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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES JEQUITINHONHA E MUCURI ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL SIMAURA ALVES ROCHA PEREIRA Resumo do Texto “GESTÃO DO SETOR PÚBLICO: ESTRATÉGIA E ESTRUTURA PARA UM NOVO ESTADO” Luiz Carlos Bresser Pereira Águas Formosas/MG 2017 2 GESTÃO DO SETOR PÚBLICO: ESTRATÉGIA E ESTRUTURA PARA UM NOVO ESTADO Baseado no estudo do texto, no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, foi implantado a reforma administrativa no âmbito da União. Uma das finalidades era a planejar um novo modelo administrativo, suprindo o então modelo burocrático vigente, considerado ineficiente e ultrapassado. A administração burocrática é o modelo da doutrina de Weber, tendo como princípio básico a racionalização. O modelo weberiano é resultado de estudos empíricos de várias organizações. Conforme apostila depois da grande crise dos anos 80, na década dos 90 está sendo construído um novo Estado, este novo Estado será o resultado de profundas reformas, que assegure exercer as funções que o mercado não é capaz de desempenhar e que responda às necessidades de seus cidadãos, que tenha consciência de que o objetivo é construir um Estado democrático. Chegando aos anos 90 com o a destaque para a reforma do Estado, particularmente para a reforma administrativa, com a questão central é como reconstruir o estado e como determinar um novo Estado em um mundo globalizado. Após ser amplamente debatida, ocorreu a emenda sobre a reforma da administração pública. Entretanto, o Presidente determinou modificar a secretaria da presidência, que administrava o serviço público, em um novo ministério. Indicado para o cargo de ministro foi sugerido por Fernando Henrique Cardoso, que a reforma administrativa estivesse incluída entre as reformas constitucionais já definidas como prioritárias pelo novo governo - reforma fiscal, reforma da previdência social. Foi proposto pelo ministro uma administração pública moderna e eficiente, compatível com o capitalismo competitivo em que vivemos, sugerindo se necessário flexibilizar o estatuto da estabilidade dos servidores públicos de forma a aproximar os mercados de trabalho público e privado. O que não se esperava era uma reação fortemente negativa dos funcionários civis, dos intelectuais e da imprensa. No entanto meses depois o apoio surgiu por parte dos governadores estaduais, prefeitos, empresários, imprensa e contaram ainda com o apoio da opinião publica. Os políticos defendem interesses pessoais ou familiares, os corporativistas, interesses de grupos. A igualdade formal entre burgueses e proletários perante o Estado e no mercado 3 mascara a dominação e a exploração dos primeiros sobre os segundos. Entretanto a reforma passava a ser vista como necessidade crucial, não apenas interna, mas exigida também pelos investidores estrangeiros e pelas agências financeiras multilaterais. Na sociedade capitalista, aparentemente livre e igualitária, existe uma ordem burguesa que atende aos interesses econômicos da burguesia, assegurando o seu lugar de classe dominante na sociedade. Quatro anos depois, apenas a Reforma da Gerencial da Administração Pública pode ser considerada como um verdadeiro êxito. A reforma do estado centralizou a discursões como a direção política da reforma do Estado empreendida pelo Governo Fernando Henrique Cardoso, partindo da análise do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, documento aprovado no primeiro mandato do Governo FHC. Nos anos 80, os países altamente endividados têm-se dedicado a promover o ajuste fiscal, a liberalizar o comércio, a privatizar, publicização e a terceirização. A privatização foi apresentada como uma grande oportunidade do Governo para promover a arrecadação de recursos a fim de equilibrar a economia; no entanto, tem-se mostrado muito eficiente para formar novos monopólios privados. A privatização foi exposta, pois ao Estado basta ter uma política monetária intransigente para que os mecanismos de mercado façam os ajustes necessários à economia e como uma ampla oportunidade do Governo para gerar a arrecadação de recursos a fim de equilibrar a economia; no entanto, tem-se indicado muito competente para desenvolver novos monopólios privados, com decorrências de caráter prático na medida em que extrapola o momento da crise, e a reforma do Estado chegou à garantia da governabilidade. Na sua trajetória a privatização várias estatais brasileiras e a politica neoliberal, com leve intervenção do governo no mercado de trabalho e concluiu o seu segundo mandato com inovações e reforma principalmente na proteção social, foi baseada na social democracia a qual tinha como objetivo caminhar na direção dos ideais de uma sociedade de bem estar que é um modo de organização no qual o Estado se encarrega da promoção social e da economia. O Estado de Bem-Estar Social recebeu ainda mais terreno com a inserção do conceito de cidadania, propagado posteriormente a queda dos regimes totalitários na Europa. Agregou a ideia de que a ampliação de direitos sociais. Este modelo confere aos indivíduos bens e serviços públicos durante toda a vida, como: educação, saúde, seguridade e lazer. A finalidade é estabelecer um Estado que conteste às necessidades de seus cidadãos, com moralidade e valores. 4 A reforma administrativa, implantada no Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, segundo o texto, não foi satisfatória para superar as ineficiências existentes no País, pois, de imediato, não poderia modificar-se, significativamente, a composição do gasto público ou a lógica orçamentária. Restando-lhe, apesar disso, contribuir para a solução do mau uso dos recursos disponíveis e favorecer a construção da governabilidade democrática, por meio da transparência e responsabilização do aparelho de Estado. PATRIMONIALISMO VERSUS LEGAL/RACIONAL: O NÓ NA LEGITIMIDADE DO PODER NO BRASIL NAS LENTES DA CULTURA POLÍTICA. Diante da leitura realizada, a formação do Estado Brasileiro, desde suas origens mais remotas as injustiças que ocorrem no cotidiano são um dos motivos para o descrédito das instituições do Estado brasileiro. Acostumados com holofotes e prestigio a classe artística como atores, atrizes, jogadores de futebol e cantores, se engajam em causas políticas no Brasil, é emprestam sua imagem para representar algum candidato, com objetivo que eles venham puxar votos. Conforme apostila parte dos analistas políticos considera saudável tal composição para a democracia brasileira por permitir uma mudança nas representações nacionais, outros entendem que favorece ainda mais a falta de credibilidade já existente na política brasileira. Há aqueles que conseguem se eleger meio a corrupção, barganhas de cargos públicos, nepotismo, favorecimento, “mordomias”, crime organizado, e os incubados coronéis que sobrevivem até os dias de hoje, meio a tantos transtornos de condutas, não perdem a credibilidade na politica e ainda ganham expressivos números de votos. A quem pense em adversários, adversários estes que se juntam e se organizam em meio a qualquer ameaça de perca de força do poder. Conforme citado na apostila, “Estado é uma relação de homens que dominam seus iguais, mantida pela violência legítima (isto é, considerada legítima)” (WEBER, 1989, p. 139). Para Weber, o exercício do poder remete a oportunidade de um indivíduo ou um grupo em fazer prevalecer sua vontade, ainda que haja a resistência. O domínio seria quando há a disposição de indivíduos comdisposição de obediência às ordens: “chamamos ‘dominação’ a probabilidade de encontrar obediência para ordens específicas (ou todas) dentro de um determinado grupo de pessoas” (WEBER, 2004, p. 139). 5 Nos dias de hoje estão comuns relatos jornalísticos das últimas denúncias sobre corrupção, à falta de transparência no setor público, o país precisa de debates sobre como enfrentar a corrupção, os temas recorrentes são a transparência do setor público, a prestação de contas de políticos e administradores e o fortalecimento dos mecanismos de fiscalização e controle. Ainda nesse contexto, conforme citado pelo autor, esse é o grande nó para quem procura compreender a política no Brasil a partir da perspectiva racional/legal, base de legitimação do Estado Democrático de Direito. Portanto, é um problema que deve ser permanentemente debatido para se entender quais os limites e as possibilidades de rupturas do formato patrimonialista adotado na política brasileira. Inclusive pensar se essa quebra na legitimidade patrimonialista é desejada. E por quem é desejada. 6 REFERÊNCIAS • PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Gestão do Setor Publico: Estratégia e Estrutura para um Novo Estado
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