Buscar

Contratos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ideia Geral do Código Civil
- 1.1. Constitucionalização do Direito Civil
- É a aplicação da CF no Direito Civil;
- Tendo 3 Princípios: Dignidade da pessoa humana (art. 5º, §1º, CF), Solidariedade e Igualdade;
- 1.2. Princípios Basilares do C.C.
- São princípios extraídos da C.F.:
Princípio da Solidariedade: art. 421, C.C. (altera-se “Liberdade de Contratar” por Liberdade Contratual) = Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Princípio da Eticidade: Ideia de ética; Boa fé objetiva; art. 422, C.C. = Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Princípio da Operabilidade: Cláusulas abertas\ Indeterminadas; art. 478, C.C. = Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
- Horizontalização dos Direitos e Garantias Fundamentais;
- “O contrato deve ser justo”;
- Dilemas:	-> Processo Rápido x Seguro\Justo\Devido Processo Legal
		-> Contrato: Justiça x Segurança Jurídica (Previsibilidade)
* art. 435, C.C. - Contratos atípicos \ Contratos justos = Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.
- Equivalência Material = o contrato deve ser justo na distribuição de recursos;
Contrato Como um Negócio Jurídico
- O Contrato é uma subespécie de Negócio Jurídico;
- Contrato = Manifestação de vontade;
- art. 104, C.C. : requisitos aplicados para ser válido = Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
	Fato Jurídico
	{Ato Jurídico
	- { Ato Jurídico Stricto Sensu
	xxxxxxxxxxxxxxxxxx
	xxxxxxxxxxxxxxxxxx
	xxxxxxxxxxxxxxxxxx
	- { Negócio Jurídico
	{ - Contratos
CONCEITO: É um acordo de vontades com objetivo de criar, extinguir ou modificar obrigações;
- Criar: autoexplicativo;
- Extinguir: Distrato = fazer um contrato para desfazer um contrato; Também chamado de Resilição Bilateral; art. 472, C.C. = Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.
- Modificação: ADITIVO = adicionar\não fazer outro contrato, APENAS ADICIONA;
Crise dos Contratos
- O Contrato de Adesão seria a MORTE DOS CONTRATOS;
- EX: tu pega um contrato pronto já, tu não senta com a pessoa para “construir”o contrato; Uma parte estabelece e a outra aceita;
- Contrato Paritário = contrato onde as pessoas envolvidas sentam e vão montando-o;
- Contrato de Adesão = art. 423 e 424, C.C. = 
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
CDC = Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
- Ambos têm o mesmo peso, mas são interpretados de formas diferentes;
- Dirigismo Contratual = o Estado pode “alterar” as cláusulas do contrato;
Os Contratos nos Planos do Mundo Jurídico
- Para os Contratos serem válidos = Art. 166 e Art. 171 C.C. = Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Planos do Mundo Jurídico e os Contratos
Existência
- Para o contrato existir, deve ter o acordo de vontades.
Validade
- Para o contrato ser válido, deve cumprir requisitos dos art. 166 e 171 do C.C. = 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
- Requisitos Subjetivos
- Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz; [ - Devendo ter um consentimento válido; E em caso de aptidão específica, onde além de ter um agente capaz e ter o consentimento válido, necessita do consentimento de outra pessoa fora da relação contratual, EX: art. 1.647, C.C. = Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; e III - prestar fiança ou aval; - sendo que é um ato anulável; EX: art. 496, C.C. = Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória. ]
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
- Requisitos Objetivos
- Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
- Sendo por “determinado ou determinável” é o bem que é descrito ou o bem que vai existir (que tenha potencialidade de existir = EX: art.458 ao 461 do C.C. = Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.)
- Requisitos Formais
- Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: III - forma prescrita ou não defesa em lei.
- Formalidade do contrato = há situações que são expressas que existe a necessidade da formalidade;
	1º averigua a existência do contrato, depois vê se há o preenchimentodos requisitos de validade e depois a eficácia.
Validade = “Antes de valer ou não valer, o contrato tem que existir;”
Eficácia
- Seriam as consequências práticas do negócio;
- É o que resulta dos atos das partes;
- Efeitos produzidos pelos contratos;
- Art. 2.035 C.C. = Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução.
Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.
- É preciso existir o contrato 1º, e o mesmo ser válido, mas no momento, ser ineficaz;
- É preciso existir o contrato 1º, e pode ser eficaz, apesar de não ter validade;
- A validade é independente da eficácia e vice versa;
Princípios Contratuais
 
Autonomia Privada (ou da vontade)
Introdução
- É a liberdade que as partes têm para estipular as cláusulas contratuais, de acordo com sua livre conveniência, ficando obrigado ao cumprimento do que esta acordado;
- Liberdade (de fazer) e Responsabilidade (de cumprir);
Subprincípios
- Tu tem a liberdade de contratar, mas deve cumprir sua função social;
- Art. 421, C.C. = Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
- Liberdade Contratual
- Liberdade de Contratar ou não\de aceitar o controle ou não
1º - Contratar ou não
2º - Contratar com quem
3º - O que contratar
* Art. 84, C.D.C. = Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
* Art. 39, C.D.C. - venda casada = Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
- Obrigatoriedade Contratual
- Deriva da RESPONSABILIDADE;
- “Pacta Sunt Servanda” = os pactos\acordos devem ser conservados \ executados;
- Art. 51, C.D.C. = Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código;
III - transfiram responsabilidades a terceiros;
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
V - (Vetado);
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o consumidor;
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor;
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias.
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:
I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence;
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;
III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
§ 3° (Vetado).
§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto neste código ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes.
- Relatividade Contratual
- “Antes, as pessoas não se divorciavam”
- “Entre o forte e o fraco, a liberdade oprime e a lei liberta;” = forte e fraco = desigualdade;
- A relatividade contratual busca equiparar o “empregado do empregador”
- O contrato não atinge a 3º; Seus efeitos não passam a uma 3ª pessoa;
- “Res alios inter acta” = o contrato não atinge ninguém além dos contratantes;
- Via de regra, não atinge 3º, mas há situações que decorrem da lei; EX: o contratante morre e o contrato é “passado” a seus herdeiros = nos limites da herança deixada, não atinge o património que os herdeiros já tinham;
- EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO = Contratos personalíssimos; EX: tu contrata um advogado para cuidar de uma “causa” tua, dai ele morre;
	Credor
Locador
	----------------
----------------
	Devedor
Locatário
	‘-> Fiador = é parte do acordo; não é qualificado como 3º;
	
	
- Art. 436, C.C. = contrato em favor de 3º = Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
- Art. 467, C.C. = contrato com pessoa a declarar = Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
Função Social do Contrato
Introdução
- Antes, existia apenas Função Social de Propriedade; agora, temos Função Social Contratual;
- Art. 421, C.C = Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
- Art. 2.035, C.C. = Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução.
Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.
Funções
- CONCEITO = O contrato deve ser visto, não como mero meio de circulação de riquezas, mas também como instrumento de equidade e de desenvolvimento econômico da sociedade;
- Interna
- Entre as partes = Contratante X Contratado;
- Externa
- Entre as partes e a sociedade = Contrato X Sociedade;
Boa-fé Objetiva
- Art. 422, C.C. = Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
- Ausênciade boa-fé não é sinônimo de má-fé;
Introdução
- CONCEITO = Com o dever de lealdade\probidade e honestidade entre as partes contratantes ou um verdadeiro dever de colaboração entre credor e devedor;
Funções
- Interpretativa
- É “olhar para trás” e ver o que foi de fato feito;
- EX: no contrato ta la que pode cobrar juros caso a pessoa pague atrasado, mas como tu sempre pagou atrasado e o contratante nunca cobrou, torna-se suprimida a cláusula que dispõe sobre os juros caso, de uma hora para outra, o contratante queira passar a te cobrar os referidos juros;
- “Venire contra factum proprium” = proibição de se valer de sua própria torpeza\maldade;
- Art. 113, C.C. = Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
- Integrativa
- São os deveres anexos \ laterais \ invisíveis = Art. 422, C.C. = Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
- É que às vezes, mesmo que tenha-se previsto ou não, é subentendido; EX: tu faz um contrato para entregar um cavalo em Manaus para uma exposição, dai os entregadores tocam viagem direto (quase sem parar), e chegam mais cedo que o previsto; dai chegando lá, percebe-se que o cavalo perdeu peso e ficou “mal” por não ter sido cuidado durante o transporte \ viagem; PERGUNTA: o contrato foi cumprido? R: Por esse princípio, não; Pois estava subentendido que era necessário cuidados ao animal durante aviagem;
= Esse princípio vale antes, durante e depois do contrato; EX: uma empresa te dá acesso a documentos restritos e pede para analisar os mesmos, tu ainda não tem o contrato assinado quando pega os documentos, dai tu não aceita fazer um “negócio” com eles; Segundo esse princípio, tu deve (sendo que pode gerar uma indenização contra quem saia divulgando segredos) manter sigilo sobre o que viu; Devido a boa-fé objetiva, baseado no princípio integrativo;
- Controle
- Resilição = desistência;
- Função que busca evitar o abuso de uma das partes sobre a outra; 
- Art. 473, C.C. = Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.
- Art. 187, C.C = Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
- Art. 413, C.C = Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Supremacia da Ordem Pública
- Art. 190, C.P.C. = Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Introdução
- Dirigismo Contratual = É o Estado intervindo nas relações contratuais;
- É um “freio” na autonomia da vontade, onde o Estado direciona as coisas;
- Passou-se de Estado Liberal para Estado Intervencionista;
- EX: a legislação estabelece que o tempo mínimo para locação de imóvel de moradia urbana é 30 meses;
- Evolução da Sociedade com a Evolução do Estado Intervencionista;
Modos de Interpretação
- Normas Cogentes
- Normas que não podem ser afastadas;
- São regras obrigatórias;
- São normas impositivas;
- EX: 496 e 548, C.C. = Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador.
- EX: lei nº 8.245\91 art. 46 e 47, V = Art. 46. Nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses, a resolução do contrato ocorrerá findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.
§ 1º Findo o prazo ajustado, se o locatário continuar na posse do imóvel alugado por mais de trinta dias sem oposição do locador, presumir - se - á prorrogada a locação por prazo indeterminado, mantidas as demais cláusulas e condições do contrato.
§ 2º Ocorrendo a prorrogação, o locador poderá denunciar o contrato a qualquer tempo, concedido o prazo de trinta dias para desocupação.
Art. 47. Quando ajustada verbalmente ou por escrito e como prazo inferior a trinta meses, findo o prazo estabelecido, a locação prorroga - se automaticamente, por prazo indeterminado, somente podendo ser retomado o imóvel: V - se a vigência ininterrupta da locação ultrapassar cinco anos.
- Já Normas Dispositivas, são contrárias às cogentes = EX: art. 35, lei nº 8.245\91= Art. 35. Salvo expressa disposição contratual em contrário, as benfeitorias necessárias introduzidas pelo locatário, ainda que não autorizadas pelo locador, bem como as úteis, desde que autorizadas, serão indenizáveis e permitem o exercício do direito de retenção.
- Leis Especiais
- Ou micro sistemas legais;
- Leis que servem para aumentar o Dirigismo Contratual do Estado = EX: lei nº 8.245\91 (lei de locações) e lei nº 8.078\90 (código de defesa do consumidor)
- EX: Garantia contratual (pode ser retirada) X Garantia legal (não pode ser afastada)
- Publicização dos Institutos
- O que antes era privado, é tornado público;
- Constitucionalização do Direito Privado
- EX: questões do C.C. “jogadas” dentro da C.F.
- EX: usucapião (previsto no C.C. e na C.F.)
- As questões podem ser levadas ao STJ;
Formação dos Contratos
- Art. 427, C.C. = Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
Introdução
- Como nasce um contrato;
- Processo de nascimento;
Tentativas \ Negociações Preliminares } 
- Não tem contrato jurídico;
- As partes estão se conhecendo;
- Aqui não há regra \ obrigação entre as partes;
- Existem exceções para isso;
- Caso tu cria expectativa na outra parte, de efetuar o negócio, e a outra parte tenha gastos, gera responsabilidade;
- São os contatos iniciais, mantidos entre as partes, a fim de se conhecerem melhor, bem como o objeto de uma possível negociação;
- Via de regra, não gera nenhum tipo de responsabilidade civil;
- Exceção = quando é ferido o princípio da boa-fé objetiva; Gerando responsabilidade contratual (AQUILIANA) - Art. 186 e 972 C.C. [= Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. E Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.] Gerando perdas e danos [ art. 402, C.C. = Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.] e danos emergentes e lucros cessantes;
- Art. 422, C.C. = Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.- Art. 427, C.C. = Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
- Art. 986, C.C. = Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
- Art. 402, C.C. = Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Proposta \ Oferta \ Policitação [ art. 427, C.C.]
- Vontade unilateral;
- Características da Propostas = 
- Vinculatividade 
- Irrevogabilidade
- Exceto Art. 428, C.C (coisas que afastam isso) = Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
É uma manifestação unilateral de vontade, séria e receptícia (é feita para alguém; art. 439, C.C. = Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. = oferta a público indeterminado);
- Sendo uma manifestação unilateral de vontade feita pelo POLICITANTE \ PROPONENTE \ OFERTANTE = É a pessoa que fez a oferta primeiro;
- Sendo uma manifestação unilateral de vontade feita para o OBLATO \ POLICITADO;
* Só que, caso tenha alguma alteração na proposta, feita pela pessoa do oblato, isso é chamado de contra proposta e dai o oblato vira o policitante e a pessoa que era o policitante originalmente, se torna o oblato dessa nova relação contratual; Sendo que, caso novamente se tenha alteração da proposta, o oblato dessa relação vira policitante e o policitante vira oblato… E assim por diante, a cada alteração da proposta (loop infinito até que fechem o contrato)
Aceitação
- Bilateralização das vontades;
- Fase de conclusão do negócio;
- Características
- Informalidade
- Via de regra, é uma aceitação informal;
- Podendo ser de qualquer forma (até aquele joinha vale)
- Tempestividade
- Não pode ser fora do prazo;
- Entre presentes = art. 428, I, C.C. = de imediato; no mesmo momento, Caso seja aceito no dia seguinte ou uma hora depois, equivale a uma contraproposta (dai o policitante vira oblato e o oblato vira policitante, e assim por diante a cada alteração da proposta) = Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
- Art. 431, C.C. = Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
- Adesão Integral
- É tu aceitar ou não;
- Caso tu faça qualquer alteração, vira uma contraproposta;
C.C. = Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
- Contrato entre ausentes
- EX: VENDEDOR envia a carta no dia 28\08, COMPRADOR recebe a referida carta no dia 06\09, e no dia 10\09 o COMPRADOR expede a resposta, e no dia 18\09 o VENDEDOR recebe a resposta.
- Caso o POLICITANTE queira, pode impor prazo\ período para iniciar o contrato;
2 TEORIAS = 
EXPEDIÇÃO = Caput (é a regra)
RECEPÇÃO = Incisos (exceção)
Art. 434, C.C. = Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
Caso não seja previsto prazo, o contrato nasce da expedição da resposta;
Caso seja previsto, o contrato nasce na recepção da resposta;
Atr. 435, C.C. - o foro competente é no logar que foi feita a proposta= Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.
EX: a pessoa que propõe mora em Tubarão, e o outro mora em Florianópolis, o foro é Tubarão;
Classificação Contratual
Introdução
Quanto a Tipificação
- Ou, quanto a regulamentação legal;
- Típicos \ Nominados:
- É aquele nominado na lei;
- É aquele que tem previsão legal;
- Atípicos \ Inominados:
- Não são previstos no C.C.;
- Art. 425, C.C. - decorrentes da autonomia das vontades = Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código
- Dai tu vai atrás do tipo de contrato que é mais semelhante ao teu, e usa as previsões legais que são adequadas;
- Mistos:
- Mais de um tipo de contrato;
- Mais de um tipo de contrato típico;
Quanto ao Momento da Perfectibilização
- Consensuais:
- Diz que, para existir juridicamente, basta ter o acordo de vontades;
- Reais:
- Aqueles que, para existir juridicamente, deve ter o acordo de vontades MAIS a tradição (no sentido de entrega); EX: EMPRÉSTIMO:
- EX: tu faz um Comodato = art. 579, C.C. - bem infungível é o bem que tu empresta, mas vai ser devolvido = Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
- EX: tu faz um Mútuo = art. 586, C.C. - podendo ser gratuito (empréstimo entre familiar, sem juros; OU oneroso, sendo um empréstimo com juros) ; Sendo que aqui, tu não vai receber o mesmo bem, e sim algo que corresponda ao valor dele, geralmente; = Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
Quanto a Forma
- Informal \ Não Solene:
- Não exige documentação;
- Pode ser oral; 
- Podendo ser tácito;
- Formal \ Solene:
- Exige alguma documentação; 
EX: Fiança, Doação, Seguro, art. 108, C.C. - escritura pública = Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Quanto aos Efeitos
- Unilaterais:
- São contratos que estipulam apenas deveres á uma parte, e apenas direitos a outra;
EX: Doação Simples = Doador (deveres) => Donatário (direitos)
- Bilaterais:
- São contratos onde ambas as partes têm direitos e deveres;
- Sinalagmáticos = acordo que faz lei entre as partes;
- Exceptio Non Adimpleti Contractus = possibilidade de o devedor escusar-se da prestação da obrigação contratual, por não ter o outro contratante cumprido com aquilo que lhe competia;
- Art. 476, C.C. = Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Quanto às Vantagens
- Onerosos:
- Onde o vendedor recebe algo ($) e perde seu bem, e o comprador perde algo ($) e aumenta seu patrimônio;
EX: Compra e venda = vantagens e desvantagens para ambas as partes; 
- Gratuitos \ Benéficos:
- Onde o doador perde seu bem, e o donatário ganha algum patrimônio;
EX: Doação = vantagem para um, e desvantagem para outra pessoa;
	18\02\2017 - Início do contrato de locação;
18\09\2017 - Final do contrato de locação;
Dai em diante, é considerado prazo indeterminado;
Locação = ONEROSO
Fiança = GRATUITO
Contratos gratuitos \ benéficos, onde a fiança é um acessório do contrato de locação, os acessórios seguem o principal; Dai caso o contrato de locação se estenda, o cara continua sendo o fiador; 
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admiteinterpretação extensiva.
Quanto a Formação
- Adesão:
- Quando uma das partes pré elabora, e a outra apenas aceita o contrato;
- Pré disponente = quem dá a proposta já pronta - geralmente é o fornecedor (= art. 2º e 3º C.D.C. = Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
* FORNECEDOR É QUEM FAZ O “NEGÓCIO” COM HABITUALIDADE;
 Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.) 
- Aderente = quem vai aderir a proposta pronta - geralmente é o consumidor;
- AQUI NÃO HÁ CONTRAPROPOSTA;
- NÃO TEM FASE DE TRATATIVAS - geralmente, na maioria das vezes, é uma relação de consumo, MAS a outra parte nem sempre é um FORNECEDOR;
- Art. 54 C.D.C. = Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. 
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato.
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior.
§ 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.
§ 5° (Vetado)
= PARA DESCARACTERIZAR A ADESÃO, DEVE SER UMA MUDANÇA SIGNIFICATIVA;
- Paritários:
- Aqui, tem discussão das cláusulas do contrato;
- As partes constroem juntas o documento;
- Pacta Sunt Servanda = o acordo deve ser cumprido\mantido; 
- Tem maior obrigatoriedade em razão de as próprias partes “montarem” o contrato;
- Art. 47 C.D.C. = Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
- Art. 423 e 424 C.C. = Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
	EX 1:
Mutuante => Banco => direito
Mutuário => Consumidor => dever
Oneroso
Unilateral
Contrato Real = onde o contrato se realiza quando o $ está na mão do consumidor (assim, quando o banco dá o $ para a pessoa, o contrato ainda não era considerado “existênte”) e então o consumidor tem o dever de restituir $ e o banco tem o direito de receber; 
EX 2: 
Comodante => direito de receber o bem
Comodatário = > direito de entregar o bem
Gratuito
Unilateral
Contrato Real (mesma coisa ali de cima)
Quanto a Dependência
- Principais:
- É aquela que não depende de outra para existir;
- Que não necessita de outro negócio para existir;
- Acessórios:
- É aquele que precisa de outro para existir;
EX: fiança;
* O acessório segue o principal;
Quanto ao Tempo de Execução
- Trato Sucessivo \ Continuados:
- Contratos que se prolongam no tempo, renovando-se a cada mês;
EX: locação; prestação de serviços;
- Diferidos:
- Contratos que se prolongam no tempo, MAS apenas 1 das obrigações fica para ser cumprida ao final; 
EX: tu vai na concessionária e compra um carro, dai tu paga ele, SÓ QUE o carro só chega de fato na tua mão, no mês que vem;
	Art. 478, C.C. = Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
= Prescrição = 5 anos!!
Trato Sucessivo = A prescrição se dá de prestação em prestação = se dá a partir da parcela que não foi paga;
Diferida = mesmo prazo prescricional, mas desde a data do contrato; EX: prestação vencida em 04\09\2017 pode ser cobrada até 04\09\2022
- Imediatos:
- Nasce e se extingue em um único ato;
- Art. 478, C.D.C = 
Quanto a Equivalência entre as Prestações
- Comulativos:
- Contratos que se exige uma equivalência entre as prestações, ainda que subjetiva;
- Aleatórios:
- Contratos em que existe “Alea Jacta Esta” = a sorte está lançada =, onde tem incerteza de que uma das prestações vá acontecer;
EX: seguro de carro; “fezinha” em apostas da mega sena e tal;
Contrato acidental = art. 458, CC. = Assume o risco de pagar e nada receber; “Emptio Spei” = venda de esperança; Risco quanto a coisa; = Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Contrato natural = art. 459, C.C. =Recebe algo de toda forma, ou o que era para receber, ou recebe uma indenização; “Emptio Rei Speratae” = venda de coisa esperada; Risco quanto a quantidade da coisa; = Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
- Art. 458 a 461, C.C. = Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
Vícios Redibitórios no Código Civil
Introdução
- É o defeito que existe na coisa que tu comprou;
- É a garantia legal da boa funcionalidade dos itens comprados de outra pessoa;
- Princípio da garantia;
- Garantia de funcionamento contra vícios;
- O vício, ou torna menor o valor da coisa, ou tornainutilizável;
- Art. 441 C.C. = conceito = Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.		Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
- Contratos Comulativos
	Consumidor ---------------------------- Concessionária ---------------------------------- Fábrica
Entre Consumidor e Concessionária = a relação é de consumo - compra para uso - C.D.C. - prática de venda habitual pelo fornecedor;
Entre Concessionária e Fábrica = a delação é de direito comum - C.C. ;
Requisitos (art. 441, 	C.C.)
- Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
- Vício Oculto = 
- Oculto = de difícil percepção; que necessita de certa condição de uso para aparentar o vício; 
- Homem médio - pessoa sem conhecimento especial;
* Vício aparente = também pode ser acobertado\protegido;
- Contrato Comutativo \ Oneroso = 
- Comutativo = o preço vale a “coisa”; é equiparado; EX: compra e venda;
- Contratos aleatórios\gratuitos não são protegidos; - Art. 552, C.C. = Art. 552. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às conseqüências da evicção ou do vício redibitório. Nas doações para casamento com certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo convenção em contrário.
- Vício anterior a tradição = 
- O vício deve ser anterior a entrega do bem;
- Observa-se se o vício já existia ou se passou a existir depois da venda;
- Vício Grave = 
- Princípio da Conservação dos Contratos;
Efeitos e Ações (art. 442, 443, C.C.)
Efeitos = Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
- Redibindo = 	Rescisão (extinção, desfaz o contrato)
- Abatimento do preço;
- No C.C. não há previsão de substituir o bem;
* Perdas e danos = art. 402, C.C. e art. 443, C.C. = Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.; Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
- Deve provar a má-fé para ter perdas e danos;
- Requisitos para perdas e danos = má-fé e prova do prejuízo;
Ações = Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
- Ação Redibitória;
- Ação de rescisão = devolução da coisa;
- Pedido de Rescisão;
- Ação Estimatória (Quanti Minoris)
↗↘- Ação de abatimento;
- Pedido de abatimento;
Prazos (art. 445, C.C.)
- Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
- Adquirente = não só em relação de compra e venda; 
- Prazo decadencial = perda de direito material;
	
	Art. 455, caput
	Art. 455, §1º
	-> Móvel
Coisa ↗
Coisa ↘
Imóvel
	= 30 dias;
= 1 ano;
	= 180 dias;
= 1 ano;
	Dies a Quo = quando começa a correr o prazo
	= Tradição;
	= Ciência do vício;
	Natureza Jurídica
	= Decadencial
	= Decadencial
= 1ª Teoria = Análise da Interpretação Literal:
Caput = em situações normais;
§1º = precisa de uma situação especial;
= 2ª Teoria = Análise da Interpretação Complementar:
Por essa teoria, o §1º deve ser lido necessariamente, em conjunto com o caput; Dai que a partir da tradição, iniciam-se os prazos do §1º, para o surgimento do vício, ou seja, 180 dias para as coisas móveis e ano para coisas imóveis; A partir desse surgimento, aplicam-se os prazos do caput, isto é, 30 dias se coisas móveis e 1 ano para coisas imóveis para a propositura da ação;
= 3ª Teoria = Análise do Vício Aparente:
O caput se aplica aos vícios aparentes, e o §1º, aos vícios ocultos;
É a mesmos utilizada;
	EX: art. 455, final = “se já está na posse….”
Tu é locatário do apto pelo período de 1 ano, dai decide comprar, dai abre o prazo de 6 meses para propor ação, sendo que, se der problema no apartamento no período de 8 meses após a compra, o prazo já “caducou”
Garantia Contratual (art. 446, C.C.)
- Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência.
	EX: 
Tu compra um carro, com Garantia Contratual e Garantia Legal, dai com 60 dias de uso, ele dá defeito, e tens 30 dias para propor a ação, sendo que depois desse prazo, “caduca”; Só que teria acabado a garantia contratual, e ainda teria a garantia legal de mais 30 dias; ou seja, tens até 120 dias para propor a ação;
Tradição = 60 dias dá defeito => 90 dias “caduca” => 120 dias
Outras Questões
- Prazo para propor Perdas e Danos = 
- Não é o mesmo prazo para rescisão e abatimento;
- É o prazo prescricional, art. 206, §3º, V = Prazo de 3 anos;
- Renúncia a garantias e Vícios Redibitórios = 
- Art. 448, C.C. = Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção (perda da posse do bem via determinação judicial).
- Dai, em virtude da autonomia da vontade, pode renunciar;
- Relacionado a Itens comprados em Leilão = 
- Tem garantia contra vícios;
- Diferenças =
- Vício ≠ Erro ≠ Dolo ≠ Inadimplemento;
Erro = Possibilidade de anular o negócio = equiparado ao pedido de rescisão;
Pedidos diferentes;
Possibilidade de 4 anos para anular = art. 178, C.C. = Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Inadimplemento = é o não cumprimento dos contratos= via de regra, tem prazo de 5 anos (art. 206, C.C.) = Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.
Dai tem a resolução (efeito) = gerando perdas e danos;
- Vícios no C.D.C. = Lei nº 8.078 - 90
Relação de Consumo: 
- Relação entre consumidor + fornecedor
- Consumidor
- Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
- Teoria Finalista
- Interpretação restritiva do conceito de consumidor;
- Teoria Maximalista
- Art. 17 CDC. interpretação extensiva;
= Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
- Fornecedor
- Art. 3º C.D.C. = Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
- Súmula 297, STJ = O Código de Defesa do Consumidor é aplicável as instituições financeiras.
Modalidades de Vício
- Vícios de qualidade;
- Vícios de quantidade; EX: dizer que to vendendo um peso e na verdade é outro;
- Vícios de informação; EX: é o produto certo, mas a informação tá errada; 
- Art. 18 ao 20, C.D.C. = 
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor.
§ 6° São impróprios ao uso e consumo:
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação;
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam.
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - o abatimento proporcional do preço;
II - complementação do peso ou medida;
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios;
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior.
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.
Requisitos
- Relação de Consumo;
- Vício Oculto ou aparente;
- Existência de Remuneração; - aqui entra a remuneração indireta, EX: compre isso e leve aquilo, estacionamento grátis de mercado; = Súmula 130, STJ = A empresa Responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento.
- Anterioridade do vício ao momento da tradição; = EX: art. 12, §3º, IV = Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar: III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
- Vício de qualquer gravidade;
Efeitos
- Art. 18, §1º, I, II, III, C.D.C. = caso o vício não seja sanado, depois de 30 dias, abre a possibilidade de substituir, restituir ou abater o preço;
- Irrelevante a má-fé do fornecedor para pedir as perdas e danos, devendo provar que teve danos emergentes e\ou lucros cessantes;
Responsabilidade Civil
- Responsabilidade Civil:
- objetiva: e
- É a regra do C.D.C. = não depende da prova da culpa do fornecedor;
- subjetiva:
- É a regra do C.C. = depende de prova de culpa;
- Teoria da perda de uma chance;
- Art. 186 e 927, C.C. = Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
- Requisitos (para ambos):
- Dano;
- Ação ou Omissão;
- Nexo de Causalidade; = ELO ENTRE AÇÃO\OMISSÃO E DANO;
- Culpa (Lato Sensu) - Dolo = apenas para C.C.
	 (Stricto Sensu) - Negligência \ Imprudência \ Imperícia = apenas para o C.C.
- Solidariedade:
- Todos os fornecedores respondem solidariamente;
Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da lide.
Prazos
- Art. 18, c\c art. 26, e art. 27, C.D.C. = Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas asvariações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor.
§ 6° São impróprios ao uso e consumo:
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação;
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam.
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
II - (Vetado).
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
	Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
Parágrafo único. (Vetado).
	xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
	Art. 26, C.D.C.
	Art. 18, §2º, C.D.C.
	xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
	Vício Aparente
	Vício Oculto
	Bens Duráveis
	prazo de 90 dias
	
	Bens Não Duráveis
	prazo de 30 dias
	
	Dies a Quo
	A partir da tradição
	A partir da ciência
	Natureza Jurídica
	prazo DECADENCIAL
	prazo DECADENCIAL
- Art. 26, §2º, II, C.D.C. = denúncia no PROCON não para a decadência;
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
II - (Vetado).
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
- Obsta = 
-> Suspensão = mais adotada = para o prazo, dai depois volta de onde parou;
-> Interrupção = para o prazo, dai depois reinicia o prazo de novo;
- O prazo para perdas e danos é de 5 anos;
- Evicção
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente.
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.
Art. 456. REVOGADO
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
Conceito
- É a perda da posse ou propriedade total ou parcial de um bem adquirido onerosamente em virtude de uma decisão judicial transitada em julgado ou ato administrativo que atribui a 3º um direito melhor sobre o bem adquirido;
Partes
- “Vincere” = vencer uma das partes
- “Evictor” = vencedor = quem ganhou = autor
- “Evicto” = vencido = quem perdeu = réu \ denunciante
- “Alienante” = quem é Co Réu - Denunciado
Requisitos
- Contrato Oneroso = exclui o gratuito - art. 552, C.C. = Art. 552. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às conseqüências da evicção ou do vício redibitório. Nas doações para casamento com certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo convenção em contrário.
- Perda total ou parcial do bem;
- Decisão Judicial Transitada em julgado \ ato administrativo;
- Anterioridade do direito do evictor;
Denunciação à Lide (art. 125, I, C.P.C.)
	Réu \ Comprador \ Denunciante ->
	
A --------------
	----Contrato de Compra e Venda com -----
	
B
	
←---Vendedor \ Denunciado
	
	|
	
	 |
	
	
	| --------
	------------------
	--- > Ação Judicial |
	
	
	C (Autor \ Evictor)
	
	
	
- “A” compra um terreno de “B”, mas esse terreno já pertencia a “C”, dai C entra com uma ação contra A e dai A pode denunciar B e chama-lo para o processo;
- A denunciação não é obrigatória enquanto a ação de C e A vai prosseguindo, mas começa a ter prazo quando tem trânsito em julgado;
- Aqui o autor da ação já chama a pessoa responsável por sua perda;
Exclusão de responsabilidade = Art. 448, C.C. = “Cláusula Non Praestanda Evictione”
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
- Cláusula e não prestação \ não garantia de evicção; é uma cláusula mais benéfica para o vendedor; 
- Responsabilidade total - ausência de cláusula \ se não tem a cláusula = art. 450 + art. 402 = Art. 450. Salvo estipulação em contrário,tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
- Responsabilidade parcial - cláusula - ciência específica do risco e assunção do risco = caso só tenha a cláusula = dai gera responsabilidade de apenas o preço pago, dai aqui não vai gerar responsabilidade sobre as perdas e danos;
- Ausência \ Exclusão de responsabilidade - cláusula + ciência específica do risco + assunção do risco = aqui tem a cláusula, tem a ciência de que tem risco de perder o bem, e mesmo assim assume o risco = dai não gera responsabilidade por nada; CHAMADO DE CONTRATO ALEATÓRIO.
Indenização (art. 450, C.C.)
- Ao tempo que se evenceu = quando dá trânsito em julgado;
- Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
Evicção Parcial (art. 455, C.C.)
- Pedido possível = 	Rescisão;
			Abatimento proporcional;
- Art. 455, C.C. = Princípio da Conservação dos Contratos;
- Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.
Prazo (art. 199, III, C.C.)
- Art. 199. Não corre igualmente a prescrição: [...]
III - pendendo ação de evicção.
- Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
- MAJORITÁRIA = Art. 206. Prescreve:
§ 3o Em três anos:
V - a pretensão de reparação civil; 
- Revisão Judicial dos Contratos
Introdução (Pacta Sunt Servanda X Rebus Sic Stantibus)
- Pacta Sunt Servanda = teoria de que o contrato não pode ser revisado;
- Rebus Sic Stantibus = teoria de que o contrato pode ser revisado para restabelecer um equilíbrio entre os contratantes, para que o contrato volte a ser justo;
EX: Art. 19. Não havendo acordo, o locador ou locatário, após três anos de vigência do contrato ou do acordo anteriormente realizado, poderão pedir revisão judicial do aluguel, a fim de ajustá - lo ao preço de mercado. = LEI DE LOCAÇÃO = Nº 8.245 - 91
Objetivos
- Manter o vínculo contratual
- Restabelecer o equilíbrio contratual = deve ter algum desequilíbrio no contrato;
Causas Geradoras
- É sobre o fato que gera desequilíbrio;
Teorias
Concomitantes (antes do Contrato)
- O fato já esta escrito no contrato antes de sua assinatura;
- Lesão
- A teoria pode ser aplicada quando apresenta requisitos subjetivos e objetivos;
- Art. 157, C.C. = Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
- Requisitos Subjetivos:
- Caso de uma pessoa experiente na prática contratual;
- Caso de situação de urgência;
- Não precisa provar a má-fé;
- Pode ser um OU outro;
- Deve ter um objetivo e um subjetivo pelo menos;
- Requisitos Objetivos:
- EX: lei 1.521 - 51 = crimes contra a economia popular;
- Disparidade entre preço e objeto recebido;
- Cláusulas Abusivas
- Previsto só no C.D.C.;
- No C.C. - art. 122 = cláusulas potestativas; 
- Art. 51, C.D.C. - nulidade = efeito retroativo; = pode ser reconhecida de ofício pelo juiz;
ROL EXEMPLIFICATIVO - ROL NÃO TAXATIVO - Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código;
III - transfiram responsabilidades a terceiros;
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
V - (Vetado);
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o consumidor;
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor;
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias.
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:
I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence;
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;
III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
§ 3° (Vetado).
§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto neste código ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes.
- Art. 167 e 171 C.C. = Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável onegócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
- Súmula 381 STJ = Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.
- Prescrição da nulidade = 
	- 1ª Teoria = pode rever a nulidade desde o início do contrato;
	- 2ª Teoria = Só pode rever no prazo de 10 anos do art. 205 C.C. = Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
	- 3ª Teoria = prazo máximo de 5 anos - art. 27 C.D.C. = Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
Parágrafo único. (Vetado).
Supervenientes (depois do Contrato)
- O fato não esta escrito no contrato;
- Imprevisão
- OU Teoria da Onerosidade Excessiva;
- Art. 478, C.C. = Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
- REQUISITOS: (* requisitos que devem estar presentes)
*- Contrato de duração média ou longa;
*- Causa externa \ alheia a vontade das partes;
*- Imprevisibilidade do fator externo; = STJ = Para eles, é entendido como imprevisível as consequências do fato;
*- Prejuízo excessivo para uma das partes;
- Lucro excessivo para uma das partes;
- Quebra da Base Objetiva
- Art. 6º, V, C.D.C. = Art. 6º São direitos básicos do consumidor: [...] V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
- Pressuposto de ser uma relação de consumo;
- REQUISITOS:
- Contrato de duração média ou longa;
- Causa externa \ alheia a vontade das partes
- Fato superveniente;
- Prejuízo excessivo para o consumidor
		- Compra e Venda
Conceito e eficácia
CONCEITO - Art. 481, C.C. = Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
COMPRADOR ------------------------- VENDEDOR
EFICÁCIA - Obrigacional = obriga a parte a transferir;
- Transferência = Imóvel é com o registro e Móvel é com a tradição;
- “Res Perit Domino” = A coisa perece por conta do dono = art. 492, C.C. = Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador.
§ 1o Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes no ato de contar, marcar ou assinalar coisas, que comumente se recebem, contando, pesando, medindo ou assinalando, e que já tiverem sido postas à disposição do comprador, correrão por conta deste.
§ 2o Correrão também por conta do comprador os riscos das referidas coisas, se estiver em mora de as receber, quando postas à sua disposição no tempo, lugar e pelo modo ajustados.
Natureza Jurídica
- Contrato típico;
- Contrato bilateral;
- Contrato consensual;
- Contrato informal (via de regra)+ pode ser art. 128, C.C. = Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé
- Contrato de execução imediata e diferida;
- Contrato oneroso;
- Contrato comutativo e aleatório;
- Contrato de Adesão ou paritário;
- Contrato principal;
Elementar
- Preço; = art. 482 a 495, C.C. 
- Coisa; = art. 482 a 495, C.C. 
- Consentimento; = art. 104, C.C. = Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
= art. 482 a 495, C.C. = Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço.
Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficará sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de concluir contrato aleatório.
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.
Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa.
Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado dia e lugar.
Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de objetiva determinação.
Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor.
Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o termo médio.
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.
Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço.
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador.
§ 1o Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes no ato de contar, marcar ou assinalar coisas, que comumente se recebem, contando, pesando, medindo ou assinalando, e que já tiverem sido postas à disposição do comprador, correrão por conta deste.
§ 2o Correrão também por conta do comprador os riscos das referidas coisas, se estiver em mora de as receber, quando postas à sua disposição no tempo, lugar e pelo modo ajustados.
Art. 493. A tradição da coisa vendida, na falta de estipulação expressa, dar-se-á no lugar onde ela se encontrava, ao tempo da venda.
Art. 494. Se a coisa for expedida para lugar diverso, por ordem do comprador, por sua conta correrão os riscos, uma vez entregue a quem haja de transportá-la, salvo se das instruções dele se afastar o vendedor.
Art. 495. Não obstante o prazo ajustado para o pagamento, se antes da tradição o comprador cair em insolvência, poderá o vendedor sobrestar na entrega da coisa, até que o comprador lhe dê caução de pagar no tempo ajustado.
Situações Especiais
- Venda de Ascendente para Descendente
- art. 496, C.C. = proíbe a venda de ascendente para descendente para evitar simulação; para evitar o mau uso da regra; - O alcance da norma é ilimitado;
= Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
P.Ú. = Regime de bens = legitimidade da esposa\marido
- Se casado em regime de separação de bens, não precisa de consentimento do cônjuge;
- Separação de bens 	= Voluntária = Pacto Antenupcial = precisa do aceite;
			= Obrigatória = um dos cônjuges tem 70 anos ou mais = não precisa do aceite;
TEORIAS SOBRE - Dispensa ou não da venda

Outros materiais