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Direito Processual Civil - 1º Semestre

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Direito Processual Civil – 1º Semestre
Interesse, conflito de interesse, lide.
Interesse
Empenho; participação num negócio; aquilo que é útil ao indivíduo (interesse pessoal) ou ao conjunto dos indivíduos de um grupo (interesse provocado pelos objetos correspondentes às nossas tendências).
Conflito de interesse
O conflito de interesses ocorre quando uma pessoa demonstra um interesse secundário no resultado de determinada ação, sendo esse interesse contrário ao de outra pessoa.
Lide
Na concepção de Carnelutti, lide é o conflito de interesses, qualificado por pretensão resistida. Pretensão é o direito de exigir de outrem que faça ou deixe de fazer certo ato.
Meios de solução da lide
Entre os meios de composição dos conflitos, encontramos a autotutela, a autocomposição e a heterocomposição.
Autotutela
A autotutela é o meio de solução de conflitos mais primitivo, representando a prevalência do mais forte sobre o mais fraco. O exercício da autotutela, salvo quando autorizado pela lei, constitui crime e está sujeito a sanção legal.
Autocomposição
A autocomposição consiste em um dos indivíduos, ou ambos, abrirem mão do seu interesse e pode se dar de três formas:
1. Desistência: Quando uma das partes desiste do seu interesse;
2. Submissão: Quando uma das partes se submete à pretensão oferecida pela outra parte;
3. Transação: Ambas as partes entram numa concessão recíproca.
Heterocomposição
A heterocomposição é a técnica pela qual as partes elegem um terceiro para "julgar" a lide, que pode ser extrajudicial ou judicial. De forma extrajudicial econtram-se a conciliação e a mediação. Judicialmente, a arbitragem e o processo.
- Conciliação e Mediação: Na conciliação o conciliador apresenta propostas e/ou sugestões às partes. Já na mediação, o mediador apenas fomenta o diálogo para que as partes cheguem ao consenso, sem apresentar propostas;
- Arbitragem e Processo: Na arbitragem, as partes elegem um árbitro ou Tribunal Arbitral para a solução do conflito. Este emitirá uma sentença que terá a mesma força de título executivo judicial, contra a qual não caberá qualquer recurso, exceto havendo vício formal. No processo, o papel do terceiro imparcial é exercido pelo Estado-juiz, que exerce a jurisdição determinando, de forma definitiva, o direito aplicável ao caso concreto a ele apresentado. Os juízes agem em substituição às partes, que não podem fazer justiça com as próprias mãos, podendo haver recursos.
Direito Material e Direito Processual
As normas de Direito material é conjunto de normas e princípios que buscam o regulamento da vida em sociedade, regulando as diversas relações jurídicas, atribuindo bens aos indivíduos, definindo o lícito e o ilícito;
As normas de Direito Processual é o conjunto de normas e princípios que regem o exercício da jurisdição, buscando organizar o trâmite ao processo. São as normas que regem o processo
Características das normas de Direito Processual
- São normas de Direito Público que regulamentam a relação entre autor, réu e Estado;
- Preponderantemente cogentes (obrigatórias), porém conforme Art. 265 do Código de Processo Civil, os processos podem ser suspensos em determinados casos;
- Atuam de forma endoprocessual (dentro do processo);
- São onerosas e possuem normas irretroativas, devendo ser observado a norma vigente para a execução do processo;
- De aplicação imediata a processos futuros e pendentes (em caso de “benefício” aos casos pendentes). A lei não pode ferir o direito adquirido (processos já concluídos) e também não pode ferir o ato jurídico consolidado (ex.: prazos já encerrados);
- De aplicação nacional, não se aplicando lei estrangeira em hipótese alguma.
Fontes do Direito Processual
Fontes formais:
- Leis (Constituição Federal, Código de Processo Civil, Código do Direito do Consumidor, Tratados Internacionais): A Constituição Federal é a fonte maior de direito processual, contendo normas que tratam das garantias fundamentais dos jurisdicionados no processo, prevendo o direito a ação em sentido amplo e irrestrito. Somente Lei Federal Ordinária cria, modifica ou extingue os direitos processuais. A competência é exclusiva da União legislar sobre o direito processual;
- Súmulas Vinculantes: Art. 103A da Constituição Federal 1.988: Trata-se do consenso emanado do Superior Tribunal Federal (STF) acerca de questões repetidas vezes por ele decididas. Não tem força de lei, pois o legislativo pode alterá-la, a súmula diz respeito à administração pública. Só o STF pode extingui-la e o seu cumprimento é obrigatório, caso haja descumprimento entra-se com a reclamação no STF;
- Analogias, costumes e Princípios Gerais (erigidos em fonte formal pelo art. 4º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, e art. 126, do CPC): Utilização de questões semelhantemente decididas, das suas máximas de experiências e dos conceitos basilares do direito. Princípios Gerais: Igualdade, imparcialidade, dignidade, liberdade.
Fontes informais:
- Súmulas dos Tribunais Superiores: São orientações emanadas dos tribunais superiores que tem o condão de servir de parâmetro para decisão proferida pelos órgãos judiciais inferiores. Como são orientadoras, podem ou não ser cumpridas, apenas os tribunais superiores emitem súmulas: Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal;
- Jurisprudência: São acórdãos proferidos pelos tribunais pátrios, os quais qualificados pelos julgadores como forma de parâmetro para as suas decisões. Para efeitos processuais, as jurisprudências ajudam o juiz a decidir e fundamentar suas decisões.
Eficácia da Lei Processual no tempo
O início da lei processual em nada difere das leis substanciais: no silêncio do legislador, a lei nova passa a vigorar no território nacional 45 dias depois de publicada pela imprensa oficial, conforme o art. 1º, “caput”, da Lei de Introdução ao Código Civil, norma geral em matéria de aplicação das leis no tempo e no espaço. A lei processual entrando em vigor aplica-se imediatamente aos processos pendentes, conforme o Artigo 1.211 do Código de Processo Civil.
Irretroatividade e sistemas de aplicação da Lei Processual no tempo
É irretroativa, pois não regula fatos passados: “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.
Pelo isolamento dos atos processuais, a lei nova deve respeitar os atos processuais já realizados e consumados. O processo deve ser considerado um encadeamento de atos isolados: os que já foram realizados na vigência da lei antiga, persistem. Os que ainda deverão ser, respeitarão a lei nova. Já para os processos em curso, a lei não pode prejudicar o direito adquirido processual. Desde o momento em que a decisão foi publicada, adveio para as partes o direito de interpor o recurso que, então, estava previsto no ordenamento. Se ele for extinto, ou seu prazo for reduzido, as partes não poderão ser prejudicadas. Se o prazo, porém, for ampliado, a lei nova será aplicável, pois ela não pode retroagir para prejudicar, mas apenas para favorecer os litigantes002E Mas a ampliação só vale se a decisão não estiver preclusa. Por exemplo: publicada uma sentença, corre o prazo de quinze dias para apelação. Se, depois da publicação, o prazo for reduzido para dez, as partes não podem ser prejudicadas. Se, dentro dos quinze dias, o prazo for elevado para vinte, todos se beneficiarão. Mas, se a lei nova só entrar em vigor no 16º dia do prazo, não será aplicada, porque a decisão terá se tornado preclusa.
Por direito adquirido entenda-se “aquele que já se incorporou definitivamente ao patrimônio e à personalidade de seu titular”. Ato jurídico perfeito é “o que já se consumou segundo a norma vigente ao tempo em que se efetuou”, à medida que a coisa julgada é a decisão judicial definitiva, que não comporta mais nenhum recurso ou impugnação.
Eficácia da Lei Processual no espaço. Princípio da territorialidade
As normas de processo civil têm validade e eficácia, em caráter exclusivo, sobre todo o território nacional,como estabelece o artigo 1º, do Código de Processo Civil. Todos os processos que tramitam no país devem respeitar as normas do Código de Processo Civil, podendo ser aplicadas normas estrangeiras no que tange ao direito material e nunca processual.
Princípios constituintes do Processo
Princípio do acesso à justiça:
Também chamado de princípio da inafastabilidade da jurisdição, decorre art. 5º, XXXV, da Constituição Federal: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito”. O texto assegura o direito à proteção judicial efetiva.
Ele se traduz no direito de ação em sentido amplo, isto é, o de obter do Poder Judiciário uma resposta aos requerimentos a ele dirigidos. Esse direito é amplo e incondicional: o Judiciário não pode se recusar a examinar e a responder os pedidos que lhe foram formulados. Pode ser que a resposta se limite a informar ao autor que a pretensão não pode ser examinada, porque faltam as condições essenciais para isso. Mas tal informação provirá de um juiz, que terá examinado o processo e apresentado fundamentação adequada para a sua decisão.
Assistência jurídica integral e gratuita:
“Art. 5º, LXXIV da Constituição Federal – O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recurso”.
Princípio do devido processo legal:
Também chamado de princípio da legalidade, resulta do art. 5º, LIV, da Constituição Federal: “Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.
A Constituição preserva a liberdade e os bens, garantindo que o seu titular não os perca por atos não jurisdicionais do Estado. Além disso, o Judiciário deve observar as garantias inerentes ao Estado de direito, e deve respeitar a lei, assegurando a cada um o que é seu.
Princípio do contraditório e ampla defesa:
Estabelecido no art. 5º, LV, da Constituição Federal: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.
Do contraditório resultam duas exigências: a de se dar ciência ao réu da existência do processo, e aos litigantes de tudo o que nele se passa; e a de permitir-lhes que se manifestem, que apresentem suas razões, que se oponham à pretensão do adversário. O juiz tem de ouvir aquilo que os participantes do processo têm a dizer, e, para tanto, é preciso dar-lhes oportunidade de se manifestar, e ciência do que se passa, pois que sem tal conhecimento, não terão condições adequadas para se manifestar.
Princípio da igualdade ou isonomia:
Consagrado entre os ideais da revolução francesa, vem estabelecido no art. 5º, caput e inc. I, da Constituição Federal, que assegura que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Sob o aspecto processual, a isonomia revela-se pela necessidade de dar às partes tratamento igualitário (art. 125, I, do CPC).
Princípio da imparcialidade e do juiz natural:
Vem estabelecido no art. 5º, incs. LIII e XXXVII, da Constituição Federal. O primeiro dispõe que ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente, e o segundo, que não haverá juízo ou tribunal de exceção.
A preocupação do legislador se manifesta em dois aspectos: o de conter eventual arbítrio do poder estatal; e o de assegurar a imparcialidade do juiz, impedindo que as partes possam ter qualquer liberdade na escolha daquele que julgará o seu processo.
 O juiz natural é aquele cuja competência é apurada de acordo com regras previamente existentes no ordenamento jurídico, e que não pode ser modificada a posteriori.
Princípio da publicidade:
Vem expressamente garantido em dois artigos da Constituição Federal. O art. 5º, LX: “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem” e no art. 93, X: “as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública”.
A publicidade é mecanismo de controle das decisões judiciais. A sociedade tem o direito de conhecê-las, para poder fiscalizar os seus juízes e tribunais.
Princípio do duplo grau de jurisdição:
Não há nenhum dispositivo que consagre, de maneira expressa, o duplo grau de jurisdição em todos os processos. O que se pode dizer, no entanto, é que a Constituição Federal, ao criar juízos e Tribunais, a quem compete, entre outras coisas, julgar recursos contra decisões de primeiro grau, estabeleceu um sistema em que, normalmente, há o duplo grau, que serve para promover o controle de um órgão de superior instância, composto, em regra, por juízes mais experientes.
Princípio da licitude das provas:
Art. 5º, LVI da Constituição Federal – “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”.
Princípio da motivação das decisões:
Vem expressamente estabelecido no art. 93, IX, da Constituição Federal, que determina que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
O juiz, ou tribunal, ao proferir suas decisões, deve justificá-las, apresentando as razões pelas quais determinou essa ou aquela medida, proferiu esse ou aquele julgamento.
Princípio da duração razoável do processo:	
Foi introduzido na Constituição Federal pela Emenda Constitucional nº 45/2004, que acrescentou ao art. 5º, o inciso LXXVIII: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantem a celeridade de sua tramitação”.

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