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Aplicação Prática Teórica HDB Aula 1, 2, 3

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CAMPUS SÃO JOSÉ - SANTA CATARINA 
CURSO DE DIREITO
HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO CCJ0105 - 2016.1 
PROFESSOR SAMUEL SCHMIDT FIGUEIRA DOS SANTOS
Aplicação Prática Teórica 1
	
Questão prática
a) Para Flávio um sistema de direito tem que se basear na vontade de quem faz a lei (legisladores) prevendo situações futuras, sendo que ao juiz caberia tão somente aplicar as regras produzidas por estes. Flávio defende a tese de que o legislador democraticamente escolhido pelo povo é que deve produzir as normas. Isso significa que ele apoia a Civil Law.
A Civil Law, também conhecida como tradição romano-germânica, possui como principal fonte de direito o texto, a lei, sendo esta feita pelos legisladores. Ela é uma estrutura jurídica que se consolidou na Europa Continental a partir do século XIII d.C e hoje é a oficialmente adotada no Brasil. Outra característica desse sistema é o raciocínio lógico-abstrato. E em casos que não estão previstos na lei a jurisprudência também é comumente usada.
Por outro lado, Aline entende que só diante do caso concreto é possível construir as regras, ou seja, a posteriori pois cada caso tem suas particularidades. Para Aline os juízes são mais confiáveis, sendo assim ela defende a Common Law. 
A Common Law, também conhecida por direito consuetudinário ou dos usos e costumes, tem como principal fonte do direito a jurisprudência. Essa é uma estrutura mais usada em países de origem anglo-saxônica, como os Estados Unidos e a Inglaterra por exemplo. O raciocínio concreto é outra característica desse sistema.
b) Civil Law é como os britânicos, adeptos do Common Law, chamavam o sistema jurídico que se consolidava na Europa Continental a partir do século XIII d.C. O Civil Law, ou sistema romano-germânico, é herdeiro do direito romano e da influência dos códigos bárbaros de conduta, sobretudo o germânico. O surgimento do sistema romano-germânico coincide com o ressurgimento das cidades e comércios na Europa continental após o fim da Alta Idade Média. O reflorescimento da ideia de direito favoreceu a ordem e segurança necessárias para o progresso da sociedade europeia, sobretudo em um momento de profundas mudanças sociais. Este sistema abriu caminho para o amplo movimento de retorno à cultura clássica que posteriormente será chamado de Renascença.
c) É o sistema romano-germânico que vai fundamentar a maioria dos sistemas jurídicos no mundo. Incluindo o sistema jurídico português e o brasileiro. 
Questão objetiva
(ENADE/ 2012 - questão 8) Página 31
Resposta alternativa a.
Aplicação Prática Teórica - Aula 2
a) O que foi e o que representou o fenômeno das Grandes Navegações? É possível relacionar o descobrimento do Brasil com este fenômeno?
As grandes navegações ocorreram entre os séculos XV e XVI capitaneadas pelos portugueses e espanhóis. Tinham como objetivos a descoberta de novos territórios e principalmente a descoberta de uma nova rota comercial para as Índias, visando o comércio de especiarias. Foram muitos os impactos causados ou influenciados pelo empreendimento das grandes navegações. Podemos citar a mudança do paradigma que considerava a terra como plana. Outro impacto foi o desenvolvimento da cartografia e a ampliação dos conhecimentos astronômicos e das tecnologias de navegação. As grandes navegações também podem ser consideradas um marco do renascimento comercial da Europa já no fim da Idade Média. 
Mas sem dúvida o maior impacto foi a descoberta de portugueses e espanhóis de novos territórios. O Brasil foi descoberto, ou achado, pelos portugueses em uma expedição das grandes navegações. A partir do momento em que Portugal passa a colonizar as terras brasileiras, deixa uma marca cultural na identidade de todos os brasileiros até os dias de hoje. Da mesma forma, os povos indígenas estão presentes no patrimônio cultural de todos os brasileiros, assim como os negros que vieram de nações africana como escravos. Também grande parte do território americano foi “descoberto” durante as grandes navegações. Isso significa que para entendermos melhor a identidade de cada país que forma os continentes Americanos precisamos refletir sobre o choque cultural que existiu com a chegada dos europeus em terras já habitadas e como se deu essas relações em um momento posterior de colonização e exploração.
b) Qual o direito aplicado pelos portugueses na colônia brasileira?
Em um primeiro momento não existia interesse de Portugal em investir recursos na colonização do território brasileiro. Uma solução de baixo custo que foi encontrada para ocupar as terras brasileiras e protegê-la do domínio de estrangeiros foi o loteamento de terras em Capitanias Hereditárias. Criadas em 1534 essas grandes faixas de território administradas por um Capitão Donatário, era uma técnica descentralizada de administração. No total eram 15 as capitanias, contudo apenas duas prosperaram.
Para estabelecer a ordem na colônia a metrópole estabeleceu algumas instituições jurídicas que legitimavam a existência das capitanias hereditárias. Podemos citar a “carta de doação” que era um documento jurídico que formalizava a doação de terras do rei para um capitão donatário. Existia também o “Foral”, que estabelecia os direitos e deveres do capitão donatário em relação à coroa portuguesa e a sua capitania, estabelecendo o valor dos impostos por exemplo. Ou ainda as “Sesmarias”, um documento jurídico pelo qual o capitão donatário doava terras de sua capitania para terceiros.
c) Faça uma pesquisa e procure saber se o território onde está localizada a cidade na qual você mora poderia ser considerado como território da colônia portuguesa na América na virada do Século XVI para o Século XVII?
O território onde hoje se localiza a cidade de Florianópolis já podia ser considerado território de colônia portuguesa no fim do século XVI e início do século XVII. Ele fazia parte da Capitania Hereditária de Santana, ela possuía 40 léguas e começava aproximadamente na divisa litorânea dos atuais Estados de São Paulo e do Paraná e se estendia até Laguna(Santa Catarina).
Questões Objetivas
2- d)
3- b)
4- e)
Aplicação Prática Teórica - Aula 03
Existe ruptura no que se refere a ocupação do espaço urbano/rural no Brasil. Conforme o Censo 2010, realizado pelo IBGE, a população brasileira é 84% urbana (160.879.708) e 16% rural (29.852.986). Fonte: http://noticias.uol.com.br/censo-2010/populacao-urbana-e-rural/ - acessado em 24/03/2016.
Por outro lado, existe permanência em relação ao tratamento desigual entre os gêneros no Brasil. Segundo o Índice Global de Desigualdade de Gênero, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o segundo pior em um ranking de desigualdade salarial entre homens e mulheres, em uma lista de 134 países. Fonte http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/11/22/brasil-e-penultimo-em-ranking-de-diferenca-de-salarios-entre-homem-e-mulher.htm - acessado em 24/03/2016.
De acordo com os dados acima, podemos perceber que houve uma ruptura em relação a ocupação urbana/rural do território brasileiro. O Brasil se tornou predominantemente urbano na década de 1950 (http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/urbanizacao-do-brasil-consequencias-e-caracteristicas-das-cidades.htm) e uma das razões para isso foi a intensificação de um processo de urbanização e industrialização. Com a criação de indústrias, sobretudo na região Sudeste, surge a necessidade de mão de obra. E quem supriu essa necessidade foi a população vinda das zonas rurais em busca de melhores condições de vida. É importante perceber que este acelerado processo de urbanização causou problemas que ainda hoje existem em nossas cidades. Podemos citar por exemplo a falta de planejamento das cidades e a falta de estrutura para atender a população, como saneamento básico, escolas públicas ou unidades básicas de saúde. 
Apesar de a maioria da população brasileira estar na zona urbana, das 5 561 cidades brasileiras (2010) apenas 524 possuem mais de 50 mil habitantes, ou seja, a maioriados nossos municípios possuem uma população relativamente pequena (http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/indicadores_sociais_municipais/tabela1a.shtm). Muitas cidades com pequenas populações são caracterizadas pelo IBGE como zona urbana, mas isso não significa que o modo que vida da população desses lugares corresponda ao modo de vida urbano de cidades maiores. Cidades classificadas como predominantemente urbanas, conforme os critérios do IBGE, não apresentam essa ruptura no modo com o que a população se relacional com o meio que está inserida.
Se por um lado existe a ruptura na configuração da ocupação do território brasileiro, dados apontam a permanência da discriminação de gênero no Brasil. Não apenas os salários entre homens e mulheres são diferentes, mas também existem dados que apontam para a existência do machismo em nossa sociedade (https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/os-numeros-do-machismo-no-brasil-pesquisa-revela-opiniao-de-jovens-entre-16-a-24-anos/). Esse comportamento indica a manutenção de uma mentalidade patriarcal apesar de o número de mulheres como chefe de família estar aumentando (http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/10/mais-mulheres-sao-chefes-de-familia-e-jovens-optam-por-ser-mae-mais-tarde.html).

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