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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL pdf

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1ª Edição
Sobral/2017
PROFª Me. LIANA LIBERATO LOPES CARLOS
PROFº Me. EMANOEL PEDRO MARTINS GOMES
PORTUGUÊS 
INSTRUMENTAL
Português Instumental 5
INTA - Instituto Superior de Teologia Aplicada
PRODIPE - Pró-Diretoria de Inovação Pedagógica
Diretor-Presidente das Faculdades INTA 
Dr. Oscar Rodrigues Júnior 
Pró-Diretor de Inovação Pedagógica 
Prof. PHD João José Saraiva da Fonseca 
Coordenadora Pedagógica e de Avaliação 
Profª. Sonia Henrique Pereira da Fonseca 
Professores Conteudistas
Emanuel Martins Gomes
Liana Liberato Lopes Carlos
Assessoria Pedagógica 
Sonia Henrique Pereira da Fonseca 
Transposição Didática
Adriana Pinto Martins
Evaneide Dourado Martins 
Design Instrucional
Sonia Henrique Pereira da Fonseca
Revisora de Português 
Neudiane Moreira Félix
Revisora Crítica/Analista de Qualidade 
Anaisa Alves de Moura
Diagramadores
Anacléa de Araújo Bernardo
Fernando Estevam Leal
Diagramador Web 
Eryberto da Silva Pontes
Produção Audiovisual
Francisco Sidney Souza de Almeida 
(Editor)
Operador de Câmera 
José Antônio Castro Braga
Pesquisadora Infográfica
Anacléa de Araújo Bernardo 
Sumário
1
Palavra do Professor-autor ................................................................................... 10
Sobre os autores ..................................................................................................... 11
NOÇÕES BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO HUMANA
Comunicação Humana .....................................................................................................................14
Comunicação e Informação ...........................................................................................................17
Noções de Língua e Linguagem ..................................................................................................18
Variação e Registro ............................................................................................................................20
GRAMÁTICA NO TEXTO
Para que serve a gramática no texto? ........................................................................................24
Coesão e Coerência ..........................................................................................................................25
Concordância Nominal e Verbal...................................................................................................35
Regência Nominal ..............................................................................................................................47
Regência Verbal ..................................................................................................................................49
Colocação Pronominal .....................................................................................................................51
Novo Acordo Ortográfico ...............................................................................................................57
Acentuação ...........................................................................................................................................64
LEITURA E ESCRITA
Os bloqueios e entraves da escrita .............................................................................................66
Tipos de vocabulário ........................................................................................................................71
Limitação cultural ...............................................................................................................................72
Falta de inspiração .............................................................................................................................72
2
3
Bibliografia.......................................................................................................118
Falta de criatividade ..........................................................................................................................73
Redação e a gramática .....................................................................................................................74
Devemos ter cuidado com os erros mais comuns da Língua ...........................................83
Gêneros Textuais............................................................................................................................... 100
Explicando melhor.............................................. .............................................................................. 113
Português Instumental 9
Português Instrumental10
Palavra dos Professores autores
Sejam bem-vindos a disciplina de Português Instrumental.
Caros estudantes,
O plano e organização deste material didático responde à necessidade de uma 
apresentação do conteúdo programático, privilegiando os aspectos inerentes ao es-
tudo da linguagem. No entanto, ao estudarmos algo é preciso e necessário compre-
ender o porquê do estudo. Assim caminharemos em busca de aprender e apreender 
o que nos interessa em nossa vida acadêmica. Afinal, o que é estudar Português 
para alguém que já fala muito bem sua língua? Se já fala perfeitamente sua língua 
porque estudá-la? Estas reflexões nos interessam ao longo de nossa conversa.
Somos seres feitos de linguagem: pensamos, nos comunicamos, sonhamos 
para além daquilo, que nos foi dado, entretanto não sobrevivemos sem a lingua-
gem. Estudar Português é antes de qualquer coisa, estudar a Língua Portuguesa 
aplicada como instrumento às diversas áreas, é o estudo prático da comunicação 
humana, linguagem, vocabulário, frases e fatos gramaticais.
Portanto, esperamos que este material se torne um significativo instrumento 
para aperfeiçoar o uso de uma língua que você já conhece tão bem.
Bom trabalho e aperfeiçoamento do conteúdo.
Os autores!
Português Instumental 11
Sobre os Autores
 Liana Liberato Lopes Carlos, mestre em Educação pela UFC- 
Universidade Federal do Ceará (2016) vinculada no Programa de Pós- 
Graduação em Educação na UFC na Linha de pesquisa de História da 
Educação Comparada . Especialista em Ensino do Português pela UVA-
-Universidade Estadual Vale do Acaraú (2004). Graduada em Letras pela 
UVA-Universidade Estadual Vale do Acaraú (2003). Em 1998 passou a 
compor o quadro de colaboradores do SFIEC- Sistema da Federação das 
Indústrias no Estado do Ceará, onde atuou como professora nos cur-
sos profissionalizantes - SESI e SENAI (1998-2011). Foi professora co-
laboradora da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA (2009-2011)
ministrando as disciplinas de Produção textual e Português Instrumental. 
Atualmente é Professora nas Faculdades INTA nos cursos de graduação e 
Pós Graduação Lato Sensu e Professora Pesquisadora I pela Universidade 
Estadual Vale do Acaraú - UVA no Programa de Formação de Professores 
(PARFOR) no Curso de Pedagogia. Tem experiência na área de Linguística 
e História da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: 
linguagem, cultura, memória, história oral, identidade e práticas educati-
vas interdisciplinares nos espaços escolares e não escolares. 
Emanoel Pedro Martins Gome, mestre (2013) e doutorando 
(2014-2017) em Linguística Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação 
em Linguística Aplicada (PosLA) da Universidade Estadual do Ceará 
(UECE). Membro-pesquisador do Grupo PRAGMACULT - Pragmática 
Cultural, Linguagem e Interdisciplinaridade (ou NIPRA - Núcleo 
Interdisciplinar de Estudos em Pragmática), vinculado ao PosLA, e do 
Grupo Conflitualidade e Violência (COVIO), pertencente ao Programa de 
Pós-Graduação em Sociologia (PPGS), da UECE. Licenciado em Letras/
Português/Literaturas Brasileira e Portuguesa pela Universidade Estadual 
do Ceará (2010), atuando principalmente nos seguintes temas: escândalo 
político, discurso, filosofia da linguagem, análise do discurso crítica, 
pós-marxismoe teoria política e social crítica. Organizou e realizou 
semestralmente o Fórum DE CARA COM A LINGUAGEM! (2010-2013), 
que tinha por objetivo promover um diálogo entre a Pós-Graduação e a 
Graduação, por meio de um debate interdisciplinar envolvendo direta ou 
indiretamente a linguagem, sob as mais variadas abordagens, sejam elas 
linguísticas, literárias, sociológicas, filosóficas, jurídicas. Atualmente, é 
professor do curso de Direito das Faculdades INTA e ministra disciplinas 
voltadas para argumentação e produção textual.
ApAPRENDENDO A PENSARO estudante deverá analisar o tema da disciplina em estudo a partir das ideias organizadas pelos professores autores do material didático.
1
NOÇÕES BÁSICAS DE 
COMUNICAÇÃO HUMANA
CONHECIMENTOS
Compreender os elementos da comunicação como parte constitutiva das 
interações socioculturais.
HABILIDADES
Identificar e utilizar os elementos da comunicação nos diferentes contextos sociais.
ATITUDE
Usar a comunicação escrita e verbal de maneira crítica e construtiva nas diferentes 
situações sociais.
Português Instrumental14
COMUNICAÇÃO HUMANA
Estamos nos comunicando o tempo todo. Dependemos disso em nossa 
vida pessoal, social ou profissional. Queiramos ou não, estamos o tempo todo co-
municando algo a alguém. Mesmo que não queiramos nos comunicar, estaremos 
de alguma forma transmitindo e recebendo informações em forma de retorno (fee-
dback).
Tudo o que é vida é comunicação, porque implica necessariamente a trans-
missão de informações, sentimentos, ideias e conceitos, de um ponto para o outro. 
O sangue transporta oxigênio para as células, e, ao fazê-lo, está a comunicar vida.
A comunicação é poderosa e pode ser utilizada para o bem da humani-
dade ou manipulada em sentido oposto. A comunicação informa, motiva, ensina, 
emociona, vende, distrai, entusiasma, dá status, constrói mitos, destrói reputações, 
forma opiniões, deforma pensamentos, distorce fatos, orienta, desorienta, faz rir, 
faz chorar, inspira, narcotiza, reduz a solidão.
Sem querer cair num discurso radical, é preciso reconhecer que os meios 
de comunicação de massa têm demonstrado uma forte tendência em narcotizar 
o seu público, favorecendo a formação de uma cultura consumista e alienada, in-
O ser humano se desenvolve e se realiza graças à sua capacidade de 
comunicar e, assim, de interagir com outros indivíduos e com a sociedade.
Português Instumental 15
capaz de questionar o seu papel em um contexto social de injustiças, miséria, 
exclusão e violência. O público é tratado de forma que não refuta sobre as 
relações de causa e efeito que ajudam a configurar o contexto de subdesenvol-
vimento e exclusão social em que está inserido.
Sem a comunicação nos atrapalhamos no pensar, no fazer e no viver. 
Sem a comunicação somos incapazes de nos relacionarmos, de nos compreen-
dermos, de nos solidarizarmos. O ser humano se desenvolve e se realiza graças 
à sua capacidade de comunicar e, assim, de interagir com outros indivíduos e 
com a sociedade. Sem comunicação, há complicação.
Em síntese, nos comunicamos para:
•	 Sobreviver;
•	 Interagir;
•	 Cooperar;
•	 Satisfazer necessidades biológicas, físicas e psicológicas;
•	 Sentir-nos aceitos;
•	 Relacionarmos com outras pessoas;
•	 Suprir necessidades práticas;
•	 Desenvolver atividades econômicas (vender/comprar produtos e 
serviços);
•	 Dar e receber informações;
•	 Participar dos acontecimentos com ideias e opiniões.
Português Instrumental16
Uma pequena história para refletir...
QUEM NÃO SE COMUNICA SE COMPLICA...
Formado em administração, por uma das mais conceituadas universidades 
do país, com MBA em Gestão Estratégica pela Harvard School, e com a experiência 
de 10 anos de trabalho, em cargo de alta gerência de uma grande organização do 
setor de varejo, Márcio tinha o perfil de um jovem profissional com grande em-
pregabilidade. Tinha sido demitido da empresa por motivos estritamente políticos: 
disputa de poder entre duas diretorias com as quais a sua divisão era estreitamente 
relacionada. A empresa funcionava de forma reativa, sem se preocupar com ques-
tões ligadas a clima organizacional, programas de desenvolvimento, gestão parti-
cipativa ou comunicação interna. Sua demissão foi sumária, pois os indicadores de 
resultados da sua área de competência tinham caído em mais de 50%.
Com fluência em inglês, alemão e espanhol, escrevia artigos sobre adminis-
tração estratégica, publicados, com periodicidade, em uma revista especializada. O 
único problema de Márcio era sua personalidade recriada, introspectiva e reservada. 
Às escondidas, os colegas costumavam chamá-lo de Márcio “carranca”, pois vivia 
com um semblante emburrado e evitava conversas dentro e fora do trabalho. Falava 
o estritamente necessário, como se fosse um robô. Ninguém conhecia nada sobre a 
sua vida pessoal. Sabiam apenas que era casado, pela aliança de ouro no dedo da 
mão esquerda.
Márcio já tinha conversado com um dos maiores head-hunters do país e 
entregado o seu currículo para 20 empresas, em um período de seis meses, quando 
recebeu o comunicado de que deveria se apresentar para o processo de seleção em 
uma das maiores instituições financeiras do país. Após uma demorada entrevista 
com o gerente de Recursos Humanos e dois rápidos encontros com diretores da em-
presa, Márcio recebeu, através da agência de recolocação, o retorno contundente da 
empresa contratante: CANDIDATO REPROVADO.
MOTIVO: Profissional de grande competência, experiência e visão de negócio, 
porém com muita dificuldade em expressar seu pensamento de forma clara e objetiva. De-
monstra inabilidade no relacionamento humano, apresentando dificuldade em administrar 
conflitos e pouca desenvoltura para o diálogo e a troca de opiniões.
Português Instumental 17
COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
Márcio foi reprovado pela sua inabilidade em relacionar-se espontaneamen-
te e estar aberto para o diálogo. Dizer simplesmente “bom dia” por mera convenção 
social é muito diferente de falar “bom dia” por necessidade de sentir-se bem ao 
desejar, verdadeiramente, um bom dia para a pessoa com quem encontrou.
“Nenhum homem é uma ilha fechada sobre si; Todos são parte 
de um continente, uma parcela de terra principal. “
CARL GUSTAV YUNG
A comunicação é o fio condutor de todas as atividades e relacionamentos 
humanos. Literalmente, nada acontece sem que haja prévia comunicação. Comu-
nicar bem não é só transmitir ou só receber bem uma informação. Comunicação é 
troca de entendimento e sentimento, e ninguém entende outra pessoa sem consi-
derar, além das palavras, as emoções e a situação em que fazemos a tentativa de 
tornar comuns conhecimentos, ideias, instruções ou qualquer outra mensagem, seja 
ela verbal, escrita ou corporal.
Neste contexto vale ressaltar a diferença entre: INFORMAÇÂO e COMU-
NICAÇÂO. Antes de entendermos tais diferenças, pensemos: no nosso cotidiano, 
nas nossas relações com as pessoas, nas conversas com os amigos o que fazemos 
quando desejamos falar algo. Afinal, COMUNICAMOS ou INFORMAMOS? Veja:
A Informação é quando um emissor passa para um receptor um conjunto 
de dados codificados – uma mensagem. A informação pressupõe a figura de um 
emissor, uma mensagem e um receptor. Já a Comunicação envolve os mesmos ele-
mentos relacionados à informação, mas só acontece quando a mensagem recebida 
pelo receptor é compreendida, interpretada (decodificada) e encaminhada de volta 
ao emissor, o que caracteriza a retroalimentação do processo. Esse retorno da infor-
mação recebida é denominado FEEDBACK.
Português Instrumental18
Conhecendo melhor os elementos da comunicação
EMISSOR ou DESTINADOR – pode ser um indivíduo ou um grupo que 
emite uma mensagem.
RECEPTOR ou DESTINATÁRIO – é o que recebe a mensagem pode ser um 
indivíduo, um grupo, ou mesmo um computador.NOÇÕES DE LÍNGUA E LINGUAGEM
A busca pela comunicação descomplicada é um dos grandes desafios da 
humanidade, no entanto fala-se muito, mas poucos escutam. Todos nós conhece-
mos diversos tipos de linguagem: a linguagem jornalística, a linguagem humorística, 
as placas de trânsito, os cartuns, as charges, a linguagem verbal e não verbal e etc. É 
fácil para nós assimilarmos a noção de linguagem pois tudo que é capaz de comu-
nicar algo e nos passa alguma mensagem podemos entender como “LINGUAGEM” 
no entanto cada linguagem é constituída por um sistema de leis, sons e significados 
próprios. A LÍNGUA se distingue cuidadosamente da linguagem e em nível mais 
específico pode-se referir ao ato concreto da fala,ou seja, é manifestação inerente 
a espécie humana. 
Linguagem Formal e Linguagem Informal
A Linguagem Formal pode ser oral ou escrita. É geralmente empregada 
quando nos dirigimos a um interlocutor com quem não temos proximidade: solici-
tação de algo a uma autoridade, entrevista de emprego, por exemplo. A polidez e a 
seleção cuidadosa de palavras são suas características marcantes.
A linguagem formal segue a norma culta. É usada em situações formais 
como correspondência entre empresas, artigos de alguns jornais e revistas, textos 
científicos,livros didáticos.
Português Instumental 19
A Linguagem Informal também pode ser oral e escrita. É geralmente em-
pregada quando há um certo grau de intimidade entre os interlocutores, em situa-
ções informais, como na correspondência entre amigos e familiares.
A estrutura da linguagem informal também pode ser oral e escrita. É geral-
mente empregada quando há um certo grau de intimidade entre os interlocutores, 
em situações informais como na correspondência entre amigos e familiares.
A estrutura de linguagem informal é mais solta, como construções mais 
simples e permite abreviações, diminutivos, gírias e até construções sintáticas que 
não seguem a norma culta. Lembre-se de que usar essa linguagem não significa 
que o emissor não saiba (ou não possa) se comunicar de outra forma quando ne-
cessário.
Para entender melhor o conceito de Língua e Linguagem 
Linguagem - qualquer sistema de signos vocais ou escritos, visuais, fisio-
nômicos sonoros e gestuais capaz de servir à comunicação dos indivíduos. 
Língua - é o produto social da faculdade da linguagem de uma sociedade. 
É um conjunto de convenções necessárias adotadas pelo corpo social, para permitir 
o exercício da linguagem.
Para ampliar seus conhecimentos saiba mais e visite 
nossa biblioteca on line
Português Instrumental20
VARIAÇÃO E REGISTRO 
A língua enquanto sistemas de possibilidades oferece um conjunto flexível 
no que diz respeito às regras de: seleção, combinação, substituição, sem compro-
meter ou alterar a interação. É o que entendemos por VARIAÇÂO LINGUÍSTICA.
Ao trabalhar com o conceito de variação linguística estamos preten-
dendo demonstrar que a língua portuguesa, como todas as línguas do mundo 
não se apresenta de maneira uniforme em todo território brasileiro. Portanto, 
a língua não é usada de modo homogêneo por todos os falantes. O uso de uma 
língua varia de época para época de região para região de classe social para classe 
social, e assim por diante. Nem individualmente podemos afirmar que seja uniforme 
dependendo da situação uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de 
uma só forma da língua. 
É importante ressaltar que o processo de variação linguística ocorre em 
todos os níveis de funcionamento da linguagem e que a variação da língua se dá em 
função do emissor e do receptor. São diversos os fatores responsáveis pela variação 
da língua, a saber: região, faixa etária, classe social, tempo e profissão.
Tipos de Variação Linguística
Existem dois tipos de variação linguística: os dialetos (variedades que ocor-
rem em função das pessoas que utilizam a língua, ou seja dos emissores); os re-
gistros (variedades que ocorrem em função do uso que se faz da língua, as quais 
dependem do receptor, da mensagem e da situação).
A língua portuguesa mostra a diferença de fala e escrita em Portugal e Brasil 
e mesmo dentro de Portugal e Brasil temos regiões que apresentam marcas espe-
cíficas principalmente na fala. Essas variações são denominadas REGIONALISMOS, 
DIALETOS ou FALARES LOCAIS. É um dos fenômenos mais estudados, além da mu-
dança de língua de uma região para outra do planeta temos as variações dentro de 
um mesmo país que fala a mesma língua. 
Português Instumental 21
A Variação Dialetal - varia de acordo com as características que se tradu-
zem no seu modo de se expressar. Faz referência ao meio social que você vive ou que 
foi criado(a), a profissão que exerce, a sua faixa etária e o seu nível de escolaridade.
A Variação de Caráter Regional - incluem-se as diferenças linguísticas ob-
servadas entre as pessoas de regiões distintas, onde se fala a mesma língua. Exem-
plos desta variação são as diferenças encontradas entre os diversos países de língua 
portuguesa (Brasil, Portugal e Angola) ou entre regiões do Brasil (região Sul com os 
falares gaúcho e catarinense) e a região nordeste com os falares baiano, pernambu-
cano, etc.).
 O segundo tipo de variedade que as línguas podem apresentar diz respeito 
ao uso que se faz da língua em função da situação em que o usuário e o interlo-
cutor estão envolvidos. Para tanto se faz entender que qualquer pessoa deve estar 
em sintonia com o seu interlocutor e isto é facilmente observável na maneira como 
nos dirigimos, por exemplo, uma criança a um colega de trabalho, a uma autorida-
de. Dessa forma escolhemos modos de dizer para cada situação tentar a daptar a 
própria linguagem a do interlocutor já é realizar um ato de comunicação.
As Variações de Registro
As variações de registro podem ser de três tipos:
•	 Grau de Formalismo: o grau de formalismo se manifesta em diferentes 
níveis de construção de enunciado (no vocabulário e na sintaxe).
•	 Modalidade de uso: A expressão linguística pode se realizar em dife-
rentes modalidades a escrita e a falada. Vale a pena lembrar algumas 
diferenças. Na língua falada há entre falante e um ouvinte um intercâm-
bio direto o que não ocorre com a língua escrita a qual se faz geralmente 
na ausência de um dos participantes; na fala as marcas de planejamento 
de um texto não aparecem porque a produção e a execução se dão 
de forma simultânea por isso o texto oral é pontilhado de pausas inter-
rupções, retomadas e correções, isto na se observa na escrita porque 
o texto se apresenta acabado houve um tempo para a sua elaboração. 
Português Instrumental22
É bom lembrar que não se pode associar a língua escrita a formalidade e 
a língua falada a informalidade porque tanto em uma quanto em outra 
modalidade se verificam diferentes graus de formalidade. No entanto, 
podem existir textos muito formais na língua falada e textos completa-
mente informais na língua escrita. 
•	 Sintonia: Deve ser entendida como o ajustamento que o falante realiza 
na estruturação dos seus textos a partir das informações que tem sobre 
o seu interlocutor. Por exemplo: ao falar com o filho ou deixar um bilhete 
para ele, a mãe usará um registro diferente que usaria com o seu chefe; 
isso se dá em função do diferente grau de intimidade que mantém com cada 
um desses interlocutores.
2
GRAMÁTICA NO TEXTO
CONHECIMENTOS
Compreender os fatores textuais e extralinguísticos para interpretar e produzir 
textos.
HABILIDADES
Identificar as estruturas gramaticais para compreender, produzir e interpretar 
textos.
ATITUDE
Produzir os mais variados gêneros textuais por meio das regras 
gramaticais estudadas.
Português Instumental 24
PARA QUE SERVE A GRAMÁTICA NO TEXTO? 
Neste capítulo, serão tratadas algumas características textuais para uma 
compreensão dos textos. Tais característicasrevelam traços importantes presentes 
nos textos que nos permitem entender o seu funcionamento em situações de 
interação verbal.
Essa última palavra, interação verbal, é chave para entendermos esta parte do 
material. Isso porque todo texto que encontramos em nosso cotidiano é produzido 
em função de uma interação entre pessoas. Nesse sentido, nada se escreve, nada se 
produz em termos de texto independentemente de alguém que vá ler. A interação 
verbal, uma atividade de ação entre interlocutores, é complexa e envolve vários 
fatores que auxiliam na compreensão entre as pessoas, 
Isso faz lembrar o primeiro capítulo do material sobre comunicação humana, 
quando foi discutido sobre produtor, receptor, referente, mensagem, canal e 
contexto. Todos esses elementos interferem e concorrem na produção de um texto. 
Todo texto é produzido por alguém que tem uma intenção comunicativa. 
Mas, para que esta intenção seja claramente entendida pelo interlocutor, 
algumas características o texto tem de ter. A coerência textual, como será vista neste 
capítulo, é um atributo imprescindível em qualquer tipo de texto, assim como a 
coesão.
Além disso, o capítulo está voltado para o bom uso da língua portuguesa em 
circunstâncias formais de interação. Este “bom uso” é assim dito porque compreende 
o emprego sintática e morfologicamente correto de estruturas da língua esperadas 
em momentos sobretudo de escrita, uma vez que o uso oral da língua, quando 
relacionado a ocasiões informais de uso da língua, permite alguma flexibilidade em 
termos de organização linguística. Contudo, a linguagem escrita se circunscreve na 
história de nossa civilização a práticas estritamente consagradas e tradicionais que 
requerem do escrevente um conhecimento correto de como se organiza a língua e 
o conjunto de palavras que a compõem. 
Assim sendo, é importante que todos vocês lembrem que as palavras que 
formam nossa língua são pensadas e distribuídas pedagogicamente em várias 
categorias e se relacionam entre si de inúmeras formas. Como disse o famoso 
Português Instrumental25
linguísta norte-americano, Noam Chomsky, a linguagem humana é formada a partir 
de um número finito de palavras, mas estas formam um conjunto infinito de frases 
e sentenças. E entender como as palavras se relacionam é parte fundamental para 
compreendermos como podemos formular inúmeras frases e textos em nosso 
cotidiano.
Nesse sentido, algumas regras de gramática serão abordadas neste capítulo, 
como as de concordância, de regência, de colocação pronominal, além das do Novo 
Acordo Ortográfico, em vigor no Brasil e em países lusófonos desde o início de 2016. 
COESÃO E COERÊNCIA 
Afinal de contas, o que é coerência?
A coerência se constrói, em dada situação de 
interação, entre o texto e seus usuários, em função da 
atuação de uma complexa rede de fatores, de ordem 
linguística, sócio-cognitiva e interacional. (KOCH, 2001, 
p.03). Nesta citação, Koch afirma que para um texto 
ser coerente ele deve estar relacionado a uma série de 
fatores, e alguns deles vão muito além do próprio texto. 
Como se vê no exemplo abaixo de conversa telefônica, 
pela qual as amigas dialogam oralmente, é permitido e é 
compreensível que o verbo ser fosse excluído do diálogo 
sem maiores prejuízos para o nosso entendimento, mas 
caso essa conversa acontecesse em um jornal? Será que 
entenderíamos da mesma forma? Provavelmente não! 
Talvez nem entendêssemos. 
Exemplo 1: conversa telefônica:
Amanda: - Júlia?
Júlia: - Oi?
Amanda: - Sabe a Maria?
Júlia: - Sei. O que tem?
Português Instumental 26
Amanda: - Ela morreu.
Júlia: - Mentira! tão bonita ela.
Amanda: - Verdade.
Conforme Beaugrande e Dressler (1987), para um texto ser coerente ele deve 
estar de acordo com o conhecimento de mundo do interlocutor e estar relacionado 
com uma situação conhecida e compartilhada com ele. Assim, sem a contribuição 
do interlocutor, nenhum texto seria coerente. Vejamos o exemplo abaixo:
A BALANÇA
 
Iara, filhinha de Nelson Vaz, tinha ido à farmácia para se pesar.
Chegou e explicou:
- Mamãe, só ficou faltando um minuto para vinte e cinco quilos.
Fonte: BLOCH, Pedro. Criança diz cada uma! Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1983
Você acha que Iara foi incoerente?
________________________________________________________________________________________
 
Qual foi o erro de Iara?
________________________________________________________________________________________
O que você faria para explicar de forma coerente o peso à Iara?
________________________________________________________________________________________
Português Instrumental27
Fatores de Textualidade
De acordo com Val (1999), para um texto ser coerente ele deve obedecer a 
algumas metas e regras:
a) Continuidade: diz respeito às retomadas textuais que fazemos com a 
finalidade de trazer a mente do interlocutor o objeto do nosso discurso, 
como exemplo, podemos citar o uso de artigos definidos, indefinidos, 
pronomes demonstrativos, repetições e substituições, como no caso de 
Maria por ela no último enunciado de Júlia em nosso primeiro exemplo.
b) Progressão: além de retomar, o texto deve progredir, portanto a 
progressão consiste na articulação textual que prevê a inserção de 
novos elementos, como novos temas, ou subtemas. No caso da tirinha 
do Armandinho, podemos destacar a sua segunda fala: e é causada pelo 
acúmulo de placas. Neste ponto do diálogo, o personagem fornece a 
seu interlocutor informações adicionais sobre a gengivite e assim faz seu 
texto progredir por um subtema.
c) Não contradição: já vimos que é preciso retomar e progredir, mas isso 
não é suficiente. Além disso, temos que ter em mente que o texto deve 
estar relacionado a situação, aos padrões culturais e sociais da linguagem 
que os falantes compartilham, como no caso da conversa telefônica, 
é culturalmente aceito que na oralidade invertamos a ordem sujeito-
verbo-objeto ou até mesmo esqueçamos, em determinadas situações, 
elementos importantes como o verbo.
d) Relação ou articulação: trata-se do modo como todas as informações 
novas e velhas são retomadas, adicionadas ou substituídas de acordo 
com o mundo representado e como ele se apresenta no texto.
Fatores extralinguísticos
Será que para compreendermos o texto como uma unidade de sentido, 
precisamos apenas de fatores linguísticos? Certamente não. Podemos destacar que 
o nosso conhecimento é um ingrediente fundamental para o seu entendimento.
Português Instumental 28
Beaugrand e Dressler (1987) sugerem que os textos coerentes devem 
atender a fatores extralinguísticos, a saber:
•	 Intencionalidade: os textos devem contemplar as intenções 
comunicativas de quem o produz. Assim, ao interpretarmos o texto 
devemos identificar a intenção de seu autor. Por exemplo: ao abrir um 
encarte de supermercados e verificarmos uma dica de receita, sabemos 
de antemão que a receita está ali para auxiliar a venda de um ou mais 
produtos.
•	 Aceitabilidade: os textos devem corresponder às expectativas de seus 
interlocutores. Considerando o exemplo do encarte, podemos destacar 
que ao abrir o encarte já nos encontramos previamente preparados 
para esperar exemplos de publicidade e não outro gênero, como por 
exemplo, o literário.
•	 Situacionalidade: consiste na adequação do texto a situação a qual 
ele se insere. Assim, por estar em um encarte publicitário, os anúncios 
deverão ser breves e chamativos, não podem fornecer toda a ficha 
técnica dos produtos.
•	 Informatividade: consiste em uma medida entre informações novas 
e velhas do texto. Quanto mais informações novas, mais informativo 
ele é. Neste caso, vocês acham que um encarte de supermercados é 
informativo? Justifiquem.
Tipos de coerência
Agora que já discutimos sobre o conceito de coerência; assim como os 
fatores textuaise extralinguísticos, é importante conhecer os tipos de coerência, a 
saber: Coerência narrativa; Coerência figurativa e Coerência argumentativa.
A Coerência narrativa diz respeito ao modo como uma história é contada de 
forma a fazer sentido. A história não deve conter contradições, seu leitor/destinatário 
deve conseguir realizar um percurso lógico de entendimento da narrativa.
Português Instrumental29
A Coerência figurativa, por sua vez, trata da descrição das personagens de 
modo que suas ações e adjetivos atribuídos a elas não apresentem contradições. 
Deste modo, para sermos coerentes de modo figurativo, devemos fazer uso do campo 
semântico da palavra que utilizamos para atribuir uma qualidade a personagem.
A Coerência argumentativa ocorre quando optamos por manter uma 
mesma linha de raciocínio e argumentação em nosso texto, evitando com que o 
nosso leitor/interlocutor fique confuso.
Tipos comuns de incoerência
Tendo em vista os tipos de coerência citados, é válido observar que a incoerência 
ocorre quando o nosso texto apresenta algum tipo de contradição, e assim, ele 
pode não fazer mais sentido. Algumas vezes, ela aparece de forma tão sutil que não 
percebemos, e isso é problemático. Principalmente em textos mais formais, como 
uma redação para o exame do Ensino Médio, Ensino Superior ou mesmo de um 
concurso público. Por isso, devemos ficar atentos a alguns tipos de incoerência.
•	 Incoerência Semântica: ocorre quando utilizamos palavras que 
combinadas não fazem sentido.
•	 Incoerência sintática: surge quando empregamos os conectivos de 
forma equivocada.
•	 Incoerência estilística: se manifesta quando utilizamos mais de um tipo 
de registro linguístico, tornando o texto estranho.
Ex. O dia está envelhecendo.
Ex. "Venho diante de vossa Magnificência manifestar meu repúdio 
ao fato de uma instituição pública querer subtrair da população um 
espaço de lazer. Francamente achei a maior sujeira, sacanagem, nada 
a ver." 
Ex. “Pessoas ricas procuram o ensino particular. Onde os métodos, 
equipamentos e professores são melhores.”
Português Instumental 30
•	 Incoerência pragmática: podemos dizer que esse tipo de incoerência 
é verificado através da inadequação a realidade sociocultural a qual o 
texto está inserido.
Tópico Discursivo
Para Marcuschi (2006), o tópico discursivo abrange tudo aquilo que é objeto 
do discurso, ou seja, sobre o que se está falando. O tópico do discurso pode se 
manifestar de formas diferentes dependendo do gênero discursivo, e da natureza 
da comunicação (oralidade e escrita). Com base nesta definição, podemos dizer que 
uma frase pode ser um tópico ou apenas um elemento que constitui esse tópico. O 
tópico deve ser claro e estar enquadrado a uma situação de comunicação, por isso, 
ele deve ser coerente.
Em Koch (2004, p.62), observamos que para a constituição de uma 
comunicação efetiva, precisamos nos amparar na memória discursiva do nosso 
interlocutor e para isso, o autor do texto e seu destinatário devem estar atentos às 
operações de referenciação, são elas:
•	 Construção/Ativação: a construção ou ativação ocorre quando 
mencionamos um termo ou palavra pela primeira vez no texto. Esse 
termo fica evidente e pode ser retomado várias vezes no decorrer do 
texto.
•	 Reconstrução/ reativação: a reativação ou reconstrução ocorre quando 
o termo que foi introduzido inicialmente foi retomado seja por repetição, 
seja por reconstrução, que por sua vez, pode ocorrer sob a forma de 
artigos, pronomes, hiperônimos, hipônimos.
•	 Desfocalização/desativação: no texto, também podemos introduzir 
novos tópicos, e desse modo, desativamos o anterior para que o nosso 
leitor/interlocutor não se confunda, daí fazemos todo o processo 
novamente.
Português Instrumental31
Exemplo: Notícia
Estudantes do IFCE vão representar o Brasil em mundial de robótica na 
Alemanha
No torneio, os alunos constroem e programam um carro para completar um 
percurso, de forma autônoma. Vencedores realizaram o trajeto em cerca de 12 segundos.
Estudantes do campus de Cedro do Instituto Federal do Ceará (IFCE) venceram 
a FreescaleCupBrazil – IntelligentCar Racing e ganharam credencial para representar 
o Brasil na etapa mundial do torneio de robótica, que ocorre em 2015 na Alemanha. 
Os grupos, formados por estudantes do 7° semestre do curso de Mecatrônica Industrial, 
consagraram o instituto como bicampeão do torneio. 
Além do IFCE de Cedro, outras instituições de ensino, como USP, Udesc e Unicamp 
participaram da competição. Na seletiva nacional, realizada em São Paulo, as equipes 
do IFCE conquistaram o primeiro e segundo lugares. No torneio, os alunos constroem e 
programam um carro para completar um percurso, de forma autônoma, em uma pista de 
corrida com obstáculos com curvas, túneis, quebra-molas e cruzamentos. Os vencedores 
realizaram o trajeto em cerca de 12 segundos.
Redação O POVO Online com informações do IFCE
Fonte: Jonal O Povo - https://goo.gl/uCNohd
Coesão
Na construção de um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para 
garantir ao interlocutor a compreensão do que é dito ou lido. Esses mecanismos 
linguísticos que estabelecem a conectividade e a retomada do que foi escrito ou dito, 
são os referentes textuais e buscam garantir a coesão textual para que haja coerência, 
não só entre os elementos que compõem a oração, como também entre a sequência 
de orações dentro do texto. De acordo com Halliday; Hason 1976 a coesão não nos 
revela a significação do texto, revela-nos a construção do texto enquanto edifício 
semântico.
Português Instumental 32
Um texto incoerente é o que carece de sentido ou se apresenta de forma 
contraditória. Muitas vezes, essa incoerência é resultado do mau uso dos elementos 
de coesão textual. Na organização de períodos e de parágrafos, o erro no emprego 
dos mecanismos gramaticais e lexicais pode vir a prejudicar o entendimento global 
do texto. 
Por consequência, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre os 
elementos que compõem a estrutura textual. Antunes (2005, p.47) define essa 
estratégia textual como sendo a “propriedade pela qual se cria e se sinaliza toda 
espécie de ligação, de laço, que dá ao texto unidade de sentido ou unidade temática”.
Numa linguagem figurada, podemos dizer que a coesão é uma linha 
imaginária - composta de termos e expressões - que une os diversos elementos do 
texto e busca estabelecer relações de sentido entre eles.
Fonte: Diario de Pernambuco. In Marcuschi, L.A Produção Textual, análise de gênero e compreensão, p. 107.
 
Assim, a coesão é justamente uma parte dos requisitos de sequencialidade 
textual que qualquer conjunto de enunciados deve preencher se quiser “fazer 
sentido”. Quando falamos de Coesão textual, falamos a respeito dos mecanismos 
linguísticos que permitem o estabelecimento de uma sequência lógico-semântica 
entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases e parágrafos.
VAMOS REFLETIR?
Se tivermos uma sequência corretamente bem construída, podemos 
compreender seu sentido? 
Exemplo: A Argentina teme um novo golpe.
Vários enunciados corretamente construídos e postos em sequência 
imediata podem formar um todo aceitável?
Exemplo: Uma bomba destrói o altar onde o Papa ia rezar uma missa. A Argentina 
teme um novo golpe. O PTB recebe convite para integrar o Governo a nível de 
Ministério. O BNH dá toda atenção aos mutuários oferecendo-lhes alternativas. 
Santos e Flamengo resolvem a primeira etapa. Brizola tem a preferência do povo em 
eleições diretas.
Português Instrumental33
Explicando melhor
Circuito fechado
Ricardo Ramos
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, 
espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água 
fria, água quente, toalha. Creme para cabelo,pente. Cueca, camisa, abotoaduras, 
calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, 
chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, 
xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. (...)
Muito prazer. Por favor, quer ver o meu saldo? Acho que sim. Que bom 
telefonar, foi ótimo, agora mesmo estava pensando em você. Puro, com gelo. Passe 
mais tarde, ainda não fiz, não está pronto. Amanhã eu ligo, e digo alguma coisa. 
Guarde o troco. Penso que sim. Este mês, não, fica para o outro. Desculpe, não me 
lembrei. Veja logo a conta, sim? É uma pena, mas hoje não posso, tenho um jantar. 
(...)
Não foi o amor, a certeza, o amanhã, foram as palavras que representam, 
a ideia de, o conceito, enfim, a sua redução. Não foi pouco nem muito, foi igual. 
Não foi sempre, nem faltou, foi mais às vezes. Não foi o que, foi como, e onde, e 
quando. Não, não foi.
Neste texto, o título não permite que façamos uma relação de fatos 
e estabeleçamos um continuum de sentido. Os enquadres são aqui feitos e nós 
compreendemos este texto porque ele descreve cenas que nos são familiares 
em nosso dia a dia. Esse texto mostra, conforme Marcuschi (2008), que a coesão 
superficial do texto não é necessária para a construção do sentido. Contudo, isto 
não significa que ela seja “irrelevante.” Neste caso, há um imenso investimento de 
conhecimentos compartilhados que supre a ausência de outros critérios. Aqui, a 
coesão é inferida a partir da coerência.
Sendo a coesão, então, os processos que tornam recuperáveis uma ligação 
linguística significativa entre os elementos do texto, é desejável que apareça como 
meio de facilitar a compreensão e a produção de sentido. 
Português Instumental 34
Mecanismo de Coesão
Coesão referencial: é composta por itens da língua que não possuem 
sentidos em si mesmos, mas que remetem a outros elementos do discurso necessários 
à sua interpretação.
Exemplos de bom uso:
•	 Lucas nasceu com uma deficiência: a falta da mão esquerda. Nenhum 
médico sabia realmente o motivo para esse acontecimento.
•	 O aniversário de 18 anos de Maria estava chegando, e ela pediu um livro 
de presente, mas seus pais não podiam dar, por conta das dificuldades 
financeiras. Ela ficou triste, mas entendeu a situação.
Exemplos de usos que poderiam ser melhorados
•	 Toda tarde, Lucas lia um jornal para o seu avô e, assim, ele começou a se 
interessar por esse gênero.
•	 Alguns anos se passaram, Maria havia terminado sua faculdade de 
“Jornalismo”, e estava trabalhando como jornalista em uma das melhores 
empresas do Rio de Janeiro, e era considerada uma das mais competentes 
do Brasil.
Coesão sequencial: diz respeito aos mecanismos e procedimentos 
que permitem que se estabeleçam diversos tipos de relação de sentido entre os 
enunciados.
Vamos analisar!
•	 Entretanto, a base deveria ser fornecida pelo governo, na criação de 
escolas, campanhas de conscientização ao não analfabetismo e a criação 
de bibliotecas públicas, onde idosos, adultos, adolescentes e crianças 
tenham acesso a clássicos nacionais e, portanto, à cultura.
•	 Seus pais sempre a encorajaram a nunca desistir de seus sonhos, e nunca 
deixar de ler, pois eles sempre falavam que para ter uma boa profissão 
é preciso ler.
Português Instrumental35
•	 As escolas têm o papel de alfabetizar os alunos, mas, para se criar o 
hábito e o prazer de ler muito, as instituições devem investir em projetos 
literários e ter um grande inventário que contenha livros dos mais 
variados. Os pais podem ajudar, sempre devem acompanhar os filhos 
no processo de aprendizagem, trazer sempre o vínculo que estimule a 
leitura (ler livros e histórias).
CONCORDÂNCIAS NOMINAL E VERBAL
Principais Regras de Concordância Nominal
1. Adjetivos, artigos, numerais e pronomes (adjuntos) concordam em gênero 
e número com o substantivo a que se referem:
Exemplos: 
As nossas duas amigas italianas nos visitarão em dezembro.
Os nossos primeiros e decisivos resultados foram positivos.
A concordância nominal considera as flexões de gênero 
e número entre o substantivo e o adjetivo, o artigo, o 
numeral e o pronome. É o princípio de acordo com o qual 
toda palavra variável referente ao substantivo deve se 
flexionar (alterar a forma) para se adaptar a ele.
Ex: As nossas lindas e queridas alunas passarão no concurso.
Em alguns casos (quando da presença de dois ou mais 
numerais acompanhando substantivo), a concordância 
exigirá flexão somente do substantivo.
Português Instumental 36
2. O adjetivo ligado a substantivo(s) do mesmo gênero e número vai 
normalmente para o plural:
Exemplos: 
Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.
Mãe e filha estudiosas ganharam o prêmio. 
3. O adjetivo ligado a substantivos de gênero diferente vai para o masculino 
plural:
4. O adjetivo posposto a substantivos com gênero e número distintos um 
do outro concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo:
5. O adjetivo anteposto concorda sempre com o substantivo mais próximo:
6. O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito (um atributo do 
sujeito) concorda com o sujeito:
Exemplo: 
Comprei livros e revista atualizada.
Exemplo: 
Dedico este poema à querida tia e primos.
Exemplo: 
Meninos e meninas estudiosos ganharam o prêmio.
Exemplo: 
Meus amigos são esforçados.
(Obs.: o predicativo do sujeito é um termo da oração que se atribui ao 
sujeito da frase e que aparece somente em predicados cujo verbo é de 
ligação, como ser, estar, permanecer, seguir, tornar-se, ficar, virar – no 
sentido de tornar-se –, dentre outros).
Português Instrumental37
2. Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo vão 
para o singular ou plural:
3. Vão para o plural os substantivos acompanhados de numerais em que o 
primeiro vier precedido de artigo e o segundo não:
7. O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predicativo 
do sujeito (um atributo do sujeito) no gênero da pessoa real, física, a quem ele se 
refere:
Exemplo: 
Já li o primeiro e o segundo livro (livros).
Exemplo:
Curso de letras anglo-germânicas. 
Casos especiais de Concordância Nominal
1. Nos adjetivos compostos de adjetivo, o primeiro elemento é invariável, 
ficando sempre no masculino:
Exemplo:
Sua Excelência, o Governador, foi compreensivo.
Exemplo:
Já li o primeiro e segundo livros.
Português Instumental 38
4. O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural:
5. As expressões anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio, quite, junto, 
leso e meio concordam com a palavra à qual se referem:
Exemplo:
Estudei os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
ANEXO
Vai anexa a duplicata. 
Os recibos vão anexos.
(Obs. Anexo precedido da preposição em fica imutável). 
Ex. Em anexo, seguem faturas.
INCLUSO
A fotografia segue inclusa.
Os documentos estão inclusos.
OBRIGADO
Ele respondeu: muito obrigado.
Ela respondeu: muito obrigada.
Os alunos disseram: muito obrigados.
MESMO
Ela mesma escreveu a carta.
Nós mesmos fazemos as reclamações.
(Obs. Mesmo significando de fato, realmente, é invariável). 
Ex. Ela fará mesmo a prova?
PRÓPRIO
Ela própria fez o comunicado.
Eles próprios receberam o prêmio.
QUITE
Estou quite com meu cartão de crédito.
Todos vocês estão quites com a tesouraria do curso?
Português Instrumental39
Exemplos:
Poucos alunos tinham muitos motivos para a reclamação. (adjetivos)
Eles estudam pouco e elas estudam muito. (advérbio)
Os livros estavam baratos, mas as outras mercadorias estavam 
caras. (adjetivos)
Estas bijuterias custam barato, mas as joias originais custam caro. 
(advérbio)
Andei por longes terras. (adjetivo)
Moramos longe das badalações. (advérbio)
JUNTO
João e Pedro sempre chegam juntos.
Aquelas alunas nunca estudamjuntas. 
(Obs. Junto funcionando como advérbio (juntamente) ou 
compondo locução prepositiva (junto com..., junto de...) é 
invariável.
 Ex.: Junto, remeto-lhe as cobranças.
LESO
Cometeu um crime de lesa-pátria.
Foi um crime de leso-patrimônio.
MEIO
Compramos meio quilo de soja.
Serviu-nos meia porção de arroz.
(Obs. Meio, quando advérbio com sentido de um pouco, é 
invariável).
Ex. As crianças acordaram meio doentes.
 
6. Os vocábulos muito, pouco, caro, barato, longe, ora funcionam como 
adjetivos (concordando, portanto, com o substantivo a que se referem), ora funcio-
nam como advérbios (sobretudo quando acompanham o verbo “custar”), perma-
necendo invariáveis.
Português Instumental 40
7. Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a): após essas expressões, o 
substantivo fica sempre no singular e o adjetivo no plural.
8. O (a) mais ... possível - Os (as) mais ... possíveis; 
O (a) pior ... possível - Os (as) piores ... possíveis; 
O (a) melhor ... possível - Os (as) melhores ... possíveis.
O adjetivo “possível”, nas expressões “o mais...”, “o pior...”, “o melhor...”, 
permanece no singular. Com as expressões “os mais...”, “os piores...”, “os melhores...”, 
ele vai para o plural.
9. É bom, é necessário, é proibido, é preciso: essas expressões não variam se 
o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante, como pronome ou 
numeral. 
Exemplos:
Renato advogou um e outro caso fáceis.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
Exemplos:
Os dois autores defendem a melhor doutrina possível.
Estas frutas são as mais saborosas possíveis.
Eles foram os mais insolentes possíveis.
Comprei poucos livros, mas são os melhores possíveis.
Exemplos:
Canja é bom. / A canja é boa.
É necessário presença de todos. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é proibida.
Português Instrumental41
10. Só, no sentido de apenas ou somente, é advérbio e fica invariável; só, no 
sentido de sozinho, é adjetivo e se torna variável. 
Concordância Verbal
A relação entre o verbo e o sujeito, que ele faz viver no tempo, exterioriza-
se na Concordância Verbal, isto é, na variabilidade do verbo para conformar-se ao 
número e à pessoa do sujeito. A concordância verbal evita a repetição do sujeito, 
que pode ser indicada pela flexão verbal a ele ajustada.
A concordância verbal considera as flexões de número e pessoa entre o 
verbo e o sujeito.
1. O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito simples.
2. O sujeito composto por elementos da mesma pessoa gramatical leva o 
verbo para o plural:
Exemplo:
Só consegui comprar uma passagem. 
(Obs.: Além desses casos, existe a expressão a sós, que tem o sentido 
de somente, sozinho, mas neste caso é sempre invariável).
 Ex: Ele estava a sós em casa.
Exemplo: 
A revista sumiu daqui.
Exemplo: 
A revista e o jornal chegaram agora.
Português Instumental 42
3. O sujeito composto por elementos de pessoa gramatical diferente leva o 
verbo para o plural da pessoa predominante:
4. O verbo concorda com o elemento mais próximo do sujeito composto. 
Contudo, o mais acertado é que, havendo após o verbo mais de um elemento que 
exerça a função de sujeito, o verbo fique no plural:
Exemplo:
a) A 1ª pessoa predomina sobre a 2ª e a 3ª:
Tu, ela e eu somos os melhores.
b) A 2ª pessoa predomina sobre a 3ª:
Tu e ela sois os melhores.
Exemplo:
Restou-me uma folha de papel, um lápis e uma borracha.
Restaram-me uma folha de papel, um lápis e uma borracha.
Casos especiais de Concordância Verbal
1. O sujeito formado de substantivo coletivo (enxame, manada, constelação, 
cacho etc.), acompanhado de nome no plural, pede o verbo no singular ou plural.
2. O sujeito que tem como núcleo uma forma no plural, acompanhado de 
artigo no plural, pede o verbo no plural.
Exemplo: 
Um bando de crianças quebrou o vidro.
Exemplo: 
Os Estados Unidos são uma grande nação.
Português Instrumental43
4. A expressão um ou outro pede o verbo no singular.
5. A expressão mais de um pede o verbo no singular.
6. Os verbos dar, bater, e soar, indicando horas, concordam com o sujeito.
3. O verbo transitivo direto (que pede complemente sem ajuda de preposição), 
ao lado do pronome se apassivador do sujeito, concorda com o sujeito paciente.
Exemplo: 
Um ou outro doce me deliciava.
Exemplo: 
Mais de um membro da comissão ficou descontente.
Exemplos:
Deu uma hora.
Deram quatro horas.
Soaram três horas.
Bateu uma hora.
Exemplos:
Vende-se uma casa.
Vendem-se várias casas.
COMO USO A 
CONCORDÂNCIA DO 
VERBO SER?
Concordância com o verbo SER
Português Instumental 44
Exemplo: 
Isto não são coisas que você possa dizer.
Exemplo: 
Quinhentos gramas é pouco.
1. Com as palavras tudo, isto, isso, aquilo e o predicativo no plural, o verbo 
ser tem de ir para o plural.
2. As expressões é muito, é pouco, é mais de, é menos de, é tanto, quando 
indicam preço, quantidade, peso, ficam com o verbo no singular.
Exemplos: 
Hoje são vinte de janeiro.
É zero hora em Brasília.
São onze horas da manhã.
3. Em horas, datas e distâncias, o verbo ser é impessoal e concorda com o 
predicativo:
(Obs.: O correto é: É meio-dia e meia (hora)).
Concordância com o verbo HAVER E FAZER
COMO USO A 
CONCORDÂNCIA DO 
VERBO HAVER?
Português Instrumental45
1. O verbo haver apresenta as seguintes peculiaridades:
a) No sentido de existir é impessoal e conjuga-se apenas na 3ª pessoa do 
singular.
Havia muitas frutas na geladeira.
b) No sentido de existir, e ao lado de outro verbo, torna o outro também 
impessoal:
Deve haver belos espetáculos hoje.
c) No sentido de ter, conjuga-se normalmente:
Eles haviam chegado lá. 
a) No sentido de tempo é impessoal e conjuga-se apenas na 3ª pessoa do 
singular:
Faz muitos dias que não vou lá.
b) No sentido de fazer alguma coisa, conjuga-se normalmente:
Elas fazem doce pra vender.
2. O verbo fazer apresenta as seguintes peculiaridades:
COMO USO A 
CONCORDÂNCIA DO 
VERBO FAZER?
Português Instumental 46
EXPLICANDO MELHOR: 
A Concordância Verbal e Nominal talvez o s erros mais comuns em todos 
os textos sejam os de concordância. E o pior é que são os mais gritantes, que mais 
chamam a atenção e mais depõem contra os seus autores. A maior causa dos erros 
de concordância é simplesmente a falta de atenção e de revisão do texto. A melhor 
forma de evitar os erros de concordância verbal é a seguinte: ao revisar seu texto, 
procure localizar de imediato o sujeito de cada período e observe se os verbos 
concordam com ele. Quanto à concordância nominal, o ideal é estudar atentamente 
a gramática para evitar desastres como “eu estou meia triste” ou “ela é menas 
inteligente”.
EXEMPLOS E COMENTÁRIOS
“A violência, a corrupção e a impunidade reflete o nosso verdadeiro país.”
SUJEITO COMPOSTO; o verbo deveria estar no plural (refletem).
“O Brasil necessita de pessoas dignas e honesta para governar e administrar 
toda a nossa riqueza.”
Se são “pessoas”, deverá ser “dignas e honestas”.
“Acredito que ser vendedor é ter inserido na sua personalidade características 
que fazem desse indivíduo um ser singular.”
O termo “inserido” se refere a “características”, logo, o correto seria “inseridas”.
Português Instrumental47
Ex: Ele tem amor à vida
vida (substantivo) termo regido
REGÊNCIA NOMINAL
A Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramaticalmente 
de outro. É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou 
advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada 
por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que 
vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. 
Conhecer o regime de um verbo significa, nessescasos, conhecer o regime dos 
nomes cognatos.
Termo regente é a palavra que precisa de outra para completar-lhe o 
sentido:
Termo regente é a palavra que precisa de outra para completar-lhe o 
sentido:
Observe:
 O verbo obedecer e os nomes correspondentes regem complementos 
introduzidos pela preposição “a”. Veja: Obedecer (a algo/a alguém); Obediente (a 
algo/a alguém).
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou 
preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, 
associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Ex: Ele tem amor à vida.
amor (substantivo) termo regente
Português Instumental 48
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com
Respeito a, com, para 
com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Adverbio:
• Longe de
• Perto de
• Junto de 
Português Instrumental49
REGÊNCIA VERBAL
A regencia verbal trata dos complemento do verbo.
Exemplo:
Aspiramos um ar poluído. 
ASPIRAR
a) Atrair para os pulmões (transitivo direto)
No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
b) Pretender (transitivo indireto) com a preposição a.
O time aspira ao troféu de campeão.
ASSISTIR
a) Presenciar, ver (transitivo indireto) com a preposição a.
Assisto a muitos filmes.
b) Ajudar (transitivo direto).
A enfermeira assiste os doentes.
c) Presidir, morar (transitivo indireto) com a preposição em
O embaixador assiste no Quartier Latin, em Paris.
OBEDECER 
a) (transitivo indireto) – com a preposição a. 
Obedeço aos sinais de trânsito.
Termo Regente
(verbo) 
Termo Regido
(complemento) 
Português Instumental 50
PAGAR (transitivo direto e indireto)
a) Já paguei um lanche aos amigos.
 O.D. O.I.
QUERER
a) Desejar (transitivo direto)
 Quero um lugar ao sol.
b) Gostar de (transitivo indireto) – com a preposição a.
 Quero bem a vocês.
VISAR
a) Objetivar (transitivo indireto) – com a preposição a.
 Os colégios à formação de seus alunos.
b) Apontar (transitivo direto)
 Eu visava você naquele jogo.
c) Pôr sinal de visto em (transitivo direto)
PREFERIR
a) Gostar mais de (transitivo direto e indireto)
 Prefiro Ciências à Comunicação.
 O gerente mandou visar o cheque.
INFORMAR (transitivo direto e indireto)
Informei-o do problema.
Informe-lhe o problema.= Informei a ele(ela) o problema
PRECISAR
a) Ter necessidade (transitivo indireto) – com a preposição de.
 O país precisa de moralização.
b) Indicar com exatidão (transitivo direto)
 Precisei bem a questão.
Português Instrumental51
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas 
palavras só adquirem significação dentro de um contexto, o qual nos permite 
recuperar a referência exata daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes 
no ato da comunicação.
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero 
(masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que 
a referência através do pronome seja coerente em termos de gênero e número 
(fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta 
ausente no enunciado.
PRONOME
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se 
refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.
Exemplos:
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
Essa moça morava nos meus sonhos!
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
Português Instumental 52
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, 
indefinidos, relativos e interrogativos. Vejamos!
Pronomes Pessoais
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as 
pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os 
pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou 
elas para fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas 
orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo.
Pronomes Pessoal do Caso Reto
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas 
orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo.
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função 
de sujeito ou predicativo do sujeito.
Por exemplo:
Nós lhe ofertamos flores.
Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado:
1º pessoa do singular eu
2º pessoa do singular tu
3º pessoa do singular ele, ela
1º pessoa do plural nós
2º pessoa do plural vós
3º pessoa do plural eles, elas
Português Instrumental53
Pronome Oblíquo
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função 
de complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal.
Por exemplo:
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: na verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do 
caso reto. Essa variação indica a função diversa que eles desempenham na oração: 
pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da 
oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica 
que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Frases como "Vi ele na rua", "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", 
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou 
falada. 
Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: 
"Vi-o na rua", "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".
Pronome Oblíquo Tônico
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, 
em geral as preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos 
exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de 
preposição.
Por exemplo: Ele me deu um presente.
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos 
verbais na língua-padrão. 
Português Instumental 54
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:
1º pessoa do singular (eu) me
2º pessoa do singular (tu) te
3º pessoa do singular o, a, lhe
1º pessoa do plural (nós) nos
2º pessoa do plural (vós) vos
3º pessoa do plural (eles, elas) os, as, lhes
Observações:
O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma 
contraída, ou seja, houve a união entre o pronome o ou a e preposição a ou para. 
Por acompanhar diretamente uma preposição, o pronome lhe exerce sempre a 
função de objeto indireto na oração.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como 
objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.
2.5.5. PronomeOblíquo Tônico
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, 
em geral as preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos 
exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:
1º pessoa do singular (eu) mim, comigo
2º pessoa do singular (tu) ti, contigo
3º pessoa do singular (ele, ela) ele, ela
1º pessoa plura (nós) nós, conosco
2º pessoa plural (vós) vós, convosco
3º pessoa do plural (eles, elas) eles, elas
Português Instrumental55
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira 
pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal 
do caso reto.
As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso 
oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o 
uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Não vá sem mim.
Os pronomes oblíquos átonos são: me, nos, te, vos, o, a., os, as, lhe, lhes, 
se. Na frase, esses pronomes podem, dependendo de certos fatores, aparecer em 
três diferentes posições em relação ao verbo:
1. Próclise: pronome antes do verbo.
Usa-se a próclise quando há palavras que “atraem” o pronome para antes 
do verbo. Tais palavras são principalmente:
a) Palavras de valor negativo (não, nada, nem, nunca etc.)
Ex.: Nada nos preocupará nesta prova.
b) Advérbios (hoje, aqui, sempre, talvez, muito etc.)
Ex.: Hoje me sinto melhor.
ATENÇÃO:
Havendo pausa depois do advérbio ou locução adverbial, usa-se a ênclise:
Exemplo: Aqui, fabricam-se ótimos refrigerantes.
c) Conjunções subordinativas (que, quando, como, embora, se, para que etc.)
Não sei se te esclareci as dúvidas.
d) Pronomes relativos (que, quem, qual, quais, onde etc.)
Ficamos em uma colina de onde se avista o mar.
Português Instumental 56
e) Pronomes indefinidos (alguém, muitos, todos, poucos etc.)
Todos me deram apoio.
Alguém me telefonou?
f) Pronomes demonstrativos (este, essa, aquele etc.)
Aquilo lhe fez muito bem.
Isto me pertence.
g) Frases interrogativas, exclamativas e optativas (frases que exprimem desejo).
Quem lhe entregou o cartão?
Quanta mentira se disse a respeito dela!
Deus nos proteja daquele maluco!
h) Verbos no gerúndio precedidos de preposição em: 
Em se tratando de política, preferiu silenciar.
i) Frases com preposição + infinitivo flexionado.
A situação levou-os a se posicionarem contra a greve.
2. Mesóclise: pronome no meio do verbo
Será usada com verbos no futuro do presente e futuro do pretérito, desde 
que não haja expressão que motive a próclise:
Realizar-se-á a prova.
Não se realizará a prova.
Far-se-iam mudanças radicais.
Jamais se fariam mudanças radicais.
3. Ênclise: pronome no meio do verbo
Será usada principalmente nos seguintes casos:
a) Verbos que iniciam oração.
Entregou-me os documentos e dirigiu-se à secretaria.
b) Verbos no imperativo afirmativo.
Por favor, diga-nos o que aconteceu.
Português Instrumental57
c) Verbo no gerúndio não precedido de preposição em:
Não ficaria em paz consigo mesmo, deixando-a partir.
Com uma Locução Verbal
1. Ênclise: sempre que o verbo principal estiver no infinitivo ou no gerúndio
Exemplo: O roupeiro veio interromper-me.
 Ia desenrolando-se a paisagem.
2. Próclise quando ocorrem as condições exigidas para a anteposição do pronome 
a um só verbo.
Exemplo: Tempo que navegaremos não se pode calcular.
3. Quando o verbo principal está no particípio, o pronome átono não pode vir depois 
dele. Virá proclítico ou enclítico ao verbo auxiliar, de acordo com as normas expostas 
para os verbos na forma simples:
Exemplo: Tenho-o trazido sempre, só hoje é que o viste?
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
Veremos algumas regras de acentuação gráfica, mais especificamente do 
novo acordo ortográfico que, no ano de 2016, entrou em vigor para valer. Além 
delas, destacaremos como vocês devem olhar para o fenômeno da crase. 
No que diz respeito ao novo acordo ortográfico, uma série de mudanças 
aconteceu. São mudanças em torno de quatro eixos, basicamente. O primeiro é 
a translineação, a separação de palavras no final de linha. É notório que esse é um 
caso típico da escrita à mão, pois hoje em dia muitas vezes somos salvos pelo corretor 
automático que existe em nossos dispositivos eletrônicos, como celulares, computadores, 
tablets. Mas, ainda temos muitas práticas reais de uso da língua em que a escrita à mão 
ocorre, como em concursos públicos, em cartas e bilhetes, em recados, dentre outros. 
Português Instumental 58
Nesse caso, é necessário saber como separar não só as palavras, mas, no caso do novo 
acordo ortográfico, quando devemos utilizar o hífen de palavras que são separadas. 
No novo acordo, devemos, na linha de baixo, repetir o hífen de palavras que são 
hifenizadas e que foram separadas na condição de estarem em final de linha. Por 
exemplo, se você está prestes a separar a palavras ex-prefeito, e se essa separação 
recair justamente no hífen, é necessário usá-lo novamente na linha abaixo. 
O outro eixo em que houve mudanças no novo acordo foi o do alfabeto, que 
passou a ter oficialmente 3 novas letras, o K, o W e o Y. Tais letras antes eram usadas 
somente em símbolos, abreviaturas e nomes estrangeiros, mas agora oficialmente 
foram incorporadas ao alfabeto da língua portuguesa. O terceiro eixo concerne à 
acentuação. Alguns acentos foram retirados de algumas regras de acentuação da 
língua. O trema, por exemplo, não se usa mais em palavras do português. O acento 
diferencial saiu de palavras como polo, pera, para e pelo. O acento agudo não 
é mais usado em ditongos ei/oi de palavras paroxítonas. Eis alguns exemplos. O 
último eixo do novo acordo ortográfico é o do emprego do hífen. A mudança mais 
significativa que temos foi em torno de palavras compostas que, tendo o prefixo 
terminado em letra diferente da palavra seguinte, perderam o hífen. É o caso de 
interestadual, autoescola, antiaéreo, dentre outras.
Essas mudanças não foram tantas em comparação com as inúmeras regras 
em que se fundam a acentuação e a ortografia da língua portuguesa. Já o uso 
da crase parece sempre ter sido uma dor de cabeça para quem não se afeiçoou 
ao acento grave. O princípio que rege seu uso é ainda o mesmo: a preposição a, 
quando usada junto do artigo feminino a, sofre contração, e ambos os as se tornam 
um só, sinalizado pelo acento grave. O que muita gente não percebe é de onde 
vêm a preposição a e o artigo feminino a. A preposição vem de alguma palavra 
antes dela que precisa ser complementada por uma informação. O verbo dar, por 
exemplo, é um verbo que precisa de duas informações: uma delas regida pelo uso 
da preposição a, como no caso “Eu darei à secretária o boleto”. A informação “à 
secretária” é um substantivo feminino que vem acompanhado do artigo definido a. 
Como o verbo dar tem uma preposição que o acompanha, então os dois as viram 
um só, com a crase.
Português Instrumental59
Vejamos abaixo algumas regras:
1. As letras k, w e y foram incorporadas ao alfabeto.
O alfabeto passa a ter 26 letras:
A – B – C – D – E – F – G – H – I – J – K – L – M –N – O –P – Q – R – S – 
T – U – V – X – W – Y – Z 
As letras inseridas são usadas em casos especiais:
a) Em nomes de pessoas de origem estrangeira e seus derivados (Kant, 
darwinismo, Byron);
b) Em nomes geográficos próprios de origem estrangeira e seus derivados 
(Kuwait);
c) Em siglas, símbolos e palavras adotadas como unidades de medida (www 
– world wide web, K - potássio, km - quilômetro).
2. Os ditongos abertos tônicos éi e ói das palavras paroxítonas não são mais 
acentuados graficamente:
ASSEMBLEIA –IDEIA – HEROICO – JIBOIA - PANGEIA - COREIA DO 
NORTE – EUROPEIA - DISPNEIA – GELEIA CENTOPEIA - EPOPEIA - 
JOIA – MESOZOICO – APOIO – BOIA-FRIA
Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. 
Assim, continuam a serem acentuadas as palavras oxítonas terminadas 
em ditongo aberto éis, éu, éus, ói, óis.
PAPÉIS – HERÓI – HERÓIS – TROFÉU – TROFÉUS
3. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando 
vierem depois de um ditongo. 
BAIUCA – BOCAIUVA – FEIURA 
Português Instumental 60
Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (mesmo 
seguidos de s), o acento permanece.
TUIUIÚ – TUIUIÚS – PIAUÍ – GRAJAÚ
4. As formas verbais que contêm eem não são mais assinaladas com acento 
circunflexo. 
CREEM – DEEM – LEEM – REVEEM – VEEM
5. Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, 
assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir 
etc.). 
Ele TEM dois carros. / Eles TÊM dois carros.
Ele VEM de Sorocaba. / Eles VÊM de Sorocaba.
6. O penúltimo o do hiato oo(s) perde o acento circunflexo.
ENJOO – POVOO – VOOS – ABENÇOO – COO – MOO 
SOO – POVOO – SOBREVOO – DOO
7. Deixam de ser acentuadas as seguintes palavras homógrafas (palavras com a 
mesma grafia):
PARA (VERBO) – PARA (PREPOSIÇÃO)
PELA (VERBO) – PELA (CONTRAÇÃO)
Exemplo:Eu vou para casa hoje à noite.
 Ela não para de falar besteiras. 
O verbo PÔR continua acentuado;
Continua a ser acentuada a forma verbal pôde (terceira pessoa do pretérito 
perfeito do indicativo do verbo poder);
Português Instrumental61
É facultativo o uso do acento circunflexo em:
a) Dêmos (primeira pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo 
dar) 
Demos (primeira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo 
dar);
b) Fôrma (substantivo) – Forma (substantivo/verbo).
8. O trema foi suprimido, exceto nas palavras derivadas de nomes próprios 
estrangeiros (Müller).
CONSEQUÊNCIA – LINGUISTICA – CINQUENTA - FREQUÊNCIA 
LINGUIÇA – ANHANGUERA - DELINQUENTE – EXEQUÍVEL – 
ENXÁGUE
Palavra composta ou verbo + pronome átono: se a partição no final da 
linha coincidir com o final de um dos elementos ou membros, deve-se, por clareza 
gráfica, repetir o hífen no início da linha imediata.
9. Regra Básica: Sempre se usa o hífen diante de h:
ANTI-HIGIÊNICO, SUPER-HOMEM
10. Usa-se HÍFEN nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação, 
ou seja, palavras compostas por justaposição.
GUARDA-CHUVA / ARCO-ÍRIS / BOA-FÉ / SEGUNDA-FEIRA / 
MESA-REDONDA / VAGA-LUME / JOÃO-NINGUÉM / PORTA-
MALA / PORTA-BANDEIRA / PÃO-DURO / BATE-BOLA / 
GUARDA-NORTUNO / GUARDA-ROUPA / PORTA-MALA
Português Instumental 62
11. NÃO devemos usar HÍFEN em compostos que apresentam elementos de ligação.
PÉ DE MOLEQUE / PAI DE TODOS / DIA A DIA /
FIM DE SEMANA / COR DE VINHO /
PONTO E VÍRGULA / CAMISA DE FORÇA /
CARA DE PAU.
12. Usa-se HÍFEN em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais (com ou 
sem alternância vocálica) sem elementos de ligação.
RECO-RECO / BLÁ-BLÁ-BLÁ / ZUM-ZUM / TIQUE-TAQUE 
/ CRI-CRI / PINGUE-PONGUE / ZIGUE-ZAGUE / ESCONDE-
ESCONDE / PEGA-PEGA
13. Prefixo terminado em vogal:
Sem hífen diante de vogal diferente:
AUTOESCOLA, ANTIAÉREO
Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: 
ANTEPROJETO, SEMICÍRCULO
14. Prefixo terminado em consoante:
Com hífen diante de mesma consoante:
INTER-REGIONAL
SUB-BIBLIOTECÁRIO
Sem hífen diante de consoante diferente:
INTERMUNICIPAL
SUPERSÔNICO
Sem hífen diante de vogal:
INTERESTADUAL
SUPERINTERESSANTE
Português Instrumental63
Observações:
a) Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por R: 
SUB-REGIÃO, SUB-RAÇA
b) Palavras iniciadas por H perdem essa letra e juntam-se sem hífen: 
SUBUMANO, SUBUMANIDADE
c) Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n 
e vogal: 
CIRCUM-NAVEGAÇÃO, PAN-AMERICANO
d) O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este 
se inicia por o: 
COOBRIGAÇÃO, COORDENAR, COOPERAR
e) Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen:
VICE-REI, VICE-ALMIRANTE
f) Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição: 
GIRASSOL, MANDACHUVA, PONTAPÉ, PARAQUEDAS, 
PARAQUEDISTA
g) Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o 
hífen:
EX-ALUNO, SEM-TERRA, ALÉM-MAR, AQUÉM-MAR, RECÉM-
CASADO, PÓS-GRADUAÇÃO, PRÉ-VESTIBULAR, PRÓ-
EUROPEU.
Português Instumental 64
ACENTUAÇÃO 
Ausência de acentos gráficos; acentos utilizados de maneira inadequada; 
uso de acentos que desapareceram, principalmente os diferenciais extintos na 
Reforma de 1971.
Exemplos e comentários
"As conseqüências do que vêm acontecendo hoje no Brasil serão certamente 
sentidas por todas as futuras gerações."
"Consequências" não tem trema.
"Vem", na terceira pessoa do singular, não tem acento (o uso do 
acento acarreta outro erro, de concordância).
"Com freqüência, ve-se as pessoas falarem do que esta acontecendo no 
país."
"Frequência" não tem trema.
"Vê-se" tem acento."Está" tem acento.
"Sabemos que ele sempre usou a força para dominar o povo.
"O pronome pessoal "ele" não tem acento-desde 1971, assim 
como o substantivo "força", que tinha acento diferencial em 
relação a "força" (ó), do verbo "forçar".
3
LEITURA E ESCRITA
CONHECIMENTOS
Conhecer os fundamentos básicos para o entendimento de leitura e de escrita.
HABILIDADES
Identificar as estruturas gramaticais para compreender, produzir e interpretar 
textos.
ATITUDE
Produzir os mais variados gêneros textuais por meio das regras gramaticais 
estudadas.
Português Instumental 66
OS BLOQUEIOS E ENTRAVES DA ESCRITA
São raras as pessoas que não têm problemas para redigir. Todos nós temos 
os nossos bloqueios, entraves que atrapalham o nosso processo criativo e nos 
impedem de passar para o papel as nossas ideias. Os bloqueios são muito mais 
fáceis de vencer do que imaginamos e, uma vez vencidos, descobrimos que redigir 
é tão simples e natural quanto respirar. Nesta unidade de estudo você descobrirá 
quais são os principais bloqueios e como vencê-los.
Neste momento serão apresentadas algumas propostas sobre a falta 
de hábito de escrever.
•	 Pratique: Escrever é praticar. Habituem-se a escrever 
algumas linhas todos os dias, só assim você aprimorará 
o seu processo de redação. 
•	 Escreva para desabafar: Escreva como catarse, como 
terapia, como forma de exorcizar seus monstrinhos 
interiores. Passe para o papel seus problemas pessoais, 
suas desilusões amorosas, suas frustrações. No mínimo, 
você economizará o dinheiro do analista.
•	 Escreva para exercitar sua cidadania: Escreva como exercício de 
cidadania. Mostre sua indignação. Mande cartas e e-mails para 
jornais e revistas contestando os absurdos cometidos pelos nossos 
representantes. Defenda por escrito os seus direitos de consumidor: 
querem aumentar estupidamente o preço da passagem de ônibus? 
Escreva para os órgãos competentes. Aquele televisor caríssimo quebrou 
logo na primeira semana? Escreva para o lojista, para o fabricante, para 
o órgão de Defesa do Consumidor. Você provavelmente não irá mudar 
o mundo com suas palavras, mas certamente o transformará em um 
lugar bem mais movimentado.
Português Instrumental67
•	 Deixe a escrita fluir: Use a escrita automática. Escreva durante cinco 
ou dez minutos sobre o que lhe vier à cabeça, sem preocupação com 
gramática ou estilo. Simplesmente escreva, deixe as palavras saírem. 
Quando terminar, aí sim, será a hora de pôr ordem no caos.
•	 Passe por todos os gêneros: Pratique todos os gêneros de redação. 
Faça dissertações, narrações; escreva contos e crônicas; estruture sua 
autobiografia; escreva biografias

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