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Controle de Leitura Boltanski e Thévenot

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Controle de Leitura 
Disciplina: Teoria Sociológica II
Estudante: Hellen Oliveira 
Texto: Boltanski e Thévenot, “The sociology of critical capacity”
1 – Momentos críticos: Os autores visam construir uma teoria da justificação e entender a ação humana a partir da análise de certos momentos cruciais da vida social, que nomeiam como “momentos críticos”. Os autores colocam que existe uma singularidade nos momentos críticos, e mais do que avaliar a questão da capacidade crítica inscrita nestes momentos, se preocupam em colocar que existe uma reflexividade neste fenômeno. Os “momentos críticos” dizem respeito àqueles em que algo está errado, algo perceptível para o indivíduo. 
2 – Retrospectiva: Ao se dar conta de que algo está errado, de que existe uma crise, os indivíduos fazem um caminho de retrospectiva, buscando comparar o que não mais funciona a partir de atos e palavras passados, assim os indivíduos em sua particularidade são capazes de construir uma narrativa que faça sentido sobre a crise ao compará-la a momentos estáveis ou críticos do passado. Este processo de memória interrompe o curso da ação. A questão é que a retrospectiva não apenas indica a percepção, mas o incômodo. Para os autores o momento da memória se dá quando os indivíduos percebem que estão descontentes com a crise e não podem mais suportar o andamento da realidade. 
3 – Escândalo: O descontentamento raramente é mantido em segredo pelos indivíduos, segundo a argumentação dos autores. Por conta disto existe um momento pós reconstrução dos fatos em que os indivíduos expressam para o coletivo seus incômodos. Para descrever este momento de publicização, os autores mobilizam a categoria de “escândalo”, que assume diferentes formas, não necessariamente agressivas, mas que podem ter tendências violentas. 
Os autores colocam que o “escândalo” aparece com mais frequência na forma de discussão, onde as críticas são colocadas e os incômodos são trocados pelos envolvidos na situação. A questão que se coloca sobre esta categoria é sua significância quanto a conflitos domésticos, não formais ou judiciais. 
QUESTÃO 1: Como ocorre a reflexão e a reconstrução da memória, bem como se dá a capacidade crítica daqueles que não vivem apenas situações atípicas de crise, mas um cotidiano crítico? 
4 – Justificação: Enquanto o “escândalo” se refere inicialmente ao meio doméstico, e as “controvérsias” ao meio jurídico, os autores apontam que na vida social existem uma série de momentos que julgam intermediários, ou seja, não ocorrem numa esfera privada, mas também não ocorrem numa esfera formal. Para exemplificar falam de discussões ocorridas num espaço público que envolvem diferentes interesses e reflexões prévias, como a reclamação quanto ao mal atendimento em um estabelecimento.
A peculiaridade destes momentos “intermediários” se dá pela necessidade de justificar as queixas. Colocam que determinada queixa requer uma justificativa que a sustente, e as justificações seguem regras sociais dotadas de uma nivelação de aceitação. Por conseguinte argumentam que para analisar as ações em uma disputa, deve se estabelecer um quadro de análise capaz de dar conta da críticas em qualquer ordem social ou situacional. 
5 – Equivalência: As discussões em geral buscam a solução para o incômodo, ou ao menos um acordo entre os envolvidos. Os autores argumentam que para que um acordo seja possível, as pessoas apesar de suas particularidades devem se despir das mesmas e buscar uma convergência. Neste momento aparece a figura da “equivalência”, que é externa aos indivíduos. 
QUESTÃO 2: Como se dá questão do enfrentamento e do acordo num cenário de tamanha disparidade a ponto que o acordo se torna inviável?

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