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Injurias de compressão dos nervos periféricos

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Injurias de compressão dos nervos periféricos
	Sabe-se que a compressão de um nervo pode causar sintomas como entorpecimento, dor e fraqueza muscular, no decorrer dos anos vem sendo feitas investigações e tem-se observado que até mesmo uma compressão moderada induziu mudanças estruturais e funcionais, e em relação aos aspectos mecânicas, o nível de pressão e o modo de compressão tem se tornado aparente.
	Foi observado com experimentos que alguns níveis de pressão mais críticos provocaram perturbações no fluxo sanguíneo intraneural acarretando mudanças funcionais, cujo nível comprimido neste foi semelhante ao que foi registrado perto do nervo medial do túnel do carpo, em pacientes com a síndrome correspondente; no transporte axonal, e quando a compressão é de longa sustentação pode conduzir a depleção distal de proteínas para o local que está sendo comprimido e o bloqueio desse transporte ocasionado pela compressão local pode tornar os axônios mais suscetíveis a síndrome do esmagamento comprimida. Quanto mais alta a pressão e a duração da mesma, mais danos serão causados, seja relacionado a estrutura ou a função do nervo.
	Além do modo de aplicação da pressão, que também vai influenciar significativamente, podendo ser por meio de compressão direta ou compressão indireta. É perceptível que em uma compressão direta a lesão é mais severa, uma vez que está sendo feita uma deformação do nervo mais pronunciada que na compressão indireta, na qual ainda existem as camadas de tecido para sustentar o nervo. Ou seja, a injuria nervosa causada pela compressão depende do mecanismo específico de deformação utilizado pela pressão ali aplicada.
	Em uma análise microscópica, após a indução de uma lesão específica nas fibras nervosas nas duas extremidades do segmento comprimido, observou-se que os nodos de Ranvier foram deslocados em direção a partes não comprimidas do nervo. Também foi observado que fibras nervosas maiores sofrem uma deformação pouco maior que as fibras mais finas a uma determinada pressão. Além de que uma lesão de compressão de um nervo afeta as fibras grandes primeiro, como as fibras com função motora, enquanto as fibras finas geralmente são preservadas, como as fibras que medeiam sensação de dor.
	Levando em consideração que o efeito de uma pressão vai depender no modo no qual é aplicada, a sua magnitude e duração, pode afirmar que há dois tipos básicos de aplicação de pressão, seja em situações experimentais ou patológicas. Um tipo é a pressão uniforme aplicada ao redor da circunferência de um segmento longitudinal de um nervo ou extremidade, que é um tipo de pressão radial aplicada por um torniquete pneumático comum. O outro tipo acontece quando o nervo é lateralmente comprimido, ou seja, quando o nervo é colocado entre duas superfícies rígidas que são movidas uma contra a outra, apertando o nervo ou extremidade, como exemplo na hernia e disco, em que o nervo espinhal está sendo comprimido. Na compressão circunferencial uniforme, há diminuição apenas no diâmetro na região carregada, já na compressão lateral a deformação é de circular para mais elíptica.
	O tempo também é um fator significante tanto em altas como em baixas pressões, mas a isquemia tem um fator dominante em compressão de longa duração, tendo em vista que a pressão alta tem que agir por um certo período de tempo para que a injúria aconteça.
	As características mecânicas das raízes dos nervos espinhais são diferentes para quaisquer raízes nervosas no canal espinhal central e nos forames intervertebrais laterais. As raízes nervosas da coluna vertebral se movem relativamente aos tecidos que a circundam a cada movimento da coluna, para isso, as raízes nos forames intervertebrais tem eu ter a capacidade de deslizar, quando há irritação crônica com fibrose em volta dessas raízes, associadas com hérnia de disco e/ou estenose foraminal, esse deslizamento é comprometido, o que produz injurias repetitivas até nos movimentos normais da coluna. Na hérnia de disco geralmente só uma raiz é comprimida, já na estenose central a pressão é aplicada circunferencialmente em volta da raiz nervosa na calda equina, o que explica os diferentes sintomas encontrados nelas.

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