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INTROD AULA4 CREA CONFEA ATRIBUIÇÃO PROFISSIONAL ÓRGAOS ASSOCIATIVOS

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
 
Engenharia Elétrica 
Introdução à Engenharia Eletrônica 
 
 
 
 
 
Entidades relacionadas à engenharia elétrica 
Aula 4 
 
 
Prof. Juliano de Mello Pedroso 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa inicial 
Olá! 
Seja bem-vindo à quarta aula de Introdução à Engenharia Eletrônica! 
Como sabemos, todo profissional é sujeito a deveres e direitos, assumindo 
também a responsabilidade por seus atos em caso de danos. Mas o engenheiro 
tem apoio, não está sozinho nessa caminhada. Existem várias entidades que o 
amparam em seus trabalhos profissionais. 
Essas entidades dão suporte juridicamente, estando embasadas em leis 
e decretos relacionados à profissão da engenharia. Outras entidades apoiam de 
forma técnica, definindo um conjunto formal de requisitos técnicos da profissão. 
Então, ao engenheiro cabe estudar as leis e definições técnicas para 
desenvolver de forma ótima sua profissão. 
Contextualizando 
O engenheiro, ao exercer suas funções, assume o risco de sua atividade 
que deve ser exercida com a cautela técnica tanto para atender seus objetivos 
dentro do custo e tempo previstos quanto para minimizar eventuais efeitos 
decorrentes de acidentes, erros, subdimensionamento etc. 
■ A responsabilidade civil nasce da obrigação de reparar ou indenizar por 
eventuais danos causados no exercício da atividade. Decorre da 
responsabilidade pelos materiais aplicados, ou seja, pela escolha dos 
materiais a serem empregados na obra ou serviço, cuja competência é 
exclusiva do profissional, e da responsabilidade pela solidez e segurança 
da construção no qual o profissional responde durante cinco anos, a partir 
da formalização da data do término da obra. Daí a importância de ter um 
documento formal de entrega com data e aceite do cliente/usuário. 
■ Responsabilidade técnica decorre das atividades específicas dentro das 
várias modalidades das categorias da área tecnológica que realizam 
(projeto, execução, consultoria, peritagem etc.). 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
Instituída pela Lei 6496/77, a Anotação da Responsabilidade Técnica 
define as obrigações e identifica os responsáveis pelo empreendimento em cada 
área tecnológica. Com isso, o profissional fica vinculado à sua atuação. A 
ausência da ART presume o exercício ilegal da profissão se não houver 
participação de profissional habilitado ou a eventual irregularidade do 
profissional, sujeitando-se assim à autuação pelo Conselho. 
CREA 
CREA é a sigla para Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, que 
são entidades atuantes a nível estadual e constituem a manifestação regional do 
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), sendo responsáveis 
pela fiscalização do exercício profissional da área tecnológica em âmbito 
regional. O CREA tem função de verificar, orientar e fiscalizar o exercício 
profissional com a missão de defender a sociedade da prática ilegal das 
atividades abrangidas pelo sistema CONFEA/CREA. 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
Com a necessidade de fiscalizar o exercício profissional dos engenheiros, 
arquitetos e agrimensores com mais eficiência e em todo o território brasileiro, 
em 23 de abril de 1934, foi aprovada a criação dos conselhos regionais e assim 
foi determinada a divisão do território nacional em oito regiões: 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
■ 1.ª região: compreendendo os Estados do Amazonas, Pará, 
Maranhão, Piauí e o território do Acre. Sede – Belém; 
■ 2.ª região: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Sede 
– Distrito Federal; 
■ 3.ª região: Bahia, Sergipe e Alagoas. Sede – Salvador; 
■ 4.ª região: Minas Gerais e Goiás. Sede – Belo Horizonte; 
■ 5.ª região: Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal. Sede – 
Distrito Federal; 
■ 6.ª região: São Paulo e Mato Grosso. Sede – São Paulo; 
■ 7.ª região: Paraná. Sede – Curitiba (o único que nasceu 
independente); 
■ 8.ª região: Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Sede – Porto Alegre. 
As principais funções do CREA em seu dia a dia incluem a fiscalização e 
aprimoramento de diversas atividades, como as abaixo listadas: 
Engenharia Civil e Urbanismo, Engenharia Agrícola, Engenharia de 
Produção, Engenharia Industrial, Geologia, Engenharia de Minas, Engenharia 
Cartográfica, Engenharia de Aquicultura, Meteorologia, Engenharia Elétrica, 
Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Hídrica, Engenharia de 
Computação, Engenharia Sanitarista, Engenharia de Infraestrutura Aeronáutica, 
Engenharia Ambiental dentre muitas outras. 
Todas as funções exercidas pelos CREAs de todos os Estados são 
supervisionadas pelo Confea, que é o Conselho Federal de Engenharia e 
Agronomia. O Confea foi criado em 1933 e conta hoje em seu sistema 
(compartilhado com os CREA dos Estados) com 900 mil profissionais 
cadastrados em todo o Brasil. 
O CREA tem três divisões em sua estrutura, nomeadas de Estrutura 
Básica, Estrutura de Suporte e Estrutura Auxiliar que, em conjunto, formam a 
estrutura principal do CREA, que tem como objetivo orientar o fluxograma da 
fiscalização. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
Todo o profissional da área tratada pelo CREA deve possuir o registro da 
entidade. Caso queria denunciar um profissional que não tenha registro do CREA 
ou fazer a consulta da situação cadastral de empresas ou profissionais, basta 
acessar o site do CREA de sua região. 
 
 
Toda e qualquer construção deve ser supervisionado por empresas ou 
profissionais registrados no CREA de sua região. Atente-se e exija essa 
documentação, pela segurança de sua obra. 
Um dos principais documentos é a ART. A ART é um instrumento legal, 
necessário à fiscalização das atividades técnico-profissionais, nos diversos 
empreendimentos sociais. De acordo com o Artigo 3º da Resolução nº 
1025/2009, do Confea, 
 
Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou 
prestação de quaisquer serviços referentes à Engenharia e Agronomia 
fica sujeito à “Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)”, no 
Conselho Regional, em cuja jurisdição for exercida a respectiva 
atividade. 
 
Instituída também pela Lei Federal nº 6496/1977, a ART caracteriza 
legalmente os direitos e obrigações entre profissionais e usuários de seus 
serviços técnicos, além de determinar a responsabilidade profissional por 
eventuais defeitos ou erros técnicos. 
A ART é importante, pois garante os direitos autorais, comprova a 
existência de um contrato, até mesmo nos casos em que tenha sido realizado de 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
forma verbal, e garante o direito à remuneração na medida em que se torna um 
comprovante da prestação de um serviço. É na ART que se definem os limites 
da responsabilidade, ou seja, o profissional responde apenas pelas atividades 
técnicas que executou. 
Todos os serviços registrados no CREA sob a forma de ART irão compor 
o ACERVO TÉCNICO do profissional, que serve ainda como documento 
comprobatório para efeito de aposentadoria especial. As principais normas que 
definem os procedimentos de ART são: Lei Federal nº 6496/1977 e 12.514/2011 
e Resoluções 1025/2009 e 1.043/2012. Veja um exemplo de A.R.T. sem validade 
pública: 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
7 
Modelo de A.R.T. 
 
Fonte: http://www.crea-
sc.org.br/portal/arquivosSGC/MODELO%20ART%20CONVENIO%20TC%20033_2012.jpg - 
Acessado em 23/11/2015. 
 
CCDD – Centro de Criação e DesenvolvimentoDialógico 
 
8 
Leitura obrigatória 
 
Para complementar seus estudos sobre o tema, leia o artigo que está 
disponível a seguir: 
 
http://www.crea-sc.org.br/portal/index.php?cmd=artigos-
detalhe&id=3621#.VkOxYPmrTSA 
 
O vídeo a seguir traz algumas informações sobre os valores e encargos 
do CREA. Não deixe de assistir! 
 
https://www.youtube.com/watch?v=y4zl3M7zXN0 
 
Acompanhe as explicações do professor Juliano sobre o tema que foi 
estudado no vídeo que está disponível no material on-line. Preste 
bastante atenção para não ficar com dúvidas! 
CONFEA 
O Confea zela pelos interesses sociais e humanos de toda a sociedade e, 
com base nisso, regulamenta e fiscaliza o exercício profissional dos que atuam 
nas áreas que representa, tendo ainda como referência o respeito ao cidadão e 
à natureza. 
O Conselho Federal é a instância máxima à qual um profissional pode 
recorrer no que se refere ao regulamento do exercício profissional. É possível 
encontrar os normativos que regulamentam e regem o exercício profissional da 
Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, dos tecnólogos e 
dos técnicos industriais e agrícolas, e o funcionamento do Confea e dos CREAs. 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
Fonte: www.crearo.org.br 
 
O engenheiro, assim como qualquer cidadão, deve sempre melhorar seu 
vocabulário. Existem palavras que norteiam sua profissão e seu papel na 
sociedade, então devemos conhecer cada vez mais sobre esses termos: 
■ Lei: norma geral de conduta que disciplina as relações de fato 
incidentes no direito e cuja observância é imposta pelo poder estatal, 
sendo elaborada pelo Poder Legislativo, por meio do processo 
adequado. 
■ Decreto: ato do Presidente da República para estabelecer e aprovar 
o regulamento de lei, facilitando a sua execução. 
■ Decreto-Lei: norma baixada pelo Presidente da República que se 
restringia a certas matérias e estava sujeita ao controle do Congresso 
Nacional. 
■ Resolução: ato normativo de competência exclusiva do Plenário do 
Confea, destinado a explicitar a lei, para sua correta execução e para 
disciplinar os casos omissos. 
■ Decisão Normativa: ato de caráter imperativo, de exclusiva 
competência do Plenário do Confea, destinado a fixar entendimentos 
ou a determinar procedimentos a serem seguidos pelos CREAs, 
visando a uniformidade de ação. 
■ Decisão Plenária: ato de competência dos Plenários dos Conselhos 
para instrumentar sua manifestação em casos concretos. 
O Conselho Federal de Engenharia, e Agronomia (CONFEA) é o órgão 
central do Sistema nacional de regulamentação e fiscalização do exercício 
profissional da Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, nos 
diversos níveis operacionais superiores e técnicos. A instituição, localizada em 
Brasília, é composta por 18 membros titulares, cada um com um suplente, além 
de seu presidente. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
10 
A reunião plenária do Conselho é a instância máxima e recursal do 
sistema nos processos éticos e de penalidades oriundas dos órgãos regionais. 
Os mandatos dos conselheiros titulares e o do presidente são honoríficos, não 
fazendo jus a qualquer tipo de remuneração e, quando exercidos em mais de um 
terço do período, são considerados relevantes serviços prestados à nação. 
O presidente, assim como os demais conselheiros, é eleito em sufrágio 
universal direto para um mandato de três anos, podendo ser renovado uma vez. 
Para o desempenho de suas atividades de regulamentação e de fiscalização do 
exercício profissional, o Confea tem poderes para legislar através de Resoluções 
e Decisões. Essas Resoluções têm caráter de lei. 
Já o CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) é uma 
autarquia especial federal descentralizada com autonomia administrativa e 
financeira, que opera em todos os estados do País, para execução uniforme e 
objetiva das atribuições básicas do Sistema. Como o nome bem sugere, é órgão 
colegiado em que os conselheiros representam a sociedade nos diversos 
campos profissionais alcançados pela jurisdição do Sistema. 
O presidente e todos os demais conselheiros são eleitos diretamente 
pelos profissionais regularmente registrados, em pleito universal direto, para um 
mandato de três anos, também renovável uma vez. Os demais membros da 
diretoria são escolhidos dentre os conselheiros em exercício. A instância máxima 
das decisões do Conselho Regional é exercida em reunião plenária. O Conselho 
Regional renova, anualmente, um terço dos seus membros. 
Para uma apreciação mais apropriada dos problemas relativos ao 
exercício profissional e afins, este Conselho se subdivide em Câmaras 
Especializadas. Em alguns casos, com o propósito de analisar, estudar e 
acompanhar assuntos específicos, podem ser constituídas Comissões 
Delegadas Permanentes e Comissões Delegadas Transitórias, das quais podem 
participar, conforme a natureza do assunto, além de conselheiros, especialistas 
convidados e servidores do CREA. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
11 
Tal como no Confea, os mandatos dos conselheiros titulares e o do 
presidente são honoríficos, não fazendo jus a qualquer tipo de remuneração e, 
quando exercidos em mais de um terço do período, são considerados relevantes 
serviços prestados à nação. 
Mas qual é a vantagem de uma empresa/obra/empresário contratar 
um profissional filiado ao CREA/Confea? 
O profissional determina a segurança e a qualidade da obra, além das 
garantias necessárias para que ela seja realizada sem problemas. É 
fundamental que a sociedade entenda que aquele que estudou por vários anos 
está apto para atender as demandas existentes. Contratar um profissional é, 
portanto, necessário para ter um bom projeto e para executá-lo com qualidade e 
economia, prevendo problemas futuros que ocorrem quando o projeto não é feito 
por um profissional. 
Quando o Confea/CREA registra um profissional ou emite uma ART – 
Anotação de Responsabilidade Técnica, ele está atestando que aquele 
profissional está apto a realizar obras com a melhor técnica, provendo bem-estar 
à sociedade. Quando o profissional é registrado, ele está submetido às regras 
do Sistema Confea/CREA, que estão em consonância com o Código de Ética 
Profissional. Ser registrado significa que o órgão regulador, Confea/CREA, 
habilitou aquele profissional para trabalhar na área. Sem o registro, o profissional 
não consegue emitir a ART. 
Leitura obrigatória 
 
Saiba mais sobre a Confea e as normas técnicas da ABNT: 
http://www.abntcatalogo.com.br/confea/ 
 
O vídeo a seguir fala sobre a Resolução nº 1.010 do Confea, que dispõe 
sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, 
competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos 
no Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
12 
https://www.youtube.com/watch?v=TiO4XlLzaLA 
 
Muito interessante, não é? Então assista ao vídeo disponível no material 
on-line e continue aprofundando seus conhecimentos sobre o assunto! 
Órgãos associativos 
IEEE 
A sigla IEEE (lê-se: i3e) significa Instituto de Engenheiros Eletricistas e 
Eletrônicos. É uma organização sem fins lucrativos com origem nos Estados 
Unidos. É a maior organização profissional do mundo (em números de 
instituições). O IEEE foi fundado pela fusão do IRE (Instituto de Engenheiros de 
Rádio) com o AIEE (Instituto Americano de Engenheiros Eletricistas). Um dos 
seus papéis mais importantesé o estabelecimento de padrões para formatos de 
computadores e dispositivos. 
 
 
Fonte: www.icdl-epirob.org 
 
Inicialmente, todos os países tinham apenas uma seção, com exceção 
dos Estados Unidos. Devido ao tamanho do Brasil, uma seção apenas não era 
efetiva e havia muita concentração de profissionais das engenharias elétrica, 
eletrônica e de computação na região de São Paulo. Com a ajuda da revista 
Spectrum, lida por muitos engenheiros, o Instituto começou a ser mais difundido 
e conhecido. O resultado foi tão bom que atualmente a IEEE possui cinco seções 
no Brasil. 
 
 
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13 
 
Fonte: forum.outerspace.com.br 
 
O Instituto é o responsável pelas normas que são implementadas 
internacionalmente nas áreas da engenharia elétrica e informática. Podemos 
citar como exemplo, os padrões de redes sem fio ou com fio, formatos e códigos 
que são atribuídos pelo IEEE. Ao exercer essa função, o Instituto deixa a ISO e 
a ABNT mais livres para focar nas normas de outras áreas e campos. 
IETF 
A IETF (Internet Engineering Task Force) se refere a uma instituição que 
desenvolve e promove as normas de Internet. Essa entidade constrói 
especificações de diversos protocolos associados à implementação e operação 
da Internet. O IETF é uma organização de padrões abertos que lida com os 
padrões da Internet e coopera com a International Electrotechnical 
Commission (IEC) e a Organização Internacional para as normas de 
Normalização (ISO). A IETF trata particularmente dos padrões TCP/IP. 
 
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14 
É uma organização aberta que não tem qualquer filiação formal. Todos os 
funcionários e pessoal de gestão são voluntários. Reuniões anuais, semestrais 
e trimestrais são organizadas para discutir desenvolvimentos anteriores e futuros 
sobre diferentes projetos e padrões da Internet. É composta por uma rede de 
engenheiros, designers, desenvolvedores e pesquisadores e sua primeira 
reunião aconteceu em 1986. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.freedomonlinecoalition.com 
 
A IETF tem se envolvido na construção de padrões para a Internet 
incluindo protocolos e dispositivos de comunicação. A IETF atua com 
normatização em oito áreas: 
■ Camada de Aplicação; 
■ Gerência; 
■ Camada de Internet; 
■ Infraestrutura operacional; 
■ Desenvolvimento em tempo real; 
■ Roteamento; 
■ Camada de Transporte; 
■ Segurança. 
As atividades globais da IETF incluem publicações de especificações 
técnicas de forma que possa analisar os protocolos, testá-los e republicá-los. A 
maioria desses protocolos publicados pela IETF são padrões abertos, ou seja, 
não são proprietários, permitindo que diferentes empresas e instituições possam 
 
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15 
adotar o uso dos mesmos de acordo com suas necessidades e 
interoperabilidade. 
Uma RFC (Request for Comments) é um documento do IETF que traz as 
especificações de um protocolo ou tecnologia. As RFCs são publicadas toda vez 
que um comitê da IETF chega a um resultado consolidado entre as partes 
interessadas. 
Os RFCs (Request For Comments) são um conjunto de documentos de 
referência junto da Comunidade da Internet e que descrevem, especificam, 
ajudam a aplicação, estandardizam e debatem a maioria das normas, padrões, 
de tecnologias e protocolos ligados à Internet e às redes em geral. 
De fato, uma RFC não é necessariamente uma norma estabelecida, pois 
como o próprio nome a princípio sugere, existe a possibilidade de revisões e 
comentários sobre o documento publicado. Quando uma RFC é publicada como 
norma definitiva, nenhum comentário adicional pode ser incluído. 
A sequência de protocolos TCP/IP representa um conjunto de normas 
estabelecidas pelo IETF. Este publica oficialmente os seus relatórios sob a 
formas de pedidos, disponíveis para todos, permitindo esclarecer um grande 
número de assuntos relativos ao TCP/IP. 
Cada um destes documentos representa uma proposta de especificação 
que pode a qualquer momento se tornar obsoleta por um novo documento RFC. 
Assim, os RFCs são ficheiros cujo nome é "rfcxxxx.txt", sendo xxxx um número 
incrementado para cada novo RFC. 
Existem atualmente mais de 2000, representando uma dimensão de cerca 
de 130MB (25MB uma vez comprimidos). Contudo, muitos destes arquivos foram 
substituídos por arquivos mais recentes. 
Na realidade, qualquer pessoa pode escrever um RFC e apresentá-lo ao 
IETF, transmitindo-o ao responsável: rfc.editor@rfc.editor.org. Se este for aceito, 
aparecerá após ter sido criticado pelos responsáveis. O RFC1543, intitulado 
"instructions to RFC authors", explica como redigir um RFC. 
 
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16 
EIA (Electronic Industries Alliance, até 1997 Electronic Industries 
Association) é uma organização privada para as indústrias de produtos 
eletrônicos nos Estados Unidos. A EIA é credenciada pela American National 
Standards Institute (ANSI) para desenvolver padrões e especificações técnicas 
de componentes eletrônicos, telecomunicações, Internet. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.trademarkia.com 
 
A EIA é parceira de empresas de eletrônica e alta tecnologia e de 
empresas cuja missão é promover o desenvolvimento do mercado e 
competitividade da indústria de alta tecnologia norte-americana, por esforços de 
política domésticos e internacionais. 
Veja, a seguir, um exemplo de contribuição da EIA na área de redes de 
computadores, com o padrão T568A e T568B. 
Com o crescimento do uso das redes locais de computadores e a 
agregação de novos serviços e mídias como voz, dados, teleconferência, 
internet e multimídia, surgiu a necessidade de se estabelecer critérios para 
ordenar e estruturar o cabeamento dentro das empresas. No final dos anos 80, 
as companhias dos setores de telecomunicações e informática estavam 
preocupadas com a falta de padronização para os sistemas de cabos de 
telecomunicações em edifícios comerciais. 
Em 1991, a associação EIA/TIA (Eletronic Industries 
Association/Telecommunications Industry Association) propôs a primeira versão 
de uma norma de padronização de fios e cabos para telecomunicações em 
prédios comerciais, denominada de EIA/TIA-568, cujo objetivo básico era: 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
17 
a. Implementar um padrão genérico de cabeamento de 
telecomunicações a ser seguido por fornecedores diferentes; 
b. Estruturar um sistema de cabeamento intra e inter-predial, com 
produtos de fornecedores distintos; 
c. Estabelecer critérios técnicos de desempenho para sistema 
distintos de cabeamento tradicional, baseado em aplicações. 
Assim, os prédios possuíam cabeamento para voz, dados, sistemas de 
controle, eletricidade, segurança, cada qual com uma padronização proprietária. 
Leitura obrigatória 
 
Para aprofundar seus conhecimentos, leia a notícia que está disponível 
no portal da Associação Brasileira de Internet: 
http://www.abranet.org.br/Noticias/Reuniao-do-IETF-discute-futuro-da-Internet-
533.html#.Vlxvl3arSih 
 
Assista ao vídeo a seguir para mais informações sobre a norma TIA/EIA-
568B. 
https://www.youtube.com/watch?v=cz6j8gjHsmk 
 
Assista, agora, ao vídeo e continue aprofundando seus conhecimentos 
sobre o assunto! 
Atribuição profissional 
O CREA define as atribuições profissionais do Engenheiro Eletricista de 
acordo com o projeto pedagógico do curso, isto é, as disciplinas ministradas e 
suas abrangências. Geralmente, esta informação é suficiente para definir muito 
claramenteo escopo do engenheiro: o Engenheiro Eletrotécnico tem um escopo, 
o Eletrônico, outro. No site do CREA, é possível emitir uma “Certidão de 
Regularidade Profissional” na qual deverá constar quais artigos da 218/73 
competem ao profissional. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
18 
É claro que o engenheiro eletricista – seja eletrotécnico ou eletrônico – 
que tem uma boa base, consegue ampliar seus conhecimentos em áreas 
correlatas. E é por esta razão que são oferecidas pós-
graduações lato e stricto sensu para os formados. 
Em 2005, o Confea lançou a Resolução 1010, que mantém o escopo de 
atividades da 218/73. Contudo, existe um anexo que define as disciplinas de 
cada área (os tópicos de cada curso), que por sua vez serão checadas no projeto 
pedagógico do curso. Segundo a resolução CONFEA 218/73, um Engenheiro 
Eletrotécnico não pode assumir as mesmas atribuições de um Engenheiro 
Eletrônico e vice-versa. Segue descrito o art. 8º: 
 
Art. 8º – Compete ao ENGENHEIRO ELETRICISTA ou ao 
ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELETROTÉCNICA: 
I – o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, 
referentes à geração, transmissão, distribuição e utilização da energia 
elétrica; equipamentos, materiais e máquinas elétricas; sistemas de 
medição e controle elétricos; seus serviços afins e correlatos. 
 
Inclusive em concursos, principalmente da Petrobrás, para o cargo de 
Engenheiro Eletrônico não é aceita a formação em Engenharia Eletrotécnica e 
vice-versa. O Engenheiro apenas Eletrotécnico terá as atribuições concernentes 
ao Art. 8º. 
Um Engenheiro Eletrotécnico geralmente não vê disciplinas como: 
Antenas e Propagação, Telecomunicações, Processamento Digital de Sinais, 
Controle Digital, entre outras. Todas essas disciplinas são estudadas por um 
Engenheiro Eletrônico. Por outro lado, um Eng. Eletrônico geralmente não 
estuda Máquinas Elétricas, Sistemas Elétricos de Potência, Geração e 
Transmissão de Energia Elétrica, que um Eletrotécnico estuda. Já para os 
Engenheiros Eletricistas – modalidade Eletrônica, pela Resolução 218/73, o 
CREA/CONFEA confere as atribuições dispostas no artigo 9º: 
 
Art. 9º – Compete ao ENGENHEIRO ELETRÔNICO ou ao 
ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELETRÔNICA ou ao 
ENGENHEIRO DE COMUNICAÇÃO: 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
19 
I – o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, 
referentes a materiais elétricos e eletrônicos; equipamentos eletrônicos 
em geral; sistemas de comunicação e telecomunicações; sistemas de 
medição e controle elétrico e eletrônico; seus serviços afins e 
correlatos. 
 
Em outras palavras, pelo que diz a resolução, os engenheiros eletrônicos 
não podem assinar projetos elétricos residenciais, por exemplo, mas podem 
assinar projetos de telecomunicações, instrumentação e automação. Com 
relação à resolução 1010, note o item a seguir: 
 
Art. 6º I – ao técnico, ao tecnólogo, ao engenheiro, ao arquiteto e 
urbanista, ao engenheiro agrônomo, ao geólogo, ao geógrafo, e ao 
meteorologista compete o desempenho de atividades no(s) Confea – 
Conselho Federal de Engenharia, e Agronomia LDR – Leis Decretos, 
Resoluções seu(s) respectivo(s) campo(s) profissional(ais), 
circunscritos ao âmbito da sua respectiva formação e especialização 
profissional; e 
Art. 6º Item II – ao engenheiro, ao arquiteto e urbanista, ao engenheiro 
agrônomo, ao geólogo, ao geógrafo, ao meteorologista e ao tecnólogo, 
com diploma de mestre ou doutor compete o desempenho de 
atividades estendidas ao âmbito das respectivas áreas de 
concentração do seu mestrado ou doutorado. 
 
Ou seja, fazendo um Mestrado em Sistemas de Potência ou ainda uma 
Especialização em Engenharia Eletrotécnica reconhecida pelo CREA, pode-se 
conseguir o acréscimo de atribuição. 
Leitura obrigatória 
 
Quer complementar seus estudos? Então obtenha mais informações, a 
seguir: 
http://creaweb.crea-
pr.org.br/WebCrea/consultas/consulta_arvore_normativa.aspx?VISUALIZACAO
=EXTERNA&CODIGOPAI=294%20 
 
ftp://ftp.unicamp.br/pub/apoio/treinamentos/concurso_ccuec_dinfe/iso118
01.pdf 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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No vídeo a seguir, o presidente do CREA-MG fala sobre as atribuições 
dos engenheiros. Não perca! 
https://www.youtube.com/watch?v=OpiOFnGSMns 
 
Chegamos ao final do tema! Assista ao vídeo com as explicações do 
professor Juliano e tire as dúvidas que possam ter surgido até agora. 
Acesse o material on-line. 
 
Trocando ideias 
Muito bem! Neste momento você já deve estar mais consciente sobre a 
importância dos órgãos regulamentadores no exercício profissional da 
engenharia. Portanto, procure algumas informações sobre o CREA mais próximo 
de você. 
Na prática 
Conforme vimos na leitura do conteúdo teórico, as RFCs são manuais que 
o ajudarão muito em suas pesquisas futuras. Existem várias RFCs, portanto, um 
engenheiro deve ter o hábito de pesquisar e catalogar informações preciosas 
para sua profissão. A partir do seu buscador preferido, ache a RFC822 e 
descubra de qual assunto se trata. 
Síntese 
Na aula de hoje, você pôde estudar sobre diversas entidades importantes 
da sua profissão. Saber o que cada uma delas é e quais são suas atribuições 
faz parte do dia a dia do engenheiro. Já os órgãos associativos te dão base para 
pesquisa e para conhecer várias soluções aos problemas relacionados à área. 
São as bases de dados e, entre elas, a mais famosas é da IEEE, uma série de 
artigos técnicos que o ajudarão a saber o estado da arte em diversas áreas da 
engenharia 
Conheça, faça parte, colabore com o crescimento da sua classe. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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Até a próxima aula! 
Referências 
 
CREA-PR. Disponível em: http://www.crea-pr.org.br/ - Acessado em 23/11/2015. 
CONFEA. Disponível em: 
http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home – Acessado em 
23/11/2015. 
FIGUEIREDO, M. Sistemas de Cabeação Estruturada EIA/TIA 568 e 
ISOC/IEC 11801. Disponível em: 
ftp://ftp.unicamp.br/pub/apoio/treinamentos/concurso_ccuec_dinfe/iso11801.pdf 
- Acessado em 23/11/2015. 
IEEE. Disponível em: http://ieeexplore.ieee.org/Xplore/home.jsp - Acessado em 
23/11/2015. - Acessado em 23/11/2015.

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