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UNIDADE III - MACROECONOMIA 1 Macroeconomia POLÍTICA MACROECONÔMICA INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA CONTABILIDADE SOCIAL OU NACIONAL SETOR EXTERNO 2 Macroeconomia A macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: Renda e produto nacionais, Nível geral de preços, Emprego e desemprego, 3 POLÍTICA MACROECONÔMICA Objetivos da política macroeconômica: Políticas de estabilização - Questões conjunturais (curto prazo): Alto nível de emprego, Estabilidade de preços. 4 POLÍTICA MACROECONÔMICA Objetivos da política macroeconômica: Questões estruturais (longo prazo): Distribuição da renda e Crescimento econômico. 5 POLÍTICA MACROECONÔMICA Alto nível de emprego: Antes de 1930 - pensamento liberal – não havia preocupação com o desemprego; Acreditava-se que uma “mão invisível” no mercado conduziria ao pleno emprego; 6 POLÍTICA MACROECONÔMICA Alto nível de emprego: 1929 – quebra da bolsa de Nova York; Desemprego atinge todos os países do mundo ocidental; John Maynard Keynes – intervenção do Estado na economia de mercado; 7 POLÍTICA MACROECONÔMICA Alto nível de emprego: Questões: Qual deve ser o grau de intervenção do Estado na economia? Em que medida ele deve ser produtor de bens e serviços? 8 POLÍTICA MACROECONÔMICA Alto nível de emprego: Economistas liberais (hoje neoliberais) pregam a saída do governo da produção de bens e serviços; Outros economistas defendem uma maior atuação do Estado na atividade econômica. 9 POLÍTICA MACROECONÔMICA Estabilidade de preços: Inflação é o aumento contínuo do nível geral de preços; A inflação reduz o poder de compra. 10 POLÍTICA MACROECONÔMICA Distribuição equitativa da renda: De 1968 a 1973 o PIB brasileiro cresceu a uma taxa média acima de 10% ao ano, A inflação oscilou entre 15% e 20% ao ano; "É preciso primeiro aumentar o 'bolo' (da renda nacional), para depois reparti-lo". Adotou-se uma política salarial que os sindicatos apelidaram de "arrocho salarial"; 11 POLÍTICA MACROECONÔMICA Distribuição equitativa da renda: O índice de Gini brasileiro era de 50,0 em 1960, tendo piorado para 57,0 em 1970 e para 62,0 em 1977. Em 2013 o índice Gini brasileiro foi de 49,5. 12 Distribuição equitativa da renda: Índice de Gini de outros países: - Argentina: 49 (2007) - China: 47 (2007) - Alemanha: 27 (2006) - México: 47,9 (2006) - Paraguai: 56,8 (2008) - Noruega: 25 (2008) - Portugal: 38,5 (2008) - Estados Unidos: 45 (2007) - França: 32,7 (2008) 13 POLÍTICA MACROECONÔMICA Crescimento ecomômico: Se há desemprego, pode-se estimular o aumento do produto nacional com políticas econômicas; Mas há um limite para esse aumento; 14 POLÍTICA MACROECONÔMICA Crescimento econômico: Para aumento além desse limite exigirá: Aumento dos recursos ou Melhoria tecnológica, qualificação da mão de obra e melhores métodos de trabalho. 15 POLÍTICA MACROECONÔMICA Dilemas da política econômica: Crescimento econômico – possibilita aumentar a renda dos pobres sem diminuir a dos ricos; No Brasil a maioria da mão de obra tem baixa qualificação com baixos rendimentos. Quando o desemprego diminui aumenta a pressão por aumento de preços. 16 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA Política Fiscal Instrumentos de que o governo dispõe para: A arrecadação de impostos e contribuições (política tributária) e Controle de suas despesas (política de gastos). 17 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA Política Fiscal É utilizada para estimular ou inibir os gastos do setor privado: Se o objetivo é reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais empregadas são: A redução dos gastos públicos ou O aumento da carga tributária, Consequência: inibir o consumo. 18 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA Política Fiscal Se a meta é o crescimento e emprego: Aumentam-se os gastos públicos e Diminuem-se os tributos. Consequência: elevação da demanda. 19 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA Política Fiscal Se o objetivo a atingir é a melhor distribuição da renda: Os instrumentos devem ser utilizados de forma seletiva: Beneficiando os menos favorecidos. Ex. gastos em regiões mais atrasadas e Impostos progressivos. 20 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA Política Monetária É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos por meio de: Emissões de moeda; Reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos que bancos comerciais devem colocar à disposição do Banco Central); 21 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA Política Monetária Open market - Compra e venda de títulos públicos; Redescontos (Empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais); Regulamentações sobre créditos e taxa de juros. 22 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA Política Monetária Se o objetivo for controle da inflação a medida seria diminuir os estoques monetários da economia por meio de: Aumento de taxa de reserva compulsória; Venda de títulos no open market. 23 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA Política Monetária Se o objetivo for crescimento econômico a medida seria aumentar os estoque monetários da economia. Política de rendas Refere-se à intervenção do governo na formação de rendas (salários e aluguéis), com o controle e congelamento de preços. 24 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA Política Cambial e comercial São políticas aplicadas ao setor externo da economia: Política cambial: Taxa de câmbio: Taxas fixas ou Taxas flutuantes (determinada pelo mercado). 25 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA Política comercial: Incentivos às exportações; Estímulo ou desestímulo às importações por meio de tarifas e barreiras. 26 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA Ela compõe-se de cinco mercados: Parte real da economia: Mercado de bens e serviços; Mercado de trabalho; Parte monetária: Mercado monetário; Mercado de títulos; Mercado de divisas. 27 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA O Mercado de bens e serviços, por meio da demanda agregada e oferta agregada, determina: O nível de produção agregada da economia (somatória da produção dos diversos bens da economia); O nível geral dos preços. 28 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA A demanda agregada depende da evolução da demanda dos quatro setores ou agentes macroeconômicos: Consumidores; Empresas; Governo; Setor externo. 29 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA A oferta ou produção agregada depende: Da evolução do nível de emprego e da capacidade instalada da economia. A condição de equilíbrio do mercado de bens e serviços é dada por: Oferta agregada = Demanda agregada 30 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA Mercado de trabalho determina: Taxa de salários; O nível geral de empregos. A demanda ou procura de mão-de-obra depende de dois fatores: Taxa de salário real (custo efetivo da mão de obra para as empresas); Nível de produção desejado pelas empresas. 31 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA Mercado de trabalho: A oferta de mão-de-obra depende de dois fatores: Do salário real (custo efetivo da cesta básica de consumo para os trabalhadores); E da evolução da população economicamente ativa. A condição de equilíbrio do mercado é dado por: Oferta de mão-de-obra = demanda de mão de obra 32 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA O Mercado monetário é constituído pela: Demanda de moeda (em função da necessidade de transações dos agentes econômicos, ou seja, necessidade de liquidez); Oferta de moeda (determinada pelo Banco central e atuação dos bancos comerciais). 33 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA A demanda e a oferta de moeda determinam a taxa de juros. A condição de equilíbrio do mercado é dado por: Oferta de moeda = Demanda de moeda. 34 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA O Mercado de títulos é considerado na macroeconomia para analisar o comportamento dos: Agentes econômicos superavitários – que possuem um nível de gastos inferior ao seu volume de renda; Agentes econômicos deficitários – que possuem um nível de gastos superior ao seu volume de renda. 35 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA Os agentes superavitários podem efetuar empréstimos aos agentes deficitários. A condição de equilíbrio do mercado é dado por: Oferta de títulos = Demanda de títulos Mercado financeiro = Mercado de títulos + Mercado monetário 36 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA O Mercado de divisas ou de moeda estrangeira é constituído de: Oferta de divisas que depende de: Exportações; Entrada de capitais financeiros. Demanda de divisas que depende de: Importações e Saída de capitais financeiros. 37 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA A condição de equilíbrio do mercado é dado por: Oferta de divisas = demanda de divisas. 38 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA O Banco Central pode interferir nesse mercado: Fixando a taxa de câmbio (regime de taxas de câmbio fixas) ou Deixando flutuar (regime de taxas de câmbio flutuantes ou flexíveis). Ele pode atuar comprando ou vendendo divisas para interferir no equilíbrio do mercado. 39 ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA O governo atua na economia interferindo nos 5 mercados conforme o objetivo da política econômica – controlar a inflação ou o crescimento econômico. 40 Marco Antonio S. Vasconcellos Manuel Enriquez Garcia 3º Edição | 2009 | Fundamentos de Economia 41 41 41 Capítulo 9 Contabilidade Social 42 42 42 42 42 9.1 Introdução Contabilidade social: relativa à medição dos agregados econômicos nacionais, trata-se do registro contábil da atividade produtiva de um país ao longo de um dado período de tempo. 9.1.1 Sistemas de contabilidade social: sistema de contas nacionais e a matriz de relações intersetoriais. 9.1.2 Sistema de contas nacionais: usa o método tradicional das partidas dobradas, discriminando transações dos grandes agentes macroeconômicos, cada um representado por uma conta específica. Mede-se nele as transações com bens e serviços finais. 9.1.3 Matriz de relações intersetoriais: inclui transações intermediárias, permitindo analisar também as relações econômicas entre os vários setores de atividade, fornecendo informações completas ao exigir dados mais detalhados. 43 43 43 9.2 Princípios básicos das contas nacionais consideram-se apenas as transações com bens e serviços finais; mede-se apenas a produção corrente do próprio período; as transações se referem a um fluxo; a moeda é neutra; não são considerados os valores das transações puramente financeiras. 9.3 Economia a dois setores: famílias e empresas 9.3.1 O fluxo circular de renda: análise da ótica do produto e da despesa e da renda: quantificação do fluxo para avaliar o desempenho da economia no período: ótica do produto: produção e vendas de bens/serviços finais na economia; ótica da despesa (dispêndio): Consumo e investimentos dos agentes. ótica da renda (custos): renda gerada no processo de produção que vem a ser a remuneração dos fatores de produção. 44 44 44 Produto Nacional (PN): valor de todos os bens e serviços finais, medidos a preços de mercado, produzidos num dado período de tempo. Despesa Nacional (DN): gasto dos agentes econômicos com o produto nacional. Revela quais são os setores compradores do produto nacional. Renda Nacional )RN): soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção no período. Valor adicionado: aquele adicionado ao produto em cada estágio de produção, somando o valor adicionado em cada estágio de produção, chegaremos ao produto final da economia. valor adicionado = valor bruto da produção – compra de bens e serviços intermediários 45 45 45 9.3.2 Formação de capital: poupança, investimento e depreciação Poupança agregada: é a parcela da renda nacional não consumida no período, que é S=RN – C. Investimento agregado: gasto com bens produzidos, mas não consumidos no período, e que aumentam a capacidade produtiva da economia nos períodos seguintes. Investimento total = investimentos em bens de capital + variação de estoques Bens de capitais nas contas nacionais: formação bruta de capital fixo. Investimento em ativos de segunda mão não entra como investimento agregado. 46 46 46 Depreciação: desgaste do equipamento de capital da economia num dado período. investimento líquido = investimento bruto – depreciação produto nacional líquido = produto nacional bruto – depreciação 9.4 Economia a três setores: agregados relacionados ao setor público: União, Estados e Municípios. 9.4.1 Receita fiscal do governo: impostos indiretos: incidem sobre bens e serviços; impostos diretos: incidem sobre pessoas físicas e jurídicas; contribuições à previdência social; outras receitas: taxas, multas, pedágios, aluguéis. 47 47 47 9.4.2 Gastos do governo: gastos dos ministérios e autarquias, cujas receitas provêm de dotações orçamentárias. O produto gerado pelo governo é medido por suas despesas correntes e despesas de capital. gastos das empresas públicas e sociedades de economia mista: receita advêm da venda de bens e serviços no mercado, são consideradas dentro do setor de produção com empresas privados e não como governo. gastos com transferências e subsídios: considerados como transferências, não são computados como parte da renda nacional, pois representam apenas uma transferência financeira do setor público ao setor privado. 48 48 48 9.4.3 Superávit ou déficit público: quando a arrecadação supera o total dos gastos públicos ou quando os gastos superam a arrecadação. superávit/déficit primário: Sem juros da dívida interna e externa; superávit ou déficit total/nominal: com juros nominais; superávit ou déficit operacional: com juros reais. 9.4.4 Renda nacional a custo de fatores e produto nacional a preço de mercado: imposto está incorporado no valor do produto, quando ele é essencial o governo pode subsidiar o preço. custos de fatores: o que a empresa paga aos fatores de produção, salários, juros, aluguéis e lucros; preço de mercado: preço final pago pela venda, adiciona ao custo de fatores de produção os impostos indiretos e subtrai os subsídios. PNL a preços de mercado = RNL a custo de fatores+ impostos indiretos - subsídios 49 49 49 9.4.5 Renda pessoal disponível: mede quanto da renda gerada no processo econômico fica em poder das família. Renda pessoal disponível = RNLcf – lucros retidos – impostos diretos – contribuições previdenciárias – outras receitas correntes do governo + transferências do governo às famílias 9.4.6 Carga tributária bruta e líquida: total da arrecadação fiscal do governo. Carga tributária líquida = carga tributária bruta – transferências e subsídios do governo ao setor privado 9.5 Economia a quatro setores: agregados relacionados ao setor externo 50 50 50 9.5.1 Exportações e importações: compra pelos estrangeiros, de mercadorias produzidas por empresas que pertencem ao nosso país; e despesas que fazemos com produtos estrangeiros. 9.5.2 Produto interno bruto, produto nacional bruto e renda líquida do exterior PIB – somatório de todos os bens e serviços produzidos dentro do território nacional num dado período. PNB = PIB + renda recebida no exterior – renda enviada ao exterior PNB = PIB + Renda Líquida do Exterior (RLE). 51 51 51 9.6 PIB nominal e PIB real 9.6.1 PIB nominal: é medido a preços correntes do próprio ano. 9.6.2 PIB real: mede o crescimento do produto físico pressupondo que os preços foram constantes no período. 9.7 O PIB como medida do bem-estar: não registra a economia informal; não considera os custos sociais derivados do crescimento econômico (poluição, piora do meio ambiente, etc.); não considera diferenças na distribuição de renda entre os vários grupos da sociedade. 9.8 PIB em dólares: usado para comparações internacionais, dólar PPP, criado pela ONU, representa a paridade do poder de compra. 0 52 52 52 Crescimento e Desenvolvimento Econômico 53 Crescimento e desenvolvimento Econômico Crescimento econômico é o aumento contínuo da renda per capita. Desenvolvimento econômico é o crescimento econômico com distribuiçao dos recursos nos diferentes setores da economia. 54 Crescimento e desenvolvimento Econômico O Desenvolvimento econômico inclui a melhora dos indicadores de bem estar econômico e social: pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, alimentação, educação e moradia. 55 Crescimento e desenvolvimento Econômico Há uma grande diferença de renda entre os países da América Latina, considerados países em desenvolvimento, com os países, chamados desenvolvidos. O que explica essas diferenças? 56 Crescimento e desenvolvimento Econômico O crescimento da produção e renda dependem da quantidade e da qualidade dos dois insumos básicos: Capital e mão de obra. Depende da função da produção agregada. 57 Crescimento e desenvolvimento Econômico Fontes de crescimento: Aumento da força de trabalho: crescimento demográfico e imigração; Aumento do estoque de capital ou capacidade produtiva; 58 Crescimento e desenvolvimento Econômico Fontes de crescimento: Melhoria na qualidade da mão de obra: com programas de educação, treinamento e especialização. 59 Crescimento e desenvolvimento Econômico Melhoria tecnológica: aumento da eficiência na utilização do estoque de capital; Eficiência organizacional: eficiência na forma como os insumos interagem. 60 Crescimento e desenvolvimento Econômico Capital humano - Em países em desenvolvimento é difícil acumular fatores de produção devido aos baixos níveis de renda: O que sobra da renda não permite investir muito em educação ou capital físico; Educação é um fator que depende de muito tempo para melhorar. 61 Crescimento e desenvolvimento Econômico Capital físico – Tem sido o centro das explicações para o progresso econômico: Relação produto capital: É a relação do produto nacional e a variação da capacidade produtiva: V = Variação de y/variação de k, em que: v = relação produto capital y = produto ; k = capital. 62 Crescimento e desenvolvimento Econômico Relação produto capital: Exemplo: numa relação produto capital de 0,35, significa que para que haja um aumento de R$ 35 bilhões no produto é preciso aumentar os investimentos em R$ 100 bilhões. 63 Crescimento e desenvolvimento Econômico Relação produto capital O aumento de produção depende do aumento do aumento da taxa de investimento ou Deslocamento dos investimentos para setores em que a relação produto capital seja mais elevada. 64 Crescimento e desenvolvimento Econômico Financiamento do desenvolvimento econômico: Poupança doméstica ou do país. Países socialistas adotam a poupança obrigatória para financiar o crescimento. Poupança alta está relacionada com as altas taxas de crescimento da China. 65 Crescimento e desenvolvimento Econômico Financiamento do desenvolvimento econômico: O governo em economias capitalistas pode produzir poupança gastando menos em bens e serviços e assim e investir em infraestrutura. 66 67 Crescimento e desenvolvimento Econômico 68 Crescimento e desenvolvimento Econômico Países em desenvolvimento,a partir de 1930, começaram um processo de substituição das importações; O objetivo era produzir internamente os produtos que eram importados e assim desenvolver a indústria nacional. 69 Crescimento e desenvolvimento Econômico Na década de 80 a estratégia de substituição das importações havia se esgotado; Os produtores domésticos protegidos da competição internacional produziam um volume pequeno com custo alto e pouca inovação. 70 Crescimento e desenvolvimento Econômico Atualmente tem ocorrido um processo de integração econômica entre os países sob diversos aspectos: Produtivo; Comercial e Econômico. 71 Crescimento e desenvolvimento Econômico Esse processo tem sido chamado de globalização. Globalização produtiva: Globalização produtiva é a produção e distribuição de bens e serviços dentro de redes em escala mundial; Redução de barreiras no comércio internacional; 72 Crescimento e desenvolvimento Econômico Globalização produtiva: Crescimento da tecnologia da informação; Difusão de novas tecnologias criaram novos produtos e novas oportunidades de negócios. 73 Crescimento e desenvolvimento Econômico Aspectos perversos da globalização: Aumento de desemprego estrutural em muitos países (devido a falta de mão de obra especializada); Concentração de produção em grandes empresas multinacionais. 74 Crescimento e desenvolvimento Econômico Globalização: Neoliberalismo Menos atuação do governo no mercado e mais atuação regulamentando e fiscalizando para proteger interesses de consumidores e empresas de menor poder de barganha. 75 Crescimento e desenvolvimento Econômico Globalização financeira: Crescimento do fluxo financeiro internacional; Desenvolvimento do mercado de derivativos; Hedge – proteção contra riscos de oscilação de preços. Rapidez na transferência de capitais. 76 Crescimento e desenvolvimento Econômico Globalização financeira: Abundância de capitais financeiros representa: Complemento de poupança interna dos países emergentes; A liberdade desses capitais torna esses países vulneráveis. 77 Capítulo 12 O Setor Externo 78 78 78 78 78 12.1 Introdução O mundo se encontra crescentemente interligado, seja por fluxos comerciais ou financeiros. Costuma-se dividir as questões teóricas da Economia internacional em: aspectos microeconômicos e os aspectos macroeconômicos. 12.2 Fundamentos do comércio internacional: a teoria das vantagens comparativas Princípio das vantagens comparativas: sugere que cada país deva se especializar na produção da mercadoria em que é relativamente mais eficiente. Ele deve importar bens cuja produção implicar custos relativamente maior. Assim, os países podem concretizar trocas. Crítica: Comércio de manufaturados cresce mais que primários. Capítulo 9 Contabilidade Social 79 79 79 12.3 Determinação da taxa de câmbio 12.3.1 Conceito: medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países. Sua determinação pode ser: institucional: pela decisão de autoridades econômicas com taxas fixas de câmbio. funcionamento do mercado: taxas de flutuantes em decorrência das pressões de oferta e demanda de divisas estrangeiras. Demanda de divisas: constituída pelos importadores, que precisam delas para pagar suas compras no exterior. Oferta de divisas: realizada pelos exportadores, que recebem moeda estrangeira, como pela entrada de capitais financeiros internacionais (turistas, etc.). Capítulo 9 Contabilidade Social 80 80 80 Desvalorização cambial: aumento da taxa de câmbio; Valorização cambial: queda na taxa de câmbio. Taxa de câmbio é interligada aos preços dos produtos exportados e importados e também à balança comercial. 12.3.2 Taxa de câmbio e inflação Valorização cambial e inflação: a primeira permite ancorar os preços internos e reduzir a taxa de inflação (favorável à importação). Desvalorização cambial e inflação: efeito contrário ao anterior (inflação de custos). Efeito da elevação da inflação interna sobre a taxa de câmbio: pode gerar um círculo vicioso de elevação da taxa de cambio e elevação de preços devido aumento dos importados. Capítulo 9 Contabilidade Social 81 81 81 Valorização real e valorização nominal do câmbio: o primeiro é igual à valorização nominal, menos a taxa de inflação do período. Competitividade no comércio exterior: deve ser avaliados a partir do câmbio real. 12.4 Políticas externas 12.4.1 Política cambial: dependem do tipo de regime cambial adotado pelo país. Regime de taxas fixas de câmbio: foi adotado por países com elevadas taxas de inflação, nos anos 80 e 90, para não haver elevação dos produtos importados de acordo com as variações cambiais. Regime de taxas flutuantes ou flexíveis de câmbio: determinada pelo mercado de divisas, permitindo a defesa das reservas cambiais. Capítulo 9 Contabilidade Social 82 82 82 Flutuação suja: mesmo dentro do regime flutuante o Banco Central interfere indiretamente na determinação da taxa de câmbio, por meio da compra e venda de divisas no mercado. 12.4 Política comercial: alterações das tarifas sobre importações; regulamentação do comércio exterior. 12.5 Fatores determinantes do comportamento das exportações e importações 12.5.1 Exportações: são influenciadas por diversas variáveis. preços externos em dólares (produtos brasileiros); preços internos em reais; taxa de câmbio; renda mundial; subsídios e incentivos às exportações. Capítulo 9 Contabilidade Social 83 83 83 12.5.2 Importações: principais fatores determinantes. preços externos em dólares; preços internos em reais; taxa de câmbio; renda e produto nacional; tarifas e barreiras às importações. 12.6 A estrutura do balanço de pagamentos: registro estatístico-contábil de todas as transações econômicas realizadas entre os residentes de um país com os residentes dos demais países. Transações da conta Variação de Reservas (antiga conta Haveres e Obrigações no Exterior): divisas; ouro monetário; direitos especiais de saque. Capítulo 9 Contabilidade Social 84 84 84 Divisões do balanço de pagamentos: balança comercial; balanço de serviços e rendas; transferências unilaterais correntes; balanço de transações correntes; conta capital e financeira: (contrapartidas financeiras das exportações e importações de mercados e serviços, exceto de transferências unilaterais); e transações financeiras puras. Erros e omissões: diferença entre saldo do balanço de pagamentos e o financiamento do resultado. 12.7 O balanço de pagamentos no Brasil: o país apresentava balança comercial superavitária, historicamente, mas um balanço de serviços e rendas deficitário, devido ao pagamento de juros da dívida externa e à remessa de lucros e pagamentos de fretes, seguros e royalties. Capítulo 9 Contabilidade Social 85 85 85 Após 2003, houve grande aumento de exportações principalmente de commodities para o Sudeste da Ásia e houve a entrada de capital financeiro associado à elevada taxa de juros do país, gerando saldo positivo na Balança Comercial e Transferências Unilaterais Correntes, superando o saldo negativo da Conta de Serviços e Rendas. 12.8 Organismos internacionais 12.8.1 Fundo Monetário Internacional (FMI): criado para evitar possíveis instabilidades cambiais e garantir estabilidade financeira; e socorrer os países a ele associados quando da ocorrência de desequilíbrios transitórios em seus balanços de pagamento. 12.8.2 Banco Mundial (Bird): criado com intuito de auxiliar a reconstrução de países devastados pela guerra e para promover crescimento dos países em desenvolvimento. Capítulo 9 Contabilidade Social 86 86 86 12.8.3 Organização Mundial do Comércio: primeiramente, conhecido por Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), criado para buscar redução das restrições de comércio internacional e liberalização do comércio multilateral. Capítulo 9 Contabilidade Social 87 87 87 Macroeconomia Estoque de moeda, Taxas de juros, Balanço de pagamentos e Taxa de câmbio. 88
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