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Aula 07 - Material de apoio Direito Constitucional

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
1º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 2 
I. Poder Executivo: Princípios Constitucionais .......................................................................................................................... 2 
• Tripartição dos Poderes ..................................................................................................................................................... 2 
• Federação .......................................................................................................................................................................... 3 
• República ........................................................................................................................................................................... 4 
• Democracia ........................................................................................................................................................................ 5 
• Presidencialismo ................................................................................................................................................................ 5 
2º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 6 
I. Poder Executivo ..................................................................................................................................................................... 6 
• Requisitos para ser Presidente .......................................................................................................................................... 6 
• Processo Eleitoral .............................................................................................................................................................. 6 
• Impedimento e Vacância ................................................................................................................................................... 7 
• Perda do Cargo no Caso de Saída do País sem Autorização do Congresso Nacional ..................................................... 8 
3º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 9 
I. Continuação de Poder Executivo ........................................................................................................................................... 9 
• Atribuições ......................................................................................................................................................................... 9 
• Órgãos auxiliares do Presidente da República ................................................................................................................ 10 
• Responsabilidades ........................................................................................................................................................... 12 
4º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 13 
I. Continuação de Poder Executivo ......................................................................................................................................... 13 
5º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 16 
I. Exercícios Relativos ao Encontro ......................................................................................................................................... 16 
 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
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I. PODER EXECUTIVO: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
Antes de começarmos a estudar o Poder Executivo, se faz necessário conhecermos sua origem por meio de 
alguns princípios constitucionais que fundamentam sua existência. 
• TRIPARTIÇÃO DOS PODERES 
Este princípio, também chamado de Princípio da Separação dos Poderes originou-se, historicamente, numa 
tentativa de por limites aos poderes do Estado. Alguns filósofos perceberam que se o Poder do Estado estivesse 
dividido entre três entidades diferentes, seria possível que a sociedade exercesse uma maior controle de sua 
utilização. 
Foi aí que surgiu a ideia de se dividir o Poder do Estado em três poderes, cada qual, responsável pelo 
desenvolvimento de uma função principal do Estado: 
1) Poder Executivo – função principal (típica) de administrar o Estado; 
2) Poder Legislativo – função principal (típica) de legislar e fiscalizar as contas públicas; 
3) Poder Judiciário – função principal (típica) jurisdicional. 
Além da sua própria função, a Constituição criou uma sistemática que permite a cada um dos poderes o exercício da 
função do outro poder. A isso nós chamaremos de função atípica: 
1) Poder Executivo – função atípica de legislar e julgar; 
2) Poder Legislativo – função atípica de administrar e julgar; 
3) Poder Judiciário – função atípica de administrar e legislar. 
Desta forma, pode-se dizer que além da própria função, cada poder exercerá de forma acessória a função do 
outro poder. 
Uma pergunta sempre surge na cabeça dos estudantes e poderá aparecer em sua prova: qual dos três poderes é 
mais importante? 
A única resposta possível é a inexistência de poder mais importante. Cada poder possui sua própria função de forma 
que não se pode afirmar que exista hierarquia entre os poderes do estado. Como diz a Constituição no Art. 2º: 
Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e 
o Judiciário. 
Eles são independentes e harmônicos entre si e para se garantir esta harmonia, a doutrina norte-americana 
desenvolveu um sistema que garante a igualdade entre os poderes: Sistema de Freios e Contrapesos. 
O sistema de freios e contrapesos adotado pela nossa Constituição revela-se nas inúmeras medidas previstas no 
texto constitucional que condicionam a competência de um poder à apreciação de outro poder de forma a garantir o 
equilíbrio entre os três poderes. Abaixo listo alguns exemplos desta medida: 
1) A necessidade de sanção do Chefe do Poder Executivo para que um Projeto de Lei aprovado pelo Poder 
Legislativo possa entrar em vigor; 
2) A escolha dos ministros do STF que é feita pelo Presidente da República depois de aprovado pelo Senado 
Federal. 
3) O processo do Chefe do Poder Executivo por crime de responsabilidade a ser realizado no Senado Federal, cuja 
sessão de julgamento é presidida pelo Presidente do STF; 
4) A necessidade de aprovação pelo Poder Legislativo das Medidas Provisórias editadas pelo Chefe do Poder 
Executivo; 
Veja que em todas as hipóteses acima apresentadas se faz necessária a participação de mais de um Poder para 
a consecução de um ato administrativo. Isto cria uma verdadeira relação de interdependência entre os poderes, o 
que garante o equilíbrio entre eles. 
Por último, não esqueça que a separação dos poderes é uma das cláusulas pétreas por força do artigo 60,§ 4º, III 
da Constituição Federal. Significa dizer que a separação dos poderes não pode ser abolida do texto constitucional 
por meio de emenda: 
Art. 60, §4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
III. A separação dos Poderes; 
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• FEDERAÇÃO 
Esta é a Forma de Estado adotada no Brasil. A forma de Estado reflete o modo de exercício do poder político em 
função do território. É uma forma composta ou complexa visto que prevalece a pluralidade de poderes políticos 
internos. Esta baseada na descentralização política do Estado cuja representação se dá por meio de quatro entes 
federativos: 
1) União 
2) Estados 
3) Distrito Federal 
4) Municípios 
Cada ente federativo possui sua própria autonomia política o que não pode ser confundido com o atributo da 
soberania, este pertencente ao Estado Federal. A autonomia de cada ente confere-lhe a capacidade política de, 
inclusive criar sua própria Constituição. Apesar de cada ente federativo possuir esta independência, não se pode 
esquecer que a existência do pacto federativo pressupõe a existência de uma Constituição Federal e da 
impossibilidade de separação. 
Não existe hierarquia entre os entes federativos. O que os distinguem uns dos outros é a competência que cada 
um recebeu da Constituição Federal. Deve-se ressaltar que, os Estados e o Distrito Federal possuem direito de 
participação na formação da vontade nacional ao possuírem representantes no Senado Federal. Caracteriza-se 
ainda, pela existência de um guardião da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal. 
A doutrina tem apontado para algumas características da forma federativa brasileira: 
1) Tricotômica - federação constituída em três níveis: federal, estadual e municipal. O Distrito Federal não é 
considerado nesta classificação haja vista possuir competência hibrida, ou seja, ora age como estado ora, como 
município; 
2) Centrífuga - esta característica reflete a formação da federação brasileira. É a formação “de dentro para fora”. O 
movimento é de centrifugadora. A força de criação do estado federal brasileiro surgiu a partir de um Estado 
Unitário para a criação de um estado federado, ou seja, o poder centralizado que se torna descentralizado. O 
poder político era concentrado nas mãos de um só ente e depois passa a fazer parte de vários entes federativos. 
3) Por desagregação - ocorre quando um estado unitário resolve se descentralizar politicamente desagregando o 
poder central em favor de vários entes titulares de poder político. 
Como última observação, não menos importante, a Forma Federativa de Estado também é uma cláusula 
pétrea. 
Vencidos estes dois princípios constitucionais fundamentais, vamos ver como eles estão estruturados dentro da 
Republica Federativa do Brasil. Uma informação importante antes de fazermos a junção entre eles: a autonomia 
política existente em cada ente federativo pode ser percebida através da existência dos poderes em cada um. Desta 
forma, é possível verificar a seguinte situação: 
 
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A partir de agora, vamos analisar outros princípios constitucionais que afetam diretamente o desenvolvimento do 
Poder Executivo no Brasil. 
• REPÚBLICA 
O primeiro princípio que vamos estudar é o Republicano que representa a Forma de Governo adotada no Brasil. 
A forma de governo reflete o modo de aquisição e exercício do poder político além de medir a relação existente entre 
o governante e o governado. 
A melhor forma de entender este instituto é conhecendo suas características. A primeira característica decorre da 
análise etimológica da palavra rés pública. Este termo que dá origem ao princípio ora estudado significa coisa 
pública, ou seja, num Estado republicano o governante governa a coisa pública, governa para o povo. 
Outra característica importante é a Temporariedade. Este atributo revela o caráter temporário do exercício do 
poder político. Por causa deste principio, em nosso Estado, o governante permanece no poder por tempo certo, ou 
melhor, permanece por 4 anos no poder sendo permitido apenas uma reeleição. 
Numa república o governante é escolhido pelo povo. Esta é a chamada Eletividade. O poder político é adquirido 
pelas eleições cuja vontade popular se concretiza nas urnas. 
Por fim, num Estado Republicano o governante pode ser responsabilizado por seus atos. 
Muito cuidado com este tema em prova. As bancas adoram dizer que o princípio republicano é uma cláusula pétrea, 
contudo, este princípio não se encontra listado no rol das cláusulas pétreas do artigo 60, § 4º da Constituição 
Federal. Apesar disso, a Constituição o considerou como princípio sensível. Princípios sensíveis são aqueles que se 
tocados, ensejarão a chamada Intervenção Federal, conforme previsto no artigo 34, VII, a) da Constituição: 
Art. 34 - A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 
VII. Assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) Forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
 
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• DEMOCRACIA 
Este princípio revela o Regime de Governo adotado no Brasil. Caracteriza-se pela existência do Estado 
Democrático de Direito e pela preservação da dignidade da pessoa humana. 
A democracia significa o governo do povo, pelo povo e para o povo. É a chamada soberania popular. 
Este princípio também é conhecido como princípio sensível e, no Brasil, caracteriza-se por seu exercício se dar de 
forma direta e indireta. Por este motivo, a democracia brasileira é conhecida como semidireta ou participativa. Mas 
este tema será tratado em outro momento: Direitos Políticos. 
TÓPICO ESQUEMATIZADO 
 
• PRESIDENCIALISMO 
O Presidencialismo é o Sistema de Governo adotado no Brasil. O sistema de governo rege a relação entre o 
Poder Executivo e o Legislativo medindo o grau de dependência entre eles. No Presidencialismo prevalece a 
separação entre os Poderes Executivo e Legislativo os quais são independentes e harmônicos entre si. 
A Constituição declara que o Poder Executivo da União é exercido pelo Presidente da República auxiliado por seus 
Ministros de Estado: 
Art. 76 - O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de 
Estado. 
O Presidencialismo possui uma característica muito importante para sua prova. O presidente, que é eleito pelo 
povo, exerce ao mesmo tempo três funções: Chefe de Estado, Chefe de Governo e Chefe da Administração Pública. 
A função de Chefe de Estado diz respeito a todas as atribuições do Presidente nas relações externas do País. 
Como Chefe de Governo o Presidente possui inúmeras atribuições internas, no que tange a governabilidade do país. 
Já como Chefe da Administração Pública o Presidente exercerá as funções relacionadas com a chefia da 
Administração Publica Federal. 
 
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I. PODER EXECUTIVO 
• REQUISITOS PARA SER PRESIDENTE 
A Constituição apresenta vários requisitos para que uma pessoa se candidate a Presidente da República. 
Primeiramente, devem ser preenchidas as Condições de Elegibilidade que estão previstas no artigo 14, § 3º da 
Constituição: 
Art. 14 - §3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I. A nacionalidade brasileira; 
II. O pleno exercício dos direitos políticos; 
III. O alistamento eleitoral; 
IV. O domicílio eleitoral na circunscrição; 
V. A filiação partidária; 
VI. A idade mínima de: 
a) Trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
b) Trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) Vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz; 
d) Dezoito anos para Vereador. 
Dentre estas condições, uma se destaca: a exigência de idade mínima. Isso mesmo, para ser Presidente da 
República é necessário possuir idade mínima de 35 anos. 
Outra característica importantíssima, que se encontra no artigo 12, § 3º da Constituição Federal é a necessidade de 
que o candidato seja brasileiro nato: 
Art. 12, §3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I. De Presidente e Vice-Presidente da República; 
• PROCESSO ELEITORAL 
O processo de eleição do Presidente da República também encontra regulação expressa no texto constitucional: 
Art. 77 - A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, 
simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de 
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial 
vigente. 
§1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. 
§2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a 
maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. 
§3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação far-se-á nova eleição 
em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados 
e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. 
§4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de 
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. 
§5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um 
candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. 
Algumas considerações são importantes acerca deste tema. Primeiro deve-se registrar que a Constituição regulou 
até o dia em que deve ocorrer a eleição: 
1) Primeiro Turno – Primeiro Domingo de Outubro; 
2) Segundo Turno – Último Domingo de Outubro. 
Cuidado: o segundo turno é no último domingo e não no segundo domingo de outubro como já foi cobrado em prova. 
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Uma coisa me chama a atenção no caput do artigo 77. É que a Constituição diz que as eleições ocorrem no ano 
anterior ao do término do mandato presidencial vigente. Eu te pergunto: será que esta regra é aplicável no direito 
brasileiro? 
Por que se você pensar bem... no ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente? Que história é 
essa? Se você pensar um pouquinho na prática chegará a conclusão de que isto está completamente sem aplicação 
nos dias de hoje. 
E eu te digo: é claro que este dispositivo é aplicado nos dias de hoje. A eleição ocorre no ano anterior ao do término 
do mandato presidencial vigente pois o mandato acaba no dia 1º de janeiro conforme dispõe o artigo 82: 
Art. 82 - O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de 
janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. 
Ora, se o novo mandato tem início em primeiro de janeiro, significa que o mandato antigo acaba no dia primeiro 
de janeiro. Logo, está corretíssimo afirmar que as eleições ocorrem no ano anterior ao do término do mandato 
presidencial vigente. 
Quando votamos em Presidente, só votamos no Presidente. O Vice é eleito como consequência da eleição do 
Presidente. Este será eleito se tiver a maioria absoluta dos votos, não computados os votos brancos e nulos, ou seja, 
será eleito aquele que possuir a maioria absoluta dos votos válidos. Se ninguém obtiver maioria absoluta, deve-se 
convocar nova eleição – segundo turno. Para o segundo turno são chamados os dois candidatos mais votados. Se 
porventura, ocorrer empate no segundo lugar, a Constituição determina que seja convocado o mais idoso. Mas 
atenção: o critério de idade é para a situação de desempate. Ocorrendo morte, desistência ou impedimento de algum 
candidato do segundo turno, deverá ser convocado o próximo mais votado. 
Finalizada a eleição, o Presidente e o vice terão prazo de dez dias a contar da posse, para assumir o cargo. Caso 
não seja assumido, o cargo será declarado vago. Se o Presidente assume e o Vice não, o cargo do Vice é declarado 
vago ficando o Presidente sem Vice até o fim do mandato. Caso o Vice assuma e o Presidente não, o cargo de 
Presidente será declarado vago, assumindo o Vice a função de Presidente e permanecendo durante o seu mandato 
sem Vice. 
Art. 78 - O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso 
Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as 
leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência 
do Brasil. 
Parágrafo único - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-
Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. 
• IMPEDIMENTO E VACÂNCIA 
O Impedimento e a Vacância são espécies de ausência do Presidente da República. São circunstâncias em que o 
Presidente não está no exercício de sua função. A diferença entre os dois institutos está no fato de que, na vacância 
a ausência é definitiva enquanto que no impedimento a ausência é temporária. São exemplos de vacância: 
morte, perda do cargo, renúncia. São exemplos de impedimento: doença, viagem, férias. Tanto no caso de 
impedimento como no de vacância, a Constituição Federal determina que o Vice-Presidente substitua o Presidente, 
pois esta é a sua função precípua: 
Art. 79 - Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-
Presidente. 
Parágrafo único - O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem 
conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para 
missões especiais. 
O problema maior surge quando o Presidente e o Vice se ausentam ao mesmo tempo. Neste caso, a Constituição 
determina que se convoquem outros sucessores: Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado 
Federal e Presidente do Supremo Tribunal Federal. Estes são os legitimados a sucederem o Presidente da República 
e o Vice-Presidente de forma sucessiva e temporária quando ocorrerem a ausência dos dois ao mesmo tempo: 
Art. 80 - Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos 
respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da 
Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. 
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Uma coisa deve ser observada. O Vice-Presidente é o único legitimado a suceder o Presidente de forma 
definitiva. O Presidente da Câmara, do Senado e do STF só substituem o Presidente em caráter temporário. Isto 
significa que se o Presidente morrer, quem assume o cargo é o Vice. 
TÓPICO ESQUEMATIZADO 
 
 Agora, se ocorrer vacância dos cargos de Presidente e Vice ao mesmo tempo, a Constituição determina que sejam 
realizadas novas eleições: 
Art. 81 - Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição 
noventa dias depois de aberta a última vaga. 
§1º- Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos 
os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. 
§2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. 
Caso a vacância se dê nos dois primeiros anos de mandato, a eleição será direta, ou seja, com a participação do 
povo e deverá ocorrer no prazo de 90 dias a contar da última vacância. Mas se a vacância se der nos dois últimos 
anos do mandato, a eleição será indireta (realizada pelo Congresso Nacional) no prazo de 30 dias a contar da última 
vacância. Quem for eleito permanecerá no cargo até o fim do mandato de quem ele sucedeu. Não se inicia um novo 
mandato. Este mandato é chamado pela doutrina de Mandato-Tampão. 
Em qualquer uma das duas situações enquanto não forem eleitos os novos Presidente e Vice-Presidente, quem 
permanece no cargo é um dos sucessores temporários: Presidente da Câmara, do Senado ou do STF. 
TÓPICO ESQUEMATIZADO 
 
• PERDA DO CARGO NO CASO DE SAÍDA DO PAÍS SEM AUTORIZAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL 
Muito cuidado com este artigo que prevê a possibilidade de perda do cargo do Presidente e Vice – Presidente nos 
casos de ausência do País por período superior a 15 dias sem licença do Congresso Nacional: 
Art. 83 - O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso 
Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. 
Veja que a Constituição não proíbe que o Presidente ou o Vice se ausente do país sem licença do Congresso 
Nacional. Mas se a ausência se der por mais de 15 dias, neste caso será indispensável a autorização da Casa 
Legislativa. 
 
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I. CONTINUAÇÃO DE PODER EXECUTIVO 
• ATRIBUIÇÕES 
As atribuições do Presidente da República encontram-se arroladas no artigo 84 da Constituição Federal: 
Art. 84 - Compete privativamente ao Presidente da República: 
I. Nomear e exonerar os Ministros de Estado; 
II. Exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração 
federal; 
III. Iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; 
IV. Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e 
regulamentos para sua fiel execução; 
V. Vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
VI. Dispor, mediante decreto, sobre: 
a) Organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento 
de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
VII. Manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; 
VIII. Celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso 
Nacional; 
IX. Decretar o estado de defesa e o estado de sítio; 
X. Decretar e executar a intervenção federal; 
XI. Remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura 
da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que 
julgar necessárias; 
XII. Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos 
em lei; 
XIII. Exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da 
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los 
para os cargos que lhes são privativos; 
XIV. Nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral 
da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando 
determinado em lei; 
XV. Nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; 
XVI. Nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da 
União; 
XVII. Nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; 
XVIII. Convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; 
XIX. Declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional 
ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas 
mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; 
XX. Celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; 
XXI. Conferir condecorações e distinções honoríficas; 
XXII. Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem 
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
XXIII. Enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; 
XXIV. Prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura 
da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; 
XXV. Prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; 
XXVI. Editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; 
XXVII. Exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. 
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Parágrafo único - O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos 
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República 
ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. 
Como já falamos na análise do Presidencialismo, as atribuições do Presidente são de Chefe de Estado, Chefe de 
Governo ou Chefe da Administração Pública. Procuramos abaixo, adequar, conforme a melhor doutrina, as 
atribuições do artigo 84 às funções desenvolvidas pelo Presidente no exercício de seu mandato: 
1) Como Chefe de Estado o Presidente representa o Estado nas suas relações internacionais. São funções de 
Chefe de Estado as previstas nos incisos VII, VIII, XIX, XX e XXII do artigo 84; 
2) Como Chefe de Governo o Presidente exerce sua liderança política representando e gerindo os negócios 
internos nacionais. São funções de Chefe de Governo as previstas nos incisos I, III, IV, V, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, 
XV, XVI, XVII, XVIII, XXI, XXIII, XXIV, XXVI e XXVII; 
3) Como Chefe da Administração Pública o Presidente gerencia os negócios internos administrativos da 
administração pública federal. São funções de Chefe da Administração Pública as previstas nos incisos II, VI e 
XXV. 
Uma característica interessante é que este rol de competências é meramente exemplificativo por força do inciso 
XXVII que abre a possibilidade de o Presidente exercer outras atribuições além das previstas expressamente no texto 
constitucional. 
Outra questão amplamente trabalhada em prova é a possibilidadede delegação de algumas de suas atribuições 
conforme prescrição do parágrafo único do artigo 84. Nem todas as atribuições do Presidente são delegáveis, apenas 
as previstas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte: 
VI. Dispor, mediante decreto, sobre: 
a) Organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento 
de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
XII. Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos 
em lei; 
XXV. Prover os cargos públicos federais, na forma da lei. 
São três competências que podem ser delegadas para três pessoas: Ministro de Estado, Procurador-Geral da 
República e Advogado-Geral da União. 
• ÓRGÃOS AUXILIARES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
A Constituição nos apresenta 3 órgãos auxiliares do Presidente da República: Ministros de Estado, Conselho 
da República e Conselho de Defesa Nacional. 
Os Ministros de Estados são os auxiliares diretos do Presidente da República. Os artigos 87 e 88 trazem várias 
regras que podem ser trabalhadas em prova: 
Art. 87 - Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e 
no exercício dos direitos políticos. 
Parágrafo único - Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas 
nesta Constituição e na lei: 
I. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da 
administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos 
assinados pelo Presidente da República; 
II. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; 
III. Apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério; 
IV. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo 
Presidente da República. 
Art. 88 - A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
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O Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional também são órgãos auxiliares do Presidente da 
República, mas que possuem atribuição consultiva. Em situações determinadas pela Constituição, o Presidente, 
antes de tomar alguma decisão precisa consulta estes dois órgãos. Abaixo, seguem os artigos 89, 90 91 cujas regras 
também podem ser cobradas em prova. Destacam-se as composições e as competências destes órgãos: 
Art. 89 - O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e 
dele participam: 
I. O Vice-Presidente da República; 
II. O Presidente da Câmara dos Deputados; 
III. O Presidente do Senado Federal; 
IV. Os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; 
V. Os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; 
VI. O Ministro da Justiça; 
VII. Seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois 
nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos 
pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução. 
Art. 90 - Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre: 
I. Intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio; 
II. As questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas. 
§1º - O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do 
Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério. 
§2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República. 
Art. 91 - O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos 
assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele 
participam como membros natos: 
I. O Vice-Presidente da República; 
II. O Presidente da Câmara dos Deputados; 
III. O Presidente do Senado Federal; 
IV. O Ministro da Justiça; 
V. O Ministro de Estado da Defesa; 
VI. O Ministro das Relações Exteriores; 
VII. O Ministro do Planejamento. 
VIII. Os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. 
§1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional: 
I. Opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta 
Constituição; 
II. Opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção 
federal; 
III. Propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do 
território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e 
nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer 
tipo; 
IV. Estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a 
independência nacional e a defesa do Estado democrático. 
§2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional. 
 
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• RESPONSABILIDADES 
A forma de governo adotada no País é a Republica e, por esta razão, é possível responsabilizar o Presidente da 
República por seus atos. A Constituição tratou de regular a responsabilização por Crime de Responsabilidade e por 
Infrações Penais Comuns. 
Antes de trabalhar com cada uma das responsabilidades, gostaria de analisar as chamadas Imunidades. 
Imunidades são prerrogativas inerentes aos cargos mais importantes do Estado. Cargos que são estratégicos e 
essenciais a manutenção da ordem constitucional. Dentre vários se destaca o de Presidente da República. 
A imunidade pode ser: 
1) Material - é a conhecida irresponsabilidade penal absoluta. Esta imunidade protege o titular contra a 
responsabilização penal; 
2) Formal - são prerrogativas de cunho processual. 
Um primeiro ponto essencial que precisa ser estabelecido: o Presidente não possui imunidade material, mas possui 
imunidades formais. Ao todo podemos elencar 4 prerrogativas processuais garantidas pela Constituição Federal ao 
Chefe do Executivo da União: 
1) Processo - a Constituição exige juízo de admissibilidade emitido pela Câmara para que o Presidente possa ser 
processado durante o seu mandato. Isso significa que o Presidente da República só poderá ser processado se a 
Câmara dos Deputados autorizar pelo voto de 2/3 dos membros: 
Art. 86 - Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos 
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações 
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. 
2) Prerrogativa de foro - o Presidente não pode ser julgado por qualquer juiz, haja vista a importância da função 
que exerce no Estado. Diante disso a Constituição estabeleceu dois foros competentes para julgar o Presidente: 
a) Supremo Tribunal Federal - será julgado pelas infrações penais comuns; 
b) Senado Federal - será julgado pelos Crimes de Responsabilidade. 
 
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I. CONTINUAÇÃO DE PODER EXECUTIVO 
Aproveito este momento para explicar o que é infração penal comum e o crime de responsabilidade. 
Infração Penal Comum - é qualquer crime ou contravenção penal cometida pelo Presidente daRepública na função 
ou em razão da sua função de Presidente. Seu processamento se dará no Supremo Tribunal Federal. 
Crime de Responsabilidade - a primeira coisa que você precisa saber sobre o crime de responsabilidade é que ele 
não é um crime. Isso mesmo! O crime de responsabilidade é uma infração de natureza político-administrativa. O 
nome crime é impróprio para este instituto. O processo que visa este tipo de responsabilização é o Impeachment. O 
Presidente responderá por este tipo de infração caso sua conduta se amolde ao previsto no artigo 85 da Constituição 
Federal: 
Art. 85 - São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra 
a Constituição Federal e, especialmente, contra: 
I. A existência da União; 
II. O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos 
Poderes constitucionais das unidades da Federação; 
III. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV. A segurança interna do País; 
V. A probidade na administração; 
VI. A lei orçamentária; 
VII. O cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Parágrafo único - Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de 
processo e julgamento. 
Considerando que não se trata de um crime, esta infração não pode resultar numa pena privativa de liberdade. Quem 
pratica crime de responsabilidade não pode ser preso. A consequência estabelecida no artigo 52, parágrafo único é a 
perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de 8 anos: 
Art. 52, Parágrafo único - Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do 
Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços 
dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício 
de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. 
Quanto à lei que regula o Crime de Responsabilidade, Lei 1.079/50, deve-se destacar sua relevância na fixação 
dos procedimentos adotados neste processo, principalmente na competência exclusiva do cidadão para denunciar o 
Presidente. 
Compreendidos os institutos, não podemos esquecer o previsto no artigo 86, § 1º: 
§1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
I. Nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo 
Tribunal Federal; 
II. Nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. 
§2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o 
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. 
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A Constituição determina que após iniciado o processo, tanto por infração penal comum quanto por crime de 
responsabilidade, o Presidente fique suspenso de suas funções pelo prazo de 180 dias, tempo necessário para que 
se finalize o processo. Caso o Presidente não seja julgado nesse período, ele poderá retornar ao exercício de suas 
funções sem prejuízo de continuidade do processo. Muito cuidado em prova com o início do prazo de suspensão: 
1) Infração Penal Comum – o prazo de suspensão inicia-se a partir do recebimento da denúncia ou queixa; 
2) Crime de responsabilidade – o prazo de suspensão inicia-se a partir da instauração do processo. 
Outra questão interessante. Caso a Câmara autorize o processo do Presidente por crime de responsabilidade, o 
Senado deverá processá-lo, pois não assiste discricionariedade ao Senado em processar ou não. Sua decisão é 
vinculada à decisão da Câmara haja vista as duas casas serem políticas. Contudo nos casos de infração penal 
comum, o STF não está obrigado a processar o Presidente em respeito à Separação dos Poderes. 
1) Prisão - o Presidente só pode ser preso pela prática de infração penal comum e, somente, se sobrevier 
sentença condenatória: 
Art. 86, § 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente 
da República não estará sujeito a prisão. 
2) Irresponsabilidade Penal Relativa - também conhecido na doutrina como Imunidade Formal Temporária, esta 
prerrogativa afirma que o Presidente não poderá ser responsabilizado por atos alheios aos exercícios de suas 
funções: 
§4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por 
atos estranhos ao exercício de suas funções. 
Para melhor compreendermos estas imunidades conferidas ao Presidente da República, vamos exemplificar: 
1º exemplo: Imaginemos que um Presidente antes de ir para casa encontrar com sua esposa, liga e informa que irá 
se atrasar devido uma reunião muito importante com seus Ministros de Estado. Por um motivo que você saberá daqui 
a pouco, o Presidente acaba saindo da reunião mais cedo e resolve fazer uma surpresa para sua esposa. Ao chegar 
de mansinho em casa, enquanto ele sobe as escadas de sua casa, começa a ouvir ruídos estranhos, como se duas 
pessoas estivessem se amando. Ao abrir a porta de seu quarto, se depara com a sua esposa e outro homem em sua 
cama. Enfurecido, o Presidente saca uma arma e atira nos dois, matando sua esposa e o amante. Ao ouvir os sons 
dos tiros, imediatamente vários seguranças sobem e flagram o Presidente com uma arma na mão e dois corpos 
ensanguentados no chão. Espero que vocês tenham entendido o exemplo. Tendo como base este exemplo, agora 
vamos às perguntas: 
1) No momento em que é flagrado, o Presidente pode ser preso pelo crime cometido? 
É claro que não... O Presidente só pode ser preso se tiver uma sentença condenatória! 
2) O Presidente pode ser processado por este crime durante o seu mandato? 
Também não... O Presidente não pode ser responsabilizado por atos alheios aos exercícios de suas funções. Ora, 
ao matar sua esposa e o amante ele não comete o crime na condição de Presidente, ele os mata como marido traído. 
Este crime não tem nada a ver com sua função de Presidente. Por este motivo, ele não pode ser processado durante 
o seu mandato. Não significa que ficará impune pelo crime cometido, apenas não poderá ser processado enquanto 
estiver no mandato. Ele será responsabilizado normalmente após o mandato, neste caso, sem nenhuma prerrogativa. 
Apesar de não haver previsão legal, a jurisprudência entende que o prazo prescricional neste caso ficará suspenso, 
não prejudicando a responsabilização do Presidente. 
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2º exemplo: Lembra que o Presidente estava no meio de uma reunião com seus Ministros de Estado, mas precisou 
sair mais cedo? Isto aconteceu porque durante a reunião o Presidente teve um problema. Enquanto conversava com 
seus Ministros, um deles se levantou exaltado, e começou a dizer que era contra o Presidente, que durante todo o 
mandato ele mandava informações para os partidos de oposição. Disse também que todo o dinheiro que tinha em 
seu Ministério iria ser gasto até os cofres públicos ficarem vazios. Afirmou ser um espião dos partidos de oposição e 
que faria de tudo para que o Presidente perdesse o controle do Governo. No calor da discussão o Presidente dá uma 
cadeirada na cabeça do Ministro e o mata. Entenderam o exemplo? Vamos às perguntas: 
1) O Presidente poderá ser preso por este crime? 
É claro que não!!!! O Presidente não pode ser preso enquanto não sobrevier sentença condenatória. É a 
imunidade em relação às prisões. 
2) O Presidentepoderá ser processado por este crime enquanto estiver no seu mandato? 
Neste caso sim. Perceba que o crime cometido foi em razão da função de Presidente, visto que não estaria na 
reunião com Ministros se não fosse o Presidente da República. O Presidente será processado por esta infração penal 
comum no Supremo Tribunal Federal caso a Câmara dos Deputados autorize o processo. Havendo sentença 
condenatória, ele poderá ser preso. A possibilidade de responsabilização do Presidente da República por infração 
penal comum só ocorre se o crime cometido estiver ligado a sua função de Presidente. 
 
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I. EXERCÍCIOS RELATIVOS AO ENCONTRO 
1. O presidente e o vice-presidente da República podem ausentar-se do país sem licença do Congresso Nacional, 
ainda que por longo período. 
2. Os ministros de Estado são escolhidos entre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos 
políticos. 
3. No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu a possibilidade de o presidente da República 
delegar, ao advogado-geral da União, sua competência para dispor, mediante decreto, sobre a organização e o 
funcionamento da administração federal, quando isso não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção 
de órgãos públicos. 
4. Os ministros de Estado são escolhidos pelo presidente da República sem a necessidade de aprovação da 
escolha pelo Senado Federal. Não se exige que eles sejam brasileiros natos, mas que sejam maiores de 35 
anos de idade e estejam no exercício de seus direitos políticos 
5. A CF atribuiu ao presidente da República a competência privativa para prover e extinguir os cargos públicos 
federais, na forma da lei. 
6. Constituem competências privativas do presidente da República decretar e executar intervenção federal e 
exercer o comando supremo das Forças Armadas. 
7. A CF autoriza o presidente da República a delegar ao advogado-geral da União o envio de mensagem e de 
plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa. 
8. Na hipótese de vacância dos cargos de presidente e vice-presidente da República nos primeiros dois anos do 
mandato presidencial, a eleição será indireta e conduzida pelo Congresso Nacional, devendo os eleitos 
completar o período dos seus antecessores. 
9. São crimes de responsabilidade os atos do presidente da República que atentem contra o exercício dos direitos 
políticos, individuais e sociais. 
10. Os ministros de Estado, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, como regra geral, serão 
julgados pelo Superior Tribunal de Justiça. 
11. Nos crimes comuns, o presidente da República não está sujeito à prisão enquanto não for proferida sentença 
condenatória. 
12. É de competência exclusiva do presidente da República resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos 
internacionais que acarretem encargos ou compromissos ao patrimônio nacional. 
13. Na eleição do presidente e do vice-presidente da República, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na 
primeira votação, deve ser feita nova eleição, concorrendo os dois candidatos mais votados. Se, antes de 
realizado o segundo turno, ocorrer a morte de candidato, deverão ser convocadas novas eleições. 
14. O presidente da República e o vice-presidente somente podem ausentar-se do país com licença do Congresso 
Nacional, sob pena de perda do cargo. 
15. As atribuições privativas do presidente da República encontram-se demarcadas no texto constitucional, que não 
admite serem elas objeto de delegação. 
16. Entre os requisitos para alguém candidatar-se ao cargo de presidente ou de vice-presidente da República, estão 
ser brasileiro nato, possuir filiação partidária há pelo menos dois anos e ter a idade mínima de trinta anos. 
17. O substituto e sucessor natural do presidente da República é o vice-presidente, e, na falta desse, serão 
sucessivamente chamados para ocupar, temporariamente, a Presidência da República, os presidentes da 
Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do STF. 
18. A eleição do presidente da República ocorre pelo sistema majoritário puro (ou simples), no qual será 
considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos, aí computados os votos em branco e os 
nulos. 
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19. Embora vigore, no Brasil, o sistema presidencialista de governo, a CF atribui ao Congresso Nacional o poder de 
sustar os atos normativos e os atos administrativos do chefe do Poder Executivo sempre que os julgar 
inoportunos e inconvenientes ao interesse público. 
20. Tanto as tarefas de chefe de Estado como as de chefe de governo integram o rol de competências privativas do 
presidente da República. 
GABARITO 
1 - ERRADO 
2 - CORRETO 
3 - CORRETO 
4 - ERRADO 
5 - CORRETO 
6 - CORRETO 
7 - ERRADO 
8 - ERRADO 
9 - CORRETO 
10 - ERRADO 
11 - CORRETO 
12 - ERRADO 
13 - ERRADO 
14 - ERRADO 
15 - ERRADO 
16 - ERRADO 
17 - CORRETO 
18 - ERRADO 
19 - ERRADO 
20 - CORRETO 
	1º BLOCO
	I. Poder Executivo: Princípios Constitucionais
	 Tripartição dos Poderes
	 Federação
	 República
	 Democracia
	 Presidencialismo
	2º BLOCO
	I. Poder Executivo
	 Requisitos para ser Presidente
	 Processo Eleitoral
	 Impedimento e Vacância
	 Perda do Cargo no Caso de Saída do País sem Autorização do Congresso Nacional
	3º BLOCO
	I. Continuação de Poder Executivo
	 Atribuições
	 Órgãos auxiliares do Presidente da República
	 Responsabilidades
	4º BLOCO
	I. Continuação de Poder Executivo
	5º BLOCO
	I. Exercícios Relativos ao Encontro

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