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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I(teoria)

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I (AULAS TEÓRICAS)
ORÇAMENTO PÚBLICO
Definição: documento que prevê as quantias de moeda que, num período determinado, devem entrar e sair dos cofres públicos, com especificação de suas principais fontes de financiamento e das categorias de despesas mais relevantes.
É formalizado através de proposta do Poder Executivo e apreciado pelo Poder Legislativo na forma definida pela Constituição do país.
Princípios orçamentários:
São regras fundamentais e que funcionam como norteadoras da prática orçamentária.
ANUALIDADE – o orçamento deve ter vigência limitada a um EXERCÍCIO FINANCEIRO. De acordo com a legislação do país o exercício financeiro precisa coincidir com o ano civil. A Lei de Responsabilidade Fiscal reforça este princípio ao estabelecer que as obrigações assumidas no exercício sejam compatíveis com os recursos financeiros obtidos no mesmo exercício.
CLAREZA – o orçamento deve ser claro e de fácil compreensão a qualquer indivíduo.
 EQUILÍBRIO – os valores autorizados para a realização das despesas no exercício deverão ser compatíveis com os valores previstos para a arrecadação das receitas.
 EXCLUSIVIDADE – a Lei Orçamentária não poderá conter matéria estranha à fixação das despesas e a previsão da receita.
RECEITA PÚBLICA
“O complexo de valores recebidos pelo ERÁRIO público, sejam provenientes de rendas patrimoniais, sejam resultantes de rendas tributárias, ou outras rendas permanentes, destinadas a fazer frente as despesas públicas”. PLÁCIDO e SILVA
Entrada – todo e qualquer dinheiro que ingressa sob a forma de: CAUÇÃO, FIANÇA, DEPÓSITOS TRIBUTÁRIOS.
CLASSIFICALÇÃO DAS RECEITAS:
Quanto a periodicidade: ORDINÁRIA OU EXTRAORDINÁRIA
Quanto a origem: ORIGINÁRIA (Patrimônio Público) ou DERIVADAS (de Terceiros)
Quanto a natureza: ORÇAMENTÁRIA ou EXTRA-ORÇAMENTÁRIA
Por categoria econômica: 
- CORRENTE: derivadas, originárias e outras complementares.
- CAPITAL: operações de crédito, alienação de bens, recebimento de dívidas e auxílios recebidos pelos órgãos ou entidades.			
ESTÁGIOS DAS RECEITAS
PREVISÃO
LANÇAMENTO
ARRECADAÇÃO
RECOLHIMENTO
CODIFICAÇÃO: 1112.02.00.02
1º dígito – Categoria econômica: (1 – Receitas Correntes)
2º dígito – Fonte: (11 – Receitas tributária)
3º dígito – Rubrica: (111 – Imposto)
4º dígito – Alínea: (1112 – Imposto sobre patrimônio e renda)
Demais subalíneas
(1112. 02 . 00 – Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana)
(1112.02.00.02 – Imposto territorial urbano)
DESPESA PÚBLICA
“O conjunto dos dispêndios do ESTADO ou de outra PESSOA DE DIREITO PÚBLICO, para o financiamento dos serviços públicos”. ALIOMAR BALEEIRO
Alguns requisitos:
Limites mínimos legais: 25% na educação e 15% na saúde
Pessoal: 60%
Toda despesa tem que ser autorizada pelo PODER LEGISLATIVO
Procedimento licitatório
Sempre documentada
CLASSI FICAÇÃO DAS DESPESAS
Quanto a periodicidade: ORDINÁRIA ou EXTRAORDINÁRIA
Por categoria econômica: 
- CORRENTE: consumo do governo
- CAPITAL: investimento do governo
 c) Quanto ao objeto do gasto (ou elemento de despesa): pessoal, consumo, serviços, despesa com terceiros.
ESTÁGIOS DA DESPESA:
Empenho
Liquidação
Pagamento
Restos a pagar
Despesas de Exercícios Anteriores
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
Antes da Lei de Responsabilidade Fiscal a Lei de Diretrizes Orçamentárias era um mero indicador de intenções, passando a ser um Instrumento de Planejamento e norteador da elaboração da Lei Orçamentária Anual.
Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal a Lei de Diretrizes Orçamentárias deverá dispor:
Equilíbrio entre RECEITAS e DESPESAS
Critério na limitação de empenho
Controle de custos e avaliação de resultados
Condições para transferências de recursos a entidades públicas e privadas
Metas fiscais
Riscos fiscais
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA
Constituição Federal
Art. 165, Parágrafo 5º a Lei Orçamentária Anual compreenderá:
I – orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público.
DECISÕES DE INVESTIMENTO DE LONGO PRAZO
Existem vários métodos para a avaliação de projetos de investimento de capital. Vamos apresentar os seguintes métodos: payback, payback descontado, valor presente líquido e taxa interna de retorno. 
PAYBACK (simples)
Payback é o período de tempo necessário, para que as entradas líquidas de caixa recuperem o valor a ser investido no projeto.
O payback é um dos métodos mais utilizado nas decisões de investimento de longo prazo, principalmente como uma medida de risco. Ao estabelecer período máximo para o retorno do projeto, as empresas procuram reduzir o risco e valorizar a liquidez. É um método utilizado para rejeitar alternativas com longo período de retorno. É dos mais simples e mais utilizado pelas empresas, embora seja considerado deficiente por não considerar o valor do dinheiro no tempo.
Regra do payback – um investimento é aceitável quando o retorno do capital investido se dá num tempo igual ou menor que o padrão da empresa. 
Payback < padrão da empresa = aceita-se o projeto
Payback = padrão da empresa = aceita-se
Payback >padrão da empresa = rejeita-se o projeto
Vantagens: fácil de entender; favorece a liquidez; considera a incerteza do fluxo de caixa mais distantes.
Desvantagens: ignora o valor do dinheiro no tempo; ignora fluxo de caixa pós payback; penaliza projetos de longo prazo.
Observações:1- quando uma empresa enfrenta problemas de liquidez, ela é forçada a dar prioridade a projetos cujo capital investido retorne o mais rápido possível, 2 – o payback antes de ser um critério para classificar propostas de investimentos, é um critério para descartar projetos.
Exemplo: os fluxos de caixa livres do investimento proposto à TSB, são os seguintes: Investimento Inicial - $ 1.309.000; Ano 1 - $ 269.301; Ano 2 - $ 316.899; Ano 3 - $ 316.899; Ano 4 - $ 316.899; Ano 5 - $ 1.200.499. Quanto tempo é preciso esperar até que os fluxos de caixa livres acumulados deste investimento recuperem o capital investido?
ANO FCLs FCLs Ac
 0		 (1.309.000) (1.309.000)
 1 269.301 269.301
 2 316.899 586.200
 3 316.899 903.099
 4 316.899 1.219.998 
 5 1.200.499 2.420.497
Cálculo do Payback simples: 1.309.000 – 1.219.998 = 89.002
89.002/ 1.200.499 = 0,07. Portanto, o payback simples será: 4anos + 0,07 anos = 4,07 anos. Como o padrão da empresa é de 5 anos e o payback foi de 4,07 anos, aceita-se o projeto.
 PAYBACK DESCONTADO
Payback descontado é período de tempo necessário para recuperar o investimento inicial, considerando os fluxos de caixa descontados.
Esse método foi desenvolvido para corrigir uma das principais falhas do payback, que é não considerar o valor do dinheiro no tempo. 
Regra do payback descontado – um investimento é aceitável quando o retorno do capital investido se dá num tempo igual ou menor que padrão da empresa.
Payback < padrão da empresa− aceita-se o projeto
Payback = padrão da empresa – aceita-se o projeto
Payback >padrão da empresa – rejeita-se o projeto
Exemplo: valor do investimento inicial: $ 1.309.000; ano 1 $ 269.301; ano 2 $ 316.899; ano 3 $ 316.899; ano 4 $ 316.899; ano 5 $ 1.200.499. usando a taxa de desconto de 17% ao ano. Determine o payback descontado.
A = N/
A1= 269.301/(1,17)= 230.172; A2= 316.899/(1,17)2= 231.499;A3= 316.899/(1,17)3=197.862; A4= 316.899/(1,17)4= 169.113; A5= 1.200.499/(1,17)5= 547.561
ANO FCLs FCLdesc FCLdesc.AC
(1.309.000) (1.309.000) (1.309.000)
 269.301 230.172 230.172
 316.899 231.499 461.671
 316.899 197.862 659.533
 316.899 169.113 828.646
 1.200.499 547.561 1.376.207
PBD = 4 + 0.87= 4,87 anos
1309.000 – 828.646 = 480.354; 480.354/547.561 = 0,87 anos
VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)
É o valor presente do fluxo de caixa livre do projeto, descontado ao custo de capital da empresa.
É um dos métodos que considera o fluxo de caixa descontado. Quanto maior for o valor presente líquido, melhor será o projeto. É um dos métodos mais utilizados pelas empresas.
VPL= (FCo) + FC1/+ FC2/+2+.......+ FCn/
Aqui o FC é o fluxo líquido de caixa, i é o custo de capital e n a vida útil do projeto. Neste cálculo as saídas de caixa são representadas por valores negativos. A lógica do VPL é a de que se o projeto está remunerando a empresa ao seu custo de capital ele estará gerando caixa suficiente para pagar os juros e para remunerar os acionistas de acordo com suas exigências. Se além disso, projeto gera um VPL positivo, significa que a empresa estará aumentando sua riqueza ao aceita-la.
Exemplo: vamos utilizar o mesmo fluxo de caixa da TSB e um custo de capital de 17% e calcular o valor presente líquido do projeto. II = 1.309.000; ano 1= 269.301; ano 2 = 316.899; ano 3 = 316.899; ano 4 = 316.899; ano 5 = 1.200.499.
VPL= (1.309.000)+269.301/(1,17)+316.899/(1,17)2+316.899/(1,17)3+316.899/(1,17)4+1.200.499/(1,17)5 = $ 67.207
A TSB ao aceitar e implementar o projeto estará aumentando a riqueza de seus acionistas em $ 67.207.
Regra do Valor Presente Líquido – um projeto de investimento deve ser aceito se o VPL for positivo e rejeitando se ele for negativo.
VPL > 0 - aceita-se o projeto
VPL = 0 - aceita-se o projeto
VPL < 0 - rejeita-se o projeto
Vantagens: 1. Leva em consideração o valor do dinheiro no tempo; 2. Os VPLs podem ser somados; 3. Dependem apenas dos fluxos de caixa e do custo de capital. Desvantagens: 1. Depende da determinação do custo de capital; 2. É um conceito de difícil assimilação pelos empresários em relação a taxa de retorno. 
TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
É a taxa que iguala as entradas de caixa ao valor a ser investido no projeto.
A taxa interna de retorno de um investimento é a maior taxa de desconto possível para tornar o VPL igual a zero.
Essa taxa é dita interna no sentido de que depende somente dos fluxos de caixa de certo projeto, e não de taxas oferecidas pelo mercado. Quanto maior a TIR, melhor será o projeto. A TIR também é um dos métodos mais utilizados.
(FCo)+FC1/(1+TIR)+ FC2/(1+TIR)2+......+ FCn/(1+TIR)n= 0
Anos 0 1 2 3 4 5
FCL (1309.000) 269.301 316.899 316.899 316.899 1.200.499
(1.309.000) +269.301/(1+TIR)+316.899/(1+TIR)2+316.899/(1+TIR)3+316.899/(1+TIR)4+1.200.499/(1+TIR)5= 0
Na HP 12 C: f clear FIN
			 1.309.000 CHS g CF0
			 269.301 g CFj
			 316.899 g CFj
			 3 g Nj
			 1.200.499 g CFj
			 F IRR = 18,74%
Como estamos utilizando um custo de capital de 17% para os projetos, a interpretação deste resultado é que ao aceitar e implementar o projeto, a empresa estará aumentando a riqueza de seus acionistas, pois a TIR é maior que seu custo de capital. Desta forma, utilizar a TIR permite a tomada de decisões que maximizam a riqueza dos acionistas.
Regra da TIR – um projeto de investimento é aceitável se a sua TIR for igual ou superior ao custo de capital da empresa. Caso contrário, deve ser rejeitado.
TIR > i – aceita-se o projeto
TIR = i – aceita-se o projeto
TIR < i – rejeita-se o projeto
Vantagens:1. Leva em consideração o valor do dinheiro no tempo; 2. Dependem apenas dos fluxos de caixa e do custo de capital; 3. Permite a comparação entre a taxa de retorno do projeto e as taxas de mercado.
Desvantagens: 1. Depende da determinação do custo de capital.
ORÇAMENTO PRIVADO
Orçamento é a expressão quantitativa de um plano de ação e ajuda à coordenação e implantação de um plano a ser desenvolvido na empresa.
Orçar é processar todos os dados constantes do sistema de informação contábil, introduzindo os dados previstos para o próximo exercício, levando em consideração as alterações já definidas para o próximo exercício.
O orçamento pode e deve reunir diversos objetivos empresariais, na busca de expressão do plano e controle de resultado.
Propósitos gerais que devem estar contidos no plano orçamentário:
Orçamento como sistema de amortização
Um meio para projeções e planejamento
Um canal de comunicação e coordenação
Um instrumento de motivação
Um instrumento de avaliação e controle
Uma forma de informação para tomada de decisões.
Os objetivos da corporação, genéricos, direcionam os objetivos das diversas áreas que são os objetivos específicos.
O orçamento deve ser elaborado através de um processo democrático, ou deve ocorrer a interação entre os setores da empresa. Ele não pode ocorrer de cima para baixo, ou seja, não pode ser imposto.
Princípios gerais para a estruturação do plano orçamentário:
Orçamento para objetivos
Envolvimento dos gestores
Comunicação integral
Expectativas realísticas
Aplicação flexível
Reconhecimento dos esforços individuais e de grupos
TIPOS DE ORÇAMENTOS
ORÇAMENTO ESTÁTICO –
É considerado estático quando a administração do sistema não permite nenhuma alteração na peça orçamentária.
O orçamento estático é o orçamento mais comum. Ele é elaborado a partir da fixação de determinado volume de produção e vendas.
Apesar de não possuir flexibilidade esse tipo de orçamento é muito utilizado nas grandes corporações, principalmente as que operam em vários países.
ORÇAMENTO FLEXÍVEL
É um conjunto de orçamentos que podem ser ajustados a qualquer nível de atividade.
A base para elaboração do orçamento flexível é a perfeita distinção entre custos fixos e variáveis.
Os custos variáveis seguirão o volume de atividade enquanto os custos fixos terão tratamento tradicional.
No orçamento flexível não existe um número determinado de produção ou vendas a empresa admite sim, uma faixa de nível de atividades.
Orçamento flexível para vários níveis de atividade de produção ou vendas
Orçamento por unidade Dados
				Unitários
Níveis de atividade em
Unidades 7.000 8.000 9.000
Vendas $ 31,00 217.000 248.000 279.000
Materiais e componentes$ 21,00 141.000 168.000 189.000
Outros custos e Desp.Var$0,80 5.600 6.400 7.200
Soma – Custos e Desp. $ 21,80 152.600 174.400 196.200
Marg de contribuição $ 9,20 64.400 73.600 82.800
Orçamento – Gastos Mensais
Custos fixos de manufatura 37.000 37.000 37.000
Despesas Comerciais e Adm. 33.000 33.000 33.000
Total custos e despesas fixas 70.000 70.000 70.000
Resultado Operacional (5.600) 3.600 12.800
ORÇAMENTO AJUSTADO
É derivado do orçamento flexível. É considerado um segundo orçamento que passa a vigorar quando se modifica o volume ou o nível de atividade inicialmente planejado.
Orçamento original (+/-) Ajustes de volume = orçamento ajustado
(volume planejado)	(volume ajustado)
ESTRUTURA DO PLANO ORÇAMENTÁRIOO plano orçamentário contempla três grandes segmentos:
Orçamento operacional
Orçamento de investimentos e financeiros
Projeção dos demonstrativos contábeis (também chamado de orçamento de caixa)
ORÇAMENTO OPERACIONAL
Contém a maior parte das peças orçamentárias, ou seja, engloba todos os orçamentos específicos que atingem a estrutura hierárquica da empresa. Incluindo as áreas administrativa, comercial e produção.
O orçamento operacional evidencia o lucro operacional, ou seja, vendas, custo dos produtos, despesas administrativas e comerciais.
O orçamento operacional é composto das seguintes peças orçamentárias:
Orçamento de vendas
Orçamento de produção
Orçamento de compra de materiais
Orçamento de despesas departamentais
O orçamento de despesas departamentais ou por centro de custo de cada setor dentro da empresa por gastos controláveis:
Consumo de materiais indiretos pelo centro de custo;
Despesas com mão-de-obra direta;
Despesas com mão-de-obra indireta;
Gastos gerais do centro de custo;
Depreciações do centro de custo.
Orçamento de investimentos e financiamentos
Neste segmento estão contidas as seguintes peças orçamentárias:
Orçamento de investimento (aquisições de investimentos, imobilizados e intangíveis)
Orçamento de financiamento e amortizações
Orçamento de despesas financeiras
Projeção dos Demonstrativos Contábeis
Este segmento tem como finalidade, consolidar todos os orçamentos.
Parte do Balanço Patrimonial, incorpora o orçamento operacional e o orçamento de investimentos e financiamentos, projeta as demais contas e conclui com o Balanço Patrimonial Final.
Compreende as seguintes peças orçamentárias:
Projeção de outras receitas operacionais e não operacionais e despesas não operacionais.
Projeção das receitas financeiras
Projeção da Demonstração do Resultado do Exercício do período orçamentário
Projeção do Balanço Patrimonial final do período orçamentário
Projeção do fluxo de caixa
Projeção da DOAR ou DFC
Análise financeira dos demonstrativos projetados.
ORÇAMENTO DE VENDAS
O orçamento de vendas é o ponto chave do orçamento operacional. Ele é o principal ponto de partida para a elaboração do orçamento da empresa. Daí, ser o volume de vendas o ponto limitante para o processo orçamentário. Muitas vezes o volume de produção pode tornar-se num limitante para o orçamento de vendas.
O orçamento de vendas compreende as seguintes partes:
A previsão de vendas em quantidades para cada produto;
A previsão dos preços para os produtos e seus mercados;
A identificação dos impostos sobre as vendas;
O orçamento de vendas em moeda corrente do país; e
A projeção do saldo final de conta a receber.
DIFICULDADES DA PREVISÃO DE VENDAS
Na determinação das quantidades a serem vendidas dos produtos da empresa (são consideradas normais).
Situações conjunturais da economia.
Sazonalidade existentes.
A empresa deve ter um conjunto de conhecimentos sobre o comportamento de seus produtos.
Conhecimento sobre os produtos a serem lançados no mercado (receptividade).
A empresa deve possuir um banco de dados com as informações dos pontos de venda.
Portanto, as empresas podem partir para a previsão das vendas:
As quantidades vendidas por cada vendedor;
As quantidades vendidas por cada gerente de filial;
As quantidades vendidas de cada franqueada.
USO FINAL DO PRODUTO
Através do uso final do produto de nossos clientes, a empresa poderá orças suas próprias vendas, sabendo assim quanto o cliente virá a adquirir do produto.
As empresas devem assim trocar informações de expectativas de vendas. Kassim cada vez mais se estreita o relacionamento entre clientes e seus fornecedores.
Como exemplo de aplicação dessa metodologia podemos citar:
Ex.: fornecedores de autopeças para indústria automobilística. Cotas obrigatórias de vendas de produtos franqueados.
ORÇAMENTO DE VENDAS – preços, quantidades, receitas e clientes.
Ano/mês
 Dados Produto A Produto B Total
Orçamento de quantidade
Quantidade real-Per.anterior Unid. 30.000 12.000	 42.000
Aumento previsto 10% 8%
Quantidade orçada Unid. 33.000	 12.960 45.960
Orçamento de preço
Preço de venda/anual Bruto $ 20,00 30,00
Estimativa de Reajuste no período 4% 5%
Preço de venda orçado $ 20,80 31,50
Orçamento de vendas
Receita Operacional Bruta $ 686.400 408.240 1.094.640
(-) Impostos sobre vendas 25% $ (171.600) (102.060) (273.660)
Receita Operacional Líquida $ 514.800 306.180 820.980
Orçamento de clientes
Prazo médio de recebimento dia 25 65
Saldo Final de Dupl.a Receber $ 47.667 73.710 121.377
(-) Provisão p/Dev. Duvidosos 2% (953) (1.474) (2.428)
Saldo Final de Dupl.aRec.líquido $ 46.713		 72.136	 118.949	
O processo orçamentário é influenciado fortemente pela previsão de demanda, uma estimativa da demanda de vendas a um preço de venda específico.
Independentemente da abordagem desenvolvida na previsão de demanda, a empresa deve preparar um plano de vendas para cada linha-chave de bens ou serviços.
ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO
			
Este orçamento é totalmente dependente do orçamento de vendas. Ester orçamento também é elaborado de forma quantitativa. Em princípio não tem necessidade de valorizar o valor da produção, somente para fins de orçamento. O orçamento de produção em quantidade dos produtos a serem fabricados é fundamental para a programação operacional da empresa e dele decorre o orçamento de consumo e compra de materiais diretos e indiretos.
São dois dados necessários para o orçamento de produção:
Orçamento de vendas em quantidade por produto;
Política de estocagem de produtos acabados.
 O orçamento de produção pode ser concluído com esses dados, mais os dados das atuais quantidades em estoque de produtos acabados. Portanto, a diferença entre a quantidade vendida e a quantidade a ser produzida decorre da variação da quantidade de estoque de produtos acabados. Quando a empresa tem possibilidade de vender imediatamente toda sua produção, ela consegue evitar a estocagem de produtos acabados, portanto o orçamento de produção é igual ao orçamento de produção. Este fato pode acontecer em empresas que produzem por encomenda ou em empresa que conseguem uma perfeita aplicação do conceito de just in time para o produto final. (JIT – significa produzir bens e serviços exatamente no momento em que são necessários – não antes para que não se transformem em estoque, e não depois para que seus clientes não tenham que esperar).
Geralmente, a política de estocagem de produtos acabados é traduzida em dias de vendas, por tipo de produto. A empresa normalmente tem informações e experiência que permitem a ela fixar qual deve ser o estoque mínimo para atendimento às vendas. A empresa deve também incorporar a política de estocagem seja para mais ou para menos.
Orçamento de produção – quantidades
Ano/mês 1
 Dados Produto A Produto B Total
Est.Inicial- Prod.Acabados unid 2.000 1.500 3.500
Vendas Orçadas unid 33.000 12.960 45.960
Est.Final-Pol.de Estocagem dias 35 35
Estoque final unid 34.208 12.720 46.928
EF=EI+PO-VO
Portanto, o orçamento de produção tem como finalidade determinar a quantidade de produtos que devem ser produzidos em função das vendas planejadas, considerando-se as políticas de estoques e de produtos.
A produção tem por tarefatransformar as matérias-primas em produtos acabados, adicionando a mão-de-obra e os demais custos necessários a produção.
O encarregado do orçamento de produção utilizará vários dados da contabilidade de custos e para isso essa deverá ser executada de forma a oferecer adequadamente informações necessárias a esse departamento.
O orçamento de produção será composto dos seguintes orçamentos:
 Orçamento de matérias-primas e estoques
 Orçamento de compras e custos
Orçamento de Matéria-Prima
Define as quantidades de cada matéria-prima necessária para atender a produção e os estoques mínimos necessários a serem mantidos ´para a execução da produção.
As matérias-primas podem ser:
Diretas
Indiretas
As matérias-primas diretas incluem todos os materiais que compõem o produto final e são identificados e relacionados com o custo de produto acabado, normalmente é considerado um custo acabado.
Os materiais indiretos são usados no processo de fabricação, mas não estão diretamente associados a cada produto.
Custos fixos são os que num período tem seu montante fixado não em função de oscilações na atividade. 
Custos variáveis são aqueles que oscilam de acordo com a produção.
Estoque é definido como a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. Ocorrem sempre em operações produtivas a fim de atender a demanda.
Manter níveis adequados de estoques proporciona flexibilidade de produção e de suprimento, bem como seus reflexos na área financeira.
As políticas de estoques de matérias-primas possuem relação direta com as políticas de estoques de produtos acabados.
ORÇAMENTO DE COMPRAS E CUSTOS
Esse orçamento define as quantidades a serem adquiridas com base no consumo e estoques desejados, bem como os custos de cada item, levando em consideração as características dos produtos e os prazos de entrega de cada fornece
Com o passar do tempo as empresas compradoras e vendedoras, procuram aumentar seu relacionamento, surgindo parcerias de negócios, o que vem a minimizar os riscos de fornecimentos.
Na busca de minimizar os custos totais dos estoques, o responsável pela elaboração do orçamento dos estoques deve utilizar como instrumento de controle e planejamento o MÉTODO DO LOTE ECONÔMICO DE COMPRAS (LEC).
O LEC fornece a quantidade de materiais a ser pedido (ou volume dos lotes de produção para os produtos acabados) e a frequência de distribuição desses pedidos no tempo (quando os estoques devem ser repostos e em que quantidade).
 LEC= 2 QE/CP
Q = quantidade consumida por ano(unidades)
E = custo médio anual de preparação de uma encomenda
C= custo de estocagem por unidade (armazenagem,seguris,retorno sobre o investimento em estoque)
P= preço unitário de compra

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