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PROVA N2 – CLINICA DE GRANDES ANIMAIS I CLINICA DE EQUINOS NEONATOS: Precisam realizar adopções ao nascerem: neurológicas, cardiovasculares, pulmonar, gastointestinais e musculo-esqueleticas. Exames físicos: - Levar em conta estado físico do animal. NEONATOS DE 1 MÊS DE VIDA: FC 60 – 80 FR 30 – 60 TC 38,5 – 39,5 Básico: - Reflexo de sucção -> IMEDIATO - Parto normal -> Decúbito esternal imediato e posionamento em pé nas primeiras 2 horas I- DEFECAR O MECÔNIO – Confirmar, são fezes escuras- esverdeadas. - Após das primeiras mamadas que servem como laxante, em 1 – 2 horas após o nascimento. - Dificuldade em excretar -> retém fezes + mecônio -> forma um FECALOMA Sinais: rabo levantado, várias repetições de posições para defecar. Tratamento: “FLEET” – oléo para infusão retal, usar seringa de 50ml e “jogar” na ampola, repetir processo caso não solte, em casos mais graves é recomendado procedimento cirúrgico. II- INGESTÃO DO COLOSTRO NAS PRIMEIRAS 24HRS - IgG abv no ID nas primeiras 24 horas. - Os anticorpos não passam pela placenta para o feto. - Transfusão de imunidade passiva. Se não está ingerindo, então: Origem NEONATO: PROBLEMAS: SOLUÇÕES: Não consegue levantar Auxiliar o potro para mamar, levar Sem reflexo de sucção Usar sonda NASOgastrica Origem MATERNA: PROBLEMAS: Óbito no parto Rejeita (primíparas) Agalaxia (não produz leite) Leite de péssima qualidade SOLUÇÕES: - Ordenhar de outra égua e oferecer ao potro; - Banco de colostro: Congelar colostro das éguas que pariram recentemente se o leite for de boa qualidade, dura 2 anos se bem refrigerado, para usar basta descongelar em banho maria, oferecer ao potro usando mamadeira ou sonda nasogastrica. Oferecer 10 – 20ml/kg de pv, de colostro – 1L – 4 mamadeiras – 24hrs. - Plasma Hiperimune – infusão IV ou Oral (usar para cada L de plasma 200 ml de mel de amido, para dar palatabilidade). Teste de reação: Pinga uma gota no olho, aguarda 5 minutos e observar. - Se a égua rejeitar, além das opções acima pode ordenar da mesma ou conter para potro mamar. III- CURA DO COTO UMBILICAR - Visa diminuir riscos de septicemias e onfaloflebites. Usar: IODO ( 3 – 10%) + Spray repelente – BID, até cair (+/- 7-10 dias). Principais afecções SISTÊMICAS: SEPTICEMIA: - Disseminação de microrganismos ou seus sub produtos pelo organismo via corrente sanguínea. - Portas de entrada: Coto umbilical, boca, sistema respiratório ou no útero em caso de éguas mais velhas com infecção/inflamação placentária ou animais que não ingeriram colostro nas primeiras 24 horas de nascido. - Pode se transformar em generalizada para localizada (e vice- versar), infecção circula e pode ou não se proliferar em vários tecidos ao mesmo tempo. Histórico: Superpopulação, más condições de higiene, depressão e queda na ingestão de leite, prematuridade (< 320 dias), falta de cura correta do coto umbilical, ingestão incorreta de colostro. Sintomas: - Apatia, letargia, diminuição das mamadas, decúbito, posição fetal - Febre, taquicardia, taquipnéia, desidratação, alterações pulmonares, diarreia. - Olhar “amarelado” – hipópio – BI, mucosas ressecadas. - Os sintomas variam conforme os sistemas afetados. Exames complementares: - Hemograma (Leucograma AUMENTADO – leucocitose) - Proteína total (fibrinogênio >500 mg/dl, forma capsulas para abcessos, normal nesse caso) - Taxa glicêmica (< 90 mg/dl, tende a CAIR). Tratamento: Sintomático - Antibioticoterapia específica - Ceftiofur (5-10mg/kg, IM – SID) - Fluidoterapia - Alimentação parenteral – Rica em aa - Plasma hiperimune - IV - Equilíbrio térmico. Principais afecções SISTEMA RESPIRATÓRIO: PNEUMONIA POR RODOCOCCUS EQUI: - Inalada nos primeiros dias de vida, fica latente ate queda imune ou situações que levem o animal ao estresse. - Infeccao pulmonar, forma abcessos pulmonares caseosos -> pneumonia granulomatosa. - Risco maior na janela imunológica, entre 1-3 mês de vida quando esta criando seus anticorpos próprios. História: Potros com idade de 2 a 4 meses – sinais de doença respiratória ou digestiva (diarreia) e óbito de potros por rhodococcus em anos anteriores Sintomas: - Apatia (não mama, prostado), hiporexia (sem apetite) e febre (40-41) (estado geral pode estar bom) - Tosse improdutiva (sem catarro, pulmão repleto de pus), dispneia (reflexo de tosse positivo), estertoração sibilante (chiado forte), secreções na traqueia. Exames complementares: - Hemograma, leucocitose (>13.000 cel/µl, MTO ALTA) e fibrinogênio (>1000mg/dl, MTO ALTO, além da normalidade que é 500mg/dl) - Lavado traqueal: fazer cultura, antibiograma - Exames de imagem: Raio X e US (obv “cauda de cometa”). Tratamento: - Rifampicina e Eritromicina (5mg/Kg e 25 mg/Kg respectivamente, VO, TID) OU Rifampicina e Azitromicina (10mg/kg), VO, SID cinco dias e depois dias alternados - Tratamento suporte e Anti-inflamatórios não esteroidais - Preventivo – plasma hiperimune em regiões endêmicas; vacinação das éguas ao final da gestação, manter potros nas baias protegidos nas primeiras semanas de vida, manejo higiênico do pasto (tirar as fezes, limpar grama e manter curta). Principais afecções SISTEMA DIGESTÓRIO: DIARRÉIAS: - Maioria dos casos é autolimitantes (melhoram sozinhos), se durar mais de 2 dias é mais seria. Causas: - Endoparasitas – Strongyloides westeri - Bactérias – Salmonella, Escherichia coli e Clostridium perfringes – diarreias frequentes, amareladas - Vírus – Rotavírus e Coronavírus – diarreias não frequentes, branca ou esbranquiçada, com muco História: diarreia e queda de apetite Sintomas: - Diarreia fétida ou não, fezes de cores alteradas e muito líquidas, glúteos sem pelos e avermelhados - Identificar afecção sistêmica ou doença localizada no sistema digestório - Alterações de T°, desidratação (mucosas, TPC – 2s, tugor cutâneo, enoftalmia), taquicardia, taquipnéia. Exames complementares: - Hematologia, coprocultura bacteriológica e coproparasitológico Tratamento: - Fundamental a manutenção da hidratação através da fluidoterapia - Manutenção da ingestão de leite - Antibióticos – somente com confirmação de existência de infecção bacteriana - Agentes adsorventes e protetores de mucosas como o Salicilato de Bismuto, Caulim, Pectina e o Carvão ativado - Probióticos Principais afecções SISTEMA NERVOSO: SÍNDROME DE ASFIXIA NEONATAL (SÍNDROME DE DESAJUSTAMENTO NEONATAL) - Falta de oxigenação no SNC -> hemorragias -> necrose e morte dos neurônios. - Partos DISTOCITOS e demorados -> aspiração do liq placentário/ mecônio -> liq se aloja no pulmão ou falta de oxigenação advinda da placenta para o cordão umbilical. História: Moribundo, sem reflexos ao nascer e distocia/dificuldade de nascimento. Sintomas: Variam conforme a quantidade de área lesionada no cérebro, devido a falta de oxigênio. - Apatia, decúbito sem reflexo de sucção, perda de relação com a mãe - Sem a maioria dos reflexos normais, hipotonia, dispneia - Rigidez espástica dos membros, tremores, perturbação nervosa e até convulsões Tratamento: - Cuidados intensivos para a manutenção das funções vitais (usar alimentação via sonda nasogastrica) - Fluidoterapia, oxigenação (com máscara) e termoterapia - Administração de DMSO (dimetilsulfóxido) 0,5 a 1,0 g/Kg a 10% em solução, IV (diluir em 10x mais, ex: potro com 50 kg vai usar 50ml que deve ser diluída em 500ml de solução).
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