Buscar

resumo cpc

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Autos nº .....Requerente: ...Requerido: ...DESPACHO 
1 – A presunção de veracidade decorrente da revelia é sabidamente relativa. 
2 – Assim, intime-se a parte autora para comprovar os fatos constitutivos de seu direito, inclusive trazendo ao feito cópias dos depoimentos colhidos e eventual prova técnica produzida no termo circunstanciado de n. ... e mais documentos que reputar relevantes, no prazo de 30 dias, sob pena de julgamento no estado em que se encontra. Se requerida prova testemunhal, deverá ser apresentado desde já o respectivo rol, sob pena de preclusão. 
Chapecó (SC), 22 de fevereiro de 2016. 
*É de notar que haverá espaço para a réplica apenas e tão-somente nas hipóteses em que o demandado tenha suscitado alguma questão nova em sua defesa. Assim é que, limitando-se o réu a negar o fato constitutivo do direito do autor, não haverá réplica, por absoluta desnecessidade
Primeiramente, consigno que antecipo o julgamento porque a matéria tratada nos autos, embora verse sobre direito e fatos, dispensa dilação probatória, porquanto a prova documental arregimentada é suficiente para ensejar o enfrentamento dos pedidos iniciais. Ademais, "presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz, e não mera faculdade, assim proceder." (REsp n.º 2.823, Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira).
*O saneamento deixou de ser um ato no qual o juiz, dotado do seu poder de direção do processo, organizava as questões a serem tratadas nas fases subsequentes sozinho. As partes agora têm direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, sem a necessidade de recorrer da decisão, o que facilita o entendimento mútuo entre partes e juiz, e fica reduzido o risco de insatisfação em relação à decisão. 
No CPC/2015, a decisão saneadora não consta do rol do art. 1.015, o qual indica os casos que admitem a interposição de agravo de instrumento.
*Tirando a decisão que redistribui o ônus da prova (art. 1.015, CPC), as decisões sobre prova, proferidas pelo juiz, não são impugnáveis por agravo de instrumento – ou seja, não são recorríveis imediatamente; se o interessado quiser, deverá impugná-las por ocasião do recurso contra a sentença, a apelação. Assim, como não cabe recurso imediato, a preclusão em relação a essas decisões somente pode ser cogitada após o prazo para a apelação ou para as contrarrazões de apelação.
	
Autos n° ............ Ação: Ação Indenizatória... Vistos para despacho saneador.
Em prelúdio, para evitar tumulto processual, determino o desentranhamento da petição de fls. 107/120 e sua devolução ao procurador, vez que a peça processual já está encartada aos autos às fls. 89/99. 
Ante a presença dos pressupostos de constituição e desenvolvimento válido do processo, bem como das condições da ação, declaro o feito saneado.
Defiro a produção de prova testemunhal e depoimentos pessoais das partes e designo audiência de instrução para o dia 22/06/2014, às 15 horas.
As testemunhas deverão ser arroladas no prazo de 15 dias.
Intime-se. São Lourenço do Oeste (SC), 17 de fevereiro de 2014.
Autos n° .... Ação: Ação de Cobrança Vistos, etc... 
1. Por ocorrerem as condições da ação e os pressupostos de desenvolvimento válido e regular do processo, declaro-o saneado.
2. Defiro a produção das seguintes provas: a) Depoimento pessoal das partes; b) Testemunhal, cujo rol, se já não depositado, seja procedido em 15 (quinze) dias, a contar da intimação deste despacho.
3. Designo o dia 23/11/2009 às 14:00h, para audiência de instrução e julgamento. 
4. Intimem-se. 	 
Chapecó (SC), ........
 
Contestação com argüição de preliminar.
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO 2º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE CHAPECÓ – SC
Autos n. 300.888-33.2017.8.24.0018
D..., já qualificado nos autos da ação de indenização por danos materiais, lucros cessantes e danos morais, que lhe move A..., igualmente qualificado, vêm perante Vossa Excelência, por meio do procurador signatário, apresentar CONTESTAÇÃO, o que faz nos termos a seguir aduzidos. 
1. Preliminarmente:
 1.1 DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUÍZO
Na dicção do art. 3º da Lei 9.099/95, a competência dos Juizados Especiais Cíveis se circunscreve ao processo e julgamento de causas de menor complexidade. Não obstante, constata-se que o caso em tela escapa a esse propósito, tendo em vista a imperiosa necessidade de prova pericial para avaliar a existência, e/ou extensão, das lesões alegadas pelo autor. 
Pondera-se que somente a prova pericial, produzida por médico designado pelo juízo, tem o afã de precisar se os danos que o autor alegou ter sofrido foram de tal gravidade a ponto de ensejarem a indenização, diga-se, de valor considerável, em vista da condição econômica do réu, que ora pleiteia.
Sobre o não cabimento de prova pericial no âmbito do Juizado Especial Cível, disserta Humberto Theodoro Júnior (2000, p. 436):
A prova técnica é admissível no Juizado Especial, quando o exame do fato controvertido a exigir. Não assumirá, porém, a forma de uma perícia, nos moldes habituais do Código de Processo Civil. Se não for possível solucionar a lide à base de simples esclarecimentos do técnico em audiência, a causa deverá ser considerada complexa. O feito será encerrado no âmbito do Juizado Especial, sem julgamento do mérito, e as partes serão remetidas à justiça comum. Isto porque os Juizados Especiais, por mandamento constitucional, são destinados apenas a compor 'causas cíveis de menor complexidade.
Nesse sentido, requer-se, desde já, seja acolhida a arguição de incompetência absoluta do juízo, procedendo-se a extinção do feito. 
2. Do mérito
2.1 SÍNTESE DOS FATOS
Em síntese, alega o autor ter sido atropelado pelo réu, no dia 22 de abril de 2016, quando atravessava faixa de pedestres, em trecho da Avenida X, Chapecó. No entanto, o Boletim de Ocorrência registrado na ocasião foi acostado na inicial de forma incompleta, suprimindo-se a segunda página onde deve constar a descrição do fato.
Afirma que, inicialmente, o réu teria dado mostras de que arcaria com as despesas do tratamento médico do autor, o qual aduz ter sido diagnosticado com “esquimose no cotovelo esquerdo, joelho e perna”. 
Contudo, narra o autor que, com exceção de uma ressonância magnética efetuada na data do acidente, o réu não prestou a ele nenhum outro tipo de auxílio financeiro, além de terem sido frustradas as tentativas de buscar amigavelmente algum tipo de reparação pelo ilícito.
Ademais, sustenta o autor que, além dos gastos com medicamentos, ressonâncias e fisioterapia, deixou de perceber certas quantia mensal, representativa da diferença entre o salário que recebia no período anterior ao acidente e do benefício previdenciário que vem recebendo, nos últimos tempos.
Por essas razões, pleiteia ser indenizado em danos materiais, lucros cessantes, e, também, sob a alegação de um suposto abalo psicológico, pelo prejuízo de cunho moral. 
Há de se destacar, entretanto, que as alegações apresentadas pelo autor não correspondem à realidade dos fatos, senão vejamos:
2.2 DA FALTA DE COMPROVAÇÃO DOS DANOS MATERIAIS
Antes de tudo, cabe esclarecer que, entre abril de 2016, quando ocorreu o acidente, e maio de 2017, o autor não fez contato com o réu, que somente teve conhecimento das alegações dos danos quase oito meses depois, por ocasião de ligação telefônica efetuada pela esposa da parte autora, que o acusou de não contribuir com tais despesas, sem, no entanto, apresentar qualquer comprovação documental.
Na inicial, o autor alegou que o réu não arcou com os gastos médicos que foram por ele suportados desde o início, à exceção da primeira ressonância magnética realizada. Entretanto, não discriminou os gastos que percebeu, tampouco juntou à inicial documentos comprobatórios do efetivo dispêndio. Limitou-se a alegar que precisará realizar outra ressonância magnética e adquirir remédios no futuro, sem sequer anexar laudo médico ou outro documento que atestea necessidade de novo exame de imagem ou prescrição de medicamentos.
Como se sabe, o dano material não se presume, exigindo-se a comprovação do efetivo prejuízo experimentado para que este seja reparado, uma vez que "a indenização mede-se pela extensão do dano". (art. 944 do CC).
Ainda, com relação ao pleito de danos materiais, é pertinente destacar que doutrina e jurisprudência são unânimes quanto à necessidade e obrigatoriedade de sua comprovação.
Assim, o pedido de indenização por danos materiais não encontra fundamento e merece ser julgado improcedente.
2.3 DA AUSÊNCIA DO DANO MORAL
Como consabido, para que reste caracterizada a responsabilidade civil subjetiva, aplicável ao caso em apreço, exige-se a presença de quatro elementos, quais sejam: a ação ou a omissão, a culpa ou o dolo do agente, o dano, e o nexo causal, enquanto liame existente entre os dois primeiros. Verificada, pois, a ausência de qualquer destas qualidades, não há o que se falar em responsabilidade civil.
No que concerne especificamente ao dano, leciona Cavalieri Filho (2009, p. 71):
Conceitua-se, então, o dano como sendo a subtração ou diminuição de um bem jurídico, qualquer que seja a sua natureza, quer se trate de um bem patrimonial, quer se trate de um bem integrante da própria personalidade da vítima, como a sua honra, a imagem, a liberdade etc. Em suma dano é a lesão de um bem jurídico, tanto patrimonial, quanto moral, vindo daí a conhecida divisão do dano em patrimonial e moral.
Assim, embora se reconheça que, consoante o art. 186 do Código Civil, o dano pode consistir em prejuízo econômico ou não econômico decorrente de ato ilícito, na hipótese do processo contestado, inexiste dano em sua modalidade moral.
Tal conclusão encontra-se estribada na ausência de substrato a comprovar o referido dano, uma vez que o autor, em sua peça inicial, limitou-se à formulação de alegações genéricas, sobre supostas consequências decorrentes do acidente, as quais, inclusive, mostram-se flagrantemente desproporcionais se comparadas ao resultado do laudo pericial (fls. 24), bem como ao conteúdo do relatório de atendimento do Corpo de Bombeiros, que o réu junta nesta oportunidade.
Pertine dizer que, no primeiro documento (laudo), o perito médico legal respondeu negativamente aos seguintes quesitos: “resultou incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 (trinta) dias?”, “resultou debilidade permanente, perda ou inutilização de membro, sentido, ação ou função?”, e “resultou incapacidade para o trabalho, enfermidade incurável ou deformidade permanente?”.
Por outro lado, no segundo documento, o Corpo de Bombeiros atestou a pouca gravidade dos ferimentos sofridos pelo autor, que na ocasião do acidente foi liberado de imediato, tendo sequer necessitado de atendimento médico em hospital. 
Nesse sentido, parece forçoso conceber que lesões a princípio superficiais tenham provocado efeitos tão nefastos à honra e à dignidade do autor. Por conseguinte, em não havendo dano, a responsabilidade civil jamais se fará presente, pois indenização sem dano importaria em enriquecimento ilícito, porquanto o objetivo da indenização é justamente reparar o prejuízo sofrido pela vítima, concedendo a esta o estado em que se encontrava antes do dano sofrido.
Dessa forma, tendo em vista que o dano é o fato determinante do dever de indenizar, se e a vítima não sofreu nenhum prejuízo de cunho moral, não haverá o que ressarcir. 
2.4 DA FRAGILIDADE DA ALEGAÇÃO DOS LUCROS CESSANTES
Na inicial, o autor alega que recebeu por nove meses, a título de auxílio-doença, o valor de R$1.039,00 (um mil e trinta e nove reais). Alega, ainda, que o salário que percebia antes do acidente era de R$1.276,74 (um mil duzentos e setenta e seis reais e setenta e quatro centavos). Nesse sentido, pleiteia lucros cessantes equivalentes a diferença entre o valor do benefício previdenciário recebido e os rendimentos que obtinha com seu trabalho.
Entretanto, o autor apenas anexou à exordial o comprovante de deferimento de pedido de prorrogação do benefício, onde não consta a data de início, de modo que não é possível aferir precisamente por quanto tempo recebeu tal auxílio.
O pedido de lucros cessantes formulado pelo autor, no que se refere ao período por ele pleiteado, é frágil e insubsistente porque carece de prova documental, motivo pelo qual deve ser indeferido pelo juízo. 
3. DOS PEDIDOS
Isto posto, requer-se:
a) seja deferida a preliminar de incompetência absoluta e extinto o processo, com base no disposto no art. 51, II, da Lei 9099/95;
b) sejam julgados improcedentes todos os pedidos formulados pelo autor, tendo em vista a ausência de comprovação dos danos alegados;
c) seja a parte autora, condenada em multa e nas penas da litigância de má-fé, por utilizar-se do processo para conseguir fim vedado por lei, qual seja, enriquecimento ilícito, quando pleiteia indenização por danos morais, nos termos do art. 142 do CPC.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em Direito, especialmente documental, testemunhal e pericial.
Termos em que, pede deferimento.
Chapecó (SC), 04 de agosto de 2017. Xxx OAB/SC 14....

Outros materiais