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Corrupção por Aristoteles e Sergio Buarque de Holanda

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
	CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS- CEJURPS
Curso de DIREITO-CAMPUS KOBRASOL
	Disciplina: Ciências Políticas
Academica: Juliana de Sousa Izidorio
Paper: Aristóteles e Sergio Buarque de Holanda
O presente paper destina-se a discussão de temas abordados nas obras de CHEVALLIER, Jean-Jacques. História do Pensamento Político. Tomo I. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, (Capítulo IV e V – Aristóteles) pág 90-134 e HOLANDA, Sergio Buarque. Raízes do Brasil. 26 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995 (Leitura capítulo 5 e 6). O tema escolhido para a discussão é a Corrupção e subitens foram destacados tais como: disciplina, bem comum e o próprio tem a Corrupção. Falar de corrupção é fácil na medida que o tema está na moda no país, coloca-lo no papel é outra estória. Todos falam em corrupção, em corruptos, qual a nova façanha a ser descoberta. Porém, parece-me que todos falam, criticam, levantam testemunhos muitas vezes com bravura. Contudo, não vejo porém, o diagnóstico do nascimento de tal palavra, não vejo a mídia e nem a população sucateada converter o sentimento de indignação por atos ilícitos em recuperar ou até mesmo engajar-se no X da questão. E o X da questão é: Como inibir que a conduta não se perpetue? Neste paper, buscou-se o pensamento aristotélico, exemplificações cotidianas e a contribuição de Holanda. 
Título: A Sedução de certos homens
	A corrupção é um tópico cotidiano nos dialogos, conversas e atritos da população brasileira. Quer nas redes sociais, nos telejornais,nas rodas familiares,no meio academico e em qualquer esfera a corrupção está em voga. Este assunto tem mobilizado o país e aumentado a tensão no Brasil.
	Mas o que é corrupção? A corrupção é algo que existe entre os seres humanos, porém é de livre arbitrio acessa-la, não é obrigatória nem mesmo uma opção de escolha transparente. 
	O que acontece em nosso Brasil Varonil vem de encontro a habitualidade do brasileiro em participar de atos corruptos com um pressuposto ignorante o qual dispõe do jargão: todo mundo faz então também o farei ou o fiz. O pesar do brasileiro concerne na intenção de legitimar a corrupção como artificio corriqueiro para seus interesses. Evidentimente que não o é. Este ato libertinoso de alcançar certos feitos de forma ilícita constroi um ser humano dotado de falsa moral, uma mentalidade individualista e privatíssima.
	De acorco com Holanda, o indivíduo considera a existencia da coisa publica apropriando-se como se fosse privado. A caracteristica de querer transformar todas as coisas em posses familiares faz a todos os brasileiros serem homens cordiais. 
	Qualquer criança desde pequena aprende alguns mecanismos de chatagem e dissimulaçao para prender a atenção do pais, conseguindo o que deseja. Não estou aqui dizendo que toda a criança é má, todavia pode vir a ser. Da mais simples forma de obtenção do querer por vias disvirtuosas de conduta Pois bem, o núcleo familiar é o alicerce para o caracter anti-corrupção. A correção e a disciplina desde o berço deduz a formação do ser humano dentro dos preceitos do bom, do limite, da coerência existê	ncial.
	Aristóteles acreditava na eduação, e que a virtude e a ética é algo a ser adquirida. Ele considerava a natureza humana advinda de um natureza moral.
Se o homem é o único que possui o dom da palavra, ele é também o único entre os outros animais, que sabe discenir entre o bem e o mal,o justo e o injusto, e que tem o sentimento das outras noções morais. É de tais sentimentos compartilhados por todos que procede, depois da família, a Cidade.
(CHEVALLIER p.94)
	O ser um ser racional, segundo a visão aristotélica, o homem com seu dom da palavra acaba por possuir a capacidade moral de discernimento de seus atos, sua conduta. O nascimento de tais atos surgem em primeiro dentro do nucleo familiar e transfere-se para a polis, por conseguinte é na famlia que os limites do justo e do injusto, do certo e do errado, do cuidado, do bom senso e do viver em harmonia com a coletividade deve iniciar.
	O exemplo ético, o viver exemplar contribui para a formação de indivíduos anti-corruptos. A ética
	Atualmente o Brasil é aclamado, le-se aclamado de forma negativa, por expor um país corrupto e corruptível. Contudo, o país não é mais ou menos corrupto que tempos atrás, o que temos hoje é uma maior evidencia da corrupção. Porquê? Vivemos na era digital, com informações on line, onde tudo e todos podem ser noticiados, a velocidade de informações e dados cada vez mais em tempo real, o que torna o varrer a sujeira para debaixo do tapete quase que obsoleto.
pode-se dizer que só excepcionalmente tivemos um sistema administrativo e um corpo de funcionários puramente dedicados a interesses objetivos e fundados nesses interesses. Ao contrário, é possível acompanhar, a o longo de nossa história, o predomínio constante de vontades particulares que encontram seu ambiente próprio em círculos fechados e pouco acessíveis a uma ordenação impessoal.
(HOLANDA, p. 147)
	Todos concordam que retirar dinheiro do caixa da empresa onde trabalha é uma conduta erronêa. Contudo, existem funcionários que levam canetas do seu emprego sem a menor consideração de certo e errado. 
	Morando em condomínio sabe-se ou deve-se saber que quando quero andar de salto alto, devo tomar as medidas necessárias para minimizar o máximo possível de barulho ao andar,ou ainda, evitar nos locais que possam ocorrer algum tipo de efeito inoportuno entre os condominos o uso do salto alto.
	Os exemplos supra citados parametrizam as vontades particulares, portanto o bem coletivo, ou seja, bem comum é o bem que deve ter um elo ao bem individual. E o individual não deve sobrepor ao bem comum. Esta é a raiz da coletividade. 
Apartir do momento que anceio possuir mais e de forma individualista, deixando de lado o limite entre os indivíduos e auferindo objetivo único o interesse próprio, surge o jeitinho brasileiro.
	Um dos pontos interresante na conduta do jeitinho brasileiro é que igualmente agindo de forma desonesta, o brasileiro repudia a rotulação de ser desonesto mesmo querendo tirar vantagem. Isso signfica, a máxima do jeitinho brasileiro. Eu brasileiro faço ou ajo de forma desleal porém não quero que os outros me vejam como minha ação, no entanto, adoto todas as medidas necessárias para que meus interesses sejam comtemplados independente da forma injusta ou ilícita. 
É evidente o vinculo com a concepção ética da Cidade, comunidade moral que tem por fim uma vida boa,o bem, regido pela lei, expressão desse fim: a lei, que forma um só todo com a obrigação moral, a lei, código moral da comunidade. É nesse sentido que se chama justo áquele que obedece à lei e que o justo, dikaion, se define como aquilo que é conforme a lei: legalidade – sendo ilegalidade o injusto.
(CHEVALLIER p.99)
	Outro ponto a ser poderado é a habilidade de justificativa pelo ilícito feito. O brasileiro é tão criativo e bom nas palavras que em sua maioria a justificativa torna-se convicente o suficiente para o sujeito crer que o que fez não é injusto. Veja que tais justificativas como: tudo bem avançar o sinal amarelo do semáfaro? já que estou atrazada para a aula. Qual problema de levar papel sulfite da sala de informática?Já que pago mesalidade da faculdade. Isso significa que o homem é racional na medida que analisa a justificativa para o mal feito. A lógica do jeitinho brasileiro se estabelece no roubo de algo em detrimento de uma causa, ou pior, quanto mais pessoas cometem injustiça, ou pequenos/grandes delitos menor é a culpa com a trapaça.
	Holanda afirma que o homem cordial é um homem muito cortês, afetuoso, muito hospitaleiro e por ser dominado pelo coração e impulso é cheio de raiva e violento. Porque não prover delimitações para que o homem cordial faça do seu lado positivo caracteristica mor de sua conduta, retraindo seus anceios individualistas e egoístas.
	A maioria dos brasileiros acredita que o que é público não é de ninguém, que como não foi a pessoa que adquiriu se exime
da responsabiliade de mantê-lo. Por ser coisa de ninguém é percebida como se pudesse ser apropriada por qualquer um a qualquer momento, fazendo o que bem entende ao bel prazer. Tal modo de pensar exaure o Estado de maneira predatória, pois ao mesmo tempo em que a população pensa e age como se ninguém fosse responsável por cuidar, em verdade todos são cumpridores da manutenção, e da condição de uso da coisa . 
	No Brasil a existência de figuras públicas corruptas evidenciam a real configuração da população brasileira, os políticos são exemplos disso. Todos são corruptos?Logiamente não. A maioria da população brasileira vive em trapaças? Com certeza não. Esta aliança cultural da trapaça evidência o sistema de leis presente no país e o incentivo a desonestidade . Ora, há então o incentivo ao jeitinho brasileiro? Esta indagação é algo a se pensar. O que realmente sabe-se é que os alicerces da justiça, através das leis necessitam de reestruturação. O mal exemplo exercido por algumas figuras públicas e as pequenas maneiras de solucionar interesses prórpios que em muitos casos não resultam em punição, faz com que a população enraizasse a cultura da trapaça. Quanto maior a figura de autoridade e de dimensão pública sem a devida limitação do bem comum e da ética maior a influência do jeitinho brasileiro.
De uma parte, aqueles que aspiram a igualdade suscita revoltas se se julgam em desfavor, no momento em que se consideram iguais áqueles que possuem privilégios excessivos; e, por outra parte, os que desejam a desiguadalde e a superioridade também revoltam se supoem que, a despeito da sua desigualdade, não são mais bem aquinhoados do que os outros,mas recebem uma porção igual ou até menor (…) em ambos os casos,com efeito,os homens se rebelam:se são inferiores, revoltam-se para alcançar a igualdade; se são iguais, para adquirir a superioridade.
(CHEVALLIER p.125)
	Há sempre uma alternativa que visa o bem da coletividade, escolha em ser ou não corrupto é individual. A descontrução da corrupção é obra do homem, portanto inerente à mudança pelo próprio homem. 
	O “jeitinho brasileiro” pode ser considerado uma forte caracteristica de uma sociedade marcada pela desigualdade entre os cidadãos. Não é somente um maneira considerada amena de burlar a lei, ou uma ética controversa, mas muitas vezes, tido como uma escolha cultural de alcance à direitos e a supressão de necessidades. 
	Por conseguinte, o “jeitinho brasileiro” como esfera de flexibilidade é teor positivo para a cultura no país. Agora, quando trata-se de drible ou atalho em busca do interesse privado aí tem-se um agravamento da expressão/ato, o que o torna anti-ético.
	Ter posicionamento contra atos corruptos é um compromisso de todo cidadão.

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