigora a original até que o projeto que a altere seja sancionado ou vetado.
A CF equiparou as medidas provisórias às leis tem sido aceita para a majoração de tributos.
Pois, a aprovação pelo Congresso ocorre, mesmo que a posteriori.
Não se pode criar empréstimo compulsório (espécie de tributo estudado mais adiante) por medida provisória. Isto porque a criação deste empréstimo exige lei complementar e, portanto, não pode ser matéria de medida provisória.
ATOS NORMATIVOS INFRALEGAIS
Decretos, instruções normativas, portarias e ordens de serviço. 
Decretos: se prestam meramente a regulamentar as leis, mas em matéria tributária são mais que isso. 
É mais uma válvula de escape de legislação em matéria tributária. Não é que se legisle por decreto, mas a CF permite o aumento de alíquotas por meio de decretos com força de lei formal. Seria como se fosse uma lei. 
Não se pode dizer, em matéria tributária, que os decretos se limitam à regulamentação estrita das leis. Isto porque, existe esta válvula de escape no direito tributário.
Atenuação a garantias do princípio da legalidade. Art. 153, § 1º, CF: permite que o executivo possa graduar as alíquotas de alguns tributos e se diz que há uma política de extrafiscalidade caráter extrafiscal dos tributos. Mas, dentro de limites previstos pela lei, sendo que a alíquota não pode ultrapassar certo valor.
Art. 97 do CTN: fala da legalidade dos tributos. A alíquota tem que ser fixada em lei. Lembrando que o Código é anterior à CF. Previsão do CTN encampado à CF (foi recepcionado).
São eles: II, IE, IPI e IOF. 
Nestes casos, os decretos são atos do poder executivo com força de lei. Equivaleria do ponto de vista material a uma lei, mas teria efeito de lei formal porque através da alíquota, muda-se outra por decreto.
Art. 177, § 4º, I, “b”, CF: CIDE combustível (Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico): combustíveis e seus derivados. Este artigo faz parte da ordem econômica. A matéria tributária está em outros artigos esparsos da CF, como por exemplo, o próprio artigo 5º. 
Art. 150, III, “b”: princípio da anterioridade. Não se aplica para CIDE combustível. Esta alíquota pode ser aumentada e reduzida a qualquer tempo.
Existem os decretos regulamentares propriamente ditos, que são aqueles que prestam a detalhar alguma obrigação acessória. Para explicitar as obrigações acessórias criadas por lei. 
Art. 84, IV, CF: a competência é do Presidente da República Decreto Federal. Esses decretos são expedidos para a fiel execução da lei. 
Ex: quando há a possibilidadede se delegar um índice cuja correção monetária já foi prevista em lei. Normalmente aspectos de menor importância. Outros exemplos: data de vencimento do tributo, formulário utilizado para a declaração de tributos, indexador de correção monetária prevista em lei, procedimentos da fiscalização tributária.
Os decretos complementam as leis, convenções e tratados internacionais (art. 99, CTN). 
NORMAS COMPLEMENTARES
Art. 100, CTN.
Não confundir com leis complementares. 
O que elas complementam? Leis, tratados e convenções internacionais e decretos. 
Compõe a legislação tributária. Art. 96, CTN.
I - Quais são essas normas complementares? Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas.
Que atos seriam esses? Portarias, instruções normativas e outros atos que a Administração expede. 
Para quê? Necessidade de explicitar algum aspecto técnico, relativos aos preceitos legais, porque a lei deve ser alguma maneira genérica. Detalhamento da lei para dar uma diretriz para que ela seja interpretada.
Ministério da Fazenda
Receita Federal
Explicitam aspectos legais para que os contribuintes cumpram com suas obrigações.
Também servem para esclarecer dúvidas dos contribuintes e dirimir alguns conflitos.
II - Decisões dos órgãos singulares ou coletivos (jurisprudência administrativa). Ex: a empresa foi autuada e incumbe ao advogado defender a empresa. Entende-se que se deve recorrer administrativamente (processo administrativo fiscal). Existe um órgão de segundo grau administrativo (CARF). Essa instância administrativa que ocorre em primeiro e segundo grau profere decisões com eficácia normativa. Se for proferida uma decisão o contribuinte tem que cumprir. Além disso, essas decisões são vinculantes.
Os grandes contribuintes recorrem, os pequenos pagam.
Quando se discute judicialmente, a empresa geralmente já faz um depósito judicial. Se fizer o depósito em poupança, não vai alcançar a correção dos tributos pela SELIC. Portanto, se retarda o pagamento, mas no futuro se paga com correção muito maior. 
As decisões administrativas são mais técnicas que as decisões judiciais.
III – práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas costumes administrativos. Se a administração pratica uma determinada conduta você não pode ser punido se observar este padrão estabelecido pela Administração. 
IV – Convênios celebrados entre os entes federados que entre si celebrem (§ único). Estes convênios se prestam a troca de informações. Ex: convenio para que todos os estados tivessem acesso às placas para saber se tem infração de trânsito. 
§ único: proteger a boa fé do contribuinte. Significa que se o contribuinte cumprir com estas normas complementares, ele estaria garantido, exclui a imposição de juros de mora e atualização monetária da base de cálculo e não poderia ser autuado. 
AULA 12 – 08/03/16
Conceito de tributo e espécies tributárias
Definição de Leandro Paulsen:
Conceito de tributo: conceito analítico, tentando abarcar as espécies tributárias. Note-se que sobre as espécies tributárias, CF incorporou o que já estava sendo feito em relação às contribuições. Antes da CF, algumas figuras discutidas se eram impostos ou não. A união vem aumentando sua fatia arrecadatória, ao tempo que tem despesas com saúde e seguridade. A necessidade foi solucionada com o instituto das contribuições sociais que são destinadas a uma finalidade especifica diferentes dos impostos destinados a gastos especiais do Estado.
Parcela dos tributos arrecadada pela União que é repassada aos estados e municípios.
IPI e ICMS retornam numa proporção mais ou menos em cima do que se arrecadou naquele local. Isso não ocorre com as contribuições e isso ocasionou reclamações dos estados sobre estas contribuições que foram justificadas pela União.
Definição do autor: Cuida-se de prestação em dinheiro exigida compulsoriamente, não há tributo pago em função da vontade, a manifestação da vontade é irrelevante obrigação ex legi, legal. 
Exigidas pelos entes políticos ou pessoas jurídicas de direito público, de pessoas física ou jurídicas, com ou sem promessa de devolução, via de regra, é sem promessa de devolução.
Restituição do IR: declaração de ajuste (receitas e despesas). Existem despesas dedutivas outras não. A restituição é do que se pagou a maior, não é devolução. 
De início, tributa-se sem olhar as despesas.
Existem situações em que existe devolução: empréstimos compulsórios.
Forte na ocorrência de situação estabelecida por lei que revele sua capacidade contributiva: tem que estar previsto em lei. 
Os impostos se referem à capacidade contributiva das pessoas físicas ou jurídicas: quanto mais renda eu tenho mais eu pago referibilidade.
Os impostos são calculados com base na riqueza dos contribuintes.
As taxas têm referência a um serviço prestado pelo Estado. Ex: taxa do lixo. 
Exemplo do que não se apropria. Exemplo do lixo. Considerando que ninguém pesará o lixo de ninguém, se arbitra por residência do mesmo padrão.
Iluminação pública: não dá para saber quanto daquela luz está iluminando minha casa. 
Esses são os serviços indivisíveis.
Poder de polícia: poder de o Estado regrar determinadas atividades e fiscalizar. 
É uma das facetas do poder de império do Estado. 
Imagine se nós não pagássemos tributos, mas de certa forma teríamos que assumir certas tarefas segurança pública.
Espécies tributárias: CF.
A – impostos: arts. 145, I, 153, 154, 155 e 156 da CF).
B – taxas (arts. 145, II e 150, V).
C- contribuições de melhoria (art. 145, III).
D – empréstimos compulsórios (art. 148).
E – Contribuições especiais (arts. 149 e 195).
Art. 145, I: este artigo não é taxativo, é exemplificativo, porque existem outras espécies tributárias.
Inicialmente só se previam impostos, taxas e contribuições de melhorias. Visando dar fundamento de validade à cobrança de tributos, a CF previu outras espécies tributárias em artigos esparsos. 
- Obrigações em dinheiro – pecúnia. 
O Estado tributa para atividades de interesse público, mesmo que exercida por terceiros.
Por que se abre mão dos impostos para igrejas?
Porque se entende que estas entidades realizam atividades de interesse social, auxiliando o Estado nesta função, apesar do Estado ser laico. Portanto, há certa renúncia tributária.
Mas, as entidades religiosas devem prestar contas e, eventualmente pode ser autuada, se estiver, por exemplo, exercendo uma atividade comercial, podendo ser tributada nesta atividade.
O Estado não dá conta de fazer tudo sozinho e para se figurar no pólo ativo das obrigações tributárias, tem que ser ente político ou pessoa jurídica de direito público (administração indireta).
Pessoas jurídicas de direito privado não podem figurar no pólo ativo.
Contribuições para Sesi, Senai, Sesc: estes entes são privados, mas exercem atividade de interesse social, portanto elas podem receber uma parcela destes recursos.
Outro exemplo, são as APAEs, as Santas Casas que recebem recursos públicos. Mas, para isso elas têm que promover o interesse público e não há intenção de lucro.
Obrigações que não sejam pecuniárias não podem ser chamadas de tributos. Seriam, por exemplo, prestar serviço militar obrigatório, trabalhar no júri, eleições são obrigações que não são tributos.
Existem dois tipos de obrigações:
Obrigações de pagar: também chamadas de obrigação principal. 
Obrigação acessória: fornecimento de dados ao fisco para que ele possa aferir o quanto que vai ser pago pelo contribuinte colaboração com o Fisco.
Essas obrigações acessórias seriam obrigações de fazer; não fazer e de tolerar. Ex: fazer prestar declaração de ajuste de imposto de renda. 
Não fazer não circular produtos sem nota fiscal.
Tolerar tolerar a presença do fiscal na empresa.
A obrigação acessória não segue a principal aqui. São autônomas.
- Receita compulsória: não há qualquer ocorrência da vontade do contribuinte.
Caráter cogente que a lei a todos obriga --: decorre de obrigação ex legi.
Não constitui sanção de ato ilícito. O ilícitofaz surgir uma multa, porque houve uma infração. Gera multa e não tributos.
CTN – art. 113: distingue tributo de sanção ato ilícito, mas depois dá o mesmo tratamento (obrigação de pagar englobou a penalidade pecuniária que decorre de infração).
Multa decorrente de ato ilícito engloba-se como obrigação principal.
Realização de obra pública que implique valorização imobiliária é contribuição de melhoria. Exemplo, construção de viaduto valorizando o bairro, passível de cobrança de contribuição de melhoria que foram beneficiados com a obra.
Ilicitude subjacente: vem de um conceito dos primórdios. Ex: pessoa exerce a medicina em ser médico. Ela vai ser tributada normalmente pelo IR. 
“O dinheiro não cheira” pode ser tributado tudo, atividades lícitas e ilícitas. Se há alguma ilicitude adjacente, mas ocorrido o fato gerador, vai ser tributado. 
O conceito de tributo está do artigo 3º do CTN: “que não constitua sanção de ato ilícito”, “cobrança mediante atividade administrativa plenamente vinculada”: significa que da mesma forma que você tem que tolerar o fiscal, este se deparando com o fato gerador, o fiscal está vinculado à cobrança do débito, não há margem de discricionariedade no caso de configurado o fato gerador. A autoridade administrativa está adstrita. 
Isso também está no artigo 119: sujeito ativo da relação jurídica tributárias são os entes políticos e pessoas jurídicas de direito público. 
Entidade privada só pode ser destinatária de uma parcela da arrecadação, em algumas situações quando exerçam atividade de interesse público. 
AULA 13 – 15/03/16
Quando o fiscal se depara com irregularidades ele tem que autuar. Não pode ocorrer de ser eleita aquela empresa e tendo ocorrido o fato gerador o auditor não tributar. 
Margem de discricionariedade: fiscalizar tais contribuintes. Não é possível ter um fiscal para cada contribuinte. 
O que é possível é eleger critérios de fiscalização: empresas, grandes contribuintes, ramo automobilísticos, médicos. 
Destinação do produto da arrecadação
Sujeito ativo só podem ser o ente político ou a pessoa jurídica de direito público. Já o destinatário do produto da arrecadação poderá ser a pessoa jurídica de direito privado, mas só pode configurar como destinatária do produto da arrecadação se ela for sem fins lucrativos e exercer a atividade de interesse público. Ex: sindicatos, entes sociais autônomos. 
Sindicatos – art. 8, IV, da CF: contribuição sindical obrigatória (um dia de salário) REGULAMENTADO PELA CLT. Não é aquela contribuição voluntária que se faz para os sindicatos. 
Serviços sociais autônomos: Sistema “S” art. 240, CF. 
Sujeito ativo é aquele que vai exigir o cumprimento dos tributos.
Destinatário é aquele que vai receber os recursos.
Se não fosse assim, haveria uma concorrência desleal nesse sentido.
Plena vinculação ocorrido o fato gerador a autoridade tem o deve de fazer o lançamento. 
O CTN prevê dois momentos: a ocorrência do fato gerador e o lançamento. 
O tributo é uma receita pública que pode ser destinada a terceiros desde que preencham os requisitos.
FGTS é tributo?
Esses valores não entram para os cofres públicos e ficam vinculados a uma conta do trabalhador.
Existem situações que vão permitir o saque. Ex: construção, aquisição de casa própria, aposentadoria.
Poderia ensejar que todos fossem lá ao mesmo tempo quebra do sistema financeiro nacional. Nem todos vão sacar ao mesmo tempo, as hipóteses ocorrem paulatinamente.
Por ser uma vantagem trabalhista, muito se discutiu.
Os tribunais por fim entenderam que não é tributo, pois tem uma vantagem trabalhista.
Critérios para identificação das espécies tributárias
Com a CF essas espécies foram alargadas.
Vantagem ou necessidade de classificar os tributos: cada espécie tem um regime jurídico próprio de modo que se por ventura fizer a classificação errada poderá referendar cobranças que não seriam constitucionais. Ex: tratar uma taxa como imposto ou vice-versa. 
Nem sempre o nome da espécie referenda aquilo que ela realmente é na sua essência. A denominação pode ser imprecisa. Equívocos de denominação podem ocorrer com dois intuitos:
1 – burlar exigências formais. Ex: para instituir empréstimos compulsórios precisa de LC;
2 – burlar exigências materiais (violação a bases econômicas). Ex: se eu estou cobrando um imposto e este tem como base de cálculo a atividade estatal, é taxa não imposto. 
Essas burlas aconteciam mais no passado. Ex: chamar taxa de imposto. 
Caso da CPMF: impopularidade pela grande carga tributária, porém a vantagem é que atingiria a economia informal e sistema financeiro que são pouco tributadas. 
Quando criada chamada IPMF: imposto provisório de movimentação financeira. Para dizer que era para uma destinação específica, trocou-se o nome para CPMF, porque tudo que é para destinação específica é contribuição e não imposto.
Portanto, para consertar o equívoco renomear ou requalificar.
A natureza das contribuições foi aferida pelos juristas para apurar sua validade constitucional.
Art. 4º, I, CTN: a denominação é irrelevante.
Critérios para identificação das espécies tributárias
Art. 4º CTN – 1ª parte – fato gerador.
O fato gerador é um critério insuficiente para identificação da espécie tributária. Não pode haver dois impostos com o mesmo fato gerador e mesma base de cálculo.
Se tiver o mesmo fato gerador de outro, não é possível identificar, porque pode se que se esteja diante de duas espécies diferentes. 
Geraldo Ataliba: destaca a importância da base de cálculo para identificação da espécie tributária. 
2 critérios para se aferir a espécie do tributo: fato gerador e base de cálculo. Ex: tributação da renda da empresa (imposto) e a contribuição sobre seu faturamento.
A base de cálculo é importante para não se intitular imposto como taxa e vice-versa para se burlar algumas exigências e situações.
Art. 4º, II: destinação do produto da arrecadação.
Comentário: dizia que era irrelevante, mas pela CF é sim. Foram instituídas contribuições para finalidades específicas. Ex: não se podem destinar recursos da previdência para outra finalidade. Não se pode desonerar a folha de pagamento com recursos destinados à previdência social.
Entende-se que este artigo 4º, II estaria revogado porque a destinação identifica o tributo. 
A finalidade ou destinação legal do produto da arrecadação é importante e relevante para identificação, determinação da natureza específica do tributo.
Antes isso pertencia ao ramo do Direito Financeiro que se importava com o gasto. 
Se você criasse um verdadeiro imposto e chamasse de taxa, aquelas entidades imunes seriam tributados, porque para taxas não há imunidades.
A destinação específica tem a ver com a finalidade.
Se você chamasse um imposto verdadeiro de contribuição fere regra.
Se você chamar uma taxa de imposto: vai se aceitar que não pudesse ter relação ao custo do serviço.
Art. 145, CF: a taxa exercício do poder de polícia. Está relacionada a serviços públicos.
Repetição do indébito do que é cobrado indevidamente: é o risco na confusão das espécies tributárias.
Segundo Ministro Moreira Alves:
Muito se discutia quantas eram as espécies: impostos, taxas e contribuições de melhorias. O entendimento do ministro Moreira Alves, diz sobre a classificação quinqüipartida dos tributos.
RE 146733-9. 
O artigo 145 da CF não classifica os tributos. Ele apenas arrola os tributos de competência comum (Estados, DF, Municípios e União).
Os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais estão especificados nos artigos 148 e 149 da CF (competência exclusiva da União).
Art. 5º, CTN: diz que os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhorias.
Hoje se adota a classificação quinquipartida pela maioria das Cortes e já foi sedimentado.
Antes da CF só o fato gerador.
Hoje se soma ao fato gerador à base a de cálculo e o artigo 145 não listou apenas enumerou os de competência comum e acrescentou os artigos 148 e 149 para mencionar os demais. 
AULA 14 – 16/03/16
Impostos:financiamento geral do Estado.
Contribuição retributiva é para taxas.
Em relação aos impostos pagos estes vão custear um bolo orçamentário.
Lei orçamentária é a que vai regulamentar a destinação dos impostos. 
Os impostos incidem sob a revelação de riqueza dos contribuintes e não como as taxas que é o retorno pelos serviços prestados. 
Exemplo auferir renda Imposto de renda. Para pessoas físicas (salário bruto) para pessoas jurídicas (faturamento bruto da empresa).
Incide sob a receita bruta e depois se faz a declaração de ajuste anual – no caso da pessoa física – e faz o cotejo com as despesas dedutíveis pela legislação. 
Os impostos estão ligados a idéia de justiça retributiva ligado ao orçamento e fomentar as políticas públicas e distribuição de renda (o que seria o correto, tributar as camadas mais altas da população e distribuir com equidade).
Arrecadação: direito tributário.
Gastos: direito financeiro.
Quais são as bases econômicas para cálculo estão na CF. Não tem ampla liberdade no tange a implantação de novos tributos porque a maioria deles já está na CF, através da distribuição de competência.
As normas de competência distribuem a competência e, estas previram alguns artigos especificando os impostos: arts. 153; 155 e 156 (impostos da União, dos Estados e do Município). 
Exemplo: a base econômica do ICMS é o preço de venda do produto; a base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel.
Correlação entre fato gerador e base de cálculo.
Os fatos geradores são situações relacionadas ao contribuinte e não ao Estado. Quem vai adquirir imóvel urbano ou rural é o contribuinte. Quem dá o fato gerador é o contribuinte.
O fato gerador das taxas tem haver com uma atividade estatal, seja pelo poder de polícia, seja para colocar à disposição um serviço público específico.
Art. 16 do CTN: situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte.
Os impostos não podem ser dimensionados na atividade estatal, mas sim a tais riquezas dos contribuintes.
Montante devido deverá ter como referência tais riquezas. Ex: tributação da propriedade, a referência é o valor venal do imóvel; da circulação de mercadorias, a referência é o valor da operação, via de regra, o valor das mercadorias. 
Impostos destinam-se ao financiamento geral (orçamento) do Estado e não a situações específicas pagas em retribuição.
O produto da arrecadação dos impostos não pode ser previamente afetado (destinado) a determinado órgão, fundo ou despesa. 
Isso se chama princípio da não afetação. Isso, segundo Ricardo Lobo Torres – art. 167, IV, CF.
Exceções são: serviços de saúde, educação e administração tributária (aparelhar ministérios que programam a arrecadação de impostos). 
A destinação dos impostos é feita pela lei orçamentária anual e não pela própria lei instituidora do tributo. 
Arts. 158 e 159: fundo de participação dos estados e municípios uma parte dos impostos federais são repassados numa proporção pequena para quem fomentou estes valores. 
TAXAS
As taxas se prestam a retribuir o Estado por determinados serviços prestados.
Seriam 2 situações:
- a situação de taxa pelo exercício do poder de polícia (atividade intrínseca do Estado fiscalizar condições de higiene dos restaurantes). Então taxas são cobradas por estes serviços: vigilância sanitária, ambiental, barulho.
Justiça de cunho retributivo/ comutativa: o cidadão paga aquilo que ele recebe. 
Taxas: exercício de poder de polícia; prestação de atividades estatais diretamente ao contribuinte; inspiradas na justiça comutativa.
Art. 145, II, da CF: poder de polícia e utilização efetiva ou potencial de serviço específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição. 
Reproduz um artigo 77 do CTN, de modo que este artigo consagra as duas situações e bases econômicas sob as quais incidem as taxas.
A taxa tem caráter obrigatório. Ex: quem mora em um sítio não paga taxa de água e esgoto. Mas, quem mora em apartamento vertical não pode fazer esta opção. Essa taxa é obrigatória e não dá margem à opção.
Utilização efetiva ou potencial: mesmo assim paga-se o mínimo.
Serviço indivisível: exemplo da iluminação pública, não há como apropriar uma parcela do poste da rua só para minha casa (por isso, aí não é taxa).
Art. 145, II: inspirado no art. 77 do CTN. Cada ente federado tem competência para cobrar taxas pelo poder de polícia que exerça ou pelos serviços que preste no seu âmbito de competência administrativa. 
Art. 145 da União, Estados, DF e municípios.
Não podem ser cobradas taxas relativas a serviços públicos e gratuitos. Se a CF garante a gratuidade do serviço, exemplo, quando a CF diz em seu artigo 206, IV (gratuidade do ensino público em instituições oficiais. Súmula vinculante 12: não pode ser cobrada taxa de matrícula em universidades públicas).
Exercício efetivo do poder de polícia: efetividade da fiscalização. A cobrança pressupõe o efetivo exercício. É diferente dos serviços postos à disposição. Não há poder de polícia potencial. 
Art. 78: razões do poder de polícia: segurança, higiene e a tranqüilidade, respeito à propriedade. 
AULA 15 – 22/03/2016
TAXAS DE SERVIÇOS
CTN – art. 79
O fato gerador é a utilização efetiva ou potencial de um serviço público e divisível. 
Significa que poderia ser algo que ele pode potencialmente utilizar ou não. Exemplo da taxa mínima de água.
Diferença entre voluntário e compulsório. Diferença entre taxas (obrigatórias) e os preços públicos ou tarifas podem ser aderidos ou não.
Exemplo da conta de telefone (tarifa). 
Compulsória: obrigatória
Serviço específico: a que titulo se trata esse serviço.
Divisível: quando puder ser auferido o tanto utilizado por um ou outro usuário.
O montante cobrado a título da taxa não pode variar senão em função do custo da atividade estatal. Art. 145, § 2º, CF/ CTN, art. 77 para evitar a cobrança de impostos disfarçados de taxas. 
O STF também já avalizou desta forma.
Isso faz com que haja uma proporção com aquilo que se paga e o custo da atividade. Se não houvesse essa equivalência, seria travestir a taxa de imposto. 
Produto da taxa visa a custear a atividade estatal. A destinação está vinculada a esta finalidade, o que significa que são tributos que tem uma finalidade específica. Cunho sinalagmático ou comutativo. 
São tributos com finalidade específica. A destinação já pode estar explicitamente determinada na própria lei que instituiu a taxa, aos contrários dos impostos que seguem o princípio da não afetação. O que não pode é criar uma taxa para custear tal coisa e utilizar para outra coisa (serviço).
Não se pode admitir a destinação para outras finalidades ou benefícios de terceiros.
Nas taxas há a dupla vinculação. O fato gerador é vinculado a uma atividade estatal e o produto da arrecadação é vinculado à atividade que justificou a instituição do tributo. 
Fato gerador vinculado: atividade estatal prestada é que vai ensejar a cobrança da taxa.
Produto da arrecadação também é vinculado a custear aquela finalidade. 
Por isso, a dupla vinculação.
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA 
As contribuições de melhoria se dão em decorrência da realização de obra pública que provoque valorização imobiliária no local. Para o STF esse termo “melhoria” do artigo 145, III, significa valorização imobiliária. Melhorias das quais decorram a valorização. Se houve um decréscimo não poderia ser cobrado. 
Pode haver ação por ressarcimento se comprovada desvalorização. 
Vai beneficiar especificamente aqueles imóveis daquela região. Não seria justo que se fossem custeados através dos impostos obras que beneficiariam apenas um bairro. Ex: duplicação de avenidas, aeroporto (de início pode se pensar que é de melhoria, mas em outro momento, poderia ser um decréscimo).
O fato gerador da contribuição de melhoria é misto, pois ele decorre da realização da obra pública e do enriquecimento do contribuinte. 
Esse enriquecimento pode ser considerado via valorização imobiliária. 
Em função dessa obra vai gerar um enriquecimento

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