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8 Avaliacao da Educacao e da Aprendizagem

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AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO
 E DA APRENDIZAGEM
APRESENTAÇÃO. 
 
As instituições de ensino superior são a ponte para que o indivíduo consiga 
melhor se qualificar para o mercado de trabalho e, consequentemente, ter a 
ascensão social tão desejada e difundida pelo sistema capitalista. 
Para que o indivíduo possa desenvolver as suas habilidades, torna-se 
necessário dar continuidade aos estudos, frequentando um curso de nível superior 
nas diversas áreas existentes. Ao optar pelo curso de sua preferência é necessário 
que o aluno tenha em mente que estará entrando para um universo diferente da 
educação recebida no Ensino Básico e que seu esforço pessoal é indispensável 
para o seu sucesso, principalmente nos cursos à distância e semipresenciais. 
Esse processo envolve realizar todas as atividades solicitadas no seu curso, a 
capacidade de ser autodidata e de buscar outras fontes de conhecimento. O objetivo 
maior deste esforço é melhorar as suas habilidades e, assim, o desempenho para o 
mercado de trabalho. Sabemos que esporadicamente esse mercado é afetado pelas 
crises econômicas, políticas e sociais e quem possui o maior grau de conhecimento 
específico e generalizado consegue suportar melhor essas variações. 
Como esse processo não é apenas econômico e político, mas principalmente 
social, cabe a cada um de nós fazer a sua parte através da dedicação à profissão, à 
educação continuada, ao desenvolvimento da ética e da cidadania em no nosso dia 
a dia, entre outras ações. Segundo Voltaire, “a Educação é uma descoberta 
progressiva de nossa própria ignorância”, assim ao dar a nossa contribuição para o 
nosso próprio desenvolvimento, estamos levando adiante um anseio antigo, o de 
criar um país mais justo e menos desigual. Felicitamos a todas as pessoas que dão 
continuidade aos estudos ou que tem a iniciativa de voltar aos mesmos, fonte de 
desenvolvimento pessoal e profissional. 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 5 
UNIDADE I: CONCEITOS E PROPÓSITOS DA AVALIAÇÃO......................................... 6 
1.1. CONCEITO DE AVALIAÇÃO........................................................................................ 6 
1.1.1. Algumas definições de avaliação............................................................................... 7 
1.2. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL...................................................................................... 8 
1.2.1. O ato de avaliar............................................................................................................ 9 
1.2.2. Conceito de medir, testar e avaliar............................................................................. 10 
1.3. OS PROPÓSITOS DA AVALIAÇÃO............................................................................. 12 
TESTE DE CONHECIMENTOS – UNIDADE I....................................................................... 15 
UNIDADE II - PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO......................................................... 19 
2.1. INSTRUMENTOS INFORMAIS PARA LEVANTAMENTO DE DADOS......................... 19 
2.2. INSTRUMENTOS FORMAIS PARA LEVANTAMENTO DE DADOS............................. 21 
2.2.1. Prova escrita dissertativa.............................................................................................. 21 
2.2.2. Prova escrita de questões objetivas............................................................................. 24 
2.2.2.1. Questões de Verdadeiro ou Falso (V ou F)............................................................... 25 
2.2.2.2. Questões de múltipla escolha.................................................................................... 25 
2.3. TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM...................... 26 
TESTE DE CONHECIMENTOS – UNIDADE II.......................................................................... 27 
UNIDADE III - VERIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM............................ 31 
3.1. VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM............................................................................... 31 
3.1.1. Verificação informativa.................................................................................................. 32 
3.1.2. Verificação de continuidade......................................................................................... 32 
3.1.3. Verificação propriamente dita....................................................................................... 32 
3.1.4. Verificação de acompanhamento.................................................................................. 32 
3.2. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM.................................................................................. 33 
3.2.1. Avaliação informativa.................................................................................................... 35 
3.2.2. Avaliação de continuidade............................................................................................ 35 
TESTE DE CONHECIMENTOS – UNIDADE III......................................................................... 37 
UNIDADE IV: AVALIAÇÃO EDUCACIONAL ESCOLAR E PRÁTICA 
ESCOLAR.................................................................................................................................... 
 
41 
4.1. O CONCEITO DE AVALIAÇÃO ESCOLAR........................................................................ 41 
4.2. A AVALIAÇÃO NA PRÁTICA ESCOLAR........................................................................... 42 
4.2.1. Principais características da avaliação escolar............................................................ 44 
4.2.1.2. Se ele leva a refletir sobre a tríade: objetivo – conteúdo – método......................... 44 
4.2.1.3. Se ele leva à revisão do plano de ensino................................................................... 45 
4.2.1.4. Se ele leva ao desenvolvimento de capacidades e habilidades.............................. 45 
4.2.1.5. Se ele apresentar objetividade.................................................................................... 45 
4.2.1.5. Se ele cria possibilidade para medir a autopercepção do professor...................... 46 
4.2.1.6. Se ele demonstra os valores e expectativas do professor em relação aos 
alunos........................................................................................................................................ 
 
46 
TESTE DE CONHECIMENTOS – UNIDADE IV......................................................................... 47 
UNIDADE V: MODALIDADES DE AVALIAÇÃO.................................................................. 51 
5.1. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA............................................................................................... 51 
5.2. AVALIAÇÃO FORMATIVA.................................................................................................. 53 
5.3. AVALIAÇÃO SOMATIVA.................................................................................................... 54 
5.4. AVALIAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA................................................................ 55 
TESTE DE CONHECIMENTOS – UNIDADE V........................................................................... 57 
UNIDADE VI - A AVALIAÇÃO NA LEI DAS DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO 
NACIONAL................................................................................................................................. 
 
62 
6.1. HISTÓRICO.......................................................................................................................... 62 
6.2. A AVALIAÇÃO NA LDB...................................................................................................... 64 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................67 
APÊNDICE A - GABARITOS DAS UNIDADES.................................................................... 69 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO. 
 
O processo de avaliação escolar sempre foi muito discutido devido à sua 
complexidade, constituindo-se em um dos grandes problemas da prática 
pedagógica. Esse processo envolve um número considerável de pessoas como, por 
exemplo, os professores, os alunos, os pais, a direção das escolas, os pedagogos, 
entre outros; e de situações como, o momento exato de avaliar, o instrumento 
correto para avaliar, conhecimento anterior do aluno, aptidão do aluno, o equilíbrio 
no julgamento etc. 
Batista, Gurgel e Soares (2006) esclarecem, também, sobre a complexidade 
do processo avaliativo ao comentarem que a avaliação ao longo da história tem 
demonstrado não seguir normas rígidas e nem padrões pré-determinados, estando 
condicionado pelo contexto e determinado por fatores pedagógicos, sociais, 
econômico e políticos, além do histórico. 
Dessa forma temos, por um lado, a figura do professor, que é o agente 
responsável pela avaliação e, do outro, o aluno, que é o receptor do processo 
avaliativo. Para o primeiro, a grande dificuldade que possui é verificar o 
aproveitamento escolar de cada aluno, decidindo se está apto ou não para seguir 
em frente; e para o aluno é ter um processo de avaliação justo e que realmente o 
ajude a vencer suas limitações. 
A avaliação pode trazer consequências danosas para a Educação, pois pode 
aumentar os índices de repetência e de evasão escolar. Desse modo, o processo 
avaliativo deve ser muito bem pensado, buscando esclarecer sobre o seu papel na 
instituição de ensino e quais os instrumentos e meios necessário para que ocorra de 
forma justa, coerente e equilibrada. 
 
 
4 
 
 
NIDADE I: CONCEITOS E 
PROPÓSITOS DA AVALIAÇÃO. 
 
 
 
1.1. CONCEITO DE AVALIAÇÃO. 
 
O conceito de avaliação sempre remete aos termos: fazer provas, testes, ser ou 
não aprovado, passar por um exame, fazer um concurso, entre outros. Esta ligação 
acontece muito no ambiente escolar, consequência de uma visão tradicional do 
trabalho pedagógico, onde a educação se restringe a passar informações e ao aluno 
cabe apenas memorizar, tornando-se um mero receptor do conhecimento. 
 Em uma visão pedagógica moderna, dentro da psicologia, a educação é vista 
como um todo, a partir das várias experiências vivenciadas, baseadas no 
desenvolvimento motor, cognitivo, social e afetivo do aluno. Na sequência dessas 
experiências, utilizam-se métodos e técnicas para ativar e mobilizar os esquemas 
mentais operatórios de assimilação. Desta forma, o aluno deixa de ser um simples 
interlocutor e passa ter um papel expressivo na construção do seu próprio 
conhecimento. 
Dentro dessa concepção, em que educar rompe as barreiras de apenas 
passar o conhecimento, a avaliação torna-se mais abrangente, não se limitando 
apenas a atribuir uma nota ou um conceito. Amplia-se no sentido de verificar se os 
objetivos propostos são alcançados pelos alunos durante o processo de ensino-
aprendizagem, sendo que estes objetivos referem-se às mudanças e à aquisição de 
comportamentos motores, cognitivos, afetivos e sociais. Como o processo de 
ensino-aprendizagem consiste em realizar estes objetivos, a avaliação 
paralelamente corre no sentido de verificar se eles são atingidos e se contribuem 
com o aluno na aquisição do conhecimento. Com esta visão, a avaliação assume um 
caráter orientador e permite que o aluno tenha ciência das suas dificuldades e dos 
seus progressos e prossiga no caminho do conhecimento. 
U 
5 
 
 
A eficiência da avaliação só ocorrerá se houver uma interação entre o 
educador e o educando, ambos caminhando na mesma direção e com os mesmos 
propósitos. 
 
1.1.1. Algumas definições de avaliação. 
Segundo Sarabbi (1971), 
A avaliação educativa é um processo complexo, começa com a formulação 
de objetivos e requer a elaboração de meios para obter evidência de 
resultados, interpretação destes resultados para saber em que medida 
foram os objetivos alcançados [...] (1971, p. 39). 
 
No entender do autor, antes de se elaborar uma avaliação, o professor deve 
questionar quais são os objetivos dessa avaliação, quais os instrumentos 
apropriados para elaborá-la, o que ela deve conter, como medir seus resultados e, 
por fim, verificar se os objetivos foram alcançados. Percebe-se que esse processo é 
bastante complexo e exige que o professor esteja preparado para conduzi-lo da 
forma mais eficiente possível. Bloom, Hasting e Madaus (1983), acrescentam que: 
O crescimento profissional do professor depende de sua habilidade em 
garantir evidências de avaliação, informações e materiais, a fim de 
constantemente melhorar seu ensino e a aprendizagem do aluno. Ainda, a 
avaliação pode servir como meio de controle de qualidade, para assegurar 
que cada ciclo de ensino-aprendizagem alcance resultados tão bons ou 
melhores que os anteriores (1983, p.75). 
 
Esses autores destacam a responsabilidade do professor em relação aos 
conhecimentos e preparação necessários para orientar, ensinar e avaliar os alunos 
dentro da nova visão pedagógica. Além disso, destaca que avaliação é um dos 
meios de medir a qualidade do conhecimento disponibilizado pelo professor e 
apreendido pelo aluno, o que permitirá que o aluno progrida de nível no processo 
ensino-aprendizagem. 
Thorndike e Hagen (1978) afirmam que: 
A avaliação, em educação, significa descrever algo em termos de atributos 
selecionados e julgar o grau de aceitabilidade do que foi descrito. O algo, 
que deve ser descrito e julgado, pode ser qualquer aspecto educacional, 
mas é tipicamente: (a) um programa escolar, (b) um procedimento curricular 
6 
 
 
ou (c) o comportamento de um indivíduo ou de um grupo (THORNDIKE & 
HAGEN, 1978). 
 
Na opinião desses autores, a avaliação envolve um tema e a descrição das 
características do mesmo, dentro de um parâmetro definido e claro do que se deseja 
e o que é minimamente aceitável em relação ao tema, envolvendo os currículos e os 
programas de ensino, que diz respeito à escola, e, também, ao comportamento do 
indivíduo ou do grupo. Complementando essa explicação, Bradfield e Moredock 
(1963, p. 34) comentam que a “Avaliação significa atribuir um valor a uma dimensão 
mensurável do comportamento em relação a um padrão de natureza social ou 
científica”, ou seja, para se medir o comportamento de um indivíduo, deve-se 
compará-lo com um comportamento adotado pela comunidade onde ele está 
inserido, considerado pelos sociólogos como padrão. 
Recorrendo novamente à análise de Bloom et ali (1986, p. 48), verificamos 
que ele acrescenta que a avaliação “[...] é a coleta sistemática de dados, por meio 
da qual se determinam as mudanças de comportamento do aluno e em que medida 
estas mudanças ocorrem”. Percebe, portanto, que se deve determinar o padrão 
comportamental padrão, verificar o comportamento do indivíduo, compará-lo ao do 
grupo (padrão), analisar os resultados no tempo, verificar suas mudanças e, por fim, 
atribuir valor a esse resultado. 
Nesse contexto, reafirmamos que avaliar é um processo complexo, que 
segundo Marques (1976, p. 26) é “[...] contínuo, sistemático, compreensivo, 
comparativo, cumulativo, informativo e global, que permite avaliar o conhecimento 
do aluno”. 
 
 
 
1.2. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL. 
 
 Dentro do cenário educacional e em diálogo com as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Básica (BRASIL/DCN-EB, 2012), observamos que estas 
apresentam três dimensões de avaliação: a avaliação da aprendizagem, a avaliação 
institucional e a avaliaçãoexterna, esta vista também como avaliação de redes de 
escolas ou avaliação em larga escala. 
7 
 
 
 A avaliação de aprendizagem é o juízo de valor que se faz a respeito dos 
dados recolhidos pela verificação realizada a respeito de um determinado fato. Essa 
avaliação será abordada com maior aprofundamento no capítulo três. 
 A avaliação institucional é realizada a partir da proposta pedagógica da 
escola, como os planos de trabalho e de ensino. São avaliados sistematicamente, de 
forma que a instituição possa analisar seus avanços e detectar aspectos que 
necessitam de reformulação. 
 A avaliação externa de escolas apresenta indicadores comparativos de 
desempenho que servirão de base para as futuras tomadas de decisão no âmbito 
escolar e nas esferas do sistema educacional. São exemplos de avaliação externa o 
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), o Sistema de Avaliação de Rendimento 
Escolar do Estado de São Paulo (SARESP) e o Sistema de Avaliação da Educação 
Básica (Saeb). 
 
1.2.1. O ato de avaliar. 
 Em linha geral, a avaliação coleta e analisa dados para verificar se os 
objetivos propostos foram alcançados. Dentro do espaço escolar, acontece em 
vários níveis, sendo os principais o do processo de ensino-aprendizagem, do 
currículo e o do funcionamento da escola. 
 O aluno quando é avaliado, de certa forma, o professor também o é, pois 
avaliar o que o aluno aprendeu é avaliar aquilo que o professor conseguiu ensinar. 
Em face dos avanços e dificuldades dos alunos, por meio da avaliação, o professor 
tem condições de retomar e redirecionar seu trabalho e contribuir para a melhoria da 
qualidade da aprendizagem e do ensino. 
 A avaliação apresenta os seguintes princípios básicos: 
i. É um processo contínuo e sistemático; 
ii. Tem caráter funcional, pois é realizada em função dos objetivos propostos; 
iii. Orienta o aluno e indica suas dificuldades e avanços; 
iv. Orienta o professor, auxiliando-o no planejamento do seu trabalho. 
v. Tem uma visão integral, não considera o aluno de forma fragmentada. 
vi. É um conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção 
pedagógica. 
vii. É um elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino. 
8 
 
 
Baseados nesses princípios básicos, os instrumentos de avaliação tendem a 
se ampliar e diversificar, tendo por objetivo: 
i. Avaliar conteúdos diferentes; 
ii. Avaliar o aluno de forma integral; 
iii. Avaliar diferentes habilidades; 
iv. Observar a transferência de aprendizagem em diferentes contextos. 
No Quadro 01 foi exposta a síntese das ideias que sustentam a noção de 
avaliação. 
 
 
QUADRO 01 - AVALIAÇÃO 
Conceito Quando ocorre? Finalidade Exigência 
É um instrumento, 
um elemento que: 
-Integra o ensino e 
a aprendizagem; 
-Ajusta a 
orientação 
pedagógica; 
-Serve de reflexão 
para o professor e 
o aluno; 
-Auxilia no 
crescimento 
pessoal de ambos. 
 
 
 
-É aplicada durante 
todo o processo de 
ensino e 
aprendizagem. 
-Considerar as 
diferentes 
capacidades; 
-Analisar diferentes 
conteúdos; 
-Verificar a 
transferência de 
aprendizagem em 
contextos 
diferentes; 
-Valorizar o aluno 
de forma integral. 
 
-Há exigência de planejamento 
sustentado por questionamentos 
do tipo: 
i. De que forma avaliar? 
ii. Quais instrumentos 
serão usados para 
avaliar? 
iii. Quais os critérios que 
serão utilizados? 
 
-Deve-se estabelecer critérios 
que oriente para a observação 
do que foi ensinado e aprendido; 
-Tracem diretrizes que 
considerem: 
i. O nível de conhecimento 
dos alunos; 
ii. As atividades e a 
programação de ensino 
e aprendizagem; 
iii. Reflitam as três 
dimensões do conteúdo. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
 
1.2.2. Conceito de medir, testar e avaliar. 
 O conceito de avaliar durante algum tempo foi empregado como sinônimo dos 
termos medir e testar, sendo esse emprego consequência da abordagem 
pedagógica adotada anteriormente na educação, portanto vista como um canal de 
transmissão e acumulação de conhecimentos já prontos. Assim, avaliar era 
confundido com medir, ou seja, media-se o que foi memorizado e retido. 
9 
 
 
 No início do século XX, mesmo com o aperfeiçoamento dos instrumentos de 
medida em educação e, consequentemente, na elaboração e aplicação de testes, o 
termo medir continuou a ser usado como sinônimo de avaliar. No entanto, diante de 
novas análises e abordagens, a avaliação vista como medida logo mostrou suas 
limitações, levando à conclusão que em educação nem todas as suas variáveis 
podem ser calculadas e medidas e que estes termos possuíam outras conotações. 
 Dentro dessa visão, medir implica em determinar a quantidade, a extensão ou 
o grau de algo, baseado em um sistema de unidades convencionais como, por 
exemplo, ocorre em nosso dia a dia ao usamos constantemente unidades de medida 
(metro, litro, quilo) e unidades de tempo (hora, minutos, segundos, meses, anos). O 
número é a expressão da medida, daí o seu aspecto objetivo e exato, sendo que a 
medida sempre se atenta à quantidade do fenômeno a ser descrito. O teste é um 
instrumento a mais entre as diversas formas de medir dado fenômeno, sendo que na 
educação, devido à sua objetividade e praticidade, é um dos recursos de medida 
mais utilizado. 
O vocábulo testar está diretamente ligado e submetido a uma experiência ou 
a um teste que visa verificar a desenvoltura de alguma coisa ou de alguém, por meio 
de situações estabelecidas – os testes. Estes são utilizados em larga escala na 
educação, porém o educador deve se atentar para o seu uso, pois no cenário 
escolar nem todos os resultados podem ser medidos e averiguados. Há 
determinados comportamentos e atitudes que não são quantificados através da 
escrita. 
 Avaliar é julgar ou fazer uma consideração sobre uma pessoa, grupo, 
fenômeno ou um objeto de acordo com uma escala de valores previamente definida. 
Para isso, torna-se necessário coletar dados quantitativos e qualitativos sobre as 
variáveis mencionadas e fazer a interpretação baseada na escala. É importante que 
a análise seja feita sob a ótica da avaliação, baseando-se nos resultados obtidos 
através dos testes e das medidas, pois avaliar envolve todo um processo 
interpretativo, que faz julgamentos baseados em padrões e medidas (enquanto que 
atribuir uma nota restringe-se apenas em descrever e mensurar um processo). 
 Para a educação, os termos medir e testar dão ênfase à aquisição de 
conhecimentos ou habilidades específicas. O termo avaliar é mais abrangente, pois 
se refere tanto aos conhecimentos adquiridos decorrentes da grade curricular, 
10 
 
 
quanto às habilidades, ao comportamento, ao interesse, aos hábitos de estudo e ao 
ajustamento pessoal e social do educando. 
 Diante do exposto, verifica-se que esses termos não são sinônimos, mas se 
complementam devido às suas amplitudes diferenciadas. Para melhor entendimento 
do assunto, citamos o seguinte exemplo: um professor quer verificar se os alunos 
estão atingindo os objetivos propostos para determinado componente curricular. 
Para isso, ele aplica em sua classe um teste de aproveitamento. Esse é um 
processo de testagem. Após a correção, atribui nota aos alunos, de acordo com o 
número de respostas certas. Dessa forma, ele está medindo. Mas o professor sabe 
que as notas isoladas pouco significam. Por isso, ele compara a nota atual de cada 
aluno com as anteriores. Verifica em que aspectos progrediu e quais as suas 
dificuldades em relação aos objetivos propostos. Faz um julgamento sobre o 
rendimento do aluno, considerando–o bom, regular ou insuficiente. Nesse caso, o 
professor está avaliando. 
 Nesse contexto,observamos que a avaliação faz um julgamento sobre os 
resultados, comparando o que o aluno alcançou com os objetivos pretendidos, o que 
é útil para orientar tanto o professor quanto o aluno, pois oferece ao primeiro 
elementos para que aperfeiçoe seus procedimentos e ao aluno informações para 
que melhore sua atuação. 
 
 
 
1.3. OS PROPÓSITOS DA AVALIAÇÃO. 
 
No processo de ensino-aprendizagem, o ato de avaliar é muito significativo e 
exerce uma forte influência em todo o contexto escolar, familiar e, especialmente, no 
próprio aluno, verificando o que o professor conseguiu ensinar e o que o aluno 
conseguiu aprender. Além da verificação da aprendizagem, a avaliação apresenta 
outros propósitos, sendo os principais: 
i. Identificar os alunos: no início do ano letivo, o professor deve fazer um 
levantamento do conhecimento prévio da turma sobre os assuntos que serão 
trabalhados, o que permitirá a ele analisar o que os alunos já conhecem; 
depois, deve elaborar o diagnóstico que o ajudar a perceber o que o aluno 
11 
 
 
aprendeu ao longo do período, especificando sua bagagem cognitiva. Ao 
fazer o nivelamento de conhecimento da turma, o professor amplia seus 
conhecimento à respeito de cada um deles; 
ii. Detectar as dificuldades de aprendizagem: através da avaliação o professor 
detecta as dificuldades que o aluno tem e tenta buscar suas causas, sendo 
essas dificuldades, normalmente, de natureza cognitiva, porque são 
originadas no processo ensino-aprendizagem. Com um trabalho pedagógico 
apropriado, elas podem ser superadas, uma vez que é de estrita competência 
do professor solucioná-las. O aluno pode apresentar problemas de ordem 
afetiva e emocional interferindo no seu processo de aprendizagem, os quais 
são podem ser consequência de conflitos ocorridos em casa, na escola e com 
os amigos. Cabe ao professor, no contexto escolar, fazer o máximo para 
amenizar a situação e, se não conseguir, procurar os pais para que 
encaminhe o filho a um profissional especializado; 
iii. Verificar se os objetivos propostos foram alcançados: o professor estabelece 
quais os conteúdos, habilidades e competências que os alunos devem 
adquirir e desenvolver, assim que iniciar o ano ou a cada novo capítulo, 
devendo avaliar sempre esses conhecimentos e habilidades durante as 
atividades. Mediante o resultado deles, professor e aluno saberão o que foi 
assimilado e o que precisa ser trabalhado. Se toda a turma apresentar um 
resultado satisfatório, o professor prossegue com o conteúdo curricular, mas 
se determinados alunos não conseguiram atingir os objetivos propostos, 
torna-se importante que o professor promova outras situações de 
aprendizagem para que eles tenham êxito. Nessa perspectiva e forma de 
avaliar, a avaliação é denominada de formativa; 
iv. Melhorar o processo de ensino-aprendizagem: os resultados obtidos pelos 
alunos estão diretamente ligados aos procedimentos utilizados pelo professor 
e à sua forma de ensinar. Mediante um resultado ruim, em alguma avaliação, 
é necessário que o professor repense na sua maneira de trabalhar e tente 
melhorar, pois esse resultado também reflete a forma como o professor 
trabalha, ou seja, é um meio de avaliar o trabalho realizado pelo professor; 
v. Promover o aluno: a educação escolar é sustentada por um sistema seriado, 
onde há a promoção do aluno de uma série, ciclo ou curso para outro 
12 
 
 
conforme seu aproveitamento e avanço, o que deve estar ser feito de acordo 
com a exigência curricular, sendo que quando tem a finalidade de atribuir uma 
nota ou um conceito ao aluno é denominada somativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
TESTE DE CONHECIMENTOS – UNIDADE I: 
 
01. A avaliação é ação comum no ambiente escolar, tendo seu conceito evoluído 
muito nos últimos anos. A diferença entre o conceito tradicional de avaliação e o 
atual é que: 
a) No atual, a educação se restringe a passar informações, cabendo ao aluno 
memorizá-las. 
b) No atual, a educação se formaliza através de testes e provas, únicos 
instrumentos disponíveis para medir o conhecimento do aluno. 
c) No atual, o aluno deixa de ser um simples interlocutor e passa ter um papel 
expressivo na construção do seu próprio conhecimento. 
d) Na atual, o aluno torna-se mero receptor do conhecimento. 
e) Na atual, o professor torna-se autodidata e repassador de informações. 
02. Todas as afirmativas abaixo são definições de avaliação, exceto: 
a) Processo complexo, que começa com a formulação de objetivos e requer a 
elaboração de meios para obter evidência de resultados e a interpretação 
destes resultados para saber em que medida os objetivos foram alcançados. 
b) A avaliação, em educação, significa descrever algo em termos de atributos 
selecionados e julgar o grau de aceitabilidade do que foi descrito. 
c) Processo contínuo, sistemático, compreensivo, comparativo, cumulativo, 
informativo e global, que permite avaliar o conhecimento do aluno. 
d) A avaliação pode servir como meio de controle de qualidade, para assegurar 
que cada ciclo de ensino-aprendizagem alcance resultados tão bons ou 
melhores que os anteriores. 
e) Avaliação é a coleta sistemática de dados, por meio da qual se determinam 
as mudanças de comportamento do aluno e em que medida estas mudanças 
ocorrem. 
03. Em relação às dimensões dadas à avaliação pelas Diretrizes Curriculares 
Nacionais, classificando-as em avaliação de aprendizagem, institucional e 
externa, marque (V) se a afirmativa for verdadeira e (F) se falsa. 
14 
 
 
a) ( ) A avaliação de aprendizagem é o juízo de valor que se faz a respeito dos 
dados recolhidos pela verificação realizada a respeito de um determinado 
fato. 
b) ( ) A avaliação de aprendizagem apresenta indicadores comparativos de 
desempenho que servirão de base para as futuras tomadas de decisão no 
âmbito escolar e nas esferas do sistema educacional. 
c) ( ) A avaliação externa de escolas apresenta indicadores comparativos de 
desempenho que servirão de base para as futuras tomadas de decisão no 
âmbito escolar e nas esferas do sistema educacional. 
d) ( ) A avaliação institucional é feita sistematicamente, de forma que a 
instituição possa analisar seus avanços e detectar aspectos que necessitam 
de reformulação. 
e) ( ) A avaliação de aprendizagem é realizada a partir da proposta 
pedagógica da escola, tendo como resultado os planos de trabalho e de 
ensino. 
 
04. Coleta e analisa dados para verificar se os objetivos propostos foram alcançados. 
Dentro do espaço escolar, acontece em vários níveis, sendo os principais o do 
processo de ensino-aprendizagem, do currículo e o do funcionamento da escola. 
Essa descrição diz respeito ao ato de: 
a) Avaliar. 
b) Testar. 
c) Descrever. 
d) Medir 
e) Nenhuma as alternativas anteriores. 
 
05. Analise as afirmativas abaixo e classifique-as como verdadeiras ou falsas. 
I – A avaliação é um processo contínuo e sistemático. V 
II – O teste orienta o aluno e indica as suas dificuldades e avanços. F 
III – A medição é um conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da 
intervenção pedagógica. F 
IV – A avaliação é um conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da 
intervenção pedagógica. V 
15 
 
 
V – A medição implica em determinar a quantidade, a extensão ou o grau de algo, 
baseado em um sistema de unidades convencionais v 
VI - Testar está diretamente ligado e submetido a uma experiência ou a um teste 
que visa verificar a desenvoltura de alguma coisa oude alguém, por meio de 
situações estabelecidas – os testes. v 
São corretas as opções: 
a) I, II, III e IV. 
b) I, II, IV e VI. 
c) II, IV, V e IV. 
d) III, IV, V e IV. 
e) I, IV, V e VI. 
 
06. São princípios da avaliação, exceto. 
a) Orientar o aluno e indicar suas dificuldades e avanços. 
b) Basear-se apenas em teste no processo de verificação da performance do 
aluno. 
c) Orientar o professor, auxiliando-o no planejamento do seu trabalho. 
d) Dar uma visão integral sobre o desenvolvimento do aluno, não o 
considerando de forma fragmentada. 
e) Ser realizada em função dos objetivos propostos 
 
07. Os instrumentos de avaliação, baseando em seus princípios básicos, tendem a 
se ampliar e diversificar, tendo por objetivo, exceto: 
a) Avaliar a formação do professor. 
b) Avaliar conteúdos diferentes. 
c) Avaliar o aluno de forma integral. 
d) Avaliar diferentes habilidades. 
e) Observar a transferência de aprendizagem em diferentes contextos. 
 
08. As alternativas abaixo explicam porque medir não pode ser usado como 
sinônimo de avaliar, exceto: 
a) Medir implica em determinar a quantidade, a extensão ou o grau de algo, 
baseado em um sistema de unidades convencionais. 
16 
 
 
b) O número é a expressão da medida, daí o seu aspecto objetivo e exato. 
c) A medida está voltada para mensurar a qualidade e quantidade do 
fenômeno a ser descrito. 
d) A medida sempre se atenta à quantidade do fenômeno a ser descrito. 
e) Em educação nem todas as variáveis podem ser calculadas e medidas. 
 
09. São propósitos da Avaliação, exceto: 
a) Detectar as dificuldades de aprendizagem. 
b) Verificar se os objetivos propostos foram alcançados. 
c) Analisar os conhecimentos que a turma possui sobre o assunto a ser 
trabalhado e elaborar o diagnóstico a respeito, o que permitirá promover o 
aluno de acordo com o seu conhecimento. 
d) Melhorar o processo de ensino-aprendizagem. 
e) Promover o aluno. 
 
10. Os resultados obtidos pelos alunos estão diretamente ligados aos procedimentos 
utilizados pelo professor e à sua forma de ensinar. Mediante um resultado ruim, 
em alguma avaliação, é necessário que o professor repense na sua maneira de 
trabalhar e tente melhorar, pois esse resultado também reflete a forma como o 
professor trabalha, ou seja, é um meio de avaliar o trabalho realizado pelo 
professor. Essa afirmativa diz respeito a: 
a) Promover o aluno. 
b) Melhorar o processo de ensino-aprendizagem. 
c) Verificar se os objetivos propostos foram alcançados. 
d) Detectar as dificuldades de aprendizagem. 
e) Identificar os alunos. 
 
 
17 
 
 
NIDADE II: PROCEDIMENTOS DE 
AVALIAÇÃO. 
 
 
A avaliação é um processo contínuo e inacabado de coleta e análise de 
dados que acontece nos momentos mais diferentes do trabalho do professor. A 
verificação e a qualificação dos resultados da aprendizagem no início, durante e no 
final das unidades didáticas têm como meta apontar e superar dificuldades, corrigir 
falhas e estimular os alunos a se dedicarem aos estudos. 
Antes de iniciar uma unidade didática, o ideal é fazer uma sondagem do 
conhecimento prévio dos alunos, revisão da matéria anterior, discussões dirigidas, 
breves dissertações, entre outras atividades. No decorrer do estudo da unidade 
acompanha-se o rendimento dos alunos por meio de estudo dirigido, trabalho em 
grupo, exercícios, observação do comportamento e conversas informais, contando 
também com os instrumentos formais, através de provas dissertativas, provas de 
múltipla escolha, arguições orais, entre outras. Assim, o processo de avaliação 
utiliza-se de instrumentos e procedimentos diversificados para levantar dados e 
analisá-los. 
 
 
 
2.1. INSTRUMENTOS INFORMAIS PARA LEVANTAMENTO DE DADOS. 
 
Os instrumentos informais são utilizados para levantar informações sobre o 
comportamento e as realizações do aluno no ambiente escolar, principalmente em 
sala de aula. Existem várias técnicas, que são instrumentos simples e de fácil 
aplicação, que possibilitam observar o comportamento individual e em grupo do 
aluno. Descreveremos a seguir algumas delas. 
i. Observação: a ficha individual e a lista de checagem são os registros mais 
comuns e adequados para a observação do trabalho escolar, sendo que 
U 
18 
 
 
através deles o professor observa e registra o progresso de cada aluno de 
forma individual, avalia a capacidade de expressão oral, o relacionamento 
com os colegas e com o professor, suas atitudes de colaboração e 
participação, entre outras. Estas questões são importantes e não são 
avaliadas em provas e testes. 
ii. Entrevista: a entrevista pode ser realizada informalmente ou de maneira 
formal, mediante um roteiro ou pauta com registro. Seu principal objetivo é 
aumentar as informações que o professor tem sobre o aluno, tratar um 
problema específico detectado nas observações e esclarecer dúvidas em 
relação a determinados comportamentos do mesmo. 
iii. Dinâmica: a técnica da dinâmica consiste em dar um tema, objeto, fenômeno 
ou situação e levar todos os alunos a trabalhar em grupos. A dinâmica deve 
ser previamente estruturada, com texto e papéis definidos para cada 
componente do grupo. Os alunos devem se posicionar no grupo, assumir 
seus lugares, criar situações e se apresentar por meio de dramatizações e 
jogos. Para um aproveitamento significativo dessas dinâmicas é importante 
que o professor registre o que elas revelaram a respeito do processo de 
aprendizagem do aluno. 
iv. Portfólio: é uma espécie de arquivo de cada aluno, contém informações sobre 
ele e seus trabalhos. Através dele o professor analisa o crescimento do aluno 
ao longo do período letivo, fazendo comparações entre os trabalhos iniciais e 
finais, tendo, assim, uma visão do seu progresso durante aquele período. 
v. Ficha sintética de dados dos alunos: é um registro individual de forma bem 
simples, mas que deve conter, no mínimo, o nome dos pais, endereço, 
telefone de contato, doenças atuais e algumas especificidade física e 
psicológica do aluno como, por exemplo, alergia a tomate, depressão, entre 
outras. Essa ficha pode ser feito em um caderno comum e o professor deve 
mantê-lo sempre consigo, anotando o que julga necessário. A seguir tem-se 
um exemplo bem simples dessa ficha: 
 
 
19 
 
 
ESCOLA: ............................................................................... Ano Letivo...................... 
SÉRIE: ..................................................... TURNO: ...................................................... 
Aluno:............................................................................................................................. 
Data de Nascimento:..................................................................Idade:.......................... 
Endereço:.....................................................................................Tel:............................ 
Pai:..............................................................Idade:.............Profissão:............................ 
Mãe:............................................................Idade:..............Profissão:............................. 
Como contatar os pais em caso de necessidade (Local de trabalho, telefone de recado, 
parente): ............................................................................................................ 
Idade dos irmãos: 1) ............ 2)............. 3)............... 4)............. 5)............. 
Quais estudam nesta escola: ........................................................................................ 
Outras observações (como vem e volta da escola, com quemmora, doenças que já teve ou 
tem etc.) ................................................................................................................... 
 
DATA: 
 
ENTREVISTAS OU OCORRÊNCIAS: MEDIDA TOMADA: 
 
 
 
 
2.2. INSTRUMENTOS FORMAIS PARA LEVANTAMENTO DE DADOS. 
 
A aplicação de alguns instrumentos formais é feita através da realização de 
exercícios, provas, testes, dever de casa ou em sala de aula e, também, de 
relatórios. Os instrumentos formais mais utilizados no processo de ensino e 
aprendizagem são: 
 
2.2.1. Prova escrita dissertativa. 
 A prova escrita dissertativa é composta por um conjunto de questões ou 
temas que serão respondidos pelos alunos com suas próprias palavras. As questões 
devem ser elaboradas com clareza e mencionar a habilidade mental que se deseja 
que o aluno apresente. 
 Há vários tipos de dissertação, de acordo com a operação cognitiva ou 
habilidade intelectual que ativam ou mobilizam. O quadro a seguir apresenta vários 
tipos de questões dissertativas. 
20 
 
 
 TIPOS DE QUESTÕES DISSERTATIVAS: 
Relacionar ou enumerar É uma exposição que exige apenas 
recordação, sendo uma forma simples de 
resposta livre. 
Organizar Também exige a lembrança de fatos, mas de 
acordo com determinado critério (cronológico, 
importância crescente, causa e efeito etc.), 
sendo mais complexo que o anterior. Neste 
caso, os elementos devem ser dispostos de 
forma a assumir uma estrutura. 
Selecionar Supõe uma escolha fundamentada em 
normas de julgamento ou apreciação. A 
resposta exige avaliação, mas de natureza 
simples, de acordo com um critério 
preestabelecido. 
Descrever Solicita a exposição das características de um 
objeto, fato, processo ou fenômeno. 
Analisar É mais do que uma simples descrição, porque 
supõe uma análise em que o aluno expõe 
idéias, questiona, apresenta argumentos a 
favor e contra e estabelece o relacionamento 
entre fatos ou idéias. A resposta requer 
estruturação cuidadosa e propicia diferentes 
abordagens do problema. 
Definir Consiste em enunciar os atributos essenciais 
e específicos de um objeto, fato, processo ou 
fenômeno, indicando as categorias a que 
estaria associado. O aluno não deve repetir 
as definições contidas nos livros-textos, mas 
usar as próprias palavras. 
Exemplificar Consiste em confirmar uma regra ou 
demonstrar uma verdade. A questão exige 
aplicação do conhecimento aprendido. O 
aluno deve não apenas apresentar definições 
e enunciar leis e princípios, mas aplicar o 
conhecimento, dando uma contribuição 
pessoal. 
Explicar Consiste em elucidar a relação entre fatos ou 
ideias. A ênfase da questão deve recair na 
relação de causa e efeito. 
Comparar Consiste em uma análise simultânea de 
objetos, fatos, processos ou fenômenos, para 
determinar semelhanças e diferenças e 
indicar relações. A resposta exige 
planificação e organização de idéias. O item 
pode ser enunciado de várias formas, sem 
necessariamente usar o termo comparar, 
solicitando a apresentação de vantagens ou 
desvantagens, semelhanças ou diferenças. 
Sintetizar Consiste em fazer um resumo, isto é, expor 
de forma concisa e abreviada uma idéia ou 
assunto, apresentando seus aspectos 
essenciais. 
Esquematizar O esquema ou esboço é uma espécie de 
síntese, mas exige uma organização do 
assunto em tópicos e subtópicos, dando 
ênfase às funções e às relações entre os 
elementos. 
21 
 
 
Interpretar Consiste em analisar o significado de 
palavras, textos e idéias ou compreender as 
intenções de um autor. A influência da 
memória é praticamente nula, pois a resposta 
exige basicamente capacidade de 
compreender e realizar inferências. 
Criticar Consiste em julgar e supõe análise crítica. O 
aluno deve avaliar ideias, textos e livros tendo 
por base padrões ou critérios para proceder a 
uma análise crítica. 
Fonte: Adaptado de Heraldo M. Vianna. Testes em educação. 1976, p.85. 
 
O professor ao aplicar as questões dissertativas conta com as seguintes 
vantagens: 
i. Permite saber se o aluno consegue escrever de forma coesa e coerente; 
ii. Verificar certas habilidades intelectuais que constituem processos mentais 
superiores, como, por exemplo, a capacidade reflexiva, a capacidade de 
aplicar conhecimentos, relacionar fatos e ideias, analisar, sintetizar, fazer 
inferências e julgar; 
iii. Dificulta o acerto por casualidade ou adivinhação. 
Por outro lado, apresenta suas limitações ao exigir do professor mais tempo 
para corrigi-las, portanto é necessário avaliar de forma criteriosa cada questão 
porque as respostas dissertativas são livres. No entanto, para elaborar uma 
avaliação com questões dissertativas, o professor conta com algumas 
recomendações: 
i. Elabore a avaliação com antecedência, formule questões que estimulem a 
capacidade reflexiva do aluno; 
ii. Seja claro, objetivo e especifique o que deseja como resposta, sendo que os 
enunciados devem orientar o que o aluno vai fazer. Utilize os seguintes 
verbos: descreva, compare, explique, exemplifique e sintetize, desta forma o 
aluno entenderá como deve responder às questões; 
iii. Elabore a avaliação de acordo com o tempo disponível para a aplicação. 
 
A seguir serão dados dois exemplos com tipos de questões dissertativas 
utilizando para isso o poema Rosa de Hiroshima de Vinícius de Morais. 
 
 
 
22 
 
 
A ROSA DE HIROSHIMA 
 (Vinicius de Moraes) 
Pensem nas crianças 
Mudas telepáticas 
Pensem nas meninas 
Cegas inexatas 
Pensem nas mulheres 
Rotas alteradas 
Pensem nas feridas 
Como rosas cálidas 
Mas, oh não se esqueçam 
Da rosa da rosa 
Da rosa de Hiroshima 
A rosa hereditária 
A rosa radioativa 
Estúpida e inválida 
A rosa com cirrose 
A anti-rosa atômica 
Sem cor sem perfume 
Sem rosa sem nada 
 
Questão 01- O poema de Vinícius de Moraes nos remete a que fato histórico? Retire palavras do 
texto que se relacionam a este acontecimento. 
 
Questão 02- Redija um parágrafo, interpretando os quatro últimos versos do poema. 
 
O primeiro tipo de questão dissertativa busca relacionar o poema a um fato 
histórico ocorrido na Segunda Guerra Mundial, quando os aliados jogaram uma 
bomba nuclear na cidade de Hiroshima – Japão, matando milhares de pessoas e 
devastando a fauna e flora local. Nesse tipo de questão há a necessidade do aluno 
ter conhecimento sobre o fato histórico e de recordá-lo para poder responder à 
questão. 
No segundo tipo de questão, o aluno terá de analisar o significado das 
palavras e o que o autor quis dizer através delas. Esse tipo de questão exige que o 
aluno compreenda o texto e saiba tirar conclusões a respeito dele. 
 
 
2.2.2. Prova escrita de questões objetivas. 
 Os objetivos desta prova não diferenciam muito dos objetivos da anterior. Em 
sua elaboração, pede-se ao aluno que escolha uma alternativa como resposta entre 
algumas outras, sendo utilizada para avaliar os conhecimentos e habilidades 
adquiridas pelo aluno. Esse tipo possibilita a elaboração de um número de maior de 
23 
 
 
questões e abrange um campo maior da matéria ensinada. Por exigir respostas mais 
precisas, facilita o controle da visão subjetiva tanto por parte do aluno, quanto do 
professor. 
Como esse tipo de questão apresenta apenas uma resposta, facilita o 
trabalho do professor, porém oferece algumas desvantagens como, por exemplo, a 
exigência de uma técnica apropriada de elaboração, favorece a improvisação e dá 
ao aluno a oportunidade de escolha da resposta por palpite. São tipos de questões 
objetivas: 
 
2.2.2.1. Questões de Verdadeiro ou Falso (V ou F): 
Nesse tipo o aluno escolhe a respostaentre duas ou mais alternativas. Cada 
item é uma afirmação que pode estar certa ou errada. Exemplo: 
 
Questão 01- Marque V se a afirmativa for verdadeira e F se falsa. 
a) A obra Memórias Sentimentais de João Miramar, l924, é o primeiro grande romance realista 
brasileiro. ( ) 
b) Machado de Assis foi o autor da obra Dom Casmurro. ( ) 
c) O Futurismo teve como líder Salvador Dali. ( ) 
d) O início de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, é uma paródia do começo de Iracema, 
romance indígena de José de Alencar. ( ) 
 
2.2.2.2. Questões de múltipla escolha: 
 Essas questões são compostas de uma pergunta, seguidas de várias 
alternativas de resposta, sendo que apenas uma delas está correta. Exemplo: 
 
QUADRILHA 
 (Carlos Drummond de Andrade) 
João amava Teresa que amava Raimundo 
Que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili 
Que não amava ninguém. 
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, 
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia. 
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes 
Que não tinha entrado para a história. 
 
Questão 01 – Assinale o comentário incorreto sobre o poema Quadrilha. 
24 
 
 
a) O título pode ser considerado uma metáfora. 
b) O texto é uma micronarrativa em versos. 
c) O encadeamento das personagens sugere o título do poema. 
d) O conjunto das personagens é marcado pela reciprocidade amorosa. 
 
 
 
2.3. TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM. 
 
 A avaliação é um processo contínuo e inacabado da coleta e análise de 
dados, existindo várias técnicas básicas e uma variedade de instrumentos de 
avaliação, conforme demonstrado no quadro abaixo: 
 
 TÉCNICAS: INSTRUMENTOS: OBJETIVOS BÁSICOS: 
 Observação Registro de observação: 
 
 Fichas. 
 Caderno. 
Verificar o desenvolvimento 
cognitivo, afetivo e psicossocial do 
educando, em decorrência das 
experiências vivenciadas. 
Autoavaliação Registro da autoavaliação. 
Aplicação de provas: 
 Arguição. 
 Dissertação. 
 Testagem. 
Prova oral. 
Prova escrita. 
 Dissertativa. 
 Objetiva. 
Determinar o aproveitamento 
cognitivo do aluno, em decorrência 
da aprendizagem. 
Fonte: Adaptado de Heraldo M. Vianna. Testes em educação. 1976, p.92. 
 
O professor, ao selecionar os instrumentos de avaliação, deve considerar os 
seguintes aspectos: 
i. A quantidade de alunos existentes na turma; 
ii. O tempo disponível que ele terá; 
iii. Os procedimentos utilizados no ensino e as situações de aprendizagem; 
iv. A natureza do componente curricular ou área de estudo. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
TESTE DE CONHECIMENTOS – UNIDADE II: 
 
01. A avaliação é um processo contínuo e inacabado de coleta e análise de dados 
que acontece nos momentos mais diferentes do trabalho do professor, tendo por 
meta: 
a) Apontar dificuldades. 
b) Superar dificuldades. 
c) Corrigir falhas. 
d) Estimular os alunos a se dedicarem mais aos estudos. 
e) Todas as alternativas citadas são metas da avaliação. 
 
02. Dentro do conceito de avaliação, antes de iniciarmos uma nova unidade didática, 
deve-se praticar as ações citadas, exceto: 
a) Sondar o conhecimento prévio dos alunos. 
b) Aplicar provas extras para verificar o conhecimento já adquirido. 
c) Fazer uma revisão da matéria anterior. 
d) Propor discussões dirigidas para levantar o conhecimento dado. 
e) Propor breves dissertações sobre o conteúdo já estudado. 
 
03. Marque a primeira coluna de acordo com os conceitos dados na segunda. 
I – Observação. 
II – Entrevista. 
III – Dinâmica. 
IV – Portfólio. 
V – Ficha sintética. 
 
( ) É uma espécie de arquivo de cada aluno, contém informações sobre ele e seus 
trabalhos, permitindo ao professor analisar o crescimento do aluno ao longo do 
período letivo. 
( ) Pode ser realizada informalmente ou de maneira formal, mediante um roteiro ou 
pauta com registro. 
( ) a ficha individual e a lista de checagem são os seus registros mais comuns e 
adequados, sendo que através deles o professor registra o progresso de cada aluno 
de forma individual, avalia a capacidade de expressão oral, o relacionamento com os 
26 
 
 
colegas e com o professor, suas atitudes de colaboração e participação, entre 
outras. 
( ) É um registro individual de forma bem simples, mas que deve conter, no mínimo, 
o nome dos pais, endereço, telefone de contato, doenças atuais e algumas 
especificidade física e psicológica do aluno. 
( ) Técnica que consiste em dar um tema, objeto, fenômeno ou situação e levar 
todos os alunos a trabalhar em grupos, devendo ser previamente estruturada, com 
texto e papéis definidos para cada componente do grupo. 
 
04. No decorrer do estudo da unidade acompanha-se o rendimento dos alunos por 
meio de: 
a) Estudo dirigido e trabalho em grupo. 
b) Observação do comportamento e conversas informais. 
c) Através de provas dissertativas e de múltipla escolha. 
d) Arguições orais. 
e) De todas as alternativas citadas. 
 
05. A aplicação de instrumentos formais é feita através da realização: 
a) Exercícios. 
b) Provas e testes. 
c) Dever de casa. 
d) Entrevistas. 
e) De relatórios. 
 
06. Complete a frase: Os instrumentos ____________ mais utilizados no processo 
de ensino e aprendizagem são a prova escrita _______________ e a prova 
escrita de questões ______________. 
Marque a opção correta. 
a) Formais, dissertativa, objetivas. 
b) Formais, oral, objetivas. 
c) Informais, oral, objetivas. 
d) Formais, dissertativa, subjetiva. 
e) Informais, dissertativa, subjetiva. 
27 
 
 
07. Analise as afirmativas sobre os tipos de questões dissertativas. 
I – Questões de relacionar ou enumerar exige apenas recordação, sendo uma forma simples 
de resposta livre. 
II – Questões de descrever solicitam a exposição das características de um objeto, fato, 
processo ou fenômeno. 
III – Questões de definir consistem em enunciar os atributos essenciais e específicos de um 
objeto, fato, processo ou fenômeno, indicando as categorias a que estaria associado. 
IV – Nas questões de organizar, o aluno não deve repetir as definições contidas nos livros-
textos, mas usar as próprias palavras. 
V – Nas questões de sintetizar, o aluno expõe ideias, questiona, apresenta argumentos a 
favor e contra e estabelece o relacionamento entre fatos ou ideias. 
VI - As questões de interpretar consistem em analisar o significado de palavras, textos e 
ideias ou compreender as intenções de um autor. 
São corretas as questões: 
a) I, II, III e V. 
b) I, II, III e VI. 
c) II, IV, V e VI. 
d) III, IV, V e VI. 
e) II, III, IV e V. 
 
08. O professor ao aplicar as questões dissertativas conta com as seguintes 
vantagens, exceto: 
a) Permite saber se o aluno consegue escrever de forma coesa e coerente. 
b) Verificar certas habilidades intelectuais que constituem processos mentais 
superiores. 
c) É, com certeza e por unanimidade, a melhor forma que o professor possui 
para verificar os conhecimentos que o aluno possui. 
d) Verifica se o aluno possui capacidade reflexiva, a capacidade de aplicar 
conhecimentos, relacionar fatos e ideias, analisar, sintetizar, fazer inferências 
e julgar. 
e) Dificulta o acerto por casualidade ou adivinhação. 
 
09. A prova escrita de questões ______________ apresenta apenas uma 
_______________, facilita o trabalho do professor, porém oferece algumas 
28 
 
 
_________________ como, por exemplo, a exigência de uma 
________________ apropriada de elaboração, favorece a ________________ e 
dá ao aluno a oportunidade de escolhada resposta por ____________. 
a) Objetivas, questão, vantagens, técnica, imprecaução, escrito. 
b) Subjetivas, questão, desvantagens, método, imprecaução, palpite. 
c) Subjetivas, resposta, vantagens, método, imprecaução, escrito. 
d) Objetivas, resposta, desvantagens, técnica, improvisação, palpite. 
e) Objetivas, resposta, vantagens, técnica, improvisação, escrito. 
 
10. O professor, ao selecionar os instrumentos de avaliação, deve considerar os 
seguintes aspectos: 
a) A quantidade de alunos existentes na turma. 
b) O tempo disponível que ele terá para corrigir a avaliação. 
c) O tempo disponível que ele terá para preparar a prova. 
d) Os procedimentos utilizados no ensino e as situações de aprendizagem. 
e) A natureza do componente curricular ou área de estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
NIDADE III: VERIFICAÇÃO E 
AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM. 
 
 
A avaliação da aprendizagem expõe um aspecto fundamental do processo 
educacional e merece toda atenção por parte do professor e da instituição, pois é o 
processo educativo que se explicita através do planejamento, execução e avaliação. 
O educando ao ser avaliado pelo seu desempenho torna-se consciente do 
seu aproveitamento nos estudos, em relação às suas próprias possibilidades e em 
relação ao grupo a que ele pertence. Portanto, a avaliação deve levar em 
consideração todos os aspectos do educando, suas reais possibilidades e toda a 
sua produção escolar traduzida em tarefas, pesquisas, trabalhos individuais, 
trabalhos em grupo, prova de verificação, entre outros. 
É bom ressaltar que há uma grande confusão entre os termos verificação e 
avaliação. Os dois representam as duas faces de um mesmo processo. O certo seria 
realizar primeiro a verificação e depois a avaliação, uma vez que esta terá efeito 
com base na primeira. Dessa forma, verificar consiste em constatar e recolher dados 
referentes a um determinado fato, no entanto, nem toda verificação é verificação de 
aprendizagem. Já a avaliação é o juízo de valor que se faz a respeito dos dados 
recolhidos pela verificação a respeito de um determinado fato. Assim, também a 
avaliação de aprendizagem é também um tipo de avaliação, dentre tantas outras. 
 
 
 
3.1. VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM. 
 
 A verificação é um fator indispensável para que o educando seja avaliado, 
pois é um processo de constatação e de contagem, que fornece dados referentes ao 
educando e que contribuem para sua efetiva aprendizagem. A verificação é 
U 
30 
 
 
classificada em informativa, de continuidade, a propriamente dita e a de 
acompanhamento. 
 
3.1.1. Verificação informativa. 
 A verificação informativa recolhe dados sobre a realidade do educando e de 
suas possibilidades de aprendizagem, levantadas através da: 
i. Verificação de diagnóstico: procura recolher dados a respeito da realidade 
presente do educando; 
ii. Verificação de prognóstico: procura recolher dados referentes às 
possibilidades de exercício de determinados tipos de comportamento; 
iii. Verificação de dificuldades específicas: procura recolher dados a respeito de 
dificuldades específicas de comportamento que o educando possa 
apresentar. 
 
3.1.2. Verificação de continuidade. 
 A verificação de continuidade acontece ao longo de processo educativo e em 
todas as situações oportunas e possíveis, devendo ser constante no processo de 
ensino, no estudo de um tema ou unidade ou na execução de uma tarefa. 
 
3.1.3. Verificação propriamente dita. 
 A verificação propriamente dita busca recolher dados finais do processo de 
ensino referentes a uma ou mais unidades. 
 
3.1.4. Verificação de acompanhamento. 
 A verificação de acompanhamento se refere ao recolhimento de dados 
referentes à atuação do educando após o término de um curso, quando já esteja em 
plena aplicação prática, seja no setor profissional ou no social, das formas de 
comportamento aprendidas na escola. 
 
Conforme pode ser percebido na classificação acima, a verificação da 
aprendizagem tem momentos apropriados para fornecer dados para a avaliação, os 
quais devem ser levados em consideração durante todo o processo de ensino-
aprendizagem (através da verificação de continuidade) e no final de cada etapa do 
31 
 
 
mesmo (através do estudo de uma unidade apresentada na forma de uma avaliação 
propriamente dita). Além disso, a verificação conta como uma série de recursos, 
sendo os principais: 
i. Testes de aptidão; 
ii. Testes vocacionais; 
iii. Testes de maturidade; 
iv. Entrevistas; 
v. Observações do comportamento do educando, capazes de fornecer amostras 
significativas, recolhidas através de trabalho escolar de forma individual ou 
em grupo; informações obtidas junto à família, colegas e outras pessoas, no 
exercício de uma profissão ou na vida social; 
vi. Questões objetivas padronizadas ou não, elaboradas de várias formas; 
vii. Redações com base em temas livremente tratados ou delimitados; 
viii. Arguição de uma forma rígida, no padrão de perguntas e respostas sem 
possibilidade de retificação, ou de forma mais flexível, através de diálogo, 
com possibilidades de retificações; 
ix. Situações-problema em que o educando as solucione de forma intelectual; 
x. Execução de tarefas que exijam habilidades técnicas, aplicação de 
conhecimentos teóricos e criatividade. 
 
 
 
3.2. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM. 
 
A avaliação da aprendizagem, conforme a Lei nº 9.394/96 - Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional (LDB), pode ser adotada com vistas à promoção, aceleração 
de estudos e classificação do aluno, devendo ser desenvolvida pela escola e refletir 
a proposta expressa em seu projeto político-pedagógico. Portanto, deve assumir um 
caráter educativo que viabilize ao educando a condição de analisar seu percurso nos 
estudos e ao educador e à escola identificar dificuldades e potencialidades 
individuais e coletivas. 
É importante observar que a avaliação de aprendizagem fornece ao professor 
os dados necessários para saber se deve prosseguir na execução de um 
32 
 
 
planejamento do ensino ou se deve reformular os conteúdo e planos de ação, pois 
conforme já citado, essa avaliação é um processo que compreende a avaliação 
propriamente dita, autoavaliação, avaliação de pré-requisitos, avaliação de 
continuidade e avaliação de acompanhamento. Dessa forma, atribui valores aos 
resultados da verificação da aprendizagem, em consonância com outros dados 
referentes à personalidade, aptidões, condições de vida, entre outras variáveis, do 
educando, tendo um caráter qualitativo. Com maior precisão, essa avaliação 
identifica, mensura e interpreta as mudanças ocorridas no comportamento dos 
alunos ou no resultado de suas atividades decorrentes do processo de 
aprendizagem. 
Essa avaliação tem um caráter contínuo, que deve ser aplicado durante o 
tempo em que efetue o ensino, com a finalidade de melhorar o processo de ensino- 
aprendizagem. Porém, em uma sociedade como a brasileira, permeada por valores 
privados, de sucesso individual, de mercado, de lucro e de competividade, os 
instrumentos de medição de aprendizagem reforçam uma cultura de avaliação que 
visa mais a premiar e punir, intensificar processos de individualização e competição, 
favorecendo a lógica da meritocracia e responsabilização individual, tanto da 
competência quanto da empregabilidade, dificultando a organização dos agentes 
escolares a partir de princípios democráticos e coletivos (Silva, 2014). 
Em termos educacionais, a avaliação é um ato social, carregado de valores, 
não é uma atividade isolada e como tal, é parte integrante dos processosde ensino 
aprendizagem, com funções diagnóstica, formativa e somativa. Dessa forma, é 
necessária para todos os setores e órgãos constituintes de uma escola que 
sustentam o processo de ensino. Medidas de ajuste e melhoria da ação da escola 
acontecem com base nos resultados oferecidos pela avaliação, cuja finalidade é 
tornar o ensino mais adequado aos alunos. 
Para atender ao descrito acima, a avaliação de aprendizagem passa por cinco 
fases necessárias e distintas, que são: 
i. A determinação do que se pretende avaliar, indicado pelos objetivos; 
ii. A indicação das circunstâncias que permitem ao educando revelar se 
alcançou ou não os objetivos; 
iii. O estabelecimento de um padrão de avaliação; 
iv. O recolhimento de dados; 
33 
 
 
v. O pronunciamento avaliativo. 
Através dessa avaliação é possível identificar se a aprendizagem está 
ocorrendo ou não conforme o desejado. Caso seja negativa a reposta, dados 
oferecidos por ela permitirão saber se o fato se deve: 
i. À inadequação dos objetivos; 
ii. Às deficiências individuais relacionadas com as aptidões necessárias; 
iii. Às deficiências individuais relacionadas com pré- requisitos de aprendizagem; 
iv. Às dificuldades específicas individuais que possam ou não ser superadas; 
v. À inadequação de orientação do processo ensino-aprendizagem. 
Em suma, a avaliação apresenta dados que possibilitam aos docentes e à 
escola reajustar, se necessário, seu processo de ensino-aprendizagem, para que o 
mesmo se torne útil e eficaz para o educando. 
Nesse contexto, a avaliação de aprendizagem assume uma série de 
modalidades, acompanhando mais ou menos, o mesmo quadro da Verificação de 
Aprendizagem. Assim, ela pode ser classificada em: informativa, de continuidade, 
de acompanhamento e de verificação propriamente dita. 
 
3.2.1. Avaliação informativa. 
A avaliação informativa apresenta a realidade do educando de forma geral, 
para melhor conhecê-lo e melhor orientar a aprendizagem do mesmo. Pode 
desdobrar-se em avaliação de diagnóstico e de prognóstico. 
 
3.2.2. Avaliação de continuidade. 
 A avaliação de continuidade é uma avaliação constante que o professor deve 
ter como prática durante o estudo de um tema ou unidade, de maneira a atender 
imediatamente às deficiências que o educando apresentar. 
 Este tipo de avaliação é uma das maneiras mais eficientes de recuperar o 
educando, antes que suas deficiências se tornem sufocantes. Deveria ser uma 
atitude sacerdotal por parte do educador, pois assim orientaria o ensino, verificaria, 
avaliaria e, se necessário, providenciaria a retificação ou a recuperação imediata. 
Desta forma, avaliação de continuidade presta-se de forma eficaz para 
orientar a aprendizagem, contribuindo para a melhoria e o reajuste do processo de 
ensino, com base nas informações que a mesma pode oferecer se levada a efeito de 
34 
 
 
maneira continuada durante as aulas ou estudos em geral, o que permitiria que os 
erros ou deficiências fossem sanados tão logo detectados. 
Levando em consideração tudo que foi explicitado nesse item e nos 
anteriores, podemos considerar que o processo de ensino deve ter como fio 
condutor a seguinte trilogia, executada simultaneamente: ensinar; verificar e avaliar; 
e retificar, quando necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
TESTE DE CONHECIMENTOS – UNIDADE III. 
01. Em relação às afirmativas abaixo, marque V se for verdadeira e F se falsa. 
a) ( ) A avaliação da aprendizagem expõe um aspecto fundamental do processo 
educacional e merece toda atenção por parte do professor e da instituição. 
b) ( ) A avaliação do aluno é composta unicamente por prova escrita, 
dissertativa e objetiva, e prova oral. 
c) ( ) O processo educativo da escola se torna claro através do planejamento, 
execução e avaliação. 
d) ( ) O educando ao ser avaliado pelo seu desempenho, torna-se consciente 
do seu aproveitamento nos estudos, em relação às suas próprias 
possibilidades e em relação ao grupo a que ele pertence. 
e) ( ) A avaliação deve levar em consideração todos os aspectos do educando, 
suas reais possibilidades e toda a sua produção escolar. 
 
02. Em relação aos termos verificação e avaliação, marque a opção errada: 
a) Não há diferenças acentuadas entre os termos verificação e avaliação, pois 
as duas são faces de um mesmo processo. 
b) O correto seria realizar primeiro a verificação e depois a avaliação, uma vez 
que esta terá efeito com base na primeira. 
c) A verificação consiste em constatar e recolher dados referentes a um 
determinado fato, mas nem toda verificação é de aprendizagem. 
d) A avaliação é o juízo de valor que se faz a respeito dos dados recolhidos pela 
verificação a respeito de um determinado fato. 
e) A avaliação de aprendizagem é um tipo de avaliação, pois nem toda avaliação 
é de aprendizagem. 
 
03. A verificação é um fator indispensável para que o aluno seja avaliado, pois é um 
processo de constatação e de contagem, que fornece dados referentes ao 
educando e que contribuem para sua efetiva aprendizagem. A verificação é 
classificada nas citadas abaixo, exceto: 
a) De continuidade. 
b) Informativa. 
36 
 
 
c) Corretiva. 
d) A propriamente dita. 
e) De acompanhamento. 
 
04. Marque a segunda coluna de acordo com as alternativas dadas na primeira: 
I - Verificação informativa. 
II - Verificação de continuidade. 
III – Verificação propriamente dita. 
IV - Verificação de 
acompanhamento. 
 
a) ( ) Acontece ao longo de processo educativo e em todas as situações oportunas 
e possíveis, devendo ser constante no processo de ensino, no estudo de um 
tema ou unidade ou na execução de uma tarefa. 
b) ( ) Busca recolher dados finais do processo de ensino referentes a uma ou mais 
unidades. 
c) ( ) Recolhe dados sobre a realidade do educando e de suas possibilidades de 
aprendizagem. 
d) ( ) Trata-se do recolhimento de dados referentes à atuação do educando após 
o término de um curso, quando já esteja em plena aplicação prática, seja no 
setor profissional ou no social, das formas de comportamento aprendidas na 
escola. 
e) ( ) Levanta dados sobre o aluno através da verificação diagnóstica, prognóstica 
e de dificuldades específicas. 
 
05. A verificação de aprendizagem pode ser realizada através das verificações 
informativa, de continuidade, a propriamente dita e a de acompanhamento. Além 
disso, possui os vários recursos citados abaixo, exceto: 
a) Testes de maturidade. 
b) Observações do comportamento do educando, dados que só podem obtidos 
no ambiente escolar. 
c) Entrevistas. 
d) Redações com base em temas livremente tratados ou delimitados. 
e) Execução de tarefas que exijam habilidades técnicas, aplicação de 
conhecimentos teóricos e criatividade. 
37 
 
 
06. Conforme a Lei nº 9.394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a 
avaliação da aprendizagem permite: 
a) Viabiliza ao educando a condição de analisar seu percurso nos estudos e ao 
educador e à escola identificar dificuldades e potencialidades individuais e 
coletivas. 
b) Fornece ao professor os dados necessários para saber se deve continuar na 
execução do planejamento do ensino ou se deve reformular os conteúdo e 
planos de ação. 
c) Atribui valores aos resultados da verificação da aprendizagem, em 
consonância com dados referentes à personalidade, aptidões, condições de 
vida, entre outras variáveis sobre o educando. 
d) Identifica, mensura e interpreta as mudanças ocorridas no comportamento 
dos alunos ou no resultado de suas atividades decorrentesdo processo de 
aprendizagem. 
e) Todas as alternativas acima estão corretas. 
 
07. Complete as lacunas existentes na análise sobre avaliação de aprendizado 
elaborada por Silva (2014): 
A avaliação de _____________tem um caráter _______________, que deve ser 
aplicado durante o tempo em que efetue o ensino, com a finalidade de melhorar 
o processo de ensino-aprendizagem. Porém, em uma sociedade como a 
brasileira, permeada por valores ___________, de sucesso individual, de 
mercado, de lucro e de competividade, os instrumentos de __________________ 
de aprendizagem reforçam uma cultura de avaliação que visa mais a 
__________ e a _________________, intensificar processos de individualização 
e competição, favorecendo a lógica da meritocracia e responsabilização 
individual, tanto da competência quanto da empregabilidade, dificultando a 
_______________ dos agentes escolares a partir de princípios democráticos e 
coletivos (Silva, 2014). 
a) Aprendizagem, contínuo, públicos, mediação, punir, condenar, organização. 
b) Aprendizagem, diferenciado, privados, medição, premiar, punir, organização. 
c) Avaliação, diferenciado, públicos, mediação, premiar, condenar, estruturação. 
d) Aprendizagem, contínuo, privados, medição, premiar, punir, organização. 
38 
 
 
e) Avaliação, contínuo, privado, avaliação, punir, premiar, estruturação. 
 
08. Através da avaliação é possível identificar se a aprendizagem está ocorrendo ou 
não conforme o desejado. Caso não esteja, os seguintes fatos oferecidos por ela 
permitirão saber a origem do problema, exceto: 
a) O estabelecimento de objetivos que se demonstraram inadequados. 
b) A elaboração da avaliação em conformidade com o plano de ensino. 
c) As falta de aptidão do aluno provocando deficiências na aprendizagem. 
d) As dificuldades específicas do educando que podem ou não ser superadas. 
e) As orientações dadas sobre o processo ensino-aprendizagem são 
inadequadas. 
 
09. A avaliação de aprendizagem assume uma série de modalidades (similares as da 
Verificação de Aprendizagem) podendo ser classificada em: 
a) Informativa. 
b) De continuidade. 
c) De acompanhamento. 
d) De verificação propriamente dita. 
e) Todas as alternativas são classificações da avaliação de aprendizagem. 
 
10. Dentre as afirmativas abaixo, marque a que não é uma característica da 
avaliação de continuidade. 
a) É uma avaliação constante que o professor deve ter como prática durante o 
estudo de um tema ou unidade. 
b) É uma das maneiras mais eficientes de recuperar o educando, antes que 
suas deficiências se tornem sufocantes. 
c) Sua realização permite que o educador oriente o aluno, verifique o 
aprendizado, avalie o conhecimento apreendido e, se necessário, providencie 
a recuperação imediata. 
d) É uma avaliação periódica que o professor realiza ao final do semestre ou 
período letivo. 
e) Presta-se de forma eficaz para orientar a aprendizagem, contribuindo para a 
melhoria e o reajuste do processo de ensino. 
39 
 
 
NIDADE IV: AVALIAÇÃO 
EDUCACIONAL ESCOLAR E PRÁTICA 
ESCOLAR. 
 
A avaliação é um ato diário do professor que acompanha o processo de 
ensino e aprendizagem, sendo através dela que se faz uma comparação entre os 
resultados obtidos e os objetivos propostos, verificando se houve sucesso ou 
fracasso. Dessa forma, a avaliação é instrumento que permite a reflexão sobre a 
qualidade do trabalho escolar, tanto por parte do professor quanto do aluno. 
A avaliação não se restringe à aplicação de provas e à atribuição de notas, 
pois esse sistema permite também a apresentação de dados que serão submetidos 
a uma verificação qualitativa, rompendo as barreiras do processo ensino-
aprendizagem tradicional. Na visão atual, a avaliação tem funções pedagógicas e 
didáticas, disponibilizando instrumentos e técnicas para verificar o rendimento 
escolar. 
 
 
 
4.1. O CONCEITO DE AVALIAÇÃO ESCOLAR. 
 
Conforme Feuerstein (1986), a avaliação é uma maneira de tentar conhecer 
com mais clareza o que estamos fazendo, o que mais precisamos fazer e qual é a 
melhor forma de fazê-lo para que nossos objetivos possam ser atingidos. Através da 
apreciação de provas, trabalhos individuais e em grupo ou da execução de tarefas, o 
professor terá condições de observar se os objetivos propostos foram alcançados e, 
em face desses dados, tomar suas decisões. 
Desta forma, a avaliação escolar pode ser definida como um elemento do 
processo ensino-aprendizagem que almeja, através dos resultados obtidos, apontar 
a correspondência entre eles e os objetivos desejados e, também, direcionar as 
U 
40 
 
 
próximas atividades. No decorrer do processo de ensino, a avaliação se dispõe às 
seguintes tarefas: 
i. Verificação: buscar dados sobre o rendimento dos alunos, obtidos através de 
provas, trabalhos, exercícios em sala ou para casa, bem como em 
observações e entrevistas; 
ii. Qualificação: comparar os resultados com os objetivos e atribuir notas ou 
conceitos; 
iii. Apreciação qualitativa: avaliar os resultados, referindo-os a padrões de 
desempenho esperados. 
Para realizar as tarefas citadas, a avaliação escolar deve desempenhar, no 
mínimo, três funções, a pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle. 
 
 
 
4.2. A AVALIAÇÃO NA PRÁTICA ESCOLAR. 
 
 A avaliação na prática escolar tem recebido várias críticas por, às vezes, 
reduzir-se à função controle, a qual classifica o aluno mediante a nota que obteve 
nas provas. Os professores, normalmente, não conseguem usar os procedimentos 
de avaliação que fazem o levantamento de dados através de exames, trabalhos, 
entre outras atividades avaliativas para que possa atender adequadamente a função 
educativa. Têm-se observado alguns equívocos na prática escolar em relação aos 
objetivos, às funções e ao papel da avaliação na melhoria das atividades escolares e 
educativas, sendo citados como os principais os seguintes: 
i. O primeiro equívoco observado é o fato de a avaliação ser usada apenas com 
as funções de aplicar provas, atribuir notas e classificar o aluno. O papel da 
prova/teste é reduzido a cobrar o que o aluno memorizou e a usar a nota de 
forma autoritária. Desta forma, o princípio básico da avalição que é educativo 
perde para o classificatório, desprezando os fatores que envolvem o ensino, 
os objetivos desejados, a condição social dos alunos, técnicas e instrumentos 
do professor. 
ii. O segundo equívoco é usar a avaliação como um troféu, situação onde os 
bons alunos serão recompensados e os de comportamento indisciplinado e 
41 
 
 
os desinteressados serão penalizados, sendo que as notas se transformam 
em prêmios para uns ou em meio de tortura para outros. A preocupação 
excessiva do professor por uma nota máxima o distancia da sua principal 
função que é apresentar condições e criar situações para que os alunos se 
sintam motivados e não temidos. Quando age preocupado só com notas, 
utiliza de forma negativa as avaliações, levando o aluno a se dedicar aos 
estudos, não pelos conhecimentos, mas por se sentirem ameaçados por uma 
prova. 
iii. O terceiro equívoco é o excesso de confiança por parte dos professores em 
suas observações, dispensando outras verificações durante as aulas. Devido 
a esse comportamento, os alunos saem prejudicados, pois logo nos primeiros 
meses, o professor já estabelece quem será aprovado e quem será 
reprovado. 
iv. O quarto equívoco detectado é a rejeição por parte dos professores das 
medidas quantitativas de aprendizagem em favor de dados qualitativos, pois 
acreditam que as avaliações de escolaridade prejudicam o desenvolvimento 
autônomo dos potenciais

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